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Leishmaniose tegumentar americana (LTA) Caroline Magalhães Mariana Alves Leishmaniose tegumentar americana (LTA) Doença infeciosa, não contagiosa. Causada por protozoário, de transmissão vetorial. Acomete pele e mucosas. Enfermidade causada por 7 protozoários, tendo maior importância no Brasil 3 deles: ∙ Leishmania (Leishmania) amazonensis ∙ L. (Viannia) guyanensis ∙ L. (Viannia) braziliensis. 2 Epidemiologia Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose ocorre em 88 países e sua notificação é compulsória em apenas 30 deles. Irã, Arábia Saudita, Síria, Afeganistão, Brasil e Peru. 3 Epidemiologia ∙No Brasil Zoonose endêmica. Até a década de 90 era uma doença exclusivamente silvestre. De 1988 a 2007, apresentou média anual de 27.736 casos autóctones registrados. A região Norte apresenta maio numero de casos, seguida das regiões Centro-Oeste e Nordeste. Apresenta três padrões epidemiológicos característicos. ∙ Silvestre. ∙ Ocupacional e lazer. ∙ Rural. 4 Epidemiologia ∙No ceará Estado do Nordeste com maior número de casos notificados. Entre 1980 e 2008, foram diagnosticadas 55.925 pessoas com LTA. Média de 2.000 vitimas por ano. 5 Epidemiologia ∙no ceará Ign/Branco= 10 Casos novos= 379 Recintiva= 20 Casos confirmados por tipo de entrada segundo Ano Notificação (2017) 6 Epidemiologia ∙no ceará Casos confirmados por Zona Residência segundo Ano Notificação (2017) Ign/Branco: 10 Urbana:168 Rural: 214 Periurbana: 2 7 Epidemiologia ∙no ceará Casos confirmados por Sexo segundo Ano Notificação (2017) Masculino:211 Feminino:198 8 Etiologia 9 Vetor Fêmea dos insetos flebótomos do gênero Lutzomya. Mosquito palha, asa dura, asa branca, tatuquira, birigui, cangalha, cangalhinha, ligeirinho, péla-égua, arrupiado. Grupo de insetos hematófagos. Geralmente não ultrapassam 0,5 cm de comprimento. Pernas longas e delgadas, e o corpo densamente piloso. Têm como característica o voo saltitante e a manutenção das asas eretas. Geralmente é de cor parda. 10 Ciclo biológico 11 Patogenia Diferentes formas clínicas influenciadas pelo perfil imunogenético do homem e pelo perfil de virulência da espécie de Leishmania infectante; Forma assintomática Lesões cutâneas Lesões mucosas Nos cães 12 Ciclo de transmissão 13 Sinais clínicos Período de incubação, 2 a 3 meses, podendo apresentar períodos mais curtos, de 2 semanas, e mais longos, de 2 anos. Período inicial: febre, palidez cutâneo-mucosa e hepatoesplenomegalia. Período de estado: febre irregular, emagrecimento progressivo, palidez cutâneo-mucosa e aumento da hepatoesplenomegalia. Período final: febre contínua e comprometimento intenso do estado geral. Desnutrição, e edema dos membros inferiores. Outras manifestações importantes incluem hemorragias (epistaxe, gengivorragia e petéquias), icterícia e ascite. 14 Aspectos clínicos da LTA Lesões cutâneas Úlceras rasas ou profundas, de formas salientes e duros. 15 Aspectos clinico da lta Lesão mucosa Principalmente na região nasal e palatina, podendo acometer faringe e laringe. 16 Aspectos clínicos da lta Lesão cutânea e difusa 17 Diagnóstico Diferencial Forma cutânea: úlceras traumáticas, úlceras vasculares, úlcera tropical, paracoccidioidomicose, esporotricose, cromomicose, neoplasias cutâneas, sífilis e tuberculose cutânea. Forma mucosa: hanseníase virchowiana, paracoccidioidomicose, sífilis terciária, neoplasias. 18 Diagnóstico Laboratorial Suspeita clínico-epidemiológica associada a dados laboratoriais. Exame parasitológico direto, através de exame do aspirado da borda da lesão, ou “in-print” feito com o fragmento da biópsia; Histopatologia, intradermorreação, reação de Montenegro-IRM. Sorologia. 19 Tratamento Humanos Drogas disponibilizadas pelo SUS Antimoniato-N-metil-glucamina (antimoniato de meglumina) Período de 20 a 30 dias Cães Brasil - Recomendação Eutanásia 2017 - Permissão de droga importada 20 Prevenção Uso de repelentes Evitar a exposição nos horários de atividades do vetor (crepúsculo e noite) Uso de mosquiteiros de malha fina, bem como a telagem de portas e janelas; Poda de árvores a fim de diminuir o sombreamento do solo e evitar as condições favoráveis de temperatura e umidade ao desenvolvimento de larvas de flebotomíneos; 21 Prevenção Destino adequado do lixo orgânico, a fim de impedir a aproximação de mamíferos comensais, como marsupiais e roedores Limpeza periódica dos abrigos de animais domésticos; Manutenção de animais domésticos distantes do intradomicílio durante a noite Em áreas potenciais de transmissão, sugere-se uma faixa de segurança de 400 a 500 metros entre as residências e a mata. 22 REFERÊNCIAS MONTEIRO, Silva Gonzalez. Parasitologia na medicina veterinária, 2ª edição. 2017 LEISHMANIOSES. Disponível em: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/NEVE/LLEISHMANIOSES.pdf Acesso em: 11 de outubro. 2018 BASANO, Sergio de Almeida e CAMARGO, Luís Marcelo Aranha. Leishmaniose tegumentar americana: histórico, epidemiologia e perspectivas de controle. Centro de Medicina Tropical; Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia; Postos do Correio de Monte Negro; 78.965-970 Monte Negro/RO; Departamento de Parasitologia; Instituto de Ciências Biomédicas; Universidade de São Paulo; Subunidade de Monte Negro-Rondônia. 2004 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 23 Referências MINISTÉRIO DA SAÚDE. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/leishmaniose-tegumentar-americana-lta. Acesso em: 11 de outubro. 2018 DO VALE, Everton Carlos Siviero e FURTADO, Tancredo. Leishmaniose tegumentar no Brasil: revisão histórica da origem, expansão e etiologia. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil. 2005 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual de Vigilância da Leishmaniose Tegumentar Americana / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – 2. ed. atual. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. GONTIJO, Bernardo e CARVALHO, Maria de Lourdes Ribeiro de. Leishmaniose tegumentar americana. Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. 2003. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Dermatologia na Atenção Básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde. - 1ª edição. - Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 24 25 OBRIGADA!
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