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ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA – ESAMAZ
Curso de Direito
Bens e Negócios Jurídicos – Prof. Me. Daniel Fampa
Discentes: Paula Florinda Gonçalves de Souza
FICHA DE RESUMO
Texto: ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA – ESAMAZ
Curso de Direito
Bens e Negócios Jurídicos – Prof. Me. Daniel Fampa
Discentes: 
FICHA DE RESUMO
Texto: FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil – vol. 1: Parte Geral e LINDB. 15ª ed. Salvador: Juspodivm, 2017, p. XX-XX.
Resumo:
O texto inicia a partir da análise do Ministério Público quanto aos bens de família.
O MINISTÉRIO PÚBLICO E O BEM DE FAMÍLIA
No ordenamento anterior não havia previsão de intervenção do Ministério Público com relação ao bem de família. Com o advento do Código pvil de 2002, no entanto, 0 Parquet passou a ter atuação no bem de família convencional, consoante previsão expressa dos arts. 1.717 e 1.719.
 Quando os interessados pretenderem extinguir o bem de família instituído (prédio ou valores mobiliários), deverão levar o pleito ao juiz de família, apresentando a justificação, através de jurisdição voluntária. No procedimento, deve ser ouvido o Ministério Público como fiscal da ordem jurídica (custos juris), antes de se apreciar o pedido de levantamento do bem de família convencional. Por igual, também deverá ser ouvido o Promotor de Justiça quando, em decorrência da impossibilidade de manutenção do bem de família, os interessados formularem pedido ao juiz de sub-rogação do bem de família, transferindo a cláusula para outro imóvel.
Importante registrar que a falta de intimação do órgão do Ministério Público para que se manifeste (livremente) sobre o pedido relacionado ao bem de família convencional conduz à fatal nulidade do processo," como reza o art. 279 do Código de Ritos.
O BEM DE FAMÍLIA LEGAL
Noções conceituais e a proteção do imóvel de menor valor se o devedor titularizar mais de um bem residencial A Lei n• 8.009/90 (fruto da conversão da Medida Provisória n• 143/90) criou, entre nós, uma nova forma de impenhorabilidade do bem de família (sem revogar o sistema do bem de família convencional). É o bem de família legal, cuja proteção é a impenhorabilidade, independentemente de ato de vontade do titular.
O art. 1' da Lei n' 8.009/90 indica que o imóvel residencial próprio do casal· ou entidade familiar (união estável) é impenhorável e não responder, á por qualquer' tipo de dívida civit, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais e filhos que sejam proprietários e nele residam, salvo previsão específica de lei
Esse regime protetivo do bem de família ganha contornos ainda mais nítidos com a regra constitucional da garantia do domiá/io como direito social (CF, art. 6'), passando a decorrer da própria afirmação do patrimônio mínimo da pessoa humana.
Por isso, o fato de o proprietário-devedor possuir mais de um imóvel residencial não lhe retira a proteção deferida pela lei para concretizar a sua dignidade. Na hipótese de ter o devedor dois, ou mais, imóveis residenciais, a legislação (art. 5' da Lei n' 8,009/90) dispõe que a proteção incidirá sobre o bem de menor valor, com vistas a não desproteger o adimplemento do crédito. Assim, considerar-se-á bem de família o imóvel de menor valor.
A hipótese, todavia, exige cautelas e uma cuidadosa busca da ratio essendi da norma. Em conformidade com a dicção legal. Se o devedor titulariza dois, ou mais, imóveis residenciais, a proteção incidiria no bem de menor valor, independentemente de nele o devedor estar, ou não, residindo; Assim, para que a proteção pudesse alcançar o imóvel de valor superior, teria o proprietário de se valer do procedimento de instituição do bem de família voluntário, desde que não ultrapasse um terço de seu patrimônio líquido no momento da instituição, como visto alhures.
Não se olvide que uma interpretação construtiva do Decreto-lei n' 3.200/41, especificamente de seu art. 19, resulta no reconhecimento da impenhorabilidade do imóvel mais valioso do devedor se nele já fixou sua residência há mais de dois anos. 
 (STJ, Ac. unân. 4' T., REsp. 1.608.415/SP, Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 2.8.2016, DJe 9.8.2016). Aliás, mesmo que o núcleo familiar tenha fixado efetiva residência em mais de um imóvel, concomitantemente, há de se manter o regime protetivo. Assim, no exemplo da pessoa que, após a dissolução do casamento, passou a residir em um imóvel próprio, mas manteve os filhos residindo em outro imóvel que também lhe pertence, não pode cessar a tutela jurídica da Lei do Bem de Família. Isso porque "( ... ) a impenhorabilidade do bem de família visa resguardar não somente o casal, mas o sentido amplo de entidade familiar. Assim, no caso de separação dos membros da família, como na hipótese em comento, a entidade familiar, para efeitos de impenhorabilidade de bem, não se extingue, ao revés, surge em duplicidade: uma composta pelos cônjuges e outra composta pelas filhas de um dos cônjuges ... A finalidade da Lei n' 8.009/90 não é proteger o devedor contra suas dívidas, tornando seus bens 'impenhoraveis, mas, sim, reitera-se, a proteção da entidade familiar no seu conceito mais amplo." (STJ, Acunân. 3' T., REsp 1.126.173/MG, rel. Min. Ricardo Vilas Bôas Cueva, j. 9.4.2013, DJe 12.4.2013)
ALARGAMENTO DO OBJETO
 A impenhorabilidade legal do bem de família atinge não apenas o imóvel, mas também suas construções, plantações, benfeitorias de qualquer natureza e os equipamentos (inclusive profissionais), além de acobertar os móveis que guarnecem o lar, desde que quitados (art. 1', Lei n' 8.009/90). Vê-se, pois, um alargamento do objeto de proteção, em relação ao bem de família convencional. Apenas não estão alcançados pelo regime de impenhorabilidade legal, nos termos ·do art. 2' da Lei n' 8.009/90, "os veículos de transporte, 102 obras de arte e adornos suntuosos", que poderão ser penhorados para o pagamento das dívidas do titular. No que concerne ao alcance da expressão adornos suntuosos, não é demais realçar o entendimento pelo qual são impenhoráveis não apenas os bens indispensáveis à moradia, mas, igualmente, aqueles que usualmente integram uma residência.
outrossim, é relevante assinalar que, a partir do comando do art. 833 do Código Processo Civil de 2015, é possível promover a penhora dos móveis, utensílios e bens · guarnecem o lar, além dos vestuários, de elevado valor ou que ultrapassem o que necessário para manter um padrão médio de vida (incisos I! e III). 
A garantia da dignidade da pessoa humana o direito ao patrimônio mínimo da pessoa humana - que, sem dúvida, matéria de ordem pública, devendo o magistrado garantir a dignidade do titular, preservação é mandamento constitucional. ' Todavia, se o devedor ofereceu o bem de família espontaneamente à penhora, poderá, posteriormente, invocar a sua impenhorabilidade, na medida em que incorreria em um comportamento visivelmente contraditório, praticando ato contrário expectativa que ele mesmo criou. 
CONSTITUCIONALIDADE DO REGIME LEGAL DO BEM DE FAMÍLIA
A despeito da posição de alguns autores, contrária à adoção de um bem de família os salários, as não há qualquer inconstitucionalidade na Lei n' 8.009/90
Sustentaram alguns que a lei viria a diminuir a proteção do crédito, prejudicaria o mercado e atingiria a própria pessoa que necessitasse de empréstimos, além de facilitar o descumprimento das obrigações. Não é verdade.
Assim sendo, ao contrário de violar o Texto Constitucional. a lei do bem de família a ela está adaptada, sintonizada com a interpretação teleológica para a aplicação concreta dos princípios da dignidade humana, da solidariedade social e da igualdade, além da erradicação da pobreza (CF, arts. 1', 3' e 5'). Especialmente depois do reconhecimento, no art. 6' da Carta Maior, do direito social à moradia, privilegiando as situações jurídicas fundamentais da pessoa humana.
EXEÇOES A REGRA DA IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMILIA LEGAL
O fundamento da impenhorabilidade do bem de família legal. É a proteção da dignidadedo devedor, e por conseguinte, de seu patrimônio mínimo, no entanto em determinados casos, a natureza especial do individuo não justifica a impenhorabilidade do bem de família permitindo a sua regular execução, com o proposito de assegurar a dignidade do titular do credito.
Em linhas gerais, as excepcionais hipóteses autorizados da penhora do bem de família se justifica através da técnica de ponderação de interesses, uma vez que o pagamento das referidas dividas se apresentam de grande valor, autorizando a penhora do bem.
Uma hipótese importante diz respeito a penhorabilidade do bem de família para o pagamento de divida garantindo com o próprio bem (hipoteca) em tal hipótese, a toda evidencia, não é passível estabelecer e execução de outras dividas ou seja a lei não torna penhorável o imóvel dado em garantia real, apenas preserva a execução do credito garantido, não dos outros, outro relevante detalhe é que a penhora do bem de família para o pagamento de divida garantida com hipoteca, recaindo sobre o próprio bem, somente é possível se a obrigação foi contraído em favor ao núcleo familiar ou seja se a divida ao reverteu em favor da família, com um todo, o bem continua impenhorável, não se aplicando a execução.
Também a questão de grande relevo diz respeito á penhorabilidade do bem de família é para o pagamento de cotas condominiais. Depois de algumas controvérsias, restou pacificado a matéria, especialmente no superior tribunal de justiça. No sentido de ser passível de penhora o imóvel residencial da família, quando a execução se referir a contribuição condominiais sobre ele incidentes. A justificativa adotada pela corte do superior tribunal de justiça para penhora do bem de família para pagamento de despesas condominiais repousa no veto de que o vocábulo contribuições que alude o inciso IV do art,3ºda lei n°8.009/90 não se reveste de qualquer conotação fiscal, mas representa, a cota-parte de cada condomínio no rateio das despesas condominiais. Nesta circunstância, a obrigação devida em decorrência da má conservação do imóvel.
RETROATIVIDADE 
Prevaleceu o entendimento de que a impenhorabilidade decorrente de bem de família legal atingiu os processos de um curso quando do advento da lei não violando o direit adquirido ao credor.
Confirmando a tese, o Superior Tribunal de Justiça cristalizou o entendimento na sumula 205, vazado nos seguintes termos “a lei nº 8.009/90 aplica-se á penhora realizada antes da sua vigência.
AMPLA COMPREENSÃO DO NÚCLEO FAMILIAR 
São indispensáveis algumas observações sobre a compreensão da entidade familiar, não só a família fundada no casamento, mas, por igual, qualquer espécie de modelo familiar contará com a proteção do bem e família, como por exemplo a união estável e a família monoparental.
Assim também a comunidade familiar formada por irmãos por tio e sobrinhos, avos e seus netos e por igual, as uniões homo afetivas.

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