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ESTUDO DIRIGIDO politica comparada

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Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
1 
 
 
 
 
Polí tica comparada – estudo dirigido 
 
 
Material de disciplina 
Videoaulas 1 a 6 
Rotas de Aprendizagem 1 a 6 
Referências de leitura complementar para Política Comparada 
 
 
 
Neste breve resumo, destacamos a importa ncia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao 
contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteu do programa tico da sua disciplina 
nesta fase e lhe proporcionara o maior fixaça o de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema 
avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a Rota de 
Aprendizagem completa (livro-base, videoaulas e material vinculado) das aulas compo em o referencial teo rico que 
ira embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possí vel. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
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Atença o! 
 
Esse material e para uso exclusivo dos estudantes da Uninter, e na o deve ser publicado ou 
compartilhado em redes sociais, reposito rios de textos acade micos ou grupos de mensagens. 
O seu compartilhamento infringe as polí ticas do Centro Universita rio UNINTER e poderá 
implicar em sanções disciplinares, com possibilidade de desligamento do quadro de alunos 
do Centro Universita rio, bem como responder ações judiciais no âmbito cível e criminal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
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Sumário 
 
 
Tema: Pesquisa social e Me todos de Pesquisa em Polí tica Comparada ........................................................................ 4 
Tema: Max Weber, Theda Skocpol e Barrington Moore Jr .............................................................................................. 7 
Tema: O institucionalismo e a teoria da escolha racional ............................................................................................ 10 
Tema: Tradiço es da Polí tica Comparada ........................................................................................................................ 12 
Tema: Perspectivas de Ana lise ....................................................................................................................................... 14 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
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Tema: Pesquisa social e Métodos de Pesquisa em Política Comparada 
“As cie ncias sociais nasceram no se culo XIX como uma tentativa de compreender e controlar 
uma realidade social cada vez mais complexa, que tinha mudado de forma drama tica nos 
u ltimos se culos, como conseque ncia de transformaço es na tecnologia, nas formas de produça o 
econo mica e nas relaço es sociais. Apo s se culos de relativa estabilidade durante a Idade Me dia, 
a Europa havia experimentado revoluço es tecnolo gicas, econo micas e polí ticas que geravam 
grandes esperanças, mas tambe m enorme mal-estar. Emergiram novos problemas sociais e 
tambe m propostas conflitantes sobre como organizar a sociedade” (CANO, Igna cio. “Nas 
trincheiras do me todo: o ensino da metodologia das cie ncias sociais no Brasil” Sociologias, vol. 
14, nº 31, pp. 94-119, 2012. Disponí vel em: http://www.scielo.br/pdf/soc/v14n31/05.pdf. 
Acesso em 30.jul.2018. Citaça o retirada da pa gina 95-96). No trecho citado acima pode-se 
perceber que as cie ncias sociais se surgem com um modo de analisar e compreender os 
feno menos sociais. Para discorrer sobre os principais objetivos da pesquisa social e importante 
ter em mente que, de acordo com a rota de aprendizagem da aula 01 podem ser mencionados 
objetivos da pesquisa social os seguintes aspectos: identificar padro es; testar teorias; fazer 
previso es; interpretar feno menos culturais e histo ricos relevantes; explorar a diversidade; dar 
voz; e, avançar em novas teorias. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 01. Polí tica Comparada. 
Conversa Inicial. 
 
--- 
 
“Ha diferentes estrate gias de pesquisa social para atender aos diferentes objetivos. Cada 
estrate gia (me todo) constitui uma maneira de vincular ideias e evide ncias para produzir a 
representaça o da sociedade ou do feno meno polí tico. Na o ha uma abordagem correta ou errada, 
mas sim, abordagens diferentes para atender a diferentes questo es”. Para discorrer sobre pelo 
menos um dos principais tipos de me todos adotados pelos pesquisadores sociais, podemos 
mencionar o uso de me todos qualitativos para estudar coisas comuns, o uso de me todos 
quantitativos para estudar relaço es entre varia veis e uso de me todos comparativos para estudar 
a diversidade. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 01. Polí tica Comparada. Tema 03: 
Estrate gias de Abordagem do Me todo Cientí fico. 
 
--- 
 
“Compreendemos o me todo comparativo como uma “operaça o mental”, cujo objetivo mais 
ambicioso (mas na o o u nico) e controlar “varia veis” a fim de testar proposiço es causais”. As 
te cnicas especí ficas de controle de varia veis (experimental, estatí stica, histo rica), pore m, 
diferem enormemente em tipo, efetividade e utilidade cientí fica, mas todas podem ser 
percebidas como esforços para explicar feno menos sociais a medida que se controle suas 
condiço es de variaça o. Nesse sentido, tanto a te cnica experimental como a estatí stica e a 
histo rica lançam ma o das mesmas operaço es mentais quando sa o utilizadas a serviço da 
comparaça o. Diferem entre si, pore m, quanto a questa o de pesquisa, a natureza do objeto 
estudado, ao nu mero de casos analisados, ao tipo de explicaça o fornecida e a s te cnicas 
empregadas. (PERISSINOTO, Renato. Comparaça o, histo ria e interpretaça o por uma cie ncia 
 
 
 
Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
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polí tica histo rico-interpretativa. Revista Brasileira de Ciências Sociais. Vol. 28 n° 83 outubro DE 
2013.Disponí vel em: http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v28n83/10.pdf. Acesso em: 
28.jul.2018. Citaça o retirada da pa gina 152) A contextualizaça o anterior aborda o papel da 
te cnica na polí tica comparada. A Polí tica Comparada tem a finalidade de explicar similaridades 
e diferenças entre os casos analisados. Ale m disso, a Polí tica Comparada tambe m pode 
estabelecer classificaço es e tipologias sobre o tema estudado. Ainda, por meio da Polí tica 
Comparada e possí vel verificar a validade de hipo teses, analisar se ha causalidades, 
generalizaço es e desenvolver as teorias. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 02. Polí tica 
Comparada. Tema 02: O que faz a Política Comparada?, adaptado. 
 
--- 
 
“Os diferentes me todos/estrate gias variam, segundo Ragin, de forma intensiva (estudo 
qualitativo de pontos comuns); abrangente (estudo comparativo da diversidade); ao extenso 
(estudo quantitativo das relaço es entre varia veis) na abordagem dos casos” A abordagem 
intensiva e mais adequada para metas que envolvem muita atença o em casos especí ficos; a 
abrangente e mais adequada no exame de padro es de semelhanças e diferenças em um nu mero 
moderado de casos; e a abordagem extensiva e mais adequada para objetivos que envolvem 
conhecimento de padro es em muitos casos. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 01. Polí tica 
Comparada. Tema 04: Os métodos qualitativo, quantitativo, comparativo e a realização dos 
objetivos da pesquisa. 
 
--- 
 
“Por que comparar? Todo comparatista possui uma resposta-padra o para esta interrogaça o: 
diante da impossibilidade de recorrera me todos experimentais que permitam o isolamento de 
varia veis e a repetiça o de testes, compara-se como recurso para identificar regularidades, 
baseando-se no ca none milliano, no me todo das semelhanças e das diferenças ou na observaça o 
de variaço es concomitantes” (MARENCO DOS SANTOS, Andre . “Quando comparamos para 
explicar: desenhos de pesquisa e seque ncias temporais na investigaça o de instituiço es 
polí ticas”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 27, nº 80, pp. 203-217, 2012. Disponí vel em 
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v27n80/v27n80a12.pdf. Acesso em 17.jul.2018. Citaça o 
retirada da pa gina 203). A Polí tica Comparada e uma importante a rea das Relaço es 
Internacionais e da Cie ncia Polí tica, e tem sido cada vez mais utilizada para analisar feno menos 
polí ticos complexos. Para explicar com poucas palavras o que e a Polí tica Comparada podemos 
mencionar que a Polí tica Comparada e uma a rea da Cie ncia Polí tica e tem seu foco na polí tica 
interna, nas estruturas, nos atores e nos processos. As ana lises de Polí tica Comparada buscam 
descrever, expor e de alguma forma predizer os feno menos polí ticos a partir da ana lise das 
similaridades e diferenças entre sistemas polí ticos. A polí tica comparada e essencialmente 
empí rica, na o sendo nem normativa, nem teo rica. Essa e uma a rea que na o trata de teoria, 
embora possa melhora -la. De uma forma geral, a Polí tica Comparada na o trata de teoria nem de 
questo es normativas acerca da polí tica; ela analisa o que a polí tica e , na o o que deveria ser 
(CARAMANI, 2008). Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 02. Polí tica Comparada. Tema 01: O 
que é a Política Comparada. 
 
 
 
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--- 
 
“Em uma afirmaça o bastante conhecida, o antropo logo Guy E. Swanson diz que “pensar sem 
comparar e impensa vel”, pois, “uma vez ausente a comparaça o, estara o ausentes tambe m a 
pesquisa e o pensamento cientí ficos” (Swanson, 1973, p. 145). Na o iria ta o longe. Ha certamente 
formas de fazer cie ncia que na o invocam diretamente o procedimento comparativo, como os 
trabalhos de pesquisa essencialmente descritivos e limitados a um u nico caso que, embora mais 
modestos do ponto de vista de seu alcance teo rico, contribuem para o avanço do conhecimento 
por meio da observaça o e da interpretaça o rigorosas dos fatos. Na o ha du vida, pore m, de que o 
procedimento comparativo e o que produz explicaço es mais robustas do ponto de vista 
cientí fico, pois fornece ao pesquisador va rios casos estrate gicos a partir dos quais ele pode 
controlar a relaça o entre as varia veis analisadas” (PERISSINOTO, Renato. Comparaça o, histo ria 
e interpretaça o: Por uma cie ncia polí tica histo rico-interpretativa. Revista Brasileira de Ciências 
Sociais. Vol. 28 n° 83, outubro de 2013. Disponí vel em: 
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v28n83/10.pdf. Acesso em: 28.jul.2018. Citaça o retirada da 
pa gina 151. Pode-se perceber a partir da leitura do trecho acima que a comparaça o e uma 
importante ferramenta de pesquisa. O me todo comparativo e utilizado para estudar 
configuraço es, combinaço es especí ficas de atributos que sa o comuns aos casos escolhidos. A 
partir do me todo comparativo o pesquisador consegue responder os objetivos de explorar a 
diversidade e propor novas teorias. De forma secunda ria, esse me todo e u til para identificar 
padro es gerais, testar teorias, realizar previso es e interpretar feno menos culturais e histo ricos 
relevantes. Fonte Rota de Aprendizagem da Aula 01. Polí tica Comparada. Tema 04: O método 
comparativo. 
 
--- 
 
“Giovanni Sartori (1991, p. 243) observou que sa o assumidas duas definiço es distintas do 
procedimento comparativo. Ha aqueles que, a exemplo de Arend Lijphart (1971, pp. 682-684), 
entendem a comparaça o como uma te cnica de pesquisa especí fica utilizada especialmente no 
estudo comparativo de poucos casos, diferente, portanto, da te cnica estatí stica. Ao mesmo 
tempo, ha quem considera a comparaça o uma “operaça o mental” que pode ser realizada 
lançando-se ma o de te cnicas de pesquisa diversas (experimental, estatí stica, histo rica) 
(PERISSINOTO, Renato. Comparaça o, histo ria e interpretaça o por uma cie ncia polí tica histo rico-
interpretativa. Revista Brasileira de Ciências Sociais. Vol. 28 n° 83 outubro de 2013.Disponí vel 
em: http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v28n83/10.pdf. Acesso em: 28.jul.2018. Citaça o 
retirada da pa gina 152). A Polí tica Comparada e uma a rea fundamental para o estudo dos 
processos e feno menos relacionados com a polí tica. Sendo chamados a discorrer 
resumidamente sobre os feno menos que sa o comparados pelos pesquisadores com essa 
abordagem podemos começar informando que a Polí tica Comparada costuma comparar os 
sistemas polí ticos em ní vel nacional. As ana lises costumam ser sobre os sistemas polí ticos, 
sistemas subnacionais (ní vel estadual, cidades, cidades-Estados), supranacionais (regio es, 
sistemas polí ticos de impe rios – otomano, chine s, romano), organizaço es internacionais (Brics, 
Nafta, Unia o Europeia), tipos de sistemas polí ticos (comparaça o entre regimes democra ticos e 
 
 
 
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autorita rios, por exemplo). Podem ser analisados tambe m os elementos ou componentes do 
sistema polí tico, tal como a estrutura do parlamento de diferentes paí ses, polí ticas pu blicas, 
finanças de partidos, sindicatos, instituiço es presentes na democracia direta, leis eleitorais etc. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 02. Polí tica Comparada. Tema 02: O que é comparado? 
 
--- 
 
De modo paralelo ao estabelecimento das principais escolas analí ticas da cie ncia polí tica em 
ní vel internacional foram confeccionadas as regras do jogo, ou seja, os termos legí timos para o 
debate cientí fico e o que deve conferir plausibilidade a s hipo teses construí das a partir de 
diferentes proposiço es analí ticas, buscando a construça o de modelos teo ricos formais e 
explicaço es causais empiricamente fundadas. Na o dispondo de recurso a experimentaça o, 
disponí vel a s cie ncias naturais, resta a investigaça o polí tica o uso de comparaça o como 
procedimento para isolar regularidades e associaço es de causa e efeito. Desde Mill, tem sido 
usual o emprego de comparaço es pelo me todo das semelhanças e das diferenças, isolando 
fatores comuns capazes de explicar efeitos similares ou, em contraste, separando discrepa ncias 
de caracterí sticas comuns, como estrate gia para explicar a produça o de conseque ncias ou 
estruturas distintas (Pennings, Keman e Kleinnijenhuis, 2006; Boix e Stokes, 2007). Fonte: 
MARENCO DOS SANTOS, Andre . “Quando comparamos para explicar: desenhos de pesquisa e 
seque ncias temporais na investigaça o de instituiço es polí ticas”. Revista Brasileira de Ciências 
Sociais, vol. 27, nº 80, pp. 203-217, 2012. Disponí vel em 
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v27n80/v27n80a12.pdf. Acesso em 17.jul.2018. Citaça o 
retirada da pa gina 204, com adaptaço es. 
 
 
Tema: Max Weber, Theda Skocpol e Barrington Moore Jr 
“Provavelmente, o artigo ‘Comparative politics and comparative method’, publicado por Lijphart 
em 1971, influenciou toda uma geraça o de estudos comparados, consagrando a premissa de 
uma distinça o entre me todo estatí stico e comparado e a premissa que este u ltimo se caracteriza 
por um nu mero pequeno de casos: “dada a inevita vel escassez de tempo, energia e recursos 
financeiros, uma ana lise comparativa intensiva de poucos casos pode ser mais promissora do 
que uma ana lise estatí stica mais superficial de muitos casos” (Idem, p. 685). Na o parece difí cil 
reconhecer esta recomendaça o na seminal geraça o de estudoshisto rico-comparativos, como os 
trabalhos de Moore, Bendix, Skocpol, Tilly e Almond e Verb.” (PERISSINOTO, Renato. 
Comparaça o, histo ria e interpretaça o por uma cie ncia polí tica histo rico-interpretativa. Revista 
Brasileira de Ciências Sociais. Vol. 28 n° 83, outubro de 2013. Disponí vel em: 
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v28n83/10.pdf. Acesso em: 28.jul.2018. Citaça o retirada da 
pa gina 209). Para comentar em poucas palavras sobre as contribuiço es contidas no trabalho 
dessa autora e importante ter em mente que Theda Skocpol analisa de maneira comparada 
França, Ru ssia e China. A autora identifica por que alguns paí ses passaram por experie ncias 
revoluciona rias do se culo 18 para o 20 e outros, na o. Como uma alternativa a s perspectivas 
marxistas, da psicologia de massas, do conflito polí tico e da homogeneidade dos sistemas, a 
autora sugere que as causas suficientes para as revoluço es naqueles paí ses foram o colapso 
 
 
 
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militar e administrativo do Estado autocra tico, por conta das presso es externas e revoltas 
camponesas contra os senhores. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 06. Polí tica Comparada. 
Tema 04: Huntington (1968) e Skocpol (1976). 
 
--- 
 
“Quando queremos isolar elementos singulares de feno menos ou casos polí ticos especí ficos, 
estrate gias comparativas do tipo case-based podem constituir recurso u til e promissor para a 
identificaça o de fatores que, de outro modo (em estudos de caso, por exemplo), na o 
perceberí amos como peculiares, ou, inversamente, na ause ncia de controle serí amos tentados 
a atribuir selo de originalidade a eventos comuns a processos similares” (MARENCO DOS 
SANTOS, Andre . “Quando comparamos para explicar: desenhos de pesquisa e seque ncias 
temporais na investigaça o de instituiço es polí ticas”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 
27, nº 80, pp. 203-217, 2012. Disponí vel em http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v27n80/v27n80a12.pdf. 
Acesso em 17.jul.2018. Citaça o retirada da pa gina 213). A partir da leitura do trecho anterior 
pode-se perceber que a Polí tica Comparada permite que os pesquisadores explorem as 
especificidades e contradiço es presentes em diferentes cena rios polí ticos. Para resumir em 
poucas palavras como a ana lise de Barrington Moore Jr. contribuiu para a compreensa o das 
origens sociais da Ditadura e da Democracia em diferentes paí ses precisamos ter em mente que 
esse autor distingue os crite rios normativos e empí ricos da democracia. Essa distinça o foi feita 
na obra “As origens sociais da Ditadura e da Democracia: senhores e camponeses na construça o 
do mundo moderno”, e nela o autor compara a trajeto ria de modernizaça o observada em paí ses 
como Gra -Bretanha, França, Estados Unidos, China, Japa o e I ndia, colocando me primeiro plano 
a forma com que as estruturas de relaço es entre senhores e camponeses levaram a formaça o de 
regimes totalita rios ou democra ticos. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 06. Polí tica 
Comparada. Tema 03 – Lipset (1958) e Moore Jr. (1966). 
 
--- 
 
“Max Weber, como se sabe, lança ma o do me todo histo rico comparativo para identificar a “causa 
fundamental” do capitalismo ocidental. Dessa forma, sabemos que o “Estado racional” e “o u nico 
terreno sobre o qual pode prosperar o capitalismo moderno” (Weber, 1964, p. 285) porque, ao 
comparar paí ses em que o capitalismo moderno esta presente com paí ses em que ele na o 
ocorre, constatamos que, grosso modo, o Estado racional e a u nica varia vel que os diferencia” 
(PERISSINOTO, Renato. Comparaça o, histo ria e interpretaça o por uma cie ncia polí tica histo rico-
interpretativa. Revista Brasileira de Ciências Sociais. Vol. 28 n° 83 outubro de 2013.Disponí vel 
em: http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v28n83/10.pdf. Acesso em: 28.jul.2018. Citaça o 
retirada da pa gina 159). Ressalta-se que muito da discussa o da Polí tica Comparada e baseado 
na ana lise de paí ses individuais ou entre paí ses, o que coloca a abordagem internacional em 
primeiro plano. Para descrever ao menos uma raza o sobre por que a ana lise comparada e 
frequentemente utilizada para estudar o ambiente internacional, e importante ter em mente 
que os paí ses funcionam de maneira globalizada e e quase impossí vel entender um paí s de 
forma isolada. Ate certo ponto, as mudanças nos padro es nacionais sa o resultado da polí tica 
global. Podemos encontrar padro es de semelhanças e diferenças entre paí ses e, o segundo, 
 
 
 
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muitas vezes por conta de mudanças vindas de acordos internacionais e estabelecimento de 
crite rios polí ticos e econo micos de unia o de paí ses (Mercosul, por exemplo) ou paí ses que sa o 
influenciados por outros mais ricos e que possuem uma força supranacional (EUA, China). A 
ana lise que busca comparar interaço es fundamenta-se em compreender a polí tica tal como ela 
e : complexa. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 05. Polí tica Comparada. Tema 04: 
Perspectivas de Análise: ambiente internacional e interações. 
 
--- 
 
Recuperar uma vocaça o nomolo gica voltada para a construça o de infere ncias causais com 
evide ncias e bases mais so lidas exige um acerto de contas com duas noço es fortemente 
consolidadas na tradiça o dos estudos comparados: em primeiro lugar, a crença de que o me todo 
comparado caracteriza-se por muitas variáveis, poucos casos; em segundo, o uso quase 
automa tico de desenhos comparativos sincro nicos, a despeito dos limites e dos problemas que 
possam estar a eles associados. (...) Em seu cla ssico As origens sociais da ditadura e da 
democracia, Barrington Moore ([1967] 1983) na o precisou mais do que tre s casos para 
reconstruir as rotas enta o conhecidas para a modernidade democra tica: Inglaterra, França e 
Estados Unidos. Theda Skocpol (1979) fixou-se na Ru ssia, na China e na França para dissecar as 
revoluço es modernas. Com apenas cinco casos, Almond e Verba (1963) registraram as 
diferenças entre contextos impregnados por cultura cí vica aqueles dominados por culturas 
paroquiais ou de sujeiça o. Naquele momento, me todo comparado fora compreendido 
fortemente como modelo de estudos case-based, em oposiça o a investigaço es variable-based, 
nos termos estabelecidos por Ragin e Zaret (1983). Trata-se de valorizar a dimensa o histo rico-
comparativa de casos coletados e densamente reconstituí dos em mu ltiplas varia veis. Fonte: 
MARENCO DOS SANTOS, Andre . “Quando comparamos para explicar: desenhos de pesquisa e 
seque ncias temporais na investigaça o de instituiço es polí ticas”. Revista Brasileira de Ciências 
Sociais, vol. 27, nº 80, pp. 203-217, 2012. Disponí vel em 
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v27n80/v27n80a12.pdf. Acesso em 17.jul.2018. Citaça o 
retirada da pa gina 209. 
 
--- 
 
Como ponto de partida, e u til reconhecer que grande parte do nosso pensamento sobre a 
natureza da pesquisa comparada prove m do pensamento e debate do se culo XIX. As ideias de 
Max Weber e Karl Marx sa o particularmente significantes. Por exemplo, Marx interpretou a 
estrutura do Estado como monolí tica e aliada aos interesses da classe dominante no poder, 
enquanto Weber viu essa mesma estrutura como sancionando uma pluralidade de interesses. 
Marx viu todas as formas de dominaça o no Estado capitalista como ilegí timas, e Weber 
examinou as formas legí timas de dominaça o. Marx defendia a aboliça o do Estado e suas classes, 
enquanto Weber encarava o crescimento do Estado via legitimaça o das suas atividades. Marx 
analisou mudanças no Estado e na classe dominante como reflexo es do materialismo histo rico 
e a interaça o conflitiva entre as relaço es sociais e as forças de produçao que te m caracterizado 
va rias e pocas. Por contraste, Weber preocupou-se com a resoluça o do conflito via 
racionalizaça o da ordem burocra tica, pois ele via o capitalismo europeu como promotor de uma 
 
 
 
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forma de sociedade esta vel e muito racional. Enquanto os dois examinaram o uso de força bruta 
ou viole ncia, Marx viu o Estado apenas como um sutil instrumento de coerça o para dominar a 
camada inferior, e Weber ofereceu uma explicaça o mais restrita que unia força estatal e 
viole ncia com legitimidade. Fonte: CHILCOTE, Ronald. H. “Perspectivas alternativas de polí tica 
comparada” Revista de Ciência Política, vol. 31, nº 2, pp. 53, 1988. Disponí vel em 
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rcp/article/view/60020/58342 Acesso em 
17.jul.2018. 
 
 
Tema: O institucionalismo e a teoria da escolha racional 
 
“A segunda abordagem para analisar a polí tica de forma comparada e a que considera os 
interesses que os atores esta o buscando a partir da aça o polí tica, que tem aumentado com o 
predomí nio do paradigma da escolha racional”. Como se pode ver no trecho citado, os interesses 
sa o utilizados como forma de abordagem da ana lise comparada. Podemos discorrer 
resumidamente sobre como a teoria da escolha racional entende o comportamento dos 
indiví duos tendo mente que essa teoria parte do pressuposto que os indiví duos esta o 
interessados na maximizaça o da utilidade e se envolvem na aça o polí tica para receber 
benefí cios (normalmente materiais) ou evitar custos. O comportamento e motivado pelo 
interesse individual e o comportamento coletivo e a agregaça o desses comportamentos 
individuais, a partir de negociaço es, conflitos e instituiço es formais. Fonte: Rota de 
Aprendizagem da Aula 05. Polí tica Comparada. Tema 02: Perspectivas de Análise: interesses. 
 
--- 
 
“Ha va rias abordagens para o institucionalismo e todas focam no papel central das estruturas 
institucionais no comportamento dos indiví duos e na formaça o de polí ticas. As instituiço es 
tambe m podem ser definidas, ale m dos padro es institucionais formais, por suas regras e 
rotinas” Ale m da abordagem institucionalista em polí tica comparada, pode-se destacar a 
perspectiva da governança nessa disciplina. A abordagem da governança e mais pro xima ao 
estrutural-funcionalismo, tanto em generalizaça o quanto em escopo. Essa abordagem define 
que determinadas tarefas devem ser realizadas para governar uma sociedade (possibilitar o 
governo) e postula que estas podem ser realizadas de diversas maneiras. Os estudiosos da 
governança esta o preocupados nos pape is que os atores sociais podem desempenhar no 
processo de elaboraça o e implementaça o de deciso es polí ticas. Fonte: Rota de Aprendizagem 
da Aula 04. Polí tica Comparada. Tema 05: Outras abordagens: institucionalismo e governança. 
 
--- 
 
Como explicar a coexiste ncia entre estrate gias polí ticas maximizadoras por agentes polí ticos 
com a presença de equilí brios sociais e estabilidade institucional? Paradoxos da escolha social 
conduzindo a elevados custos de transaça o e ause ncia de estabilidade institucional haviam sido 
 
 
 
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descritos por Arrow (1951) em seu teorema da impossibilidade. Da mesma forma, para Riker 
(1962) o axioma do indiví duo racional deveria produzir equilí brio social e institucional 
preca rios, traduzidos em inconsiste ncia deciso ria e ciclos de maioria. Em contraste com este 
diagno stico, a literatura institucionalista a partir dos anos de 1980 destacou o papel das 
instituiço es polí ticas como promotoras de um structure-induced equilibrium. O argumento 
institucionalista de que instituiço es importam, na medida em que induzem prefere ncias e 
escolhas, resolvem problemas de coordenaça o e selecionam resultados de polí ticas pu blicas, 
torna-se especialmente persuasivo quando amparado por casos exemplares de 
constrangimentos produzidos por procedimentos institucionais. A agenda de pesquisa 
construí da em torno de conseque ncias polí ticas das regras eleitorais provavelmente e a a rea em 
que a demonstraça o dos efeitos provocados por instituiço es polí ticas tenha apresentado 
evide ncias mais robustas. Fonte: MARENCO DOS SANTOS, Andre . “Quando comparamos para 
explicar: desenhos de pesquisa e seque ncias temporais na investigaça o de instituiço es 
polí ticas”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 27, nº 80, pp. 203-217, 2012. Disponí vel em 
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v27n80/v27n80a12.pdf. Acesso em 17.jul.2018. Citaça o 
retirada da pa gina 205. 
 
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Parece possí vel identificar pelo menos dois conjuntos de questo es que desafiam o potencial da 
teoria institucionalista para oferecer um modelo adequado a explicar o efeito causal de 
instituiço es sobre processos e comportamentos polí ticos: [1] em primeiro lugar, a ause ncia de 
uma interpretaça o generalizante capaz de identificar quais e sob que condiço es instituiço es sa o 
eficazes e, de fato, importam, explicando por que sob certos contextos instituiço es em curso na o 
se mostram eficazes em resolver problemas de coordenaça o social, nem tampouco produzem 
os efeitos preditos pelo modelo ou suas verso es; [2] paralelamente, o desafio consiste em 
endogeneizar a causalidade atribuí da a s instituiço es, explicando as condiço es de origem e 
formaça o de estruturas polí ticas que ira o, uma vez constituí das, condicionar as escolhas dos 
agentes e os resultados de conflitos polí ticos. Poder-se-ia argumentar que um modelo de 
explicaça o institucional generalizante capaz de satisfazer a condiça o [1] e reconhecido na 
hipo tese de Lijphart, sobre a associaça o entre arranjos power-sharing e estabilidade 
polia rquica. Deciso es compartilhadas e limites ao exercí cio de poder de maiorias seriam 
responsa veis pela constituiça o de um equilí brio subo timo, no qual os agentes polí ticos na o 
teriam interesse ou recursos para perseguir estrate gias de mudança institucional. Fonte: 
MARENCO DOS SANTOS, Andre . “Quando comparamos para explicar: desenhos de pesquisa e 
seque ncias temporais na investigaça o de instituiço es polí ticas”. Revista Brasileira de Ciências 
Sociais, vol. 27, nº 80, pp. 203-217, 2012. Disponí vel em 
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v27n80/v27n80a12.pdf. Acesso em 17.jul.2018. Citaça o 
retirada da pa gina 205. 
 
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Diversas caracterí sticas do sistema eleitoral contribuí ram para a formaça o de um sistema 
multipartida rio fragmentado em que o partido do presidente quase nunca tem maioria no 
 
 
 
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Congresso. A situaça o do presidencialismo em minoria permanente leva facilmente a impasses 
entre o executivo e o legislativo, que resultam em imobilismo polí tico. Devido ao calenda rio 
eleitoral rí gido do sistema presidencialista, na o existem meios institucionais para lidar com 
essa situaça o de presidentes que na o dispo em de sustentaça o esta vel no Congresso. O cara ter 
extremamente frouxo dos partidos brasileiros exacerbou esse problema. Quando os presidentes 
sa o populares, polí ticos de todas as colocaço es e matizes os apoiam, mas quando perdem 
popularidade frequentemente encontram dificuldade em encontrar apoio ate mesmo em seus 
pro prios partidos. Defecço es em perí odos de adversidade tornam difí cil aos presidentes 
implementar medidas coerentes que poderiam redirecionar substancialmente as polí ticas do 
governo — precisamente o que e necessa rio em tempos de crise. Fonte: MAINWARING, Scott. 
“Democracia Presidencialista multipartida ria: o caso do Brasil”.Lua Nova: Revista de Cultura e 
Política, nº 28-29, sem paginaça o, 1993. Disponí vel em http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
64451993000100003 Acesso em 17.jul.2018. 
 
 
Tema: Tradições da Política Comparada 
“Desde Mill, tem sido usual o emprego de comparaço es pelo me todo das semelhanças e das 
diferenças, isolando fatores comuns capazes de explicar efeitos similares ou, em contraste, 
separando discrepa ncias de caracterí sticas comuns, como estrate gia para explicar a produça o 
de conseque ncias ou estruturas distintas” (MARENCO DOS SANTOS, Andre . “Quando 
comparamos para explicar: desenhos de pesquisa e seque ncias temporais na investigaça o de 
instituiço es polí ticas”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 27, nº 80, pp. 203-217, 2012. 
Disponí vel em http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v27n80/v27n80a12.pdf. Acesso em 
17.jul.2018. Citaça o retirada das pa ginas 204-205). O termo política comparada origina-se do 
modo como a investigaça o empí rica da questa o “como funciona a polí tica” e realizada. Essa a rea 
de ana lise dos feno menos polí ticos possui tradiço es diferentes, que incluem formas distintas de 
estudar e compreender a polí tica. Para Daniele Caramari essas diferenças podem ser 
organizadas em tre s abordagens: a primeira prioriza estudos de paí ses de forma individual que 
depois sa o comparados com outros paí ses; a segunda analisa as regras e normas do me todo 
comparativo, e esta preocupada em aumentar o potencial de acumulaça o descritiva dos casos; 
e a terceira foca na explicaça o causal. Aqui o centro e a empiria e o me todo, na identificaça o das 
diferenças e semelhanças entre os casos analisados, em busca de relaço es causais entre 
varia veis. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 02. Polí tica Comparada. Tema 04: Tradições da 
Política Comparada, adaptado. 
 
--- 
 
“Ocorre a partir de 1989 ate os dias atuais, a segunda revoluça o cientí fica na Polí tica 
Comparada, impulsionada pela seça o de Polí tica Comparada da Associaça o Americana de 
Cie ncia Polí tica, com o intuito de sanar a fragmentaça o induzida por essa a rea de pesquisa na 
Cie ncia Polí tica” Para comentar brevemente sobre a importa ncia da Teoria da Escolha Racional 
para o estudo da Polí tica Comparada ha que se ter em mente que, na atualidade, essa disciplina 
sofre a influe ncia da teoria da escolha racional, que imprime um vie s mais economicista nas 
 
 
 
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ana lises, ale m do aumento da utilizaça o de recursos estatí sticos em novas questo es, como o 
voto, eleiço es, formaça o de governo, polí tica econo mica etc. Com a expansa o de conjuntos de 
dados disponí veis sobre os paí ses, no que diz respeito a infraestrutura de pesquisa quantitativa 
na comparada, um novo contexto de ampla democratizaça o, novos problemas de pesquisa 
puderam ser analisados com maior grau de sofisticaça o. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 
04. Polí tica Comparada. Tema 02 – A Política comparada na Atualidade. 
 
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“As diferenças entre Teoria Polí tica, Relaço es Internacionais e Polí tica Comparada podem ser 
identificadas em seus objetivos, pra tica e objetos” A Polí tica Comparada e constantemente 
utilizada para analisar e compreender determinados feno menos polí ticos em paí ses diferentes. 
No entanto, esse fato na o torna essa ana lise igual aos estudos de Relaço es Internacionais. Dessa 
maneira, sendo chamados a discorrer sobre as principais distinço es entre o foco de ana lise da 
Polí tica Comparada e das Relaço es Internacionais, para resumir esse assunto em poucas 
palavras ha que se ter em mente que as Relaço es Internacionais estudam, entre outras coisas, 
as relaço es entre sistemas polí ticos distintos – sobre o come rcio, poder, conflito, guerra –, ao 
passo que a Polí tica Comparada trata das interaço es entre os sistemas polí ticos. Ela (polí tica 
comparada) na o ira analisar o conflito em si, mas quais atores envolvidos e por que o partido 
no governo decidiu pela intervença o militar, quem e a base do partido na sociedade, qual 
influe ncia dos grupos de pressa o sobre esse tema etc. A Polí tica Comparada na o ignora 
necessariamente as influe ncias externas ao objeto estudado, mas seu foco e a configuraça o 
dentro do sistema polí tico. Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 02. Polí tica Comparada. Tema 
05 - Diferenças entre Teoria, Política Comparada e Relações Internacionais 
 
--- 
 
Metodologicamente, polí tica econo mica deve ser compreendida nas suas tradiço es marxistas e 
na o-marxistas. As direço es de pensamento em polí tica e cie ncia social sa o hoje entendidas em 
termos do pensamento passado. Por exemplo, John Locke relacionou trabalho com propriedade 
privada e riqueza e valorizou o esforço individual para satisfazer as necessidades humanas. 
Adam Smith formulou uma teoria de valor do trabalho baseada nos temas de mercadoria, 
capital e valor e trabalho simples e complexo. Ele identificou leis do mercado que explicam a 
motivaça o do interesse pessoal em situaço es competitivas. David Ricardo proporcionou 
refinamentos de polí tica econo mica, defendendo a acumulaça o de capital como base de 
expansa o econo mica. Acreditava ele que o Estado na o deve interferir na economia e que, ao 
ní vel internacional, a divisa o do trabalho e a polí tica de livre come rcio beneficiam todas as 
naço es. Havia tambe m utopistas como Saint-Simon que expressavam tende ncias socialistas. 
Marx transcendeu as ideias dos utopistas e liberais cla ssicos para propor a teoria da mais-valia 
(surplus value) e uma explicaça o da luta de classes. Desses pensadores podemos sugerir 
algumas diretrizes para o estudo de polí tica econo mica. Pedagogicamente, ideias convencionais 
(mainstream) podem ser distinguidas das ideias radicais. Assim, noço es conservadoras ou 
liberais podem diferenciar do pensamento marxista. Teoricamente, o pensamento marxista 
pode ser holí stico, compensador, unificado e interdisciplina rio em contraste com "a-historico", 
 
 
 
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compartimentalizado, e muitas vezes estreito para metro do pensamento convencional. Este uso 
do marxismo deve ser aberto e flexí vel, pois Marx mesmo considerava o marxismo na o-acabado 
e sujeito a mudanças, de acordo com a experie ncia real e pra tica. Metodologicamente, a diale tica 
pode servir como me todo em busca de entendimento. Marx uniu a diale tica com uma 
perspectiva materialista da histo ria, enquanto que Hegel delineou uma diale tica mí stica e 
idealí stica como um sistema rí gido. O uso do marxismo serve na o como uma fo rmula precisa, 
mas como um meio para observar a inter-relaça o dos problemas da sociedade em todo, como 
uma inter-relaça o dina mica, na o esta tica. de examinar problemas, e como maneira de identificar 
forças opostas, suas relaço es e conflitos. Conceitualmente, polí tica econo mica deve focalizar a 
relaça o entre a base econo mica e a superestrutura polí tica. Fonte: CHILCOTE, Ronald. H. 
“Perspectivas alternativas de polí tica comparada” Revista de Ciência Política, vol. 31, nº 2, pp. 
54, 1988. Disponí vel em http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rcp/article/view/60020/58342 
Acesso em 17.jul.2018. 
 
 
Tema: Perspectivas de Análise 
“A maioria das pesquisas em Cie ncia Polí tica e comparada e positivista. O principal suposto do 
positivismo e que os feno menos sa o observa veis e verifica veis da mesma forma por indiví duos 
diferentes e mensurados do mesmo modo que nas cie ncias naturais, com mediço es 
quantitativas, testes de hipo teses e formaça o teo rica”. As ana lises de Polí tica Comparada 
frequentemente fazem uso de abordagens metodolo gicas positivistas para estudar osfeno menos polí ticos. Todavia, o construtivismo tem se mostrado uma perspectiva importante e 
vem sendo cada vez mais empregado ao estudo da Polí tica Comparada. Para caracterizar em 
poucas palavras as contribuiço es da perspectiva construtivista para Polí tica Comparada vale 
mencionar que o construtivismo, diferentemente do positivismo, na o distancia os valores dos 
feno menos observados. Essa perspectiva coloca que os fatos sa o socialmente incorporados e 
socialmente construí dos. Assim, na o tem como o pesquisador social ficar de fora dos feno menos 
polí ticos analisados, como um observador objetivo, mas seus pro prios entendimentos sociais e 
culturais sa o parte dos feno menos observados e todos esses elementos sa o incorporados a 
ana lise polí tica comparada. Dessa maneira, o estudo dos feno menos polí ticos de forma 
comparada deve considerar as especificidades de varia veis como ideias, interesses, identidades 
e interaço es sociais em cada contexto analisado e como elas interferem na conformaça o de 
normas, ventos e feno menos polí ticos distintos ou similares. Fonte: Rota de Aprendizagem da 
Aula 04. Polí tica Comparada. Tema 03: Outras abordagens: positivismo e construtivismo. 
 
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“A maioria das pesquisas em Cie ncia Polí tica e comparada e positivista. O principal suposto do 
positivismo e que os feno menos sa o observa veis e verifica veis da mesma forma por indiví duos 
diferentes e mensurados do mesmo modo que nas cie ncias naturais, com mediço es 
quantitativas, testes de hipo teses e formaça o teo rica”. As ana lises de Polí tica Comparada 
frequentemente fazem uso de abordagens metodolo gicas positivistas para estudar os 
 
 
 
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feno menos polí ticos. Todavia, o construtivismo tem se mostrado uma perspectiva importante e 
vem sendo cada vez mais empregado ao estudo da Polí tica Comparada. Para caracterizar em 
poucas palavras as contribuiço es da perspectiva construtivista para Polí tica Comparada vale 
mencionar que o construtivismo, diferentemente do positivismo, na o distancia os valores dos 
feno menos observados. Essa perspectiva coloca que os fatos sa o socialmente incorporados e 
socialmente construí dos. Assim, na o tem como o pesquisador social ficar de fora dos feno menos 
polí ticos analisados, como um observador objetivo, mas seus pro prios entendimentos sociais e 
culturais sa o parte dos feno menos observados e todos esses elementos sa o incorporados a 
ana lise polí tica comparada. Dessa maneira, o estudo dos feno menos polí ticos de forma 
comparada deve considerar as especificidades de varia veis como ideias, interesses, identidades 
e interaço es sociais em cada contexto analisado e como elas interferem na conformaça o de 
normas, ventos e feno menos polí ticos distintos ou similares. Fonte: Rota de Aprendizagem da 
Aula 04. Polí tica Comparada. Tema 03: Outras abordagens: positivismo e construtivismo. 
 
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“Assim, longe de propor um “retorno (exege tico) a Marx”, da mesma maneira que seu inspirador 
mais imediato, Louis Althusser, Poulantzas reconhecia e afirmava de maneira explí cita as 
deficie ncias e os limites do esquema analí tico e do me todo de exposiça o elaborados pelos 
cla ssicos do marxismo (embora, naturalmente, estas refere ncias se constituam em ponto de 
partida de qualquer reflexa o que se propusesse a permanecer dentro do campo teo rico 
marxista), assim como a necessidade de um dia logo teo rico-metodolo gico franco e aberto com 
as diferentes correntes da ana lise polí tica produzidas no ambiente acade mico de enta o” 
(BRAGA, Se rgio. “Poder, formas de dominaça o e Estado no dia logo entre Nicos Poulantzas e a 
sociologia polí tica norte-americana” Revista Brasileira de Ciência Política, nº 5, pp. 109-137, 
2011. Disponí vel em: http://www.scielo.br/pdf/rbcpol/n5/a05n5.pdf. Acesso em 17.jul.2018.) 
Nicos Poulantzas e um importante autor que adota uma perspectiva marxista em seus 
trabalhos, incluindo ‘A Crise das Ditaduras: Portugal, Gre cia e Espanha’, no qual o autor faz um 
estudo comparado entre esses paí ses. Se quisermos discorrer resumidamente sobre como as 
abordagens marxistas realizam estudos de polí tica comparada, precisamos ter em mente que, 
via de regra, as pesquisas que se utilizam da abordagem marxista costumam analisar o conflito 
de classes, para verificar as diferenças entre os sistemas polí ticos. As ana lises marxistas 
costumam oferecer prediço es empí ricas sobre as diferenças entre sistemas e postulam um 
padra o de desenvolvimento por meio da revoluça o e ditadura do proletariado. Fonte: Rota de 
Aprendizagem da Aula 04. Polí tica Comparada. Tema 04: Outras abordagens: marxismo e 
corporativismo. 
 
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A ause ncia de uma diretriz coerente ou um entendimento comum sobre o conteu do apropriado 
e a teoria de polí tica comparada esta provavelmente relacionada com uma insatisfaça o geral 
que penetra a disciplina mesma de cie ncia polí tica. Na o e surpreendente, pois, que acade micos 
e alunos procurem perspectivas alternativas quando tentam definir o que e estudo de polí tica. 
Outras disciplinas, notavelmente antropologia, economia, histo ria e sociologia voltaram-se para 
 
 
 
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o pensamento radical na tentativa de definir e modificar seus esforços. (...) Na busca de uma 
polí tica comparada alternativa, va rias hipo teses podem ser sugeridas. Primeiro, deve-se 
enfatizar que teoria e clara conceitualizaça o sa o a esse ncia da pesquisa quando analisamos 
situaço es diferentes; em contraste, a disciplina continua lutando com o legado de uma 
perspectiva comparada, essencialmente descritiva e configurativa, isto e , voltada para estudos 
de naço es individuais ou instituiço es. Polí tica comparada inclui mais do que estudo sobre 
governo, especialmente o governo americano, que tem influenciado os valores e suposiço es 
sobre o que e e como no s devemos estudar polí tica. (CHILCOTE, Ronald. H. “Perspectivas 
alternativas de polí tica comparada” Revista de Ciência Política, vol. 31, nº 2, p. 52, 1988. 
Disponí vel em http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rcp/article/view/60020/58342 
Acesso em 17.jul.2018.) Para explicar por que a Cie ncia Polí tica a questiona a ideia de que a 
democracia representativa seria um regime polí tico inevita vel e importante ter em mente que 
essa noça o (inevitabilidade da democracia representativa) se tornou insustenta vel com os 
desdobramentos da segunda grande guerra. Alguns aspectos foram fundamentais para a 
mudança de posiça o da Cie ncia Polí tica, de um otimismo exacerbado para um clima de du vida 
e a adoça o enta o de uma nova abordagem. Sa o eles: maior nu mero de sistemas polí ticos, a 
manifestaça o nacional de outras naço es no Oriente Me dio, A frica e A sia, a perda de influe ncia e 
domí nio de paí ses da Europa ocidental e EUA, difusa o de ex-colo nias e semicolo nias, o 
surgimento do comunismo como uma concorrente na estruturaça o dos sistemas nacionais e do 
sistema polí tico internacional e o surgimento de age ncias paraestatais, como partidos polí ticos, 
movimentos sociais e grupos de interesse. Esse ceticismo e hesitaça o na polí tica no mundo 
ocidental po s-guerra estimulou o surgimento de novos esforços e abordagens para a criaça o de 
uma nova ordem intelectual sob novo paradigma na Cie ncia Polí tica, a fim de possibilitar a 
ana lise dessa nova realidade. As categorias antigas, institucionais (centradas no Estado), na o se 
encaixavam mais nos novos casos a serem estudados. Tambe m se tornou evidente que os 
conceitos ocidentais na o tinham o mesmo significado nos paí ses do mundo na o ocidental. Fonte: 
Rota de Aprendizagem da Aula 03. Política Comparada. Tema 01: A comparação antes da 
revolução comportamentalista, adaptado. 
 
--- 
 
O enigma recorrente que demarca a agenda das cie ncias sociais esta em revelar os mecanismos 
que constituem as relaço es de influe ncia recí proca entre estruturas (instituiço es, organizaço es, 
grupos) e aço es individuais. Trata-se de desvendar as condiço es que permitem a produça o de 
equilí brios sociais, caracterizados por circunsta ncias nas quais nenhum agente possui 
incentivos para alterar estrate gias ou curso de aça o, desde que os demais tambe m na o o façam. 
Disso decorre o desafio em explicar a origem, a estabilidade e a mudança, bem como as 
variaço es observadas na configuraça o das instituiço es polí ticas: por que algumas naço es 
possuem instituiço es democra ticas e outras na o? Por que certas democracias sa o esta veis, 
enquanto outras apresentam ciclos ende micos de crise institucional? Quais fatores podem 
explicar as diferenças registradas em regimes polia rquicos, como relaço es Executivo-
Legislativo, fo rmula eleitoral, sistemas partida rios, estrutura federativa, escolha por polí ticas 
keynesianas ou monetaristas? De alguma forma, as principais escolas analí ticas constituí das na 
cie ncia polí tica internacional durante o u ltimo se culo – pluralismo, nos anos de 1930, 
behaviorismo, nos anos de 1950, sociologia polí tica e individualismo metodolo gico, nas de cadas 
 
 
 
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de 1960 e 1970, neoinstitucionalismo(s), dos anos de 1990 em diante – procuraram construir 
infere ncias causais aptas a explicar como estruturas condicionam valores, comportamentos ou 
prefere ncias dos agentes ou, inversamente, como estes e suas crenças modelam aquelas 
estruturas (Goodin, 2009). Fonte: MARENCO DOS SANTOS, Andre . “Quando comparamos para 
explicar: desenhos de pesquisa e seque ncias temporais na investigaça o de instituiço es 
polí ticas”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 27, nº 80, pp. 203-217, 2012. Disponí vel em 
http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v27n80/v27n80a12.pdf. Acesso em 17.jul.2018. Citaça o 
retirada da pa gina 204. 
 
--- 
 
A polí tica comparada contempora nea e influenciada por estes e outros pensadores. No entanto, 
desde 1953, a disciplina tem redefinido seu paradigma, atrave s em grande parte da metodologia 
weberiana e positivista da cie ncia social. Sob a direça o do Comite de Polí tica Comparada do 
Conselho de Pesquisa de Cie ncia Social, a disciplina foi organizada em quatro "a reas" 
tradicionais. No começo dos anos 50 David Easton introduziu o conceito de "sistema" para 
polí tica, junto com um vocabula rio de inputs e outputs, demandas e suportes, e feedback. 
Parcialmente influenciado por Easton, mas tambe m pela teoria de grupo e o trabalho de 
antropologistas e socio logos estruturalistas, Gabriel AImond primeiro apresentou uma 
tipologia de sistemas polí ticos e depois salientou categorias de funço es e estruturas que 
relacionavam com todos os sistemas polí ticos. Dentro deste sistema, Almond tambe m 
introduziu uma dimensa o cultural para polí tica comparada. Junto com Sydney Verba, ele aplicou 
o conceito de cultura cí vica a um estudo de cinco naço es e formulou uma tipologia de culturas 
polí ticas. Com o surgimento de novos estados no Terceiro Mundo, Almond e outros dirigiram a 
atença o para as a reas em desenvolvimento e para questo es de desenvolvimento no mundo. Por 
u ltimo, durante os anos 60, a pesquisa voltou- se para o estudo de elites. Fonte: CHILCOTE, 
Ronald. H. “Perspectivas alternativas de polí tica comparada” Revista de Ciência Política, vol. 31, 
nº 2, pp. 53, 1988. Disponí vel em http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rcp/article/view/60020/58342 
Acesso em 17.jul.2018. 
 
--- 
 
Recentemente, Easton reviu alguns trabalhos marxistas sobre a teoria do Estado, contrastando 
estes com sua pro pria contribuiça o para a teoria de sistemas. Observou que o conceito de 
Estado na cie ncia social contempora nea foi ressuscitado na o so pelos trabalhos marxistas, em 
particular a teoria de Nicos Poulantzas, mas por “acade micos” interessados em estudar o poder 
autorita rio, liberalismo econo mico e ana lise polí tica (policy analysis). Pore m Easton continua a 
expressar preocupaça o sobre a imprecisa o conceitual de um termo como Estado. Reconhecendo 
que o interesse renovado sobre este vem representando “um desafio necessa rio a 
pressuposiça o ideolo gica da pesquisa social convencional”, ele, pore m, pediu aos marxistas para 
abandonarem o conceito de Estado: “A perspectiva central do marxismo nas suas va rias formas 
depende menos da noça o de Estado do que da noça o de modos de produça o, conflito de classes 
e ‘contradiço es’.” Ele acreditava que Nicos Poulantzas fizera um esforço nota vel para ressuscitar 
o conceito, mas em u ltima ana lise sua teoria era obscura e teoricamente complexa; temos que 
 
 
 
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questionar sua adequaça o teo rica e sua potencialidade operacional para uma pesquisa empí rica 
e teo rica. Enquanto “O Estado punha o sistema polí tico em estado-de-sí tio”, Easton tinha 
expectativas para uma “ana lise mais rigorosa”. Ele na o reconhecia que sua pro pria formulaça o 
na o resolvesse este problema para a cie ncia polí tica. Ainda mais enquanto estava certo em 
enfatizar o modo de produça o e o conflito de classes como principais conceitos de orientaça o 
da ana lise marxista, a atença o ao Estado e seus dispositivos na o podem ser ignorados, como 
Marx sugeriu no relacionamento diale tico entre o Estado e a base econo mica da sociedade. 
Atualmente, os cientistas polí ticos que usam a metodologia marxista te m mostrado 
considera vel interesse no estudo de Estado e classe. Fonte: CHILCOTE, Ronald. H. “Perspectivas 
alternativas de polí tica comparada” Revista de Cie ncia Polí tica, vol. 31, nº 2, pp. 56, 1988. 
Disponí vel em http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rcp/article/view/60020/58342 
Acesso em 17.jul.2018. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Cie ncia Polí tica | Tutoria 
Bacharelado em Relaço es Internacionais | Tutoria 
19 
 
 
Refere ncias de leitura complementar para Polí tica Comparada 
 
 
BOHN, Simone “Política Comparada: Um 
Mapeamento do Debate entre Propostas Teóricas e 
Metodologias de Pesquisa Alternativas” Revista 
Brasileira de Informação Bibliográfica em 
Ciências Sociais – BIB, nº59, pp. 61-80, 2015. 
Disponível em 
<http://www.anpocs.com/index.php/edicoes-
anteriores/bib-59/571-politica-comparada-um-
mapeamento-do-debate-entre-propostas-teoricas-
e-metodologias-de-pesquisa-alternativos/file> 
Acesso em 17.jul.2018. 
BRAGA, Sérgio. “Poder, formas de dominação e 
Estado no diálogo entre Nicos Poulantzas e a 
sociologia política norte-americana” Revista 
Brasileira de Ciência Política, nº 5, pp. 109-137, 
2011 Disponível em 
<http://dx.doi.org/10.1590/S0103-
33522011000100005> Acesso em 17.jul.2018. 
CANO, Ignacio. “Nas trincheiras do método: o ensino 
da metodologia das ciências sociais no Brasil” 
Sociologias, vol. 14, nº 31, pp. 94-119, 2012. 
Disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/S1517-
45222012000300005> Acesso em 17.jul.2018. 
CHILCOTE, Ronald. H. “Perspectivas alternativas de 
política comparada” Revista de Ciência Política, 
vol. 31, nº 2, pp. 52-65, 1988. Disponível em 
<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rcp/article
/view/60020/58342> Acesso em 17.jul.2018. 
MAINWARING, Scott. “Democracia Presidencialista 
multipartidária: o caso do Brasil” Lua Nova: 
Revista de Cultura e Política, nº 28-29, pp. 21-74, 
1993. Disponível em 
<http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
64451993000100003> Acessoem 17.jul.2018. 
MARENCO DOS SANTOS, André. “Quando 
comparamos para explicar: desenhos de pesquisa e 
sequências temporais na investigação de 
instituições políticas” Revista Brasileira de 
Ciências Sociais, vol. 27, nº 80, pp. 203-217, 2012. 
Disponível em <https://dx.doi.org/10.1590/S0102-
69092012000300012> Acesso em 17.jul.2018. 
PERISSINOTTO, Renato. “Comparação, história e 
interpretação: por uma ciência política histórico-
interpretativa”. Revista Brasileira de Ciências 
Sociais, São Paulo, v. 28, n. 83, p. 151-165, outubro, 
2013. Disponível em 
<http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
69092013000300010> Acesso em 17.jul.2018.

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