Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mitocôndrias Érika Morais, Guilherme Ferreira Henrique Andrade, Samuel Silva Stéfany Torres, Wellington Pereira Estrutura e organização mitocondrial (Junqueira e Carneiro, 2012) Transformação e armazenamento de energia - A energia utilizada pelas células eucariontes para realizar suas atividades provém da ruptura de ligações cova-lentes. - Na fotossíntese, graças ao pigmento clorofila, processa-se a acumulação da energia solar. - As células, porém, não usam diretamente a energia liberada dos hidratos de carbono e gorduras. - O citoplasma contém energia acumulada nos depósitos de moléculas. - As células desenvolveram um sistema que oxida lentamente os nutrientes. Glicose anaeróbica -Processo pelo qual uma sequência de aproximadamente 11 enzimas do citosol promove transformações. -O ATP se forma a partir do ADP e do fosfato inorgânico. -Essa degradação da glicose não necessita de oxigênio. Fosforilação oxidativa - Após o surgimento do oxigênio na atmosfera, desenvolveu-se uma nova via metabólica. -Na fosforilação oxidativa, o piruvato é oxidado até se formarem água e gás carbônico. -Mecanismos da oxidação fosforilativa. ● Produção de acetilcoenzima A ● Ciclo do ácido cítrico ● Sistema transportador de elétrons. Produção de acetilcoenzimaA -Produzida a partir da coenzima A e de acetato originados do piruvato ou da β-oxidação dos ácidos graxos -Complexo desidrogenase do piruvato -Transferência de ácidos graxos para a matriz da mitocôndria Ciclo do ácido cítrico - Sequência cíclica de reações enzimáticas - Os elétrons são captados por moléculas complexas como o NAD, o FAD e os citocromos - Condensação da acetil-CoA com ácido oxalacético - Produzir elétrons com alta energia e prótons Principais processos da respiração celular aeróbica Sistema transportador de elétrons -Cadeia formada por enzimas e compostos não enzimáticos -Lugares em que ocorre a síntese de ATP -Existe um fluxo constante de ADP para dentro e ATP para fora da mitocôndria -Quanto ao rendimento energético, a mitocôndria é muito mais eficiente do que os motores construídos pelo homem As mitocôndrias situam-se em locais próximos aos que necessitam de energia -Organelas de forma arredondada ou alongada -Mais numerosas nas células com metabolismo energético alto -Concentração de mitocôndrias nas células transportadoras de íons Eletromicrografia de músculo cardíaco DNA mitocondrial As mitocôndrias se originam pelo crescimento e divisão das mitocôndrias preexistentes. - Formato circular; - Circunferência de 5 a 6 μm; - Apresenta em várias cópias; Eletromicrografias de moléculas circulares de DNA, isoladas de mitocôndrias de fibroblastos de camundongo. A.F. 50.000x e 40.000x (Junqueira e Carneiro, 2012) DNA das mitocôndrias humanas Transcrição 2 genes rRNA 22 genes tRNA 13 genes mRNA 16.569 nucleotídeos Origem das mitocôndrias Teoria endossimbiótica - Proposta pela microbiologista Lynn Margulis, na década de 60. Foi bastante contestada até ser aceita pela comunidade científica. Sinais que reforçam a Endossimbiose - Grande semelhança entre o funcionamento e constituição; - Sintetizam algumas de suas próprias proteínas, de modo muito semelhante; - Possuem aproximadamente do mesmo tamanho; - DNA muito parecido; Doenças Mitocondriais Histórico - 1959 - Doença de Luft: descrita por Ernester et al. - 1963 - Descoberta do DNAmt - 1977 - Encefalomiopatia mitocondrial por Shapira et al. - 1981 - Caracterização completa da sequência nucleotídica do DNAmt humano foi desvendada por Anderson et al. - 1988 - As primeiras descrições de mutações no DNAmt, com os trabalhos de Holt et al. e Wallace et al. - Até 1992, apenas 5 mutações haviam sido descritas. - Até abril de 2001, 128 mutações foram descritas. O que é Doença Mitocondrial? - Doença causada pela função anormal da mitocôndria. - O que determina se a célula ou o tecido serão afetados são a proporção de mutante e o limiar de cada célula ou tecido. - Os tecidos que apresentam grande requerimento energético, como o cérebro e os músculos esquelético e cardíaco, apresentam um limiar mais baixo quando comparados com aqueles com menor requerimento energético, como células hematopoiéticas. Classificação - Aparecimento esporádico - Herança Materna - Herança Mendeliana Aparecimento esporádico - Acometem apenas o DNAmt e não são vistas no DNA nuclear: - Síndrome de Kearns-Sayre (SKS) - Oftalmoplegia externa crônica progressiva (OECP) - Síndrome de Pearson Herança Materna - Nesse grupo as síndromes clássicas da doença são caracterizadas por uma mutação de ponte localizada em diversos sítios do DNA mitocondrial. - Epilepsia mioclônica e miopatia com RRF (myoclocic epilepsy and ragged-red fiber, MERRF); - Encefalomiopatias mitocondriais, acidose láctica e episódios similares a acidentes vasculares cerebrais (mitochondrial encephalomyopathy, latic acidosis and stroke-like episodes, MELAS); - Doença de Leigh e neuropatia, ataxia, retinite pigmentosa – NARP; Síndrome de Leigh - O quadro clínico caracteriza-se em crianças menores de um ano de idade com perda do controle da cabeça, hipotonia, deficiência de sugar, anorexia, vômitos, irritabilidade e convulsões. - Após o primeiro ano de vida, ocorre dificuldade na marcha, ataxia, disartria, regressão intelectual, distúrbios da respiração (risco de hiperventilação ou apnéia), alterações oftalmológicas como: oftalmoplegia, nistagmo, atrofia óptica e estrabismo. - Ainda não há tratamento específico para esta patologia. Herança Mendeliana Podem ser categorizadas como: a) defeitos em genes codificadores de proteínas estruturais da mitocôndria; b) defeitos diretos em genes codificadores de enzimas da cadeia respiratória; c) defeitos em genes codificadores necessários para a montagem ou a importação de proteínas mitocondriais; d) defeitos na sinalização intergenômica. •A COX-10 codifica uma proteína que é a precursora imediata do grupo prostético da subunidade COX-1. Pacientes homozigotos nessa mutação no exon 4 da COX-10 convertem asparagina em lisina na posição 204 da proteína. •Os sintomas apresentados por esses pacientes incluem: hipotonia, ataxia, miopatia e convulsões. Doença Mitocondrial Referências bibliográficas Carneiro,José; Junqueira,Luiz C. Biologia Celular e Molecular - 9ª Ed. 2012 Ibrahim E. Nasseh; Célia H. Tengan; Beatriz H. Kiyomoto; Alberto Alain Gabbai. Doenças Mitocondriais. Unifesp, SP: Rev. Neurociências 9(2): 60-69, 2001
Compartilhar