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ESPELHO CORRECAO DIREITO PENAL SEÇAO 5

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Agora vamos à resolução comentada das Alegações Finais? 
 
As presentes Alegações Finais têm como fundamento o §3º do art. 403, ambos 
do CPP. Tal peça deve ser endereçada para o mesmo juiz ao qual a denúncia foi 
oferecida (Juiz de Direito da __ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a 
Mulher da Comarca de Rondonópolis/MT). 
Através de uma análise do enunciado desta Seção, percebemos a existência de 
duas preliminares a serem arguidas. 
A primeira nulidade diz respeito a inépcia da denúncia, vez que não houve a 
clara descrição fática dos elementos e circunstâncias que serviram de base para a 
imputação do crime de ameaça ao Acusado, em conformidade com o art. 395, I, CPP). 
Percebe-se que o Ministério Público, sem narrar os fatos com todas as suas 
circunstâncias, busca a responsabilização do acusado pela prática do crime previsto no 
art. 147 do CP. No entanto, para isso se baseia somente em argumentos unilaterais da 
suposta vítima. 
Assim, deve-se requerer a nulidade absoluta do processo, a partir do 
recebimento da denúncia, por ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e 
do contraditório (art. 5°, LV, CF), da culpabilidade e da presunção de inocência (art. 5°, 
LVII, CF), e em conformidade com o art. 564, III, a, do CPP. 
Ainda, se declarada a nulidade, deve-se requerer a reconsideração do 
recebimento da denúncia em questão para considerá-la inepta, em conformidade com 
 
 
o art. 395, I, CPP. Afinal, não houve a clara descrição fática dos elementos e 
circunstâncias que serviram de base para a imputação do crime do art. 147 do CP. 
 Por outro lado, caso não se entenda pela inépcia da denúncia, você deverá 
formular um pedido alternativo requerendo que a denúncia seja rejeitada em razão da 
ausência de justa causa. Afinal, não há elementos que justifiquem o oferecimento da 
presente denúncia em relação ao crime previsto no art. 147 do CP, em conformidade 
com o art. 395, III, CPP. 
Por sua vez, a segunda nulidade diz respeito ao cerceamento de defesa. Is to 
porque todas as perguntas formuladas pela Defesa, que diziam respeito a discussão 
havida entre vítima e Réu no bar, foram indeferidas pelo MM Juiz ao argumento de que 
a resposta a essas perguntas se constituíram em opinião pessoal das testemunhas, o 
que não é permitido. 
No entanto, ocorre que tais testemunhas teriam o condão de afastar as 
imputações feitas ao Acusado. Afinal, elas presenciaram todo o ocorrido no local dos 
fatos. 
Assim sendo, não havendo qualquer objeção dos artigos 212 e 213 do CPP, 
deve-se requerer a nulidade absoluta do processo a partir da Audiência de Instrução de 
Julgamento, por ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório 
(art. 5°, LV, CF) aos artigos 196 e 400 do CPP e em conformidade com o art. 564, III, e, 
do CPP. 
O prejuízo, mesmo podendo ser presumido (por se tratar de nulidade 
absoluta/constitucional), fica demonstrado: questionamentos feitos às testemunhas de 
Defesa que, ressalte-se, presenciaram o ocorrido foram negados pelo Magistrado, 
mesmo sendo de seu conhecimento que tais testemunhas presenciaram todo o ocorrido 
no local dos fatos. 
Já no mérito, deve-se manter o pedido de absolvição do Acusado, considerando 
que o fato narrado pela inicial acusatória não constitui o crime de ameaça previsto no 
art. 147 do CP, de acordo com o art. 386, III do CPP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUIZ (A) DE DIREITO DA __ª VARA DE 
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA COMARCA 
DE RONDONÓPOLIS/MT
GABRIEL MATOS, já qualificado nos autos em epígrafe, vem, respeitosamente, 
perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado infra-assinado, apresentar 
ALEGAÇOES FINAIS, por meio de memoriais, com fundamento no §3º do art. 403 do 
CPP pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
I- DOS FATOS 
 
 Segundo consta da inicial acusatória, no dia 03 de março de 2018, por volta das 
20h00min, no bar Mendes, situado na Avenida Amazonas n. º 310, nesta Comarca, o 
denunciado teria supostamente praticado o crime de ameaça em face da vítima Maria, 
sua esposa e companheira há 12 (doze) anos. 
 Alega o Órgão Acusatório que o Réu teria causado mal injusto e grave à vítima, 
quando esta revelou ao denunciado ter um relacionamento extraconjugal com Marcos e 
que, por este motivo, desejava se separar de Gabriel. De acordo com a inicial 
acusatória, o acusado teria dito em alto e bom tom que jamais aceitaria a separação, o 
que teria causado grande temor para a vítima. 
 Uma vez finalizada a investigação, restou ao réu denunciado pela suposta 
prática do delito previsto no art. 147 o Código Penal. Finalizada a fase de instrução, a 
Defesa foi intimada no dia 10 de maio de 2018 para a apresentação das alegações 
finais. É um breve resumo dos fatos. 
 
II- PRELIMINARES 
 
 
 
II.I- DA INÉPCIA DA DENÚNCIA EM RELAÇÃO AO DELITO PREVISTO NO ART. 147 
DO CP (AMEAÇA) 
 
Como se sabe, a peça acusatória deve ser apresentada contendo o máximo de 
informações possíveis sobre os fatos apurados para, assim, garantir ao Acusado o 
direito pleno de contra-argumentação (contraditório e ampla defesa). 
Observa-se que o Ministério Público, sem narrar os fatos com todas as suas 
circunstâncias, busca a responsabilização do acusado pela prática do crime previsto no 
art. 147 do CP. Ressalte-se que o único argumento utilizado foi de que o Acusado 
causou mal injusto e grave utilizando, para tanto, somente o depoimento prestado pela 
vítima. 
Nesse ponto, a falta de clareza da denúncia é expressiva. A simples leitura da 
denúncia não possibilita, sequer minimamente, a compreensão do ambiente fático. Além 
disso, não há qualquer apontamento das circunstâncias que subsidiaram tal conduta 
delitiva. 
Assim, pergunta-se: 
i) Em quais circunstâncias esse crime foi praticado? 
ii) Qual foi o teor da conversa entre o acusado e a ofendida? 
iii) Qual o real receio ou temor causado à vítima pela frase dita pelo Acusado? 
Evidentemente, caso essas informações estivessem inseridas na denúncia, o 
Acusado poderia adequadamente se defender. Entretanto, evidentemente não é isso 
que ocorre. Novamente, percebe-se nessa imputação a mais significativa ofensa aos 
Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa inserta na denúncia. 
Dessa forma, requer-se a nulidade absoluta do processo, a partir do recebimento 
da denúncia, por ofensa aos princípios constitucionais da ampla defesa e do 
contraditório (art. 5°, LV, CF), da culpabilidade e da presunção de inocência (art. 5°, 
LVII, CF), e em conformidade com o art. 564, III, a, do CPP. Após a declaração da 
referida nulidade, requer-se a reconsideração do recebimento da denúncia em questão 
para considerá-la inepta, vez que não houve a clara descrição fática dos elementos e 
circunstâncias que serviram de base para esse juízo de imputação, em conformidade 
com o art. 395, I, CPP. 
Alternativamente, tal questão pode ser analisada (e resolvida) também sob o 
prisma da ausência de justa causa para a ação penal. Afinal, infere-se dos autos que a 
 
 
denúncia quanto a este tipo penal está baseada única e exclusivamente no termo de 
declaração da ofendida. 
Há, no referido documento, apenas uma manifestação unilateral da ofendida, 
relatando ter sido vítima do suposto crime de ameaça narrado da denúncia. Nenhum 
outro elemento foi produzido! 
Justamente por isso, o Acusado não teve a oportunidade de apresentar sua 
versão quanto a estes fatos. 
Considerando apenas a declaração da suposta vítima como base para o 
oferecimento da denúncia, resta demonstrada, de forma inequívoca, a ausência de justa 
causa. Em resumo, o Ministério Público optou por não recolherindícios mínimos de 
autoria para promover a ação penal. 
Tal circunstância se torna ainda mais gravosa quando se leva em consideração 
que o delito, ora imputado ao acusado, supostamente teria sido praticado em local 
público, no qual outras pessoas poderiam ter presenciado. No entanto, não foi isso que 
ocorreu. 
Assim, insiste-se: não há nos presentes autos prova, indício, ou referência da 
prática de qualquer crime. O acusado foi denunciado pelo simples fato de figurar como 
suposto autor de crime, cuja acusação é a única prova (manifestação unilateral da 
suposta vítima). 
Assim sendo, caso não se entenda inépcia da denúncia, requer, 
alternativamente, que a mesma seja rejeitada em razão da ausência de justa causa, 
diante da ausência de elementos que justifiquem o oferecimento da presente denúncia 
em relação ao crime previsto no art. 147 do CP, em conformidade com o art. 395, III, 
CPP 
II.II – DA NULIDADE DO PROCESSO POR CERCEAMENTO DE DEFESA 
Verifica-se também a nulidade do presente processo, em função do 
indeferimento de todas as perguntas formuladas pela Defesa às testemunhas. 
Isto porque, conforme consta dos autos, mesmo sob os protestos da Defesa do 
Acusado, todas as perguntas formuladas pela defesa que diziam respeito à discussão 
havida entre vítima e Réu no bar foram indeferidas pelo MM Juiz. O argumento utilizado 
pelo Magistrado foi de que a resposta a essas perguntas se constituíram em opinião 
pessoal das testemunhas, o que não é permitido. 
 
 
 Ocorre que tais testemunhas arroladas pela Defesa teriam sim o condão de 
afastar as imputações feitas ao Acusado. Afinal, elas presenciaram todo o ocorrido no 
local dos fatos. Portanto, eram elas possuidoras de conhecimentos relevantes para 
elucidar os fatos da forma como realmente aconteceram, e não da forma como a 
suposta vítima encarou a situação ocorrida. Ressalte-se, novamente, as testemunhas 
de Defesa tinham conhecimento de matéria extremamente relevante! 
Cabe destacar que não haveria qualquer impedimento legal na oitiva das 
referidas testemunhas. Os artigos 212 e 213 do CPP são claros quanto à possibilidade 
de o Magistrado indeferir ou proibir certas perguntas. Observa-se: 
 
Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à 
testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a 
resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição 
de outra já respondida. 
 
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá 
complementar a inquirição. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
 
Art. 213. O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas 
apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato. 
 
E, no presente caso, não se observa nenhuma dessas hipóteses. Certo é que as 
testemunhas de Defesa contribuiriam para o alcance da verdade real, uma vez que 
presenciaram, conforme dito, toda a discussão entre a suposta vítima e o Acusado. 
Portanto, tinham elas relação direta com a causa! 
E mais, ainda que o Magistrado fundamente o indeferimento com base no artigo 
213 (em razão de apreciações e opiniões pessoais), o mesmo dispositivo legal, em sua 
segunda parte, permite a oitiva das referidas testemunhas nos casos em que tais 
opiniões se revelam inseparáveis da narrativa do fato. E é exatamente isso o que ocorre 
no presente caso! 
Assim, sendo o exercício do direito de defesa condição essencial para a 
realização de um processo penal respeitador das garantias individuais fundantes do 
Estado Democrático de Direito, requer-se a nulidade absoluta do processo, a partir da 
Audiência de Instrução de Julgamento, por ofensa aos princípios constitucionais da 
ampla defesa e do contraditório (art. 5°, LV, CF), aos artigos 196 e 400 do CPP e em 
conformidade com o art. 564, III, e, do CPP. O prejuízo, mesmo podendo ser presumido 
(por se tratar de nulidade absoluta/constitucional), fica demonstrado: o MM Juiz negou 
os questionamentos formulados às testemunhas de Defesa que, ressalte-se, eram 
imprescindíveis para a elucidação dos fatos da forma como realmente ocorreram. 
 
 
 
III- MÉRITO: DA AUSÈNCIA DE TIPICIDADE 
 
 A inicial acusatória imputa ao acusado a prática do delito de ameaça, previsto no 
artigo 147 do Código Penal. 
 De acordo com Cézar Roberto Bittencourt, tem-se que:1 
O crime de ameaça consiste na promessa feita pelo sujeito ativo de um mal 
injusto e grave feita a alguém, violando sua liberdade psíquica. O mal 
ameaçado deve ser injusto e grave. 
 Ainda, segundo o mesmo autor, a “ameaça para constituir crime deve ser idônea, 
séria e concreta, sendo capaz de causar efetivo medo à vítima”. 
 Assim sendo, conclui-se que o crime de ameaça contempla certas elementares 
que não foram preenchidas no caso concreto: restou ausente a seriedade do mal 
prometido, capaz de causar medo, temor ou receio efetivo à vítima. 
 Nesse sentido, é o posicionamento de Guilherme de Souza Nucci:2 
Inexiste ameaça quando o mal anunciado é improvável, isto é, liga-se a 
crendices, sortilégios e fatos impossíveis. Por outro lado, é indispensável que 
o ofendido efetivamente se sinta ameaçado, acreditando que algo de mal lhe 
pode acontecer; por pior que seja a intimidação, se ela não for levada a sério 
pelo destinatário, de modo a abalar-lhe a tranquilidade de espírito e a 
sensação de segurança e liberdade, não se pode ter por configurada a 
infração penal. Afinal, o bem jurídico protegido não foi abalado. O fato de o 
crime ser formal, necessitando somente de a ameaça ser proferida, 
chegando ao conhecimento da vítima para se concretizar, não afasta a 
imprescindibilidade do destinatário sentir-se, realmente, temeroso. 
 
Ademais, resta-se claro diante da denúncia apresentada que a única frase dita 
pelo acusado que supostamente teria causado mal injusto e grave à vítima foi de que 
ele “jamais aceitaria a separação”. 
Ora Excelência, qual seria o mal injusto e grave cometido pelo acusado diante 
da referida frase? Qual o temor, medo ou receio essa frase realmente causou ou poderia 
causar à vítima? Devemos concordar que nenhum! 
 
1 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal, parte especial 2: dos crimes contra 
a pessoa. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 421. 
2 NUCCI, Guilherme de Souza. Código penal comentado. 14ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 
2014, p. 692. 
 
 
Afinal, o acusado foi surpreendido com as revelações de sua esposa, com quem 
convivia há mais de 12 (doze). Sua reação não se deu de maneira extrapolada ou de 
forma a causar receio ou temor à vítima, mas dentro dos limites do possível e do 
racional, considerando toda a situação de adultério praticada pela esposa do acusado. 
Portanto, não se pode dar seriedade e idoneidade às palavras proferidas pelo 
acusado, muito menos se pode comprovar que a intenção do denunciado era de 
intimidar a vítima, uma vez que a traição é algo que influencia de maneira considerável 
as reações de um sujeito, o que não se daria de maneira diferente com o acusado. 
Nesse sentido, considerando que o fato narrado pela inicial acusatória não 
constitui o crime de ameaça previsto no art. 147 do CP, requer a absolvição do acusado, 
de acordo com o art. 386, III do CPP. 
 
IV. DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto preliminarmente, requer seja declarada a nulidade absoluta 
do processo pela inépcia da denúncia (por não conter a clara descrição fática e pela 
ausência das circunstâncias que serviram de base para a acusação), conforme art. 395, 
I, CPP. Alternativamente, a denúncia deve ser rejeitada por ausência de justa causa, 
em atenção ao art. 395, III do CPP. Aindapreliminarmente, requer seja declarada a 
nulidade do processo pelo cerceamento de defesa. A fundamentação e a base legal 
para os pedidos se encontram no item II desta peça. 
No mérito, caso a preliminar não seja acatada, requer-se a absolvição do 
Acusado, com base no artigo 386, III do CPP. Os fundamentos encontram-se no item III 
desta peça. 
 
 Termos em que, 
 Pede e espera deferimento. 
(LOCAL), 15 de maio de 2018. 
 
__________________________________________________________ 
[NOME COMPLETO DO ADVOGADO] 
[OAB] 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO COMENTADA 
 
Perguntas: 
1 - O conteúdo das Alegações Finais no Processo Penal é oral ou por escrito? 
2 - No presente caso, qual deve ser o conteúdo dessas Alegações Finais? 
3 - Como se faz para verificar a existência de alguma nulidade no processo? 
4 - Um pedido de absolvição feito em sede de alegações finais é idêbntico ao da 
Resposta à Acusação?

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