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Processo do Trabalho aula (5)

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Aula 04
Curso: Direito Processual do Trabalho p/ TRT-BA - Analista Jud. (Área Administrativa)
Professor: Bruno Klippel
Teoria e questões de Processo do Trabalho para ANALISTA 
JUDICIÁRIO ÁREA ADMINISTRATIVA ± TRT/BA 5ª REGIÃO 
Prof. Bruno Klippel ± Aula 04 
 
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AULA 04: NOTIFICAÇÃO DO RECLAMADO, DEFESA 
DO RECLAMADO E REVELIA 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Apresentação: 01 
2. Matéria objeto da aula ± Teoria: 02 
3. Questões comentadas sobre o tema: 17 
4. Lista das questões apresentadas: 58 
5. Gabaritos: 75 
6. Considerações finais: 75 
 
1. APRESENTAÇÃO: 
 
Prezados Alunos, 
 
Iniciamos nossa aula 04 sobre NOTIFICAÇÃO, DEFESA DO 
RECLAMADO E REVELIA, temas que sempre são cobrados nos 
concursos, em especial, aqueles realizados pela FCC ± FUNDAÇÃO 
CARLOS CHAGAS, como será o TRT/BA. Pelo menos uma questão de 
direito processual do trabalho envolve esses temas (se não forem mais 
questões!!) 
 
Qualquer dúvida, é só entrar em contato comigo. 
 
Forte abraço! Bons estudos! 
 
Bruno Klippel 
Vitória/ES 
brunoklippel@estrategiaconcursos.com.br 
35552280997
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2. MATÉRIA OBJETO DA AULA ± TEORIA: 
 
1. Notificação; 
 
O termo notificação é utilizado genericamente no processo do trabalho, 
diferentemente do que ocorre no direito processual civil, que distingue os atos 
de comunicação em citação e intimação, descritos nos artigos 213 e 234 do CPC, 
respectivamente. No direito processual do trabalho, notificação tanto é utilizado 
para o autor quanto para o réu, o que demonstra certa autonomia em relação ao 
direito processual comum. 
! A notificação engloba a comunicação sobre o ajuizamento da 
demanda e ciência de ato processual já realizado ou a realizar. 
Apenas no processo de execução é que a CLT, em seu art. 880, tratou da citação 
do executado, que se dará da maneira bastante diferente daquela ocorrida no 
processo de conhecimento. 
Como pontos principais da notificação do réu, seguindo-se o curso do 
procedimento ordinário, tem-se que: 
ƒ Trata-se de ato automático realizado por servidor da Justiça do Trabalho, 
no prazo de 48h a contar do recebimento da petição inicial. Logo, não há 
despacho do Juiz determinando a notificação do reclamado, pois aquele 
geralmente somente tem contato com os autos na audiência. 
! No processo civil o Juiz despacha a inicial (art. 285 do CPC) e 
estando presentes todos os requisitos, determina a citação do 
réu. 
ƒ A notificação na seara trabalhista ocorre para que o reclamado compareça 
à audiência e apresente defesa, querendo, sob pena de revelia. 
! Lembre-se que a revelia importa em presunção de veracidade 
dos fatos e não do direito. 
ƒ Importante frisar que entre o recebimento da notificação e a realização da 
audiência deve haver prazo mínimo de 5 (cinco) dias, sob pena de 
nulidade, conforme art. 841 da CLT. Caso a notificação seja recebida com 
o desrespeito ao prazo mínimo, poderá o reclamado comparecer à 
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audiência tão somente para argüir o vício, sendo determinada nova data 
para o ato. 
ƒ A notificação no processo do trabalho, quando realizada no processo de 
conhecimento, é feita por via postal, com aviso de recebimento, não 
havendo necessidade de ser pessoal, já que o TST entende que a entrega 
no endereço do reclamado, a qualquer pessoa ou na caixa postal, é 
totalmente válida, já que o ato não é pessoal. 
! A notificação somente é pessoal no processo de execução, já 
que o executado deve ser cientificado da existência de 
condenação e da necessidade de seu cumprimento no prazo de 
48h. 
ƒ Não sendo possível a notificação pela via postal, dispõe o art. 841, §1º da 
CLT, que far-se-á a notificação por edital, o que importa dizer que a 
autorização para a realização do ato por Oficial de Justiça existe apenas 
para o processo de execução. Na prática, por questões de economia e 
celeridade, prefere-se seguir a ordem: postal, oficial de justiça e edital. 
! Para os concursos, seguir, no processo de conhecimento, 
a ordem: postal e edital. 
ƒ Quando realizada a notificação por edital, não se aplicará o art. 9º, II do 
CPC, se o reclamado ficar revel, ou seja, não se nomeará curador 
especial, já que este somente será nomeado quando o reclamante for 
menor e não tiver representante legal. 
ƒ Se o reclamado for pessoa jurídica de direito público, o prazo entre o 
recebimento da notificação e a realização da audiência será, conforme 
Decreto-Lei 779/1969, considerado em quádruplo, isto é, o prazo mínimo 
será de 20 (vinte) dias. Além disso, é importante dizer que o TST possui 
posicionamento segundo o qual as pessoas jurídicas de direito público 
devem ser notificadas por via postal, como já afirmado em relação às 
privadas. 
ƒ Há que se destacar ainda o posicionamento consolidado na Súmula n. 16 
do TST, segundo o qual há uma presunção de recebimento da notificação 
no prazo de 48h a contar da postagem, isto é, postada a notificação, 
presume-se que o reclamado a recebeu no aludido prazo, devendo aquele 
demonstrar que o prazo não foi respeitado, sendo ônus da prova que lhe 
incumbe. 
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! O aviso de recebimento mostra-se como importante meio de 
comprovação de que a notificação não foi recebida dentro do 
prazo a que alude a Súmula n. 16 do TST. 
ƒ Se o reclamado residir ou tiver sede fora da comarca, será notificado da 
mesma maneira por via postal, ou seja, não há necessidade de notificação 
por carta precatória, já que o art. 222 do CPC autoriza a notificação por 
correios para todas as comarcas do país. Caso esteja em outro país, a 
notificação será realizada mediante carta rogatória, nos termos do art. 
202 e seguintes do CPC. 
Por fim, e em separado, pois será objeto de estudos no tópico apropriado, 
afirma-se que no rito sumaríssimo não há espaço para a notificação por edital, já 
que a lei (Art. 852-B, II da CLT) impõe a indicação correta e completa do 
endereço do reclamado. Em não havendo tais dados, deverá o processo ser 
arquivado (extinto sem resolução do mérito), ajuizando-se novamente perante o 
rito ordinário, já que tal procedimento permite a prática do ato naquela forma. 
 
2. Resposta do réu; 
 
O tema merece estudo aprofundado, já que muito importante para a prática 
trabalhista, assim como para os concursos públicos da área. Já se afirmou acima 
que o reclamado é notificado para comparecer à audiência, que será a primeira 
desimpedida no prazo mínimo de 5 (cinco) dias. O prazo, como já sabido, é 
considerado como o mínimo para a formulação da defesa, que contempla a 
reunião de documentos e a concatenação de idéias e teses de defesa. 
No dia da audiência, de acordo com o art. 847 da CLT, o reclamado apresentará 
resposta caso seja infrutífera a primeira tentativa de conciliação, realizado nos 
termos no art. 846 da CLT. 
Importante frisar que a defesa é apresentada oralmente, no prazo de 20 (vinte) 
minutos, englobando todas as peças de defesa(contestação, exceções e 
reconvenção). A prática mostra-se bastante diferente da teoria, já que os réus 
trazem as defesas escritas, sendo apresentadas ao juiz juntamente com os 
documentos. 
! Para as provas objetivas de concursos públicos, a única 
alternativa correta é aquele que destaca que a defesa é 
apresentada oralmente, no prazo de 20 (vinte) minutos. Em 
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havendo litisconsórcio passivo, cada réu terá 20 (vinte) 
minutos para aduzir sua defesa. 
Havendo mais de um reclamado, cada um terá o prazo acima descrito para 
apresentação oral de sua defesa. Tal forma de apresentação da defesa reflete os 
princípios que fundamentam o processo do trabalho, em especial, o jus 
postulandi e a celeridade. 
 
2.1. Revelia; 
 
Sobre o tema, é indispensável asseverar que a ausência do reclamado à 
audiência importa em revelia, com presunção de veracidade dos fatos narrados, 
conforme art. 844 da CLT, desde que não haja motivo relevante, conforme deixa 
claro o parágrafo único do dispositivo em destaque. A presença apenas do 
Advogado do reclamado, estando ausente o preposto ou quem lhe represente, 
também gera revelia, uma vez que não se pode ser preposto e Advogado ao 
mesmo tempo. A ausência do preposto pode ser justificada através de atestado 
médico que informe a impossibilidade de locomoção, tudo em conformidade com 
a Súmula n. 122 do TST. 
��6REUH�R�WHPD�³SUHSRVWR´��destaca-se a Súmula n. 377 do TST, 
que traz como regra geral a necessidade daquele ser 
empregado. 
Destaque também para a OJ n. 245 da SBDI-1 do TST, que diz inexistir previsão 
legal que justifique o atraso à audiência, o que significa dizer, em outras 
palavras, que feito o pregão das partes, o Juiz não precisa aguardar para 
verificar se reclamante e reclamado estão presentes, podendo desde logo impor 
as conseqüências legais, que são, respectivamente, o arquivamento da inicial e a 
revelia. 
Ainda a respeito da revelia, três são os efeitos de tal instituto trabalhista. Sendo 
o réu revel, podem surgir como conseqüências do fenômeno: 
 
1º) A presunção de veracidade dos fatos narrados pelo autor: em regra, 
os fatos narrados pelo autor na petição inicial são tidos como verdadeiros, já que 
não há controvérsia acerca dos mesmos, conforme art. 319 do CPC. A 
apresentação de defesa em relação ao mérito (fatos e fundamentos jurídicos 
apresentados na petição inicial como premissas para os pedidos) gera a 
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controvérsia típica de uma demanda judicial, que será objeto das provas e do 
livre convencimento motivado do julgador. Se não há controvérsia, os fatos são 
considerados verdadeiros, por presunção relativa, dispensando-se a produção 
das provas. 
! A presunção relativa de veracidade não impede o Juiz de 
determinar a produção de provas, haja vista os seus poderes 
instrutórios, previstos no art. 130 do CPC e reconhecidos pela 
jurisprudência consolidada do TST, por meio do inciso III na 
Sumula de nº 74. 
Importante destacar que a regra acima disposta encontra exceções, nas 
situações descritas no art. 320 do CPC, a saber: 
 
I) Se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação: 
sendo unitário o litisconsórcio, isto é, sendo os interesses dos 
litisconsortes os mesmos e devendo a decisão a ser proferida ser única 
para aqueles, a defesa apresentada por um aproveitará aos demais, 
elidindo o efeito da revelia. 
II) Se o litígio versar sobre direitos indisponíveis: se o direito em 
discussão for considerado indisponível, tal como ocorre como os 
direitos de personalidade, bem como aqueles relacionados à segurança 
e medicina do trabalho, não se operará tal efeito da revelia, uma vez 
que, se não é possível dispor do direito, também não se permitirá a 
presunção de veracidade, uma vez que é necessária a produção de 
provas para aferir o ferimento à norma jurídica. Assim como ocorre em 
relação, por exemplo, ao adicional de insalubridade. Mesmo sendo 
revel a reclamado, será necessária a produção de prova sobre a 
insalubridade, não se podendo presumir que o reclamante trabalhava 
sujeito a agentes insalubres. 
III) Se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento 
público, que a lei considere indispensável à prova do ato: em 
algumas situações, a prova do fato está intimamente ligada à juntada 
de determinado documento, tido por indispensável naquela situação. 
Assim ocorre no processo do trabalho quando se pleiteia verba 
decorrente de acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença 
normativa. Caso tais documentos não sejam juntados aos autos, a 
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ausência de defesa não presumirá o direito do reclamante, já que os 
referidos documentos mostram-se indispensáveis na hipótese. 
 
2º) Julgamento antecipado da lide: a presunção de veracidade dos fatos 
trazidos pelo autor torna possível o julgamento antecipado da lide, que consiste 
na dispensa da fase instrutória para imediato julgamento, isto é, o Magistrado 
dispensa a produção de provas e profere sentença. Tal possibilidade encontra-se 
prevista no art. 330, II do CPC. 
! Mesmo havendo revelia, o Juiz não está obrigado a julgar 
antecipadamente a lide, já que pode determinar a produção de 
provas, já que os seus poderes instrutórios foram reconhecidos 
pelo art. 130 do CPC, permitindo àquele a produção de 
qualquer meio de prova em direito admitido. 
 
3º) Desnecessidade de intimação do réu dos atos processuais, com 
fluência automática dos prazos: o revel não precisa ser intimado da prática 
dos atos processuais posteriores ao momento no qual poderia ser apresentado 
defesa. Logo, não precisa ser intimado de audiência posterior que venha a ser 
designada ou do início da realização da perícia, bem como da entrega do laudo 
pelo perito. Ocorre que, consoante disposição contida no art. 852 da CLT, o réu, 
mesmo que revel, deverá ser intimado da sentença, já que pode recorrer e 
praticar atos processuais a qualquer momento. O fato de ter sido declarado revel 
não impede a realização posterior de atos processuais, já que o parágrafo único 
do art. 322 do CPC assevera a possibilidade daquele intervir no processo no 
estado em que se encontra. O revel tão somente não poderá realizar atos já 
acobertados pela preclusão. Dois pontos ainda importantes sobre o tema: o 
revel que tenha Advogado nos autos possui direito a ser intimado de todos os 
atos processuais, a teor do art. 322 do CPC, alterado pela Lei n. 11.280/06. 
Assim, mesmo representado por patrono, se for revel, terá direito a ser 
intimado, sob pena de nulidade por violação ao princípio do contraditório e, por 
fim, mesmo sendo o réu revel, o autor somente poderá alterar os pedidos ou 
causa de pedir, após a notificação daquele, se for realizada nova notificação, por 
aplicação subsidiária do art. 321 do CPC. Caso o autor, por exemplo, queira 
incluir pedido de condenação do réu ao pagamento de danos morais, deverá o 
Juiz do Trabalho suspender a audiência e notificar o réu para apresentar defesa 
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sobre o novo pedido, designando-se nova audiência com respeito ao prazo 
mínimo de 5 (cinco) dias, conforme art. 841 da CLT. 
! Não se esquecer das seguintes regras: se o réu revel não 
estiver representado por Advogado, precisa ser notificado 
apenas da sentença (art. 852 CLT). Caso contrário, terá direito 
a ser notificado de todos os atos processuais (art. 322 CPC). 
 
2.2. Espécies de defesa; 
 
Em item anterior, fixou-se a premissa de que a defesa do réu deve ser 
apresentada oralmente, no prazo máximo de 20 (vinte) minutos, conforme 
descrição legal imposta pelo art. 847 da CLT. 
! Apesar de na prática forense a defesa ser apresentada por 
escrito, para fins de provas objetivas de concursos públicos, 
deve-se adotar o entendimento legal, qual seja, oral e em 20 
minutos. 
Poderá o reclamado apresentar diversas peças de defesa, cada uma com o seu 
objetivo específico. Assim, poderá aquele apresentar apenas a contestação, peça 
mais utilizada no cotidiano forense, ou optar por apresentar também alguma 
exceção ou reconvenção. Optando pela apresentação de mais de uma peça de 
defesa, deverá fazê-lo dentro dos 20 (vinte) minutos de que dispõe, isto é, a 
apresentação oral de todas as peças não poderá exceder o limite legal. 
Serão analisadas, uma a uma, as peças que o reclamado pode valer-se para sua 
defesa, destacando as formalidades legais, o procedimento e conseqüência de 
seu acatamento. 
 
2.2.1. Contestação; 
 
A principal peça de defesa do reclamado é denominada contestação e na maioria 
nas demandas trabalhistas mostra-se como a única a ser apresentada, já que a 
existência de algum vício que imponha a apresentação das demais peças de 
defesa, como a suspeição ou impedimento do julgador ou a incompetência do 
juízo, exemplificativamente, são situações excepcionais. 
 
2.2.1.1. Preliminares de mérito; 
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Ao formular uma contestação, poderá o reclamado aduzir matérias relacionadas 
ao processo (preliminares de mérito) e outras que dizem respeito aos fatos e 
fundamentos jurídicos, bem como aos pedidos, formulados pelo reclamante 
(defesa de mérito). 
Em relação à primeira hipótese, prevista no art. 301 do CPC e denominada de 
³DUJLomR� GH� SUHOLPLQDUHV� GH� PpULWR´�� Ki� TXH� VH� GL]HU� TXH� GLYHUVDV� VmR� DV�
matérias (vícios e irregularidades) que o reclamado pode afirmar, buscando ora 
a extinção do feito, ora a correção da irregularidade. 
Afirma o art. 301 do CPC que ³FRPSHWH-lhe, porém, antes de discutir o mérito, 
DOHJDU�´��trazendo em seguido extenso rol de situações que podem ser objeto de 
análise pelo Poder Judiciário. Recebem o nome de preliminares de mérito pois 
devem ser apresentadas antes de qualquer defesa em face das afirmações 
contidas na inicial, que resultam nos pedidos apresentados (mérito). 
! Não há forma predeterminada para a formulação da 
contestação, e sim, uma ordem lógica que geralmente é 
seguida, que consiste em deduzir em primeiro lugar as 
matérias consideradas preliminares para, em seguida, falar-se 
sobre o mérito. 
A respeito das preliminares de mérito, alguns comentários indispensáveis devem 
ser formulados: 
ƒ Com exceção do compromisso arbitral, todas as matérias arroladas no art. 
301 do CPC são consideradas de ordem pública, o que representa dizer 
que poderão ser reconhecidas de ofício pelo Magistrado, isto é, sem 
necessidade de pedido. De acordo com o §4º do artigo referido, somente 
há necessidade de pedido para o reconhecimento do compromisso 
arbitral. 
! Matéria de ordem pública é aquela que pode ser reconhecida 
de ofício pelo Juiz, sobre a qual não há preclusão, por mostrar-
se de interesse do Estado, tais como as condições da ação e 
pressupostos processuais. 
ƒ As preliminares de mérito são classificadas em dilatórias e peremptórias, a 
depender das conseqüências advindas de seu reconhecimento, sendo que 
as primeiras acarretam a dilatação do procedimento, isto é,, o seu 
alongamento, enquanto as últimas geram a extinção do feito sem 
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resolução do mérito. Como exemplos das dilatórias pode-se citar: 
inexistência ou nulidade de citação, incompetência absoluta, conexão, etc. 
Já em relação à inépcia da petição inicial, perempção, coisa julgada, 
litispendência, dentre outros, têm-se matérias peremptórias. 
O fato do reclamado não ter aduzido as preliminares descritas no art. 301 do 
CPC não impede que o Juiz as conheça de ofício, como já afirmado, e que o 
próprio reclamado formule posteriormente pedido no sentido de que sejam 
reconhecidos os vícios, uma vez inexistir preclusão em relação às matérias de 
ordem pública. 
 
2.2.1.2. Defesa de mérito; 
 
No que toca à defesa de mérito a ser formulada pelo reclamado, duas regras 
(consideradas pela doutrina majoritária como princípios específicos) devem ser 
seguidas, a saber: 
 
ƒ Princípio da impugnação especificada dos fatos ± Art. 302 do CPC: 
 
$R�IRUPXODU�D�VXD�GHIHVD�GH�PpULWR��GHYHUi�R�UHFODPDGR�³YROWDU�VHXV�ROKRV´�SDUD�
a petição inicial, impugnando todos os fatos e pedidos ali contidos, de maneira a 
evitar a confissão ficta, já que a ausência de defesa em relação a algum ou 
alguns, importa em revelia, que traz consigo, como já estudado, a presunção de 
veracidade. Não há possibilidade, como regra geral, do reclamado apresentar 
contestação genérica, isto é, por negação geral, por meio da qual afirme que 
todos os fatos narrados são inverídicos e, por conseqüência, requerendo a 
improcedência dos pedidos formulados. Essa espécie de defesa não é aceita, 
regra geral, pois não impugna precisamente os fatos que foram levados ao 
Poder Judiciário. O art. 302 do CPC destaca que ³FDEH� WDPEpP� DR� UpX�
manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial. 
Presumem-VH� YHUGDGHLURV� RV� IDWRV� QmR� LPSXJQDGRV�� VDOYR�´�� Como se pode 
observar, a regra da presunção de veracidade possui algumas exceções, a 
saber: 
o Se não for possível a confissão: tratando-se de direito 
indisponíveis, sobre os quais não pode haver confissão ou renúncia 
(como nas hipóteses de direitos de personalidade), não caberá a 
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referida presunção de veracidade, já que tais fatos devem ser 
provados nos autos. 
o Se a petição inicial não estiver acompanhada de documento 
indispensável a prova do ato: se a lei considerada indispensável 
determinado documento e o mesmo não é juntado aos autos, não 
pode considerar-se provado aquele em virtude da revelia, razão 
pela qual não incide tal conseqüência da inércia do reclamado. 
Como exemplo, pedido formulado pelo autor embasado em acordo 
ou convenção coletiva de trabalho, sem que tais normas sejam 
juntadas ao processo. 
o Se estiverem em contradição com a defesa em seu conjunto: 
muitas vezes não são impugnados todos os pedidos do autor,mas a 
defesa em seu conjunto faz controverter todos aqueles, pois 
decorrem da procedência de um principal, como ocorre com o 
reconhecimento de vínculo de emprego e condenação às verbas 
dele decorrentes. Pode ser que o reclamado não impugne o 
pagamento de 13º salário, férias + 1/3, aviso prévio, etc., em 
demanda em que se pretende o reconhecimento do vínculo de 
emprego. Mas o fato de ter apresentado defesa negando o vínculo 
de emprego faz controvertidos todos os pedidos, dispensando-se a 
impugnação específica em relação a todos. 
 
Verifica-se claramente que apresentar defesa por negação geral é o mesmo que 
não apresentar, pois a presunção de veracidade surge como uma conseqüência 
imediata, salvo as exceções acima tratadas. 
Tal regra comporta exceções, isto é, alguns sujeitos processuais podem 
apresentar defesa genérica ou por negação geral, a saber: curador especial, 
advogado dativo, Ministério Público, nos exatos termos do art. 302, § único do 
CPC. Qualquer outro ente que venha a apresentar defesa estará cingido ao 
princípio da impugnação especificada dos fatos. 
 
ƒ Princípio da eventualidade ± Art. 303 do CPC: 
 
Ao formular a sua defesa meritória, o reclamado deverá reunir todos os 
argumentos e documentos, apresentando-os todos de uma vez, isto é, num 
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único evento, que é a audiência, sob pena de preclusão. Tal princípio impede a 
realização de defesas por partes ou etapas. A apresentação de apenas um 
fundamento de defesa gera preclusão consumativa para qualquer outro, já que o 
réu utilizou-se do único momento que possuía para levar ao Estado-Juiz os seus 
fatos impeditivos, modificativos e extintivos do direito do autor. 
Ocorre que tal princípio também comporta exceções, previstas no art. 303 do 
CPC, que trata das situações em que o reclamado poderá valer-se de momento 
posterior para levar ao Poder Judiciário as suas alegações. São as seguintes 
exceções: 
ƒ Relativas a direito superveniente, isto é, fatos que ocorreram 
posteriormente à apresentação da defesa, mas que estão relacionados ao 
objeto da demanda; 
ƒ Podem ser conhecidas de ofício pelo Juiz, tais como as condições da 
ação e pressupostos processuais, que são conhecidos como matérias de 
ordem pública. 
ƒ Podem ser formuladas a qualquer tempo, por expressa 
autorização legal, tal como ocorre com a prescrição e decadência, bem 
como as normas de ordem pública acima descritas, confundindo-se nesse 
ponto as duas hipóteses. 
 
2.2.1.3. Compensação, dedução e retenção como matérias de 
defesa: 
 
Os três temas mostram-se extremamente importantes na prática trabalhista, 
despertando algumas dúvidas, que passam a ser aclaradas. 
x Compensação: trata-se de forma de extinção das obrigações, quando 
duas pessoas são credoras e devedoras ao mesmo tempo, tratando-se de 
hipótese se extinção indireta da obrigação. No plano processual, a 
alegação de compensação é considerada como uma defesa indireta, pois o 
réu alega um fato extintivo do direito do autor. A alegação de 
compensação é possível no processo do trabalho desde que respeitadas 
algumas regras, constantes da CLT e Súmulas do TST, a saber: 
o O momento processual adequado para requer-se a compensação é 
a defesa, pois o art. 767 da CLT dispõe que deve ser argüida como 
matéria de defesa. Tal idéia também está contida na Súmula nº 48 
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do TST, que diz ser a contestação a peça de defesa adequada à sua 
argüição. 
o A compensação na seara trabalhista, apesar de possível, mostra-se 
bastante restrita, pois é permitida apenas entre dívidas de natureza 
trabalhista, isto é, o reclamado poderá valer-se da compensação 
para extinguir a sua obrigação se for credor de dívida de igual 
natureza, como ocorre quando o empregado não concede o aviso-
prévio e o empregador compensa tal valor com o devido em virtude 
da rescisão. Também é possível na ocorrência de dano pelo 
empregado, desde que pactuado o desconto ou decorrente de dolo, 
conforme dispõe o art. 462 da CLT. O TST sedimentou o 
entendimento por meio da Súmula nº 18 do TST. 
x Dedução: Na dedução, o réu demonstra que já foram efetuados 
pagamentos relacionados às mesmas parcelas pleiteadas pelo autor. 
Diferencia-se da compensação, pois pode ser requerida pela parte a 
qualquer tempo e grau de jurisdição, podendo ser reconhecida de ofício 
pelo Magistrado, evitando-se o enriquecimento ilícito do reclamante. 
x Retenção: na retenção, o empregador retém objeto de titularidade do 
empregado, visando forçá-lo ao pagamento de dívida, devendo ser 
requerida na contestação, sob pena de preclusão, conforme art. 767 da 
CLT. 
 
2.2.2. Exceções; 
 
Ao tratar do tema no art. 799, a CLT afirma que poderão ser opostas as 
exceções de suspeição e incompetência, mostrando-se silente em relação à 
exceção de impedimento. Contudo, há uma explicação histórica para tal 
omissão. Quando da elaboração da CLT, estava em vigor o CPC/39, que não 
fazia menção à exceção de impedimento, levando o legislador trabalhista a 
também incorrer na omissão. Contudo, após a entrada em vigor do CPC/73, que 
passou a prever no art. 304 as três espécies de exceção, a saber: 
incompetência, suspeição e impedimento. 
Por se tratarem de peças de defesa, deverão ser apresentadas em audiência, 
oralmente de acordo com o art. 847 da CLT, ou por escrito, como se realiza na 
prática forense. 
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2.2.2.1. Exceção de incompetência; 
 
A exceção de incompetência ou exceção declinatória de foro, poderá ser 
apresentada pelo reclamado quando foram desrespeitadas as regras sobre 
competência territorial, previstas no art. 651 da CLT, que em síntese afirmam a 
necessidade de ajuizamento da demanda trabalhista no foro da prestação dos 
serviços, independentemente se a contratação ocorreu em outro lugar. 
Além disso, é importante frisar que a não apresentação da exceção de 
incompetência gera a prorrogação da competência, o que significa dizer que o 
foro incompetente passa a ser competente em decorrência da inércia do 
reclamado. 
O processo ficará suspenso até que a exceção seja julgada. Salienta-se que a 
mera apresentação da exceção já acarreta a suspensão do processo, não sendo 
necessário o seu recebimento pelo Magistrado. Até por isso que a CLT previu um 
prazo bastante exíguo para que o excepto (exceto) (autor da ação trabalhista) 
apresente manifestação, a saber, 24h (vinte e quatro horas), conforme art. 800 
da CLT. Além disso, o mesmo artigo vaticina que o incidente será julgado na 
audiência ou sessão que se seguir, demonstrando a necessidade de conduzir-se 
aquele da forma mais célere possível, buscando dar continuidade ao trâmite 
processual da ação principal. 
Por fim, importante questão deve ser estudada: a inaplicabilidade do art. 305, § 
único do CPC ao processo do trabalho. A aludida norma foi inserida no Código de 
Processo Civil por meio da Lei nº 11.280/06, de forma a facilitar a prática do ato 
processual, já que previu a possibilidade da petição daexceção de 
incompetência ser protocolizada no foro do domicilio do réu e não mais naquele 
em que tramita a demanda. 
O entendimento majoritário, apesar da norma estar atrelada ao princípio do 
acesso à justiça, é no sentido de não ser aplicável ao processo do trabalho, por 
esbarrar na sistemática processual trabalhista, que determina a apresentação da 
exceção em audiência. Assim, em virtude do momento em que deve ser 
apresentada a defesa, não se mostra viável a aplicação do dispositivo legal. 
 
2.2.2.2. Exceções de suspeição e impedimento; 
 
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As exceções de suspeição e de impedimento serão apresentadas quando houver 
quebra de imparcialidade do Julgador, por se enquadrar nas hipóteses dos 
artigos 134 e 135 do CPC. Nessas situações, por mostrar-se parcial, deve ser 
substituído por outro julgador imparcial. 
No tocante ao procedimento, deve-se observar que o art. 802 da CLT prevê 
situação que não mais se coaduna com a organização da Justiça do Trabalho de 
1ª grau, já que com a EC nº 24/99, restou extinta a representação classista na 
Justiça do Trabalho. 
Até a referida emenda constitucional, vigorava o que está descrito no art. 802 do 
CPC, que assinala o julgamento pelo Juiz ou Tribunal, no prazo de 48h (quarenta 
e oito horas). Assim, devem ser aplicadas as normas dos artigos 313 e 314 do 
CPC quando a suspeição/impedimento referirem-se ao Juiz do Trabalho, que 
destacam: 
x Ao reconhecer a suspeição e o impedimento, o Juiz do Trabalho remeterá 
os autos ao substituto legal; 
x Caso não reconhece a situação que lhe é imposta, apresentará as suas 
razões no prazo de 10 (dez) dias, remetendo os autos ao Tribunal; 
x Ao julgar o incidente, o Tribunal determinará o seu arquivamento ou, 
reconhecendo o vício, condenará o Magistrado nas custas processuais, 
determinando a remessa dos autos ao substituto legal; 
 
2.2.3. Reconvenção; 
 
A reconvenção mostra-se como importante peça de defesa, constituindo-se 
como um contra-ataque do réu ao autor, no mesmo processo, sendo por isso 
considerado instituto de relevo para a consecução dos princípios da economia e 
celeridade processuais. A possibilidade de apresentar-se a reconvenção 
encontra-se no art. 315 do CPC. O dispositivo legal afirma a possibilidade de 
apresentação, demonstrando que o réu não é obrigado a apresentá-la, podendo, 
caso queira, levar a sua pretensão por meio de ação autônoma. 
! O fato do réu não ter apresentado reconvenção, no prazo de 
defesa, não impede o ajuizamento posterior de ação autônoma, 
não havendo, portanto, preclusão. Trata-se a reconvenção de 
mais uma opção conferida à parte para levar sua pretensão ao 
Poder Judiciário. 
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O contra-ataque que se realiza por meio da reconvenção depende da presença 
de alguns requisitos, a saber: 
x Competência: o juízo da ação principal deve possuir competência para 
julgar a pretensão exposta na reconvenção. 
x Conexão entre a ação principal e a reconvenção: o art. 315 do CPC 
traz como requisito para a reconvenção a existência de conexão (art. 103 
do CPC), entre a ação principal e a reconvenção. A possibilidade de 
apresentar-se nova pretensão no mesmo processo decorre da existência 
de um liame entre as causas de pedir ou pedidos. 
x Procedimento: o procedimento adotado para a ação deve ser o mesmo 
para a reconvenção, uma vez que os atos processuais serão realizados em 
conjunto, aproveitando-se, por exemplo, a audiência de instrução para 
produzir provas para ação principal e reconvencional. 
! Entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante 
destaca a impossibilidade de apresentação de reconvenção nos 
ritos sumário e sumaríssimo, ante a incompatibilidade entre 
reconvenção e os ritos céleres, uma vez que aquela amplia os 
limites objetivos da lide. 
x Pendência de ação: a apresentação de reconvenção decorre da 
pendência de ação principal, já que aquela se utilizará do procedimento 
instaurado pelo ajuizamento da demanda originária. 
Matéria extremamente importante encontra-se disposta no parágrafo único do 
art. 315 do CPC, assim redigido: ³1mR� SRGH� R� UpX�� HP� VHX� SUySULR� QRPH� 
UHFRQYLU� DR�DXWRU�� TXDQGR�HVWH� GHPDQGDU�HP�QRPH�GH�RXWUHP´� O dispositivo 
afirma a impossibilidade do réu (réu-reconvinte) apresentar reconvenção ao 
autor (autor-reconvindo) quando este estiver demandando com legitimidade 
extraordinária (substituição processual), isto é, quando estiver demandando em 
nome próprio em defesa de direito alheio, como rotineiramente ocorre com os 
sindicatos. Quando este ente ajuizar ação trabalhista nessas condições, o 
reclamado não poderá apresentar reconvenção, devendo, caso queira levar sua 
pretensão ao Poder Judiciário, ajuizar ação autônoma. A razão para a vedação 
legal é simples: na reconvenção requer-se a condenação ao autor em alguma 
prestação, sendo inviável na hipótese em comento, já que o violador do direito 
do réu-reconvinte não participa do contraditório, pois representado pelo 
Sindicato. 
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Como exemplos de reconvenção no processo do trabalho, pode-se falar no 
pedido de devolução de equipamentos ou de condenação ao pagamento de 
indenização decorrente de dano causado pelo obreiro, dentre outros. 
Um dos aspectos mais importantes para os concursos públicos é a 
autonomia/independência da reconvenção em relação à ação principal, disposta 
no art. 317 do CPC. Apesar de ação principal e reconvenção se utilizarem do 
mesmo procedimento, continuam a ser tratadas como duas ações 
independentes, isto é, autônomas, o que representa dizer que a extinção de uma 
não obsta o prosseguimento da outra. 
! Em praticamente todas as provas de concursos que exploram 
as disciplinas de direito processual civil e direito processual do 
trabalho, é inserida questão analisando o tema em destaque. A 
premissa que deve ser seguida pelo aluno é sempre a da 
AUTONOMIA entre ação e reconvenção. 
 
 
 
3. QUESTÕES COMENTADAS SOBRE O TEMA: 
 
1 - Q302232 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Analista 
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / 
Audiências; ) 
Em se tratando de dissídio individual, a norma processual trabalhista 
prevê, como regra, a realização de audiência UNA, ou seja, em um 
determinado ato processual será realizada a tentativa de conciliação, a 
instrução processual e o julgamento. Nesse sentido, 
a) terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, sendo 
ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver, e após será 
efetuado o interrogatório dos litigantes. 
b) caso o reclamante não compareça na audiência inaugural, mesmo 
presente seu advogado, deverá necessariamente ser adiada a sessão. 
c) é facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou 
qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, mas cujas 
declarações não obrigarão o proponente. 
d) aberta a audiência, o Juiz proporá a conciliação, sendo que se não 
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houver acordo, o reclamado poderá apresentar defesa oral no tempo 
máximo de 10 (dez) minutos. 
e) deverão estar presentes o reclamante e o reclamado na audiência de 
julgamento, independentemente do comparecimento de seus 
representantes. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³(´�A informação contida na letra 
³(´��GH�TXH�DV�SDUWHV�GHYHP�FRPSDUHFHU�j�DXGLrQFLD�LQGHSHQGHQWHPHQWH�
de seus representantes, encontra-se no art. 843 da CLT, assim redigido: 
 
³Na audiência de julgamento deverão estar presentes o 
reclamante e o reclamado, independentemente do 
comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de 
Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os 
empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua 
categoria´. 
 
Percebam que as exceções encontram-se nas ações plúrimas e nas ações 
de cumprimento, pois nessas o número de autores, em especial, poderia 
impedir ou atrapalhar a própria realização da audiência. Imagine uma 
ação ajuizada por 100 reclamantes. Seria impossível a presença e 
participação de todos na mesma audiência. Vejamos as demais 
alternativas: 
 
/HWUD� ³$´�� HUUDGD�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� GL]� TXH� R� LQWHUURJDWyULR� VHUi�
realizada e, em seguida, serão ouvidas as testemunhas, peritos e 
assistentes. 
/HWUD�³%´��HUUDGD��SRLV�D�DXVrQFLD�GR�UHFODPDQWH��PHVPR�SUHVHQWH�R�VHX�
Advogado, importará no arquivamento no processo, conforme art. 844 da 
CLT. 
/HWUD�³&´��HUUDGR��SRLV�DV�LQIRUPDo}HV�SUHVWDGRV�SHOR�SUHSRVWR�YLQFXODP�D�
parte, conforme art. 843, §1º da CLT. 
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/HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�R�DUW������GD�&/7�SUHYr�D�DSUHVHQWDomR�GD�GHIHVD�
no prazo de até 20 minutos. 
 
2 - Q299670 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / 
Audiências; ) 
Sobre as audiências trabalhistas, com base nas normas aplicáveis, é 
correto afirmar: 
a) A ausência injustificada do reclamante ou de seu advogado à audiência 
importa em revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. 
b) O reclamante e o reclamado, deverão estar presentes pessoalmente, 
independentemente do comparecimento de seus advogados, não podendo 
ser substituídos ou representados neste ato processual. 
c) As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz, não podendo ser 
reinquiridas a requerimento das partes ou advogados. 
d) O juiz, à hora marcada, declarará aberta a audiência, sendo feita pelo 
chefe de secretaria ou escrivão a chamada das partes, havendo uma 
tolerância de até 15 minutos após a hora marcada. 
e) Estas serão públicas e realizar-se-ão em dias úteis, entre 8 e 18 horas, 
não podendo ultrapassar 5 horas seguidas, salvo quando houver matéria 
urgente. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´�A informação trazida pela FCC na 
DOWHUQDWLYD�³(´��FRQVLGHUDGD�FRUUHWD��p�FySLD�ILHO�GR�DUW������GD�&/7��TXH�
deve ser memorizado pelo candidato, pois muitas vezes cobrado nos 
concursos trabalhistas: 
 
³$V�DXGLrQFLDV�GRV�yUJmRV�GD�-XVWLoD�GR�7UDEDOKR�VHUmR�S~EOLFDV�H�
realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis 
previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não 
podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando 
KRXYHU�PDWpULD�XUJHQWH´. 
 
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Vejamos as demais assertivas, que estão todas erradas: 
/HWUD� ³$´�� HUUDGR�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� GL]� TXH� D� DXVrQFLD� GR�
reclamante importa em arquivamento. Na verdade, a revelia surge pela 
ausência injustificada do reclamado. 
/HWUD� ³%´�� HUUDGR�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� SUHYr� D� SRVVLELOLGDGH� GH�
representação das partes, ora por empregados da mesma categoria ou 
sindicato ou por preposto. 
/HWUD� ³&´��HUUDGR��SRLV� DV� WHVWHPXQKDV�H� SDUWHV�SRGHP�VHU� UHLQTXLULGDV�
conforme o art. 820 da CLT. 
/HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�D�2-�Qž�����GD�6',-1 do TST não prevê tolerância 
para o atraso das partes. 
 
3 - Q208227 ( Prova: FCC - 2005 - OAB-SP - Exame de Ordem - 2 - 
Primeira Fase / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) 
Na reclamação ajuizada pelo trabalhador, para a cobrança de direito 
irrenunciável, correspondente a salário mínimo não pago, ausentes ambas 
as partes à única audiência designada, 
a) deve designar-se nova audiência, com condução coercitiva das partes. 
b) o reclamado é considerado revel. 
c) o processo é arquivado. 
d) encerra-se a instrução, julgando o feito no estado em que se encontra. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³C´� O Art. 844 da CLT prevê o 
arquivamento do processo quando ausente o reclamante e a revelia 
quando ausente o reclamado. Havendo ausência de ambas as partes, o 
entendimento é de que o feito será arquivado. Transcreve-se o artigo 
mencionado para ciência: 
 
³Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência 
importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento 
do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à 
matéria de fato.Parágrafo único - Ocorrendo, entretanto, motivo 
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relevante, poderá o presidente suspender o julgamento, 
designando nova audiência´. 
 
As demais alternativas tratam do mesmo assunto, razão pela qual 
não precisam ser analisadas em separado. 
 
4 ± Q292822 ( Prova: FCC ± 2013 ± TRT ± 1ª REGIÃO (RJ) ± Analista 
Judiciário ± Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / 
Audiências; ) 
Hércules após quatro anos de contrato de trabalho com a empresa Alfa 
Beta Engenharia foi dispensado sem receber saldo salarial e verbas da 
rescisão. Ajuizou reclamação trabalhista, sendo designada audiência UNA 
(conciliação, instrução e julgamento) após dois meses da distribuição da 
ação. Ocorre que Hércules sofreu acidente na véspera da audiência, 
ficando hospitalizado e, portanto, impossibilitado de se locomover até a 
Vara do Trabalho. Com base nas normas previstas em lei trabalhista, 
nessa situação, 
a) o advogado de Hércules fará toda a sua assistência em audiência, 
inclusive com poderes para depor pelo reclamante e realizar demais atos 
processuais. 
b) o reclamante Hércules poderá fazer-se representar na audiência por 
outro empregado que pertença a mesma profissão ou pelo Sindicato 
Profissional. 
c) o processo será arquivado ante a ausência do reclamante, que poderá 
ajuizar novamente a demanda quando estiver em condições plenas de 
saúde. 
d) a lei processual trabalhista não prevê a hipótese de substituição de 
empregado reclamante ausente, razão pela qual fica a critério do Juiz 
adiar a audiência ou arquivar o processo. 
e) a esposa, companheira ou algum parente até o terceiro grau poderão 
representar o trabalhador ausente com amplos poderes para inclusive 
prestar depoimento pelo reclamante. 
 
COMENTÁRIOS: 
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A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� Na hipótese da questão, há uma 
justificativa plausível para a ausência do reclamante a audiência, razão 
pela qual autoriza a CLT que o mesmo seja substituído por outro 
empregado da mesma categoria ou pelo sindicato, de forma a evitar o 
arquivamento do processo. A representação serve apenas para evitar o 
arquivamento do feito, não sendo realizados atos processuais. Vejamos a 
redação do art. 843, §2º da CLT: 
 
³6H�SRU�GRHQoD�RX�TXDOTXHU�RXWUR�PRWLYR�SRGHURVR��GHYLGDPHQWH�
comprovado, não for possível ao empregado comparecer 
pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado 
que pertença à mesma SURILVVmR��RX�SHOR�VHX�VLQGLFDWR´� 
 
Vejamos as demais alternativas: 
/HWUD�³$´��HUUDGR��SRLV�D�SUHVHQoD�GR�SDUWH�p�LQGLVSHQViYHO��QmR�SRGHQGR�
ser suprida pela presença do Advogado, conforme art. 843 da CLT. 
/HWUD�³&´��HUUDGR��SRLV�R�PRWLYR�GD�DXVrQFLD�p�UHOHYDQWH��QmR�KDYHQGR�R�
arquivamento do processo, o que somente ocorre na hipótese de ausência 
injustificada, o que não ocorreu na situação em análise. 
/HWUD�³'´��HUUDGR��SRLV�R�DUW�������†�ž�GD�&/7�SUHYr�D�substituição. 
/HWUD� ³(´�� HUUDGR�� SRLV� VRPHQWH� RXWUR� HPSUHJDGR� GD� FDWHJRULD� RX� R�
sindicato é que podem representar o obreiro, não possuindo amplos 
poderes, e sim, apenas para evitar o arquivamento. 
 
5 - Q292823 ( Prova: FCC - 2013 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Analista 
Judiciário - Execução de Mandados / Direito Processual do Trabalho / 
Audiências; ) 
A empresa Deuses do Olimpo Produções S/A foi citada para responder 
reclamatória trabalhista que tramita pelo procedimento ordinário e 
comparecer à audiência UNA (conciliação, instrução e julgamento), 
designada trinta dias após a sua notificação. Entretanto, o representante 
legal da empresa reclamada, por mero esquecimento, não compareceu à 
audiência designada. O reclamante compareceu à audiência sem a 
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presença de seu advogado. O advogado da reclamada, presente em 
audiência, pretendeu apresentar defesa oral. Nessa situação, com 
fundamento na lei e em jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do 
Trabalho ± TST, o Juiz deverá 
a) arquivar a reclamatória diante da ausência de uma das partes e do 
advogado do reclamante, tendo em vista que este não pode atuar 
pessoalmente na Justiça do Trabalho. 
b) adiar a audiência para outra data possibilitando o comparecimento do 
advogado do reclamante e do representante legal da reclamada. 
c) permitir ao patrono da empresa a apresentação de defesa oral e adiar 
a audiência para que o advogado do reclamante tome ciência da defesa e 
apresente réplica nos autos. 
d) aplicar a revelia e consequente confissão quanto à matéria de fato à 
reclamada ausente não permitindo que seu advogado apresente defesa 
oral diante do motivo da ausência não ser relevante e prosseguir com o 
processo sem adiar a audiência. 
e) autorizar que o patrono da reclamada apresente defesa por escrito em 
15 dias diretamente no protocolo da Secretaria da Vara e adiar a 
audiência para nova data. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³D´� A questão, apesar de 
relativamente grande, é de fácil desate. Perceba que o reclamante estava 
presente mas seu Advogado ausente, o que não gera o arquivamento do 
feito, pois a parte estava presente. Em relação ao reclamado, o Advogado 
estava presente mas o representante da empresa não. Nessa situação, 
aplica-se a Súmula nº 122 do TST, assim redigida: 
 
³$� UHFODPDGD�� DXVHQWH� j� DXGLrQFLD� HP� TXH� GHYHULD� DSUHVHQWDU�
defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de 
procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a 
apresentação de atestado médico, que deverá declarar, 
expressa- mente, a impossibilidade de locomoção do empregador 
RX�GR�VHX�SUHSRVWR�QR�GLD�GD�DXGLrQFLD´� 
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Extrai-se da Súmula e da situação posta pela FCC, que mesmo presente o 
Advogado do reclamado, haverá a aplicação da revelia, conforme art. 844 
da CLT, pois o motivo da ausência do reclamado não foi justo ± mero 
esquecimento ± não cabendo ao seu Advogado a apresentação de defesa, 
FRQIRUPH�GLWR�QD�OHWUD�³'´��9HMDPRV�DV�GHPDLV�DVVHUWLYDs: 
 
/HWUD�³$´��HUUDGR��pois o reclamante estava presente, não podendo haver 
o arquivamento, pois essa consequência decorre da ausência daquele, 
conforme art. 844 da CLT. 
/HWUD�³%´��HUUDGR��pois não há o adiamento, pois a ausência do Advogado 
do reclamante não traz consequências, já que no processo do trabalho 
impera o jus postulandi, ou seja, a desnecessidade de Advogado. Já em 
relação ao representante da reclamada, não haverá o adiamento, pois a 
ausência foi injustificada (esquecimento). 
/HWUD� ³&´�� HUUDGR�� pois a Súmula nº 122 do TST diz que o reclamando 
será revel, não se falando em apresentação de defesa. 
/HWUD� ³E´�� HUUDGR�� pois o reclamado será considerado revel e por não 
haver previsão de defesa escrita no processo do trabalho (art. 847 da 
CLT). 
 
6 - Q280535 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do 
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) 
Em relação à audiência, considere: 
 
I. Aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação. 
II. A audiência de julgamento será contínua, devendo ser concluída no 
mesmo dia. 
III. A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada 
a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. 
IV. Pessoa jurídica de direito público não se sujeita à revelia. 
V. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é 
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revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo 
ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que 
deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do 
empregador ou do seu preposto no dia da audiência. 
É entendimento pacificado pelo TST, o que se afirma APENAS em 
a) III e IV. 
b) II, IV e V. 
c) I. 
d) II e III. 
e) I, III e V. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³(´� Estão corretas as assertivas I, 
III e V, de acordo com a jurisprudência do TST e a legislação aplicável. 
Vejamos: 
 
I. A informação está correta, pois de acordo com o art. 846 da CLT, 
que diz que o Juiz proporá a conciliação aberta a audiência. 
II. Errada, pois a audiência de julgamento pode ser fracionada, caso 
haja necessidade, como, por exemplo, alguma testemunha faltar 
ao ato e tiver que ser intimada. 
III. Perfeito, pois a Súmula nº 9 do TST traz tal informação: se 
houver a apresentação de defesa e a audiência for adiada, não 
haverá arquivamento do processo, pois nasceu para o 
reclamado, com a apresentação da defesa, o direito ao 
julgamento de mérito. 
IV. Errado, pois a OJ nº 152 da SDI-1 do TST diz que o art. 844 da 
CLT, que trata da revelia, é aplicável às pessoas jurídicasde 
direito público. 
V. Perfeito, pois em total conformidade com a Súmula nº 122 do 
TST, que possui idêntica redação. 
 
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7 - Q289161 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do 
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Partes e Procuradores; 
Audiências; Procedimento ordinário e sumaríssimo; ) 
De acordo com o entendimento pacífico da jurisprudência do TST, 
a) inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento 
da parte à audiência. 
b) pessoa jurídica de direito público não sujeita-se à revelia. 
c) a reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é 
revel, salvo se presente seu advogado munido de procuração específica. 
d) diante da gravidade do ato, a revelia da reclamada não pode ser 
ilidida. 
e) a revelia produz confissão na ação rescisória. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³$´� A informação acerca da 
inexistência de previsão legal para o atraso das partes à audiência está 
em total consonância com a OJ nº 245 da SDI-1 do TST, a seguir 
transcrita: 
 
³,QH[LVWH� SUHYLVmR� OHJDO� WROHUDQGR� DWUDVR� QR� KRUiULR� GH�
comparecimento da parte na DXGLrQFLD´� 
 
Havendo atraso, aplicar-se-ão as consequências do art. 844 da CLT, ou 
seja, arquivamento no atraso do reclamante e revelia, na hipótese do 
reclamado. Vejamos as demais assertivas: 
 
/HWUD� ³%´�� HUUDGR�� SRLV� D� 2-� Qž� ���� GD� 6',-1 do TST diz aplicar-se a 
revelia aos entes públicos. 
/HWUD� ³&´�� HUUDGR�� SRLV� YLROD� D� 6~PXOD� Qž� ���� GR� 767�� GL]� TXH� KDYHU�
revelia da mesma forma. 
/HWUD� ³'´�� HUUDGR�� SRLV� D� SUySULD� 6~PXOD� Qž� ���� GR� 767� GL]� TXH� R�
atestado médico, que demonstre a impossibilidade de locomoção, é capaz 
de ilidir a revelia, ou seja, evitar a aplicação dos seus efeitos. 
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/HWUD�³(´��HUUDGR��SRLV�D�6XPXOD�Qž�����GR�767�GL]�TXH�QmR�Ki�FRQILVVmR�
na ação rescisória, ou seja, tal efeito da revelia não é verificado. 
 
8 - Q263459 ( Prova: FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área 
Judiciária / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) 
Conforme previsão legal e jurisprudência sumulada do TST, em relação às 
audiências trabalhistas é correto afirmar: 
a) A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada 
a ação em audiência, importa arquivamento do processo. 
b) Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro 
ou pequeno empresário, o preposto em audiência deve ser 
necessariamente empregado do reclamado. 
c) Não se aplica a confissão à parte que, expressamente intimada com 
aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na 
qual deveria depor desde que esteja presente o seu advogado. 
d) Aberta a audiência, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua 
defesa oral ou apresentá-la por escrito e, em seguida, o juiz proporá a 
conciliação. 
e) Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, devendo o 
juiz, exofficio, interrogar os litigantes, sob pena de nulidade, sendo que 
findo o interrogatório não poderão os litigantes retirar-se, até o término 
da instrução com a oitiva de testemunhas. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³B´�A informação acerca da 
necessidade do preposto ser empregado, salvo em reclamação proposta 
em face de empregador doméstico e micro ou pequeno empresário, está 
em conformidade com a Súmula nº 377 do TST, que será transcrita a 
seguir: 
 
³([FHWR�TXDQWR�j�UHFODPDomR�GH�HPSUHJDGR�GRPpVWLFR��RX�FRQWUD�
micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser 
necessariamente empregado do reclama- do. Inteligência do art. 
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843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 
���GH�GH]HPEUR�GH�����´� 
 
Vejamos as demais assertivas: 
/HWUD� ³$´�� HUUDGR�� SRLV� FRQWUDULD� D� 6~PXOD� Qž� �� GR� 767�� TXH� QHVVD�
hipótese diz inexistir arquivamento do feito, pois a defesa já foi 
apresentada. 
/HWUD� ³&´��HUUDGR��SRLV� FRQWUDULD�R�HQWHQGLPHQWR�SUHYLVWR�QR� LQFLVR� ,� GD�
Súmula nº 74 do TST. 
/HWUD� ³'´�� HUUDGR�� SRLV� R� DUW�� ���� GD� &/7� QmR� SUHYr� D� SRVVLELOLGDGH� GD�
defesa ser apresentada por escrito, e sim, apenas no prazo de 20 
minutos, ou seja, oralmente. 
/HWUD�³(´��HUUDGR��SRLV�YLROD�R�DUW������GD�&/7��TXH�VHUi�WUDQVFULWR�SDUD�
comparação: 
³Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do 
processo, podendo o presidente, exofficio ou a requerimento de 
qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes. § 1º - Findo o 
interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, 
prosseguindo a instrução com o seu representante.§ 2º - Serão, 
a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se 
houver´. 
 
9 - Q262175 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Juiz do 
Trabalho - Tipo 1 / Direito Processual do Trabalho / Partes e 
Procuradores; Audiências; ) 
É INCORRETO afirmar que 
a) o preposto deve ser necessariamente empregado. 
b) nas ações plúrimas, os empregados poderão fazer- se representar pelo 
sindicato da categoria profissional correspondente. 
c) o não comparecimento do reclamante à audiência importa o 
arquivamento da reclamação. 
d) aberta a audiência, o juiz proporá a conciliação. 
e) a vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente 
a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever 
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de conduzir o processo. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa IN&255(7$� e� $� /(75$� ³A´� Realmente é incorreto 
afirmar que o preposto deve ser necessariamente empregado, pois 
existem situações excepcionais, presentes na Súmula nº 377 do TST, que 
trata da matéria. O entendimento sumulado do TST diz que, em se 
tratando de empregador doméstico e micro e pequeno empresário, não há 
necessidade do preposto ser empregado, podendo ser qualquer pessoa 
com conhecimento dos fatos, já que as suas declarações vincularam o 
reclamado. Vejamos: 
 
³([FHWR�TXDQWR�j�UHFODPDomR�GH�HPSUHJDGR�GRPpVWLFR��RX�FRQWUD�
micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser 
necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 
843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 
���GH�GH]HPEUR�GH�����´� 
 
Vejamos as demais assertivas da FCC: 
/HWUD� ³%´�� FRUUHWD�� SRLV� GH� DFRUGR� FRP�R� DUW�� ���� GD�&/7�� TXH� SUHYr�D�
possibilidade de substituição pelo Sindicato da categoria. 
/HWUD�³&´��FRUUHWD��HP�FRQIRUPLGDGH�FRP�R�DUW������GD�&/7��que prevê o 
arquivamento do feito na ausência injustificado do reclamante. 
/HWUD� ³'´�� FRUUHWD�� Mi� TXH� R� DUW�� ���� GD� &/7� SUHYr� D� �� WHQWDWLYD� GH�
conciliação sendo realizada no início da audiência. 
/HWUD� ³(´�� FRUUHWD�� � HP�FRQIRUPLGDGH� FRP�D�6~PXOD�Qž����� ,,, do TST, 
que trata dos poderes instrutórios do Juiz. 
 
10 - Q249307( Prova: FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Juiz do 
Trabalho - Tipo 5 / Direito Processual do Trabalho / Audiências; ) 
O Processo do Trabalho apresenta como traços identificadores a 
oralidade, a concentração dos atos processuais e o aspecto conciliatório. 
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Em relação às propostas de conciliação no Processo do Trabalho, é correto 
afirmar que 
a) devem ser realizadas em dois momentos: após a abertura da 
audiência, mas antes da apresentação da defesa; terminada a instrução 
processual, após as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las. 
b) somente podem ser realizadas após a oitiva das partes e quando do 
encerramento da instrução processual, antes das razões finais. 
c) estão vinculadas ao valor atribuído à causa, sendo portanto 
obrigatórias apenas nas ações de alçada e de rito sumaríssimo. 
d) devem ser realizadas após a apresentação da defesa e renovadas após 
as razões finais, caso as partes queiram aduzi-las. 
e) não há obrigatoriedade na sua realização, constituindo-se assim em 
faculdade do Juiz na direção do processo. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� Os dois momentos obrigatórios 
de tentativa de conciliação são: 
a. No início da audiência, após o pregão das partes e antes da 
apresentação da defesa pelo reclamado, conforme art. 846 da CLT. 
b. Após as razões finais, conforme art. 850 da CLT. 
Esses dois momentos de conciliação foram tratados corretamente pelo 
DOWHUQDWLYD� ³$´�� &RQWXGR�� FXLGDGR� FRP� D� LQIRUPDomR� GH� TXH� DV� SDUWes 
podem aduzir ou não as razões finais. Realmente não há obrigação 
daqueles apresentarem as razoes finais. O art. 850 da CLT diz que as 
partes podem aduzir razões finais em prazo de 10 minutos para cada. 
Realmente não há obrigatoriedade. Se forem apresentadas, a 2ª 
tentativa de conciliação será feita. Caso as partes não queiram apresentar 
as razões finais, a tentativa de conciliação será feita da mesma forma. 
Essa é a idéia correta. Como todas as demais alternativas tratam do 
mesmo tema, não há necessidade de análise em separado. 
 
11 - Q113389 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / 
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Audiências; ) 
A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após 
contestada a ação em audiência, 
a) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante 
poderá ajuizar nova ação postulando verbas que não foram anteriormente 
postuladas. 
b) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante 
poderá ajuizar nova ação postulando as mesmas verbas anteriormente 
postuladas. 
c) importará no arquivamento da reclamação, sendo que o reclamante 
poderá pedir o desarquivamento do processo e continuar com a 
reclamação. 
d) não importa no arquivamento do processo tendo em vista que a ação 
já tinha sido contestada. 
e) importará no reconhecimento da revelia, além de confissão quanto à 
matéria de fato. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³D´� A questão sobre a conseqüência 
da ausência do reclamante à audiência, após contestada a ação, é 
bastante comum nos concursos trabalhistas. A solução da mesma é 
simples, de acordo com a Súmula nº 9 do TST, que será descrita a seguir: 
 
³$� DXVrQFLD� GR� UHFODPDQWH�� TXDQGR� DGLDGD� D� LQVWUXomR após 
contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do 
SURFHVVR´� 
 
Se já houve a apresentação de defesa na primeira audiência e o 
reclamante falta à audiência em prosseguimento, não haverá 
arquivamento do processo, pois a partir do momento em que o réu 
apresenta a sua defesa, nasce para o mesmo o direito ao julgamento de 
mérito, não cabendo falar em extinção do feito sem resolução do mérito 
(arquivamento). A regra pode ser assim resumida: 
 
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Primeira audiência Audiência em prosseguimento 
Reclamado não apresenta defesa Ausência do reclamante gera o 
arquivamento. 
Reclamado apresenta defesa Ausência do reclamante não gera o 
arquivamento. 
 
 
Não se pode falar, de forma alguma, em revelia, pois essa é a 
conseqüência da ausência injustificada do reclamado, conforme art. 844 
da CLT. Como todas as assertivas tratam do mesmo tema, não 
serão analisadas em separado. 
 
12 - Q113390 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / 
Audiências; ) 
Maria ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa DEDE. João, 
proprietário da empresa, cientificado da respectiva reclamação, contratou 
advogado na véspera da data designada para a realização da audiência, 
em que será obedecido o procedimento ordinário. O advogado advertiu 
João de que teria que apresentar defesa oral em razão da proximidade da 
contratação. Neste caso, de acordo com a CLT, o advogado 
a) não poderá apresentar defesa oral em razão do procedimento ordinário 
da respectiva reclamação trabalhista. 
b) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 20 minutos para 
aduzir sua defesa. 
c) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 10 minutos para 
aduzir sua defesa. 
d) não poderá apresentar defesa oral por expressa disposição legal, 
independentemente do procedimento adotado pela ação reclamatória. 
e) poderá apresentar defesa oral e terá o prazo de 30 minutos para 
aduzir sua defesa. 
 
COMENTÁRIOS: 
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A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� A primeira regra que deve ser 
lembrada é quanto à forma de apresentação da defesa no processo do 
trabalho, nos moldes do art. 847 da CLT: oral, em 20 minutos. O 
Advogado contratado pelo reclamando poderá apresentar defesa oral, que 
é a regra prevista na CLT, valendo-se do prazo máximo de 20 minutos 
para apresentação de toda a defesa, incluindo exceções e reconvenção, se 
for o caso. Transcreve-se o dispositivo mencionado por sua importância: 
 
³1mR� KDYHQGR� DFRUGR�� R� UHFODPDGR� WHUi� YLQWH� PLQXWRV� SDUD�
aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não 
IRU�GLVSHQVDGD�SRU�DPEDV�DV�SDUWHV´� 
 
Em hipótese alguma a questão poderia afirmar que o reclamado não pode 
apresentar defesa oral ou que está obrigado a apresentá-la por escrito. 
Essas assertivas estão sempre erradas, conforme a sistemática adotada 
pela CLT. Como todas as assertivas tratam do mesmo tema, já 
foram respondidas e, por isso, não serão analisadas em separado. 
 
13 - Q280536 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do 
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Resposta do Reclamado; ) 
Na esfera da Justiça do Trabalho, é correto afirmar: 
 
a) Nas causas de jurisdição da Justiça do Trabalho somente pode ser 
oposta, com suspensão do feito, exceção de incompetência. 
b) Das decisões sobre exceções desuspeição e incompetência, salvo, 
quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá recurso, podendo, no 
entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da decisão 
final. 
c) Apresentada a exceção de incompetência, abrir-se-á vista dos autos ao 
exceto, por 48 (quarenta e oito) horas improrrogáveis, devendo a decisão 
ser proferida na primeira audiência ou sessão que se seguir. 
d) São motivos de suspeição do juiz: inimizade pessoal, amizade íntima, 
parentesco por consanguinidade ou afinidade até o segundo grau civil. 
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e) Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará 
audiência dentro de 24 (vinte e quatro) horas, para instrução e 
julgamento da exceção. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³B´� A informação contida na letra 
³%´� p� FySLD� ILHO� GR� DUW�� ����� †�ž� GD�&/7�� TXH� WUDWD� GH� XPD�H[FHomR� DR�
princípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias, ao 
GL]HU�TXH�GD�GHFLVmR�³WHUPLQDWLYD�GR�IHLWR´��TXH�p�DTXHOD�que reconhece 
a incompetência da Justiça do Trabalho, cabe recurso imediato, 
sendo que nas demais situações a parte deve interpor o recurso da 
decisão final, ou seja, da sentença. Vejamos o dispositivo da CLT: 
 
³'DV� GHFLV}HV� VREUH� H[FHo}HV� GH� VXVSHLomR� H� LQFRPSHWrQFLD��
salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, não caberá 
recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no 
UHFXUVR�TXH�FRXEHU�GD�GHFLVmR�ILQDO´� 
 
Vejamos as demais assertivas: 
/HWUD� ³$´�� HUUDGR�� SRLV� WDPEpP� SRGHP� VHU� RSRVWDV� DV� H[FHo}HV� GH�
suspeição e impedimento, conforme art. 799 da CLT. Apesar do 
dispositivo não mencionado a exceção de impedimento, é pacífico esse 
entendimento. 
/HWUD� ³&´�� HUUDGR�� pois o art. 800 da CLT fala no prazo de 24h 
improrrogáveis. 
/HWUD�³'´��HUUDGR��pois o art. 801 da CLT diz até 3ª grau civil. 
/HWUD�³(´��HUUDGR��pois o art. 802 da CLT traz o prazo de 48h. 
 
14 - Q289153 ( Prova: FCC - 2012 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - Juiz do 
Trabalho / Direito Processual do Trabalho / Procedimento ordinário e 
sumaríssimo; Resposta do Reclamado; ) 
De acordo com a CLT, nas causas de jurisdição da Justiça do Trabalho 
somente podem ser opostas, 
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a) com suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de suspeição. 
b) com suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de 
incompetência. 
c) sem suspensão do feito, as exceções de impedimento ou de suspeição. 
d) sem suspensão do feito, as exceções de incompetência ou de 
suspeição. 
e) com suspensão do feito, as exceções de incompetência ou de 
suspeição. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$� e� $� /(75$� ³(´� Tecnicamente está errada a 
questão, pois se sabe que com o advento da CPC, passou a ser possível a 
apresentação da exceção de impedimento também, não só de suspeição e 
incompetência. Ocorre que o art. 799 da CLT continua a tratar apenas das 
duas últimas, sendo que as provas da FCC são retiradas integralmente 
dos dispositivos legais, que devem ser memorizados. Mesmo discordando 
do entendimento da FCC, acho conveniente sempre dizer que somente 
podem ser opostas, com suspensão do processo, as exceções de 
suspeição e incompetência, por ser essa a redação do art. 799 da CLT, 
a seguir transcrito: 
 
³Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem 
ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição 
ou incompetência´. 
 
Como as demais assertivas tratam da mesma matéria, não serão 
analisadas. 
 
15 - Q113383 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / 
Resposta do Reclamado; ) 
Considere: 
I. Litispendência. 
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II. Conexão. 
III. Exceção de incompetência relativa do juízo. 
IV. Carência de Ação. 
V. Exceção de suspeição. 
NÃO deverão ser argüidas em contestação a objeções 
indicadas APENAS em 
a) III e V. 
b) I, II e III. 
c) II e III. 
d) I, II e V. 
e) IV e V. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³A´� Conforme análise a ser realizada 
abaixo, não devem ser apresentadas na contestação as defesas descritas 
em III e V, ou seja, incompetência relativa e exceção de suspeição. 
As defesas constantes em I, II e IV, respectivamente, litispendência, 
conexão e carência de ação, são preliminares de mérito, que nos termos 
do art. 301 do CPC, aplicável ao processo do trabalho, são tratadas na 
peça de contestação. Já a incompetência relativa e a suspeição do Juiz, 
são vícios que devem ser demonstrados por meio das exceções de 
incompetência e suspeição, que são defesas apartadas da contestação. 
 
16 - Q113386 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 19ª Região (AL) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / 
Resposta do Reclamado; ) 
De acordo com a CLT e o entendimento Sumulado do TST, a 
compensação 
a) não poderá ser argüida, em nenhum momento, em reclamações 
trabalhistas. 
b) poderá ser argüida em qualquer fase processual, inclusive após o 
trânsito em julgado de sentença. 
c) deverá ser argüida através de exceção. 
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d) só poderá ser argüida como matéria de defesa na contestação. 
e) poderá ser argüida em qualquer fase processual até o trânsito em 
julgado de sentença. 
 
COMENTÁRIOS: 
A alternativa &255(7$�e�$�/(75$�³D´� A compensação, na Justiça do 
Trabalho, somente pode ser argüida como matéria de defesa, na 
contestação e em se tratando de dívida trabalhista. Essas três 
importantes e indispensáveis informações encontram-se no art. 767 da 
CLT e Súmula nº 18 e 48 do TST, que serão transcritos pois merecem 
atenção redobrada, já que respondem à todas as questões envolvendo o 
tema compensação: 
 
³$UW�� ���� GD� &/7�� $� FRPSHQVDomR�� RX� UHWHQomR�� Vy� SRGHUi� VHU�
DUJLGD�FRPR�PDWpULD�GH�GHIHVD´ 
 
³6~PXOD�Qž����GR�767��$�FRPSHQVDomR��QD�-ustiça do Trabalho, 
HVWi�UHVWULWD�D�GtYLGDV�GH�QDWXUH]D�WUDEDOKLVWD´� 
 
³6~PXOD� Qž� ��� GR� 767�� A compensação só poderá ser argüida 
FRP�D�FRQWHVWDomR´� 
 
Como todas as alternativas tratam do mesmo tema, não precisam 
ser analisadas em separado, pois já foram respondidas. 
 
17 - Q207448 ( Prova: FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico 
Judiciário - Área Administrativa / Direito Processual do Trabalho / 
Resposta do Reclamado; ) 
Numa reclamação trabalhista, o crédito do reclamado é superior ao do 
reclamante. Nesse caso, 
a) o reclamado só poderá apresentar reconvenção se a diferença for 
superior a um mês de salário do empregado e se tiver ocorrido rescisão 
do contrato de trabalho. 
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