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Urinálise Considerações Gerais e Coleta Composição da Urina • 95% de água • 5% de solutos Variações nas concentrações dos solutos depende: - Ingestão alimentar - Atividade física - Metabolismo corporal - Funções endócrinas Uréia: produto residual do metabolismo do fígado A partir da degradação de proteínas e aminoácidos Uréia: representa quase metade dos sólidos dissolvidos na urina Composição da Urina 1 2 3 4 5 6 Composição da Urina Outras substâncias encontradas na urina (parte do filtrado original): - Hormônios - Vitaminas - Medicamentos Outras substâncias encontradas na urina (não fazem parte do filtrado original): - Células - Muco - Cilindros - Bactérias - Cristais Como determinar se um fluido desconhecido é urina? Como determinar se um fluido desconhecido é urina? A amostra pode ser testada quanto ao teor de uréia e creatinina Estas substâncias estão presentes em concentrações muito superiores na urina em relação a outros fluídos Volume Urinário • Produção Diária Normal: 1200 a 1500 ml / dia • De 600 a 2000 ml é considerado normal - Oligúria: menos de 400 mL /dia adulto e menos de 0,5 ml/Kg/h em crianças Causas: Excessiva perda de água por vômitos, diarréia, suor ou queimaduras graves Nefrite aguda, atrofia tubular renal -Anúria: retenção total de água. Causas: Nefroses e obstrução das vias excretoras urinárias. - Poliúria: superior a 2,5 L /dia adulto e 2,5 a 3 ml/Kg/h em crianças Causas: Diabetes insipidus e Diabetes mellitus Artificialmente induzida por: cafeína, diuréticos ou álcool Suprimem a produção do hormônio antidiurético Necessidade de excretar quantidades aumentadas de glicose Diabetes mellitus X Diabetes insipidus Coleta da Amostra - Utilização de luvas em todos os momentos - Amostras coletadas em frascos limpos, secos e a prova de vazamento - Frascos com boca larga para facilitar a coleta para mulheres - Feitos de material que permita a clara visualização de cor e aspecto - Estudos microbiológicos da urina: recipientes estéreis - Identificação da amostra: nome, número, data e hora da coleta (no frasco e não na tampa) Coleta da Amostra Coleta da Amostra Coletores de crianças Conservação da Amostra Após coleta: Entregues imediatamente no laboratório Refrigeração de 2 a 8ºC Conservantes químicos Testado dentro de 2 h Diminuição do crescimento e metabolismo bacteriano Pode ocorrer precipitação de fosfatos e uratos amorfos - bactericida - Preservar elementos formados no sedimento - não deve interferir com os testes químicos Conservação da Amostra Conservação da Amostra Tipos de Amostras A amostra precisa ser representativa do estado metabólico do paciente Vários tipos de coletas Levar em consideração: o tempo, o volume, o método de coleta, a dieta do paciente, uso de medicamentos - Mais comum devido a facilidade da coleta e comodidade - Útil para detectar anormalidades evidentes - Pode mostrar resultados anormais decorrentes da ingestão de alimentos ou da atividade física antes da coleta Amostra Aleatória Tipos de Amostras - Amostra ideal para triagem - Evita falso negativo no teste de gravidez e avaliação de proteinúria ortostática. - Amostra concentrada (~8 horas): detecção de substâncias químicas e elementos formados. Primeira Urina da Manhã - Segunda amostra da manhã, coletada após um período de jejum - Não contém nenhum metabólito de alimentos ingeridos antes do início do jejum. - Monitoramento da glicose Amostra de jejum Tipos de Amostras - Esvaziar a bexiga antes da refeição - Fazer a coleta da urina 2 hs após a alimentação - Amostra testada para glicose - Monitoramento terapêutico de insulina em Diabetes mellitus Amostra Pós-Prandial - Amostras são coletadas concomitantes c/ amostras de sangue - Número amostras: depende do T de duração do teste Jejum ½ h 1 h 2 h 3h 4h 5h - Urina testada para glicose e cetonas - Avalia a capacidade para metabolizar uma quantidade medida de glicose (limiar renal) Amostras do Teste de Tolerância a Glicose (TTG) Tipos de Amostras - Quantitativa: medir a quantidade exata de um composto na urina. - Quando a [ ] varia com o período, alimentação, metabolismo corporal, exercício físico. - Começar e terminar o processo de coleta com a bexiga vazia. - Misturar as amostras coletadas e anotar o volume. - As amostras devem ser conservadas refrigeradas ou com a adição de conservantes. Amostra de 24 h (ou cronometrada) Tipos de Amostras - Coletada sob condições estéreis, pela colocação de um catéter através da uretra até a bexiga. - Teste mais comum: cultura de bactérias. - Uso menos frequente: medida das funções em cada um dos rins. As amostras dos rins direito e esquerdo são coletadas separadamente pela passagem de cateteres através dos respectivos ureteres. Amostra Cateterizada Tipos de Amostras Amostra Cateterizada Tipos de Amostras - Método ideal para coleta de urina para urocultura. - Amostra menos contaminada por bactérias e células epiteliais. Amostra de Jato médio com Assepsia HIGIENE: Homem: Lavar as mãos, em seguida lavar o pênis, retraindo todo o prepúcio, enxaguar e secar com gaze estéril ou toalha bem limpa. Mulher: No momento da higiene e da coleta, manter os grandes lábios afastados. Limpar a região genital de frente para trás e secar, usando gaze estéril ou toalha bem limpa. Não usar duas vezes a mesma gase. Nunca inverter este movimento. Criança: Colher sempre que possível, no laboratório com cuidados especiais de assepsia. Tipos de Amostras Amostra de Jato médio com Assepsia Instruções para coleta de urina para urocultura : : Colher preferencialmente a primeira urina da manhã ou dar um intervalo mínimo de 4 horas após a última micção; : : Usar sempre recipiente estéril, fornecido pelo laboratório; : : Iniciar a micção. Desprezar o 1º jato da urina, sem interromper a micção, e recolher o jato médio, evitando encher o frasco até a tampa. Desprezar também o jato final. Fechar o frasco imediatamente; : : Após a coleta, trazer ao laboratório no prazo máximo de uma hora até o momento de sair de casa; : : Informar se está ou esteve em uso de antibióticos e/ou antissépticos urinários. Tipos de Amostras - Introdução de agulha através do abdômen na bexiga. - Fornece uma amostra de urina para a cultura bacteriana que está completamente livre de contaminação externa. - Pode ser utilizada para exame citológico. - Crianças ou neonatos e adultos imunossuprimidos. Punção Suprapúbica - Semelhante a coleta do jato médio com assepsia. - Coleta em três frascos estéreis (primeiro jato, jato médio, último jato após massagear a próstata). - Na infecção de próstata, a última amostra terá contagem de bactérias e células brancas do sangue 10 x maior que a primeira. - Segunda amostra controle de infecção da bexiga ou rins. Amostra para Prostatite Tipos de Amostras - A coleta de amostras pediátricas pode representar um desafio - São utilizados sacos plásticos transparentes, macios, com adesivo hipoalergênico para fixá-los na área genital. - Amostras estéreis podem ser obtidas por cateterismo ou punção suprapúbica. Amostra Pediátrica Tipos de Amostras Urinálise Exame Físico Exame Físico da Urina Cor Aspecto Gravidade Específica Exame Físico da Urina - Exame físico fornece informações preliminares relativas a distúrbios como: Hemorragia glomerular,hepatopatia, infecção do trato urinário. Exame Físico da Urina: Cor - Cor normal da urina: amarela-clara, amarela, amarelo-escuro e âmbar - Analisar a amostra com boa fonte de luz, olhando para baixo, através do recipiente e contra fundo branco. Urocromo: pigmento amarelo da urina - Produto do metabolismo endógeno (quebra da bile) - Produção em taxa constante - Excreção em taxa constante - Quantidades aumentadas: problemas da tireóide, estado de jejum e urina mantida à temperatura ambiente. Exame Físico da Urina: Aspecto Termo geral que se refere à transparência/ turvação da amostra Terminologia comum para o aspecto da urina: Límpido, opalescente, ligeiramente turvo, turvo e leitoso Aspecto Normal: - Em geral é clara - Precipitação de fosfatos e carbonatos amorfos pode causar uma ligeira opalescência branca. Exame Físico da Urina: Aspecto Límpido: Partículas não visíveis, transparentes Opalescente: Poucas partículas, texto impresso facilmente visualizado através da urina Ligeiramente Turvo: Muitas partículas, texto impresso borrado através da urina Turvo: Muitas partículas, texto impresso não pode ser visto através da urina Leitoso: Muitas partículas que podem precipitar ou ter coágulos Exame Físico da Urina: Aspecto Turvação Não Patológica: - Ligeiramente opalescente, mas normal Causas Não Patológicas de Turvação da urina: - Células epiteliais escamosas - Muco - Fosfatos, carbonatos e uratos amorfos - Sêmen, espermatozóides - Contaminação fecal - Meio de contraste radiográfico - Talco - Cremes vaginais Exame Físico da Urina: Aspecto Turvação Patológica: Causas Mais Comuns: - Glóbulos vermelhos (eritrócitos) - Glóbulos brancos (leucócitos) - Infecção causada por bactérias Causas Menos Frequentes: - Células epiteliais não escamosas - Leveduras - Cristais anormais - Fluído linfático e lipídeos Exame Físico da Urina: Gravidade Específica Definição: medida da densidade das substâncias químicas dissolvidas nas amostras. Influenciada pela quantidade e pelo tamanho das substâncias Mede a capacidade de reabsorção do rim Exame Físico da Urina: Gravidade Específica Medidas da Gravidade Específica da Urina Método Urodensímetro Refratômetro Tira reagente Princípio Densidade Índice de refração Mudanças de um polieletrólito Medidas da Gravidade Específica da Urina Urodensímetro Peso flutuante desloca um volume de líquido igual ao seu peso Projetado para afundar a um nível de 1000 ml de água destilada Aumento da massa = menor volume de urina deslocado Desvantagens: Menos exato que outros métodos Necessidade de grande volume de amostra Medidas da Gravidade Específica da Urina Refratômetro Medida do Índice de Refração: comparação da velocidade da luz no ar e em uma solução Concentração de partículas dissolvidas na solução determinam a velocidade e o ângulo pelo qual a luz passa através de uma solução Calibração: com H2O destilada (leitura 1.000) com NaCl a 5% (leitura 1.022 0,001) com sacarose a 9% (leitura 1.034 0,001) + - + - Refratômetro Refratômetro Correções: grandes quantidades de proteína e glicose presentes 1g/dL de proteína a gravidade específica da urina em 0,003 1g/dL de glicose a gravidade específica da urina em 0,004 Correlações Clínicas Gravidade específica do plasma filtrado que entra no glomérulo = 1.010 Valores de referência para densidade da urina: de 1.015 a 1.025
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