Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina: Fisiopatologia da nutrição e Dietoterapia II Profa.: Laís Marinho DOENÇAS CARDIOVASCULARES Doença coronariana Doença cerebrovascular Doença arterial periférica Doença cardíaca reumática Cardiopatia congênita DOENÇAS CARDIOVASCULARES DOENÇAS CARDIOVASCULARES Principal causa de morte no mundo • 17,5 milhões de pessoas => 31% das mortes em nível global 17,5 mi 7,4 mi: Doenças coronarianas 6,7 mi: AVC’s BRASIL: 5 a 8% de DAC na população adulta DOENÇAS CARDIOVASCULARES Tabagismo Hipertensão Dislipidemia Obesidade Diabetes Fatores de risco: DOENÇAS CARDIOVASCULARES Fatores modificáveis - HAS - Hiperlipidemia - Tabagismo - Sedentarismo - Obesidade - Estresse Não modificáveis - Hereditariedade - Sexo - Idade * Urbanização e pobreza DOENÇAS CARDIOVASCULARES ▪ Principais sintomas Dor no peito Dor ou desconforto no ombro esquerdo Falta de ar/ dificuldade em respirar Enjoo ou vômito Desmaio/ tontura HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ➢ Hipertensão arterial ▪ Um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento das DCV; ▪ Situações que favorecem HAS: - Obesidade - Inatividade física - Elevada ingestão de sódio - Consumo excessivo de álcool * Raça negra e sexo masculino ➢ Hipertensão arterial Aumento anormal e por longo período nos níveis da pressão que o sangue faz ao circular pelas artérias do corpo: ≥140 e/ou 90 mmHg 32,5 mi Adultos no BR + de 60% dos idosos 50% das mortes por DCV Sugere-se que a prevalência de HAS em crianças e adolescentes tenha dobrado nas últimas décadas ➢ Hipertensão arterial Etiologia multivariada Fatores ambientais Estímulos psicoemocionais 90 – 95%: causa desconhecida Histórico familiar ➢ Hipertensão arterial SNS PA RIM Liberação de norepinefrina: vasoconstrição Liberação de Renina: Sistema renina- angiotensina - aldosterona ➢ Hipertensão arterial PRÉ- HIPERTENSÃO PAS PAD 121 mmHg 139 mmHg 81 mmHg 89 mmHg 30,7% dos brasileiros têm pré hipertensão Risco para eventos cardiovasculares ➢ Hipertensão arterial Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) Normal ≤120 ≤80 Pré-hipertensão 121 - 139 81 - 89 Hipertensão estágio 1 140 – 159 90 - 99 Hipertensão estágio 2 160 - 179 100 - 109 Hipertensão estágio 3 ≥180 ≥110 Quando a PAS e PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica; PA: pressão arterial Esfigmomanômetro ➢ Hipertensão arterial ➢ Hipertensão arterial FATORES DE RISCO ➢ Hipertensão arterial Sintomas pouco expressivos Mais comum: cefaleia Tontura e palpitações Diagnóstico? ➢ Hipertensão arterial ▪ TRATAMENTO FARMACOLÓGICO NÃO-FARMACOLÓGICO - Uso de drogas anti-hipertensivas - Mudanças no estilo de vida ➢ Hipertensão arterial ▪ TRATAMENTO FÁRMACOS - Estágios 2 ou 3/ alto risco - Estágio 1 : quando a PA não for controlada após tratamento não farmacológico (3- 6 meses) PRÉ – HIPERTENSOS: adoção de hábitos saudáveis estão relacionados à menor risco de desenvolvimento de HA ➢ Hipertensão arterial ▪ TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO Controle de peso corporal Cessação do tabagismo Controle do estresse Aspectos nutricionais Atividade/exercício físico Equipe multiprofissional Redução de peso, mesmo em normotensos, reduz a PA e a prevalência de HA ➢ Hipertensão arterial 7º Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, ANO X ➢ Hipertensão arterial ➢ Manejo nutricional no controle da HAS ▪ 20 a 30% da prevalência da HAS está associada à excesso de peso ▪ IMC 18,5 a 24,9 kg/m² ▪ Tratamento dietoterápico - Redução de peso corporal => 1ª etapa - Plano dietético com restrição de energia; - Balanceamento adequado de macro e micro - Novos hábitos alimentares - Manutenção do peso em médio e longo prazo ➢ Manejo nutricional no controle da HAS ▪ REDUÇÃO DE PESO - IMC e HAS => forte associação; - Desenvolvimento de HAS é 2 a 6 vezes maior em indivíduos com sobrepeso; - 30% dos casos de HAS => obesidade; - Gordura visceral => inflamação vascular; - Efeito sinérgico: perda de peso e tratamento farmacológico. ASPECTOS NUTRICIONAIS DIETA DASH •Frutas, hortaliças, grãos integrais, frango, peixe, oleaginosas, laticínios com baixo teor de gordura DIETA MEDITERRÂNEA •Frutas, hortaliças, grãos integrais, azeite, peixe, oleaginosas e vinho DIETAS VEGETARIANAS •Frutas, hortaliças, grãos e leguminosas. •Excluem: carnes, peixes, ovos e laticínios* ▪ SÓDIO ❑ Excesso de Na => aumento da PA; ❑ Impacto na DCV : controverso; ❑ Limite de consumo de 2g/dia => diminuição da PA; ❑ Não ingestão de produtos industrializados. Enlatados, embutidos, conservas, molhos prontos, caldo de carne ▪ SÓDIO Nitrito e nitrato de Na, Ciclamato de sódio, Bicarbonato de Na, Glutamato... ▪ Consumo de sal no Brasil Recomendação OMS: 5g => Consumo 12g/dia Sal e condimentos Alimentos processados SBC: 1,5 mi ficariam livres de medicação Aumento da expectativa de vida em 4 anos ▪ Chocolate amargo O chocolate com pelo menos 70% de cacau pode promover discreta redução da PA, devido às altas concentrações de polifenóis. ▪ Laticínios e Vit D Consumo de laticínios com baixo teor de gordura: diminui PA; Leite: Ca, K, e peptídeos bioativos; Baixa Vit D: maior incidência da PA; Suplementação: não reduziu PA ▪ ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS ❑ Ingestão ≥ 2g/dia de EPA + DHA reduz a pressão arterial e doses menores ( 1 a 2g/dia) reduzem apenas PAS. ❑ AG monoinsaturados também tem sido associado à redução da PA. ▪ FIBRAS ▪ OLEAGINOSAS Fibras solúveis : farelo de aveia, pectina, gomas Fibras insolúveis: celulose, hemicelulose e lignina *Beta glucana => aveia e cevada Discreta diminuição da PA Auxilia no controle dos FRCV Consumo de diferentes tipos de castanhas => diminuição da PA Mais estudos ▪ ALHO ▪ CAFÉ E CHÁ VERDE Componentes bioativos: discreta redução da PA - Alicina - Alil-cisteína Café => polifenóis => favorecem a redução da PA Chá verde => catequinas. Consumo em doses baixas. ▪ BEBIDAS ALCÓOLICAS - Consumo excessivo: eleva PA - Um aumento de 10g/dia de álcool: eleva em 1 mmHg - Recomendação: MODERAÇÃO 700 mL de cerveja 300 mL de vinho 90 mL de uísque - ▪ Homens: não exceder 2 doses (30 mL de etanol) por dia ; ▪ Mulheres: 15 mL de etanol/dia ▪ ATIVIDADE FÍSICA Prática Prevenção Tratamento Red. Mort DCV ▪ ATIVIDADE FÍSICA - O aumento da atividade física reduz a PA, sendo recomendada para toda a população. - Indivíduos ativos: 30 a 50% de risco menor de desenvolver HAS - O treinamento aeróbico é recomendado preferencialmente para prevenção e tratamento da HA, visto que reduz a PA casual, em situações de estresse ▪ ATIVIDADE FÍSICA DIETA DASH DIETA DASH ▪ DASH : Dietary Approaches to Stop Hypertension ▪ Padrão alimentar criado por cientistas norte-americanos na década de 90; ▪ Testar efeito de uma dieta padrão sobre a diminuição da PA; ▪ Diminuição da PA => plano alimentar com pouca gordura saturada, colesterol e gordura total e que enfatiza consumo de frutas, verduras, leite desnatado e produtos lácteos. DIETA DASH Ensaio clinico randomizado multicêntrico Padrões alimentares e não nutrientes isolados459 indivíduos com idade média de 44 anos, hipertensos DIETA DASH 3 subgrupos (8 semanas) Dieta controle Todos os indivíduos (n=459) 3 semanas I) Controle típica dieta ocidental II) Dieta com elevada quantidade de potássio, magnésio e fibras III) Dieta rica em frutas, verduras, proteínas, fibras, magnésio, potássio, com laticínios desnatados, baixo teor de gordura saturada e colesterol DIETA DASH DIETA DASH DIETA DASH Equilibra macro e micro Peixe, frango, carnes magras Laticínios magros Diminuição de gordura total/saturada Aumento da relação poli/saturado Quantidade abundante de frutas, vegetais, grãos, fibras SAL DIETA DASH DIETA DASH DIETA DASH ▪ PERDA DE PESO ▪ TEMPO ▪ ALIMENTOS PROIBIDOS ▪ ALIMENTOS LIBERADOS ▪ PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA DIETA DASH HIPERTENSÃO NA GESTAÇÃO ▪ Presença de PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg ; ▪ Pré- eclampsia: HAS após a 20 semana + proteinúria; ▪ Cefaleia, visão turva, plaquetopenia, dor abdominal; ▪ Fatores de risco: histórico familiar, primeira gestação, idade, gravidez múltipla, grande intervalo de tempo entre as gestações. HIPERTENSÃO NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTES Obesidade Ingestão de alimentos com alto teor calórico => ricos em sódio Retardo no crescimento intra uterino Mudança de hábitos, educação nutricional HIPERTENSÃO NO IDOSO - Presente em mais da metade da população idosa - Modificações no estilo de vida - Perda de peso e redução de sódio podem diminuir ou eliminar necessidade de fármacos em idosos obesos e hipertensos DISLIPIDEMIAS ATEROGÊNESE Principal fator de risco desencadeador das DCV “Doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão endotelial acometendo principalmente a camada íntima de artérias de médio e grande calibres” ATEROGÊNESE Formação da placa aterosclerótica Dislipidemia HAS Tabagismo Agressão ao endotélio vascular Disfunção endotelial Aumenta permeabilidade às lipoproteínas Retenção das lipoproteinas LDL sofrem oxidação Atrai monócitos e linfócitos Macrofagos captam LDL – células espumosas Céls musculares: capa fibrosa da placa Ruptura da placa ➢ VÍDEO https://www.youtube.com/watch?v=82lhbkxgyNc ATEROESCLEROSE ▪Fatores de risco Pressão arterial elevada Colesterol alto Diabetes Obesidade Sedentarismo Histórico familiar DISLIPIDEMIAS ➢ Assumem importante papel no desencadeamento da aterosclerose e das DCV; ➢Alterações no metabolismo lipídico: - Elevação de colesterol e/ou TG. DISLIPIDEMIAS ➢Anormalidade do perfil lipídico Fumo Elevação da pressão Acúmulo abdominal de gordura Sedentarismo Menor consumo de vegetais e frutas Maior consumo de álcool LIPÍDIOS – ASPECTOS GERAIS ▪Fosfolipídios - Formam a estrutura básica das membranas celulares ▪Colesterol - Precursor de hormônios e ácidos biliares ▪Triglicerídeos - Armazenamento ▪Ácidos graxos - Saturados - Insaturados LIPOPROTEÍNAS ▪ Solubilização e transporte dos lipídios ▪ Lipídios + proteínas (apolipoproteinas) ▪ Classificação das lipoproteínas: 1) Ricas em TG: maiores e menos densas - QM: origem intestinal - VLDL: origem hepática 2) Ricas em colesterol - LDL: lipoproteína de baixa densidade - HDL: lipoproteína de alta densidade - IDL: lipoproteína de densidade intermediária LIPOPROTEÍNAS LIPOPROTEÍNAS ➢Metabolismo das lipoproteínas – Via intestinal ▪ TG e colesterol dietético são absorvidos através dos QM LIPOPROTEÍNAS ➢Metabolismo das lipoproteínas – Via hepática - VLDL, IDL, LDL: transporte de lipídios de origem hepática - Ricas em TG, apo B (100) - São montadas e secretadas pelo fígado e liberadas na circulação - Hidrolisadas pela LLP VLDL IDL LDL LIPOPROTEÍNAS ▪ LDL - Conteúdo residual de TG; - Composta principalmente por colesterol; - Transporte de 65 a70% do conteúdo plasmático total de colesterol. ▪ HDL - São formadas no fígado, intestino e circulação; - Transporta colesterol até o fígado (transporte reverso). DISLIPIDEMIAS Acúmulo de QM e/ou VLDL Hipertrigliceridemia Acúmulo de LDL Hipercolesterolemia Mutações genéticos + fatores ambientais CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS • Alterações genéticas Dislipidemias primárias • Hábitos de vida inadequado associados a outras doenças ou uso de medicamentos Dislipidemias secundárias ➢ETIOLÓGICA CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS ➢LABORATORIAL Hipercolesterolemia isolada •Aumento isolado do LDL-c •≥ 160 mg/dL Hipertrigliceridemia isolada •Aumento isolado dos TG •≥ 150 mg/dL ou ≥ 175mg/dL (jejum) Hiperlipidemia mista •Aumento do LDL e TG HDL-c baixo • Redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL) isolada ou em associação ao aumento de LDL ou TG ▪ DISLIPIDEMIAS Valores de CT ≥ 310 mg/dL (para adultos) ou CT ≥ 230 mg/dL (crianças e adolescentes) podem ser indicativos de HF 2017 DISLIPIDEMIA ▪Tratamento Farmacológico/ cirúrgico Terapia nutricional e mudanças no estilo de vida Não farmacológico FATORES DIETÉTICOS E DISLIPIDEMIAS ➢ Hipercolesterolemia ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS ▪ Elevado consumo => eleva colesterol plasmático; ▪ Reduzem receptores celulares B, E, inibindo a remoção plasmática das partículas LDL; ▪ Substituição parcial de AG saturados por poli- insaturados: reduziu 17% o risco de DCV; ▪ Substituição de saturados por CHO => aumenta risco ▪ Substituição por mono => Evidência B ▪ Recomendação: no máximo 7% do VCT ➢ Hipercolesterolemia ÁCIDOS GRAXOS TRANS - São produzidos a partir de AGI => hidrogenação; - Promovem aumento das concentrações de CT e LDL-c por mecanismos semelhantes aos dos AG saturados; - Reduz fração HDL-c - Potencial oxidante e inflamatório ➢ Hipercolesterolemia ÁCIDOS GRAXOS MONO INSATURADOS ▪ Ácido oleico => não interfere na concentração de LDL-c; ▪ Fontes: azeite de oliva, óleo de canola, abacate, oleaginosas; ▪ Populações do mediterrâneo => menor risco de desenvolver DCV. ➢ Hipercolesterolemia COLESTEROL ALIMENTAR 2013 2017 ▪ DISLIPIDEMIAS I) Colesterol dietético: pouco efeito sobre pequeno efeito nos níveis de colesterol plasmático; II) com pouco efeito na relação LDL: HDL, um indicador significativo do risco de doença cardíaca; III) falta de uma relação significativa entre o consumo de colesterol e a incidência de doenças cardíacas relatada em numerosos levantamentos epidemiológicos. ➢Hipertrigliceridemia ▪ Primária grave: - Caracterizada pelo aumento das concentrações plasmáticas de QM => diminuição da LLP - Recomendação: redução de gordura da dieta (no máximo 10% do VCT); ▪ Primária moderada: 25 a 35% de calorias na forma de gordura + controle da ingestão de açúcares; ▪ Secundária: 30 a 35% das calorias provenientes de gordura + controle da ingestão de açúcares. ➢Hipertrigliceridemia INTERHEART Dieta do mediterrâneo Quantidades moderadas de gordura - Eliminar AG Trans - Controle de AG saturados - Priorizar poli e mono; - Reduzir açúcares; - Incluir carnes magras, frutas, grãos e hortaliças ➢Hipertrigliceridemia ▪Consumo de álcool - Não é recomendado => Divergências: até 30ml de etanol /dia Consumo excessivo AG saturados Elevação de TG - Inibição da LLP => redução da hidrólise de QM - Metabolismo do álcool =>Acetil CoA => síntese de AG ➢Hipertrigliceridemia ▪ Substituição parcial de AG saturados por mono e poli-insaturados - AG saturados => elevação de TG => aumentam lipogênese hepática e secreção de VLDL - Poli-insaturados - Ômega 3: - EPA e DHA => atividade cardioprotetora ▪ FITOSTERÓIS - Ocorrem exclusivamente em plantas e vegetais; - Fontes: óleos vegetais, cereais, grãos; - Consumo: 100 a 300mg/ dia; vegetarianos:600mg; - Consumo de fitosteróis => diminui absorção de colesterol => comprometimento da solubilização (micelas) - 2g/dia => redução de 10% ▪ Mudança no estilo de vida e alimentação ▪FIBRAS SOLÚVEIS Formam géis Se liga aos sais biliares Aumenta excreção nas fezes Diminui reabsorção • Psyllium: 7 a 15g => redução no LDL e CT Recomendação: consumo fracionado antes das grandes refeições • Aveia: farelo de aveia => maiores teores de fibras solúveis (betaglucanas) Sugere-se consumo de 3g/dia de betaglucagana Recomendação mínima de fibra: 25g ▪PROTEÍNA DE SOJA 1 a 2 porções 15 a 30g Redução de 5% de LDL Aumento de 3% HDL Redução de 11% de TG Nível de evidência: A ▪ RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS ▪ RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS DIRETRIZ DISLIPIDEMIA - 2017 DIETA DO MEDITERRÂNEO ▪ MedDiet ▪ Padrão ouro alimentar para redução efetiva do risco cardiometabólico; ▪ 70’s: Ancel Keys => Seven Countries study; ▪ Populações do mar mediterrâneo => menor incidência de DCV; Dieta do Mediterrâneo Dieta do Mediterrâneo Rica em grãos integrais Frutas e verduras Azeite Nozes Pouca carne Dieta do Mediterrâneo Vitaminas e Minerais AG mono e poli- insaturados Fibras e antioxidantes Dieta do Mediterrâneo •Diminuição de DC, aumento da longevidade; •Ingestão de vinho => moderação Baixo consumo de alimentos ricos em gordura saturada ➢ARTIGO The American Journal of Medicine (2015) 128, 229-238 ➢ARTIGO DCV •Principal causa de morbidade e mortalidade do mundo DCV •Raça, etnia ou sexo DCV •Elevados custos •Estilo de vida (40%) DCV •Dieta mediterrânea ➢ARTIGO ➢ARTIGO Agricultores de Creta Consumiam grande quantidade de gordura Menor taxa de mortalidade cardiovascular ➢ARTIGO Não limita calorias Abundância de vegetais Azeite como principal fonte de gordura Frutas frescas Baixa quantidade carne vermelha ➢ARTIGO Efeito cardioprotetor Reduz pressão sanguínea Reduz estresse oxidativo Melhora perfil lipídico ➢ARTIGO Ômega 3 ▪ Devem ser consumidos 2 vezes na semana (AHA); ▪ Suplementação => mais estudos; ▪ Melhora do perfil lipídico; ▪ Redução da pressão arterial; ▪ Redução da inflamação; ▪ Dietas com ingestão moderada de peixe => benefícios independente da sua presença na dieta mediterrânea. Ácido graxo ômega 3 ➢ARTIGO ▪ Alta ingestão de gordura insaturada; ▪ Escassez de gordura saturada; ▪ Substituição de saturada e trans por mono e poli => prevenção; ▪ Compostos fenólicos: antioxidantes; ▪ Ingestão de mono => aumentou níveis de HDL. Gorduras insaturadas, como azeite ➢ARTIGO Frutas e vegetais ▪ Melhora da saúde => estimulam consumo de frutas; ▪ Presença de fitoquímicos, numeroso micronutrientes; ▪ Alguns achados: - Redução de 3,0 mmHg na PA - 3 a 5 porções/dia : redução de 17% de evento cardiovascular; - 8 porções: 22%; - Aumento do consumo de frutas: menor IMC. ➢ARTIGO Alimentos integrais ricos em fibras ▪ Consumo de grãos integrais => efeitos benéficos DCV; ▪ Dietas ricas em fibras (grãos integrais, aveia, cevada) => reduzem morbidade e mortalidade; ▪ Recomendação: 25 a 30g/dia (AHA); ▪ Redução de lipídios, redução do peso, absorção de carboidratos simples ou toxinas ▪ Fibras + dieta mediterrânea ➢ARTIGO Nozes ▪ Consumo de nozes => redução do risco preventivo; ▪ Substituição de nozes, amêndoas, outras nozes por CHO ou AG saturado => reduz LIP sanguíneos (30%) e risco de DCV (45%); ▪ Consumo de forma isolada => benefícios ▪ Nozes + dieta do mediterrâneo => maior benefício ▪ Achados: - Redução significativa de LDL, mediadores inflamatórios - Perda de peso - 4 porções/ semana: redução na incidência de DCV ➢ARTIGO D ie ta m e d it e rr â n e a Prevenção de DCV e DC Sinergia entre nutrientes e alimentos Período de tempo - Pressão arterial - Perfil lipídico - IMC e CC - Propriedades antioxidantes e anti- inflamatórias Peixes e nozes: efeito isolado INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ▪ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRCIO (IAM) ➢Principal causa: evolução da placa aterosclerótica; ➢Necrose do músculo cardíaco em resultado de insuficiente perfusão (obstrução da artéria coronária). ➢ Ataque cardíaco => principal causa de morte em países industrializados; ▪ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRCIO (IAM) ➢Sintomas - Dor ou desconforto no peito - Aperto - Queimação Acompanhados de : tontura, falta de ar, aumento da FC, sudorese, palidez ▪ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRCIO (IAM) ➢ DIAGNÓSTICO Sintomas •Diminuição do fluxo de sangue Eletrocardiograma •Marcadores cardíacos Exames laboratoriais ▪ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRCIO (IAM) ➢FATORES DE RISCO - Herança genética - Sexo masculino - Idade > 45 anos (homens) e > 55 anos (mulheres) - Hipertensão - Diabetes - Dislipidemias - Obesidade - Tabagismo - Estresse ▪ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRCIO (IAM) ➢CONDUTA NUTRICIONAL Objetivos: - Diminuir a sobrecarga cardíaca; - Fornecer alimentação equilibrada e individualizada; - Recuperação e manutenção do EN. ▪ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRCIO (IAM) Como avaliar o EN? Registros alimentares Dados antropométricos Exames laboratoriais ▪ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRCIO (IAM) ➢Necessidades energéticas HARRIS BENEDICT Fator estresse/injúria FÓRMULA DE BOLSO 20 a 30 kcal/kg/dia ■ Homem: 66 + 13.7 Peso (Kg) + 5.0 Altura (cm) - 6.8 Idade (anos ■ Mulher: 655 + 9.6 Peso (Kg) + 1.8 Altura (cm) - 4.7 Idade (anos) ▪ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRCIO (IAM) ➢Conduta nutricional - O paciente deverá permanecer em jejum nas primeiras 4- 12 horas após diagnosticado o evento Iniciar via oral com atenção para vômitos e náuseas (comum nas 24 hrs) Repouso absoluto no 1º dia após o evento e repouso relativo (leito-cadeira) 2 ou 3 dias após Estado clinico e nutricional do paciente, já que é comum a presença de outros fatores de risco: DM, HAS, obesidade - Ao iniciar alimentação, recomenda-se: ▪ INFARTO AGUDO DO MIOCÁRCIO (IAM) ➢Conduta nutricional Consistência líquida e/ou pastosa 5 a 6 refeições/dia => pequenos volumes; Evitar alimentos flatulentos Evitar temperaturas extremas ➢Conduta nutricional Incluir fibras alimentares 20 a 30g - Facilitar funcionamento intestinal; - Aumentar volume fecal; - Promover saciedade - 4 a 5 dias após IAM, deambulando: dieta geral (CHO- 50%; LIP- 35%, preferir MONO, AGS<7%) - Educação nutricional INSUFICIÊNCIA CARDÍACA ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢ O coração tem sua função de bombeamento sanguíneo insuficiente para a demanda metabólica dos tecidos; ➢ Possíveis causas: - Hipertensão - Doença arterial coronariana - Ataque cardíaco anterior ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢ Sintomas • Falta de ar; • Inchaço dos pés e pernas; • Falta de energia, sensação de cansaço; • Dificuldade de dormir à noite; • Perda de apetite. ➢ Fatores de risco - Hipertensão; - Infarto do miocárdio; - Histórico familiar; - Diabetes. ▪ INSUFICIÊNCIACARDÍACA (IC) ➢ CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL Sistólica: quando o coração não consegue bombear ou ejetar eficientemente o sangue para fora do coração; Diastólica: quando o coração não é capaz de se encher de sangue como deveria. SISTÓLICA + DIASTÓLICA ▪ Classificação de acordo com a Fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE); ▪ Classificação de acordo com a progressão da doença. Classificações da IC – Gravidade dos sintomas Classe I Ausência de sintomas Classe II Limitação leve da atividade física; paciente confortável em repouso Classe III Limitação acentuada da atividade física; paciente confortável em repouso Classe IV Incapacidade de realizar atividade física sem desconforto; sintomas de insuficiência cardíaca ou dor torácica em repouso ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢ CAQUEXIA CARDÍACA - Acomete 10 a 15% dos pacientes com IC; - Redução involuntária do peso corporal : perda de 6% do peso corporal em período de 6 meses; - Perda de massa magra; - Perda de massa magra => agrava IC => perda de músculo cardíaco; - Aumento de citocinas pró-inflamatórias => estado catabolismo ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢ Tratamento Mudanças no estilo de vida Medicamentos Cirurgia cardíaca Reparar ou trocar válvula Transplante Parar de fumar, perder peso, diminuir estresse ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢Abordagem terapêutica multidisciplinar MEV Dieta FármacosTransplante Intervenção cirúrgica ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢ Desnutrição energético - proteica Estágios mais avançados • Fator preditivo de redução da sobrevida Hipermetabolismo • Maior consumo de oxigênio pelo miocárdio hipertrofiado e aumento do trabalho respiratório ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢Menor ingestão alimentar Alterações no TGI •Sensação de plenitude pós-prandial Náuseas e anorexia •Dispneia e fadiga ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢Avaliação Nutricional - Variações nos fluidos corporais => retenção hídrica; - Presença de edema => atrapalha verificação do peso corpóreo e dobras cutâneas; - Perda de massa muscular => pode ser mascarada pelo edema ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢Objetivos da dietoterapia Fornecer calorias e nutrientes Minimizar perda de peso Recuperar EN Evitar sobrecarga cardíaca ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢TERAPIA NUTRICIONAL INGESTÃO CALÓRICA - Desnutridos: 32kcal / kg/ dia - Eutróficos: 28 kcal /kg /dia - Obesos: hipocalórica: 1000 a 1200 kcal/dia ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢TERAPIA NUTRICIONAL Padrão da dieta • Fracionada • 5 a 6 refeições Pobre em AGS • AG Trans • Colesterol Rica em fibras • Cereais integrais • Frutas e vegetais Consistência pastosa : dispneia e dificuldade de mastigação ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢Restrição de sódio - Controverso -Restrição excessiva: < 5g de sal/dia esteve associado a efeitos deletérios - Pacientes com IC grave: redução => benefícios - RECOMENDAÇÃO GERAL: evitar consumo >7g de sal/dia ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢Restrição Hídrica - Carência de estudos; - Ingesta liberal de fluidos => não exerceu efeito desfavorável sobre hospitalizações ou mortalidade nos pacientes com IC; - Redução de hospitalizações com ingesta de 1L quando comparado a 2L; - DIRETRIZ: não estabelece uma quantidade específica. ▪ INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (IC) ➢TERAPIA NUTRICIONAL ▪ CARBOIDRATO : 50 – 60% ▪ PROTEÍNA: 1 – 2g/kg/dia desnutridos: 1,5 a 2g/kg/dia ▪ LIPÍDIOS: 25 30% Preferir mono e poli ▪ FIBRAS: 25 -30g/dia POR HOJE É SÓ!
Compartilhar