Buscar

4.2_Tecido Cartilaginoso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

Prof. Esp. Lucas Manoel L. 
Santos 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ 
 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E 
EDUCAÇÃO 
 
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM 
 CIÊNCIAS NATURAIS 
Conceição do Araguaia – PA, Março de 2015. 
Tecido 
Cartilaginoso 
Tecido Cartilaginoso 
 O tecido cartilaginoso é uma forma especializada de 
tecido conjuntivo de consistência rígida. 
 
 Desempenha a função de suporte de tecidos 
moles, reveste superfícies articulares onde 
absorve choques e facilita os deslizamentos, e é 
essencial para a formação e o crescimento dos 
ossos longos. 
 
 Como os demais tipos de conjuntivo, o tecido 
cartilaginoso contém células, os condrócitos, e 
abundante material extracelular, que constitui a 
matriz. 
 
Tecido Cartilaginoso 
 As cavidades da matriz ocupadas pelos condrócitos 
são chamadas lacunas. 
 
 Uma lacuna pode conter um ou mais condrócitos. 
 
 As funções do tecido cartilaginoso dependem 
principalmente da estrutura da matriz, que é 
constituída por colágeno ou colágeno mais elastina, 
em associação com macromoléculas de 
proteoglicanas (proteínas + glicosaminoglicanas) e 
glicoproteínas adesivas. 
 
 
 
 
Tecido Cartilaginoso 
 
 Como o colágeno e a elastina são flexíveis, a consistência 
firme das cartilagens se deve, principalmente, às ligações 
eletrostáticas entre as glicosaminoglicanas sulfatadas e o 
colágeno, e à grande quantidade de moléculas de água 
presas a essas glicosaminoglicanas (água de solvatação), o 
que confere turgidez à matriz. 
 
 O papel das proteoglicanas na manutenção da 
consistência firme das cartilagens pode ser demonstrada 
pela injeção intravenosa da enzima papaína em coelhos. 
 
 Poucas horas depois da administração desta protease, a 
cartilagem que dá forma à orelha perde sua turgidez e as 
orelhas ficam caídas (Fig. 7.1). 
 
 
Tecido Cartilaginoso 
 
 A perda da forma das orelhas é devida à digestão das 
proteoglicanas pela papaína, um fenômeno que é 
reversível, porque os condrócitos sintetizam novas 
moléculas de proteoglicanas. 
 
 O tecido cartilaginoso não possui vasos sanguíneos, sendo 
nutrido pelos capilares do conjuntivo envolvente 
(pericôndrio) ou através do líquido sinovial das cavidades 
articulares. 
 
 Em alguns casos, vasos sanguíneos atravessam as 
cartilagens, indo nutrir outros tecidos. 
 
 O tecido cartilaginoso é desprovido de vasos linfáticos e de 
nervos. 
 
 
Tecido Cartilaginoso 
 
 Para atender às diversas necessidades funcionais do 
organismo, as cartilagens se diferenciam em três tipos: 
 
(1) cartilagem hialina, que é a mais comum e cuja matriz 
possui delicadas fibrilas constituídas principalmente de 
colágeno tipo 11; 
 
(2) cartilagem elástica, que possui poucas fibrilas de 
colágeno tipo 11 e abundantes fibras elásticas; e 
 
(3) cartilagem fibrosa, que apresenta matriz constituída 
preponderantemente por fibras de colágeno tipo I 
 
 
Cartilagem hialina 
 É o tipo mais frequentemente encontrado no corpo humano e, 
por isso, o mais estudado. 
 
 A fresco, a cartilagem hialina é branco-azulada e translúcida. 
 
 Forma o primeiro esqueleto do embrião, que posteriormente é 
substituído por um esqueleto ósseo. 
 
 Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em crescimento 
observa-se o disco epifisário, de cartilagem hialina, que é 
responsável pelo crescimento do osso em extensão. 
 
 No adulto, a cartilagem hialina é encontrada principalmente na 
parede das fossas nasais, traquéia e brônquios, na extremidade 
ventral das costelas e recobrindo as superfícies articulares dos 
ossos longos; 
 
 
 
Cartilagem hialina e a Matriz Extracelular 
 
 A matriz da cartilagem hialina contém fibrilas colágenas, 
proteoglicanas e glicoproteínas; 
 
 A cartilagem hialina é formada, em 40% do seu peso seco, por 
fibrilas de colágeno tipo 11 associadas a proteoglicanas muito 
hidratadas e a glicoproteínas adesivas. 
 
 Nos preparados comuns, o colágeno não se distingue porque está 
principalmente sob a forma de fibrilas de dimensões 
submicroscópicas, e além disso, as fibrilas têm índice de refração 
muito semelhante ao das macromoléculas que as envolvem. 
 
 As moléculas de proteoglicanas parecem escovas de limpar tubos 
de ensaio, onde a proteína (cerne protéico) representa a parte 
central e as moléculas de glicosaminoglicanas sulfatadas 
correspondem aos pêlos da escova. 
 
 
Cartilagem hialina e a Matriz Extracelular 
 Até 200 dessas proteoglicanas podem estabelecer ligações não 
covalentes com uma única molécula de ácido hialurônico, que é 
uma glicosamina não sulfatada e de alto peso molecular, para 
formar umamolécula enorme de agrecana. 
 
 As moléculas de agrecana, um agregado molecular muito 
importante para manter a rigidez da matriz cartilaginosa, 
interage com as fibrilas colágenas (Fig. 7.3). 
 
Cartilagem hialina e a Matriz Extracelular 
 O alto conteúdo de água de solvatação das moléculas de 
glicosaminoglicanas atua como um sistema de absorção de 
choques mecânicos, ou mola biomecânica, de grande 
significado funcional, principalmente nas cartilagens 
articulares. 
 
 Outro componente importante da matriz da cartilagem 
hialina é a glicoproteína adesiva condronectina, uma 
macromolécula com sítios de ligação para condrócitos, 
fibrilas colágenas e glicosaminoglicanas. 
 
 Assim, a condronectina participa da associação do 
arcabouço macromolecular da matriz aos 
condrócitos. 
 
 
Os condrócitos 
 
 Os condrócitos sintetizam e renovam as macromoléculas 
da matriz cartilaginosa 
 
 Na periferia da cartilagem hialina, os condrócitos 
apresentam forma alongada, com o eixo maior paralelo à 
superfície. 
 
 Mais profundamente, são arredondados e aparecem em 
grupos de até oito células, chamados grupos isógenos, 
porque suas células são originadas de um único 
condroblasto (Fig. 7.2). 
 
 As células e a matriz cartilaginosa sofrem retração 
durante o processo histológico, o que explica a forma 
estrelada dos condrócitos e seu afastamento da cápsula. 
 
 
 
 
Os condrócitos 
 
 In vivo, os condrócitos enchem totalmente as lacunas. 
 
 A superfície dos condrócitos parece regular ao microscópio 
óptico, porém o eletrônico' mostra reentrâncias e saliências 
(Fig. 7.4) maiores e mais freqüentes nos condrócitos 
jovens. 
 
 Essa disposição aumenta a superfície dos condrócitos, 
facilitando as trocas com o meio extracelular, o que é 
importante para a nutrição dessas células, tão afastadas 
da corrente sanguínea. 
 
 Os condrócitos são células secretoras de colágeno, 
principalmente do tipo 11,proteoglicanas e glicoproteínas, 
como a condronectina 
 
 
Pericôndrio 
 Todas as cartilagens hialinas, exceto as cartilagens 
articulares, são envolvidas por uma camada de tecido 
conjuntivo, denso na sua maior parte, denominado 
pericôndrio (Figs. 7.2 e 7.5). 
 
 
Pericôndrio 
 Além de ser uma fonte de novos condrócitos para o crescimento; 
 
 O pericôndrio é responsável pela nutrição da cartilagem, por sua 
oxigenação e pela eliminação dos refugos metabólicos, porque 
nele estão localizados vasos sanguíneos e linfáticos, inexistentes 
no tecido cartilaginoso. 
 
 O pericôndrio é formado por tecido conjuntivo muito rico em 
fibras de colágeno tipo I na parte mais superficial, porém 
gradativamente mais rico em células à medida que 
se aproxima da cartilagem. 
 
 Morfologicamente, as células do pericôndrio são semelhantes aos 
fibroblastos, porém as situadas mais profundamente, isto é, 
próximo à cartilagem, podem facilmente multiplicar-sepor 
mitoses e originar condrócitos, caracterizando-se assim, 
funcionalmente, como condroblastos. 
 
 
 
O crescimento das cartilagens 
 
 As cartilagens crescem por proliferação dos condrócitos 
centrais e, principalmente, por adição de novos condrócitos 
à sua superfície 
 
 O crescimento da cartilagem deve-se a dois processos: 
(1) o crescimento intersticial, por divisão mitótica dos 
condrócitos preexistentes; e 
(2) o crescimento aposicional, que se faz a partir das 
células do pericôndrio. 
 
 Nos dois casos, os novos condrócitos formados logo 
produzem fibrilas colágenas, proteoglicanas e 
glicoproteínas, de modo que o crescimento real é muito 
maior do que o produZido pelo aumento do número de 
células. 
 
 
 
 
O crescimento das cartilagens 
 O crescimento intersticial é menos importante e quase só 
ocorre nas primeiras fases da vida da cartilagem. 
 
 A medida que a matriz se torna cada vez mais rígida, o 
crescimento intersticial deixa de ser viável e a cartilagem 
passa a crescer somente por aposição. 
 
 Células da parte profunda do pericôndrio multiplicam-se e 
diferenciam-se em condrócitos, que são adicionados à 
cartilagem. 
 
 A parte superficial das cartilagens em crescimento mostra 
transições entre as células do pericôndrio e os condrócitos 
(Figs. 7.2 e 7.5). 
 
 
A degeneração das cartilagens 
 
 A cartilagem é muito sujeita à degeneração 
 
 Em comparação com os outros tecidos, a cartilagem 
hialina é sujeita com relativa frequência a processos 
degenerativos. 
 
 O mais comum é a calcificação da matriz, que consiste 
na deposição de fosfato de cálcio sob a forma de 
cristais de hidroxiapatita, precedida por um aumento 
de volume e morte das células. 
 
 
A degeneração das cartilagens 
 Embora a calcificação seja uma alteração regressiva 
para a cartilagem, nas cartilagens que servem de 
modelo para a formação dos ossos, ela é um processo 
normal que é essencial para a formação dos ossos. 
 
 Nesses casos, determinadas áreas de cartilagem 
hialina degeneram e suas células morrem, deixando 
septos de matriz que servem de suporte ao tecido 
ósseo que sobre elas será formado (ver Ossificação 
Endocondral, Capo 8). 
 
 
A regeneração das cartilagens 
 
 Quando lesadas, as cartilagens não se regeneram bem; 
 
 A cartilagem que sofre lesão regenera-se com dificuldade e, 
frequentemente, de modo incompleto, salvo em crianças de 
pouca idade. 
 
 No adulto, a regeneração se dá pela atividade do pericôndrio. 
 
 Havendo fratura de uma peça cartilaginosa, células derivadas do 
pericôndrio invadem a área da fratura e dão origem a tecido 
cartilaginoso que repara a lesão. 
 
 Quando a área destruída é extensa, ou mesmo, algumas vezes, 
em lesões pequenas, o pericôndrio, em vez de formar novo tecido 
cartilaginoso, forma uma cicatriz de tecido conjuntivo denso. 
Cartilagem elástica 
 
 A cartilagem elástica tem muitas fibras de elastina em sua 
matriz; 
 
 A cartilagem elástica é encontrada no pavilhão auditivo, 
no conduto auditivo externo, na tuba auditiva (ou de 
Eustáquio), na epiglote e na cartilagem cuneiforme da 
laringe. 
 
 Basicamente, é semelhante à cartilagem hialina, porém 
inclui, além das fibrilas de colágeno (principalmente do 
tipo lI), uma abundante rede de fibras elásticas finas, 
contínuas com as do pericôndrio. 
 
 A presença de elastina confere a esse tipo de cartilagem 
uma cor amarelada, quando examinada a fresco. 
 
 
Cartilagem elástica 
 
 As fibras de elastina podem ser demonstradas por 
seus corantes usuais, como a orceína (Fig. 7.7). 
 
 A cartilagem elástica pode estar presente 
isoladamente ou formar uma peça cartilaginosa junto 
com a cartilagem hialina. 
 
 Como a cartilagem hialina, a elástica possui 
pericôndrio e cresce principalmente por aposição. 
 
 A cartilagem elástica é menos sujeita a processos 
degenerativos do que a hialina. 
 
 
 
 
Cartilagem fibrosa 
 A cartilagem fibrosa é resistente a tensões e caracteriza-se 
pela presença de feixes de fibras de colágeno tipo I; 
 
 A cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem é um tecido com 
características intermediárias entre o conjuntivo denso e a 
cartilagem hialina (Fig. 7.8). 
 
 E encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos em 
que alguns tendões e ligamentos se inserem nos ossos, e na 
sínfise pubiana. 
 
 A fibrocartilagem está sempre associada a conjuntivo 
denso, sendo imprecisos os limites entre os dois. 
 
 Muito frequentemente, os condrócitos formam fileiras 
alongadas. 
 
 
 
Cartilagem fibrosa 
 A substância fundamental amorfa é escassa e limitada à 
proximidade das lacunas que contêm os condrócitos, onde forma 
cápsulas basófilas, metacromáticas e P.A.S.-positivas. 
 
 Na cartilagem fibrosa, as numerosas fibras colágenas (tipo I) 
constituem feixes, que seguem uma orientação aparentemente 
irregular entre os condrócitos (Fig. 7.8) ou um arranjo paralelo 
ao longo dos condrócitos em fileiras. 
 
 Essa orientação depende das forças que atuam sobre a 
fibrocartilagem. 
 
 Os feixes colágenos colocam-se paralelamente às trações exerci 
das sobre eles. 
 
 Na fibrocartilagem não existe pericôndrio.