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Direito processual civil IV DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV Aula 05: Partes. Responsabilidade patrimonial. Fraude à execução. � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Temas/objetivos Nesta aula você irá: Analisar a legitimidade ativa e passiva na execução (originária ou superveniente); Reconhecer as regras sobre responsabilidade patrimonial primária ou secundária; Analisar a fraude a credores e fraude à execução; Investigar o meio processual adequado para alegar e obter o reconhecimento de qualquer transferência fraudulenta de bens realizada pelo executado � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Partes São os sujeitos legitimados para a relação processual, tanto ativa como passivamente, são caracterizados pela parcialidade. “(...) a legitimidade das partes é requisito para que a execução forçada possa chegar ao seu desfecho normal, com a satisfação do crédito exequendo. A ausência de legitimidade, ativa ou passiva, deverá levar o juiz a proferir sentença, pondo termo à execução, que terá, assim, desfecho anômalo.” (CÂMARA, Alexandre de Freitas. Lições de Direito Processual Civil. v. II. 19. ed. Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2011, p. 176) � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Partes Legitimidade Ativa para a execução: Possui legitimidade ativa aquele que detém o crédito inadimplido estando ele previsto no título executivo, bem como seus sucessores a título de legitimidade superveniente ou que recebeu o direito por ato inter vivos bem como o Ministério Público nas hipóteses previstas em lei. Desta forma, poderão estar no polo ativo da execução: Ministério Público Espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor Cessionário Sub-rogação: quando terceiro assume o Sub-rogado legal ou convencional. pagamento do débito assumindo a posição do credor originário. � Cessão: quando o credor transfere seu direito de crédito a terceiro. � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Partes Legitimidade Ativa para a execução: Possui legitimidade passiva tanto o devedor originário, que portanto detém legitimidade originária como aquele que, por ato inter vivos ou causa mortis, recebeu tal titularidade, assumindo a legitimidade superveniente ou derivada. Desta forma, poderão estar no polo ativo da execução: o devedor, previsto no título; o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; o novo devedor que assumiu a obrigação, com o consentimento do credor; o fiador do débito constante em título extrajudicial; o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; o responsável tributário. Obs.: Em se tratando de cumprimento de sentença, o fiador somente poderá atuar no polo passivo se tiver participado do processo do qual se originou o título executivo judicial. � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Responsabilidade patrimonial Débito Obrigação Responsabilidade � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Responsabilidade patrimonial Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. responsabilidade patrimonial primária: aquele que detém o débito sujeitará seu patrimônio ao cumprimento da obrigação, ou seja, o patrimônio do devedor responderá pelo cumprimento de suas obrigações; responsabilidade patrimonial secundária: quando o patrimônio de sujeitos, que não participaram da relação obrigacional, sujeitam seu patrimônio ao cumprimento desta. � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Responsabilidade patrimonial do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória; do sócio, nos termos da lei; do devedor, ainda que em poder de terceiros; do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida; alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra credores; do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica. � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Questão: O devedor possui responsabilidade primária, respondendo com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. No que tange à responsabilidade patrimonial secundária, assinale a alternativa incorreta: do sócio, conforme o previsto na lei. do cônjuge, nos casos em que os seus bens próprios, reservados ou de sua meação respondem pela dívida. (Sua resposta). do devedor, quando em poder de terceiros. do sucessor a título universal, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória Obs.: Letra “D” � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Fraude à execução Instituto de direito processual. Ato Exige que já haja um Instituto de direito material Não exige a existência de atentatório à dignidade processo em curso. . Vício de negócio jurídico. processo em andamento. da justiça. Fraude à Fraude a execução credor Não necessita da Reconhecida dentro da Há necessidade da Necessita de ação relação processual, seja demonstração do consilium autônoma para seu demonstração do ela de cognição ou de fraudis e eventus damni reconhecimento (ação consilium fraudis. execução. (regra geral). pauliana). Observação: Eventus damni: prejuízo causado ao credor. Consilium fraudis: intenção de causar dano. � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Fraude à execução Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver; II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828; III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência; V - nos demais casos expressos em lei. Obs.: A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente. Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias. � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV Fraude à execução Art. 774. Considera-se atentatório à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que: I - frauda a execução; (...) Parágrafo único. Nos casos previstosneste artigo, o juiz fixará multa em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do débito em execução, a qual será revertida em proveito do exequente, exigível nos próprios autos do processo, sem prejuízo de outras sanções de natureza processual ou material. � AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO � Direito processual civil IV VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Competência para cumprimento de sentença e para execução de título extrajudicial; Título extrajudicial e judicial; Liquidação de sentença. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO. AULA 05: PARTES. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL. FRAUDE À EXECUÇÃO