Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Diferentemente do que a linguagem comum sugere o pagamento não é somente a quitação do débito através da entrega de certa quantia de dinheiro. Em relação ao adimplemento das obrigações, o pagamento será o cumprimento voluntário de qualquer espécie obrigacional, seja através de uma quantia de dinheiro (obrigação de dar), de um ato (obrigação de fazer) ou de uma abstenção (obrigação de não fazer). [ads-post] Elementos do Pagamento Sujeito Ativo do pagamento: Devedor, aquele que paga. Sujeito Passivo do pagamento: Credor, aquele que recebe. Vinculo Obrigacional: Trata-se da relação/causa que fez ser necessário o pagamento. Do Lugar do Pagamento Por regra do artigo 327 de nosso Código Civil, as dívidas obrigacionais são quesíveis, ou seja, deverão ser pagas no domicílio do devedor, salvo se as partes, a lei, a natureza e as circunstâncias da obrigação estipulares o contrário. Código Civil - Art. 327: Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. Vale ressaltar que, de acordo com o parágrafo único do artigo 327, se forem designados dois ou mais lugares para o pagamento, a escolha será do credor. Quando for estipulado que o pagamento será feito no domicílio do credor, a dívida deixará de ser quesível e se tornará uma dívida portável. Tradição de Imóvel Se o pagamento consistir na tradição de imóvel, ou em prestação relativas a ele, o pagamento será feito no local onde for situado o bem. Código Civil - Art. 328: Se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se-á no lugar onde situado o bem. Demais Disposições Havendo motivo grave que impossibilite o pagamento no local estipulado, poderá o devedor efetuá-lo em outro local, sem prejuízo do devedor. Código Civil - Art. 329: Ocorrendo motivo grave para que se não efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o devedor fazê-lo em outro, sem prejuízo para o credor. Do pagamento feito em outro local: Código Civil - Art. 330: O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato. Do Tempo do Pagamento Os pagamentos deverão ser feitos na data de vencimento, porém, não sendo ajustada a data de vencimento, o credor poderá exigir o pagamento no momento imediato da obrigação. Código Civil - Art. 331: Salvo disposição legal em contrário, não tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o credor exigi-lo imediatamente. Se a obrigação for condicional, o pagamento dependerá do implemento da condição determinada. Código Civil - Art. 332: As obrigações condicionais cumprem-se na data do implemento da condição, cabendo ao credor a prova de que deste teve ciência o devedor. Obrigação a Termo Quando a obrigação for a termo (com prazo estipulado), deverão ser observadas as seguintes regras: Se o prazo estipulado for a favor do devedor, nada impede que ele antecipe o pagamento, podendo o credor retê-lo. Se o prazo estipulado for a favor do credor, o devedor não poderá antecipar o pagamento. Pagamento Antecipado pelo Credor O pagamento poderá ser exigido antecipadamente pelo credor somente nas hipóteses previstas no artigo 233 de nosso Código Civil: No caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; Se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; No caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; Se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. Havendo solidariedade passiva, a antecipação não prejudicará os demais devedores. Código Civil - Art. 333: Art. 333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a dívida antes de vencido o prazo estipulado no contrato ou marcado neste Código: I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores; II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor; III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las. Parágrafo único. Nos casos deste artigo, se houver, no débito, solidariedade passiva, não se reputará vencido quanto aos outros devedores solventes.
Compartilhar