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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE CONTROLE DA QUALIDADE MANAUS 2018 SAURO FRANCESCHI DE CARVALHO - 21457406 DETERMINAÇÃO DE VITAMINA C PELO MÉTODO BALENTINE Trabalho apresentado à Faculdade de Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas, como relatório de práticas laboratoriais disciplina de Laboratório de Controle da Qualidade. Prof. Dra. Ocileide Custódio da Silva MANAUS, AM 2018 RESUMO Nesta prática, desenvolveu-se a observação da concentração de ácido ascórbico pelo método Balentine, em diversos tipos de sucos encontrados no mercado, observando a concentração adquirida em laboratório com relação a indicada nos rótulos dos sucos. Buscou-se o entendimento do possível motivo para discrepâncias nos resultados obtidos, tendo em vista que em alguns casos, houve diferença significativa. Palavras Chave: Vitamina C, Suco, Método Balentine. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Rótulo de Suco de Goiaba 11 Figura 2- Rótulo Suco de Caju 11 Figura 3- Rótulo de Suco de Morango 12 Figura 4- Suco de Frutas Cítricas 12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Valores Obtidos pelo método Balentine 10 INTRODUÇÃO A vitamina C, Ácido Ascórbico (AA), atua no organismo humano com função antiescorbútica, síntese do colágeno, absorção do ferro e combate a resfriados. Tornando-se, assim, de extrema necessidade sua ingestão adequada resultando na melhoria a saúde. A maioria dos sucos frescos in natura é a melhor opção para ingerir a quantidade necessária de vitamina C diária, no entanto a facilidade e praticidade de utilização de sucos industrializados, os torna uma opção para a ingestão de Vitamina C. Conforme observado, o teor de vitamina C é diferente para cada sabor de suco, com base nos diferentes tipos de fruta, obviamente, diferentes teores de Vitamina C são encontrados nos respectivos tipos de suco. Dentre as principais fontes de Vitamina C estão a laranja, goiaba, manga e a tangerina, além de outras como acerola, caju e limão (CRAVEIRO, 1994). A vitamina C, hidrossolúvel, constitui-se na verdade de um conjunto de isômeros, formas sintéticas e produtos de oxidação que funcionam de forma bioquímica semelhante ao ácido l-ascórbico (SPINOLA et al., 2013). FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O método Balentine é baseado no fato de que a vitamina C, na presença de iodo, oxidar-se de forma a reduzir o iodo a iodeto. Associa-se a esta propriedade o fato de que ao adicionar-se iodo à solução de água e amido, a mesma obtém uma coloração azul intensa devido à formação de um complexo amido-iodo conforme mostra a equação química abaixo (FREITAS, 2013): I -(aq) + I2(aq) + Amido (aq) → AmidoI3–(aq) (1) Dessa forma, numa titulação entre solução contendo íons iodato e amostra contendo vitamina C com pequena porcentagem de amido, o aparecimento da coloração azul indica que o ácido ascórbico presente foi oxidado (FREITAS, 2013). Para cálculos, de acordo com o método Balentine, foi utilizado a equação 2: Vitamina C % m/m = (2) Sendo: V = volume de iodato gasto na titulação F = 8,806 P = nº de g ou mL da amostra PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1. Materiais e Reagentes: Balança Analítica e semianalítica; Béqueres de 50 e 250 mL; Erlenmeyers de 250 mL; Provetas de 50 mL; Pipeta graduada de 10 ml; Bureta de 25 mL; Balões Volumétricos de 100 e 200 mL; Bastão de vidro; Solução de ácido sulfúrico a 20% v/v; Solução de iodeto de potássio a 10% m/v; Solução de amido a 1% v/v; Solução de iodato de potássio 0,02 mol/L; Suco Maguary de Goiaba; Suco Dafruta de Caju; 3.2 Preparo de soluções: 3.2.1 Solução de Iodato de Potássio. Para a solução de iodato de potássio 0,02 M, secou-se 5 g de iodato de potássio em estufa a 110 ºC e esfriou-se. Pesou-se 3,5668 g, em balança analítica, transferindo para um balão volumétrico de 1000 mL e completou-se com água. 3.2.2 Solução de ácido sulfúrico. Para solução de ácido sulfúrico a 20% v/v, dissolveu-se 50 ml de ácido sulfúrico concentrado em 200 ml de água destilada. 3.2.3 Solução de Iodeto de Potássio. Para solução de iodeto de potássio, KI a 10%, dissolveu-se 10 mg de iodeto em 10 ml de água destilada, para facilitar transporte para balão volumétrico de 100 ml, tendo sido feito, completou-se até a marca apontada no balão volumétrico. 3.3 Procedimento Experimental: Neste procedimento calculou-se, de acordo com o indicado pelo rótulo, um volume tal, em que obtivesse 5 mg de ácido ascórbico, para o suco Maguary de goiaba, calculou-se 14,29 ml e para suco DaFruta de caju calculou-se 16,67 ml da amostra de suco. A quantidade calculada foi transferida para um erlenmeyer de capacidade de 250 mL e adicionou-se a tal vidraria 50 mL de água destilada, 20 mL de ácido sulfúrico 20% v/v, 1 mL de iodeto de potássio a 10% m/v e, por mim, 1 mL de amido a 1% m/v. A mistura de reagentes obtida foi titulada com solução de iodato de potássio 0,02 mol/L até que fosse obtida uma coloração azul intensa para as soluções dos sucos supracitados. 4 RESULTADOS E DISCUSSÂO Na aplicação do método Balentine, para estabelecer o teor de ácido ascórbico nos sucos analisados, baseado na oxidação do ácido ascórbico pelo iodato de potássio, utilizando a equação 2, obteve-se: Tabela 1 - Valores Obtidos pelo método Balentine Suco Marca Volume de Titulante (ml) mg de Vitamina em 200 ml indicada mg de Vitamina em 200 ml encontrada Caju DaFruta 1 60 52,83 Goiaba Maguary 0,5 70 30,81 Frutas Cítricas Tampico 0,55 23 11,13 Abacaxi Sufresh 1,55 27 36,86 Morango WOW 1,9 27 45,2 Fonte: AUTOR, 2018 Figura 1 - Rótulo de Suco de Goiaba Fonte: AUTOR, 2018. Figura 2- Rótulo Suco de Caju Fonte: AUTOR, 2018. Figura 3- Rótulo de Suco de Morango Fonte: AUTOR, 2018 Figura 4- Suco de Frutas Cítricas Fonte: AUTOR, 2018. Pode-se observar em sucos cuja fruta originária possui alta concentração de vitamina c, que o indicado na embalagem é inferior ao encontrado, sendo o inverso observado em sucos oriundos de frutas com baixa concentração de vitamina c, onde pode-se perceber concentrações acima do indicado nas embalagens. 5 CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se que, nos sucos de frutas com elevadas concentrações de vitamina C, citando laranja, goiaba, caju e frutas cítricas, onde se esperaria uma taxa elevada de vitamina c, o valor encontrado foi inferior ao indicado. Pode-se atribuir tal fato a dois fatores, podemos citar como primeiro fator a degradação da Vitamina C, que é degradável quando exposta a luminosidade, desta forma, caso haja exposição do suco extraído, à luz, no processo de produção e embalagem do suco, ou exposição a luz, após abertura da embalagem, a taxa de Vitamina C, encontrada, se comparada a de uma amostra logo após a extração do suco, fatalmente seria diferente. Em segundo plano, podemos considerar, no caso de frutas com pouca concentração de Vitamina C, a citar abacaxi e morango, que é conhecido a utilização de Vitamina C como estabilizante e conservante na indústria alimentícia, desta forma, a adição desta ao suco, auxilia na conservação e prolongação da validade do produto. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CARDOSO,J. A. C.; ROSSALES,R.R.; LIMONS,B.; REIS,S.F.; SCHUMACHER,B.O.; HELBIG, E. Teor E Estabilidade De Vitamina C Em Sucos In Natura E Industrializados. Disponível em <https://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/155572/A07.pdf>. Acesso em: 06 de Abril de 2018. CRAVEIRO, A. Vitamina C Dá Em Árvore. Globo Ciência. Rio de Janeiro, 1994. SAMPAIO, A.L .; HERMÓGENES, L.S.; CYRO R. C.; PINHEIRO, D.M.; MIRANDA, E.C.; CARNEIRO, L.B.; GOMES, H.B.; Avaliação Da Vitamina C Em Sucos De Laranja, Goiaba E Manga, Em Embalagens Tetrapack. Disponível em <http://sec.sbq.org.br/cdrom/34ra/resumos/T1606-1.pdf>. Acesso em: 06 de Abril de 2018.
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