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Questões sobre o texto Meu irmão, uma pessoa


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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
 
Faculdade de Psicologia
 2º período (Manhã) 
Victória Chagas Romeiro
 
 
 
 
 
Cultura Religiosa: Pessoa e Sociedade
 
 
 
 
Belo Horizonte, 2019
 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Faculdade de Psicologia
2º período (Manhã)
Victória Chagas Romeiro
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado para a formação da disciplina Cultura Religiosa: Pessoa e Sociedade em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. 
 
 Professor: Fabiano Victor Campos
 
 
 	 
 
 
Belo Horizonte, 2019​
Questões sobre o texto “Meu irmão, uma pessoa”
1 - Aponte a transformação que o sentido do termo “irmão” adquire no contexto bíblico-cristão em relação ao contexto grego antigo.
A palavra irmão tem duas fontes a hebraica e a fonte grega, não se pode entender a palavra sem entender o contexto ao qual ela está sendo empregada. A palavra “irmão” em grego significa adelphos – figura de modo reiterado no Novo Testamento, onde lhe é conferido um sentido eminente, já na Grécia Antiga, porém, irmão nada mais é uma relação de parentesco. Assim a palavra irmão deixa de ser limitada a aquele que tem o próprio sangue, mas vai além, se une em meio aqueles que compartilham das mesmas ideias, dos amigos, unem entre si membros de uma comunidade particular ou não.
2 - Com essa transformação, o que passa a significar o vocábulo que deriva de irmão, isto é, o termo “fraternidade” (frater, do latim, significa irmão)?
A palavra passa a ter o significado, principalmente na França de ser a relação entre irmãos, laço de parentesco entre irmãos, algo fraterno, irmandade, de união, deixa de ser algo no papel e vai além dos muros de um único país.
3 - Em que aspecto, segundo a autora, o sentido filosófico presente na noção de amizade aponta para a significação que o termo “pessoa” adquire no contexto bíblico?
A autora ao citar as palavras proferidas por Jônatas traz consigo uma reflexão tanto da palavra amizade, quanto da palavra pessoa. Ao expressar a perda do amigo, Jônatas diz que não perdeu apenas um amigo, mas perdeu consigo parte da sua identidade, parte do seu próprio “eu”, no caso, da sua própria pessoa. Com isso a autora cita Sócrates, um grande filósofo que afirma: “Quando a distância ontológica entre dois seres é muito grande como acontece entre deuses e os homens, a amizade ou o amor não podem existir nem se manter”, com tal afirmação o termo pessoa é totalmente dependente do termo amizade no contexto bíblico, pois a noção de pessoa exige que se reconheça que a relação á alteridade é imanente em cada um de nós, assim cada um se expressa de uma forma, e cada um se tem um ser social.
4 - “Por si mesma, a noção de pessoa exige que se reconheça que a relação à alteridade (a outrem) é imanente em cada um de nós”. Explique o sentido desta afirmação, conforme os argumentos desenvolvidos no texto.
O indivíduo como pessoa carrega o papel do ser social, podendo ser ele alguém que pensa apenas na “pessoa” dele, ou aquele que reconhece, admira e entende aquele outro indivíduo como pessoa também, logo isso é imanente em cada um de nós, cada pessoa cativa e demonstra para o social aquilo que prega e acredita, com isso a noção de pessoa torna-se ambivalente.
5 - Qual é a transformação pela qual passa a acepção da noção antiga de pessoa no contexto das reflexões trinitário-teológicas do início do cristianismo?
Para pensar a condição de um Deus uno e trino, uno quanto a essência e trino quanto ás pessoas, os Padres gregos preferiram não se servir da palavra pessoa para designar as pessoas da Santíssima Trindade. Recorreram então a palavra hupostasis, a qual significa aquilo que permanece subjacente no plano do ser.
6 - “Age de tal maneira que trates a humanidade tanto na tua pessoa quanto na pessoa de qualquer outro sempre e ao mesmo tempo como um fim, e jamais como um meio”. Explique o sentido desta afirmação célebre do filósofo Kant.
Isto equivale dizer que, enquanto pessoa, o homem deve se auto respeitar e tem o direito de exigir não ser tratado como objeto, como se fosse um mero meio de serviço dos interesses de um outro. O respeito é para Kant o sentimento moral por excelência, aquele que não depende de nossos afetos inconstantes, mas que deriva da própria razão.
7 - Sintetize as principais reflexões que o filósofo francês personalista Emmanuel Mounier elabora acerca da noção de “pessoa”.
Emannuel Mounier acredita que a pessoa não se reduz ao indivíduo; ela o transcende; se o indivíduo, devido a sua individualidade que é única, comporta em si mesmo um princípio de fechamento, a pessoa se caracteriza por sua capacidade de se abrir, de sair de si, “ de se descentrar para se tornar disponível ao outro”; a economia da pessoa: reabilitação do corpo; liberdade enquanto pessoa. Mounier vai além de uma “ética da pessoa” que tem sentimento de “respeito” como correlato subjetivo do imperativo moral, é quando ele faz apelo ao amor e reconhece no Deus pessoal a fonte de todo amor verdadeiro. 
8 - Segundo a autora, quando é que se abre para nós a possibilidade de ver um irmão na pessoa de qualquer outro ser humano? Qual o fundamento em que a autora apoia o seu entendimento?
Essa possibilidade se abre quando se levanta os olhos para uma fonte transcendente do amor que, na profundidade de sua essência, se revela como Pai, Filho e Espirito Santo, assim se torna possível ver um irmão na pessoa de qualquer outro ser humano. A autora se fundamenta em passagens bíblicas que citam a palavra irmão em diferentes situações. porém com a mesma ideia: o que realmente agrada a Deus é a nossa reconciliação com nosso “irmão”, sendo o termo, no sentido que lhe é dado aqui, extensivo a qualquer ente humano com quem se esteja em relação. 
9 - Segundo a análise teológica que a autora elabora acerca dos textos bíblicos do Novo Testamento, qual a relação que se pode estabelecer entre a presença de Deus, na pessoa de Jesus, no meio de nós e os temas da pessoa e do irmão?
No Evangelho de São Mateus fica evidente que a relação entre a presença de Deus, Jesus, a sociedade, a pessoa e o irmão é de união e tem o mesmo fim. Deus se destina a todos, todas as nações, assim, se temos um Pai que é pai de todos, o mesmo que está “nós céus”, assim graças a encarnação de seu filho Jesus, hoje somos irmãos, e cada irmão se faz como pessoa, e vice-versa, independente das suas atitudes como pessoa Ele não negara você como filho e espera que você não negue os outros como irmãos.
10 - Qual é, para a autora, a condição para vivermos a fraternidade? Identifique a perspectiva religiosa sob a qual Villela-Petit fundamenta suas reflexões.
Para vivermos em fraternidade, deve-se corrigir aquele que está enveredando por maus caminhos ou se perdendo, além disso deve-se perdoar, o irmão ou qualquer outro ser, pois se somos passiveis de erros também devemos ser de perdoar aqueles que erram. Para se viver em fraternidade, deve-se principalmente dar uma outra resposta à pergunta de Caim, “ Acaso sou guardião do meu irmão? ”

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