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URGENCIA E EMERGENCIA aula 11 PCRC

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REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR E 
CEREBRAL
Profa. Vanessa Dias
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
E CEREBRAL
A importância da discussão deste tema reside no fato
de:
• A PCR é a situação mais crítica de risco de vida;• A PCR é a situação mais crítica de risco de vida;
• O atendimento na maioria das vezes é tumultuado,
moroso e estressante;
• A enfermagem é responsável não só pela organização e
manutenção da sala de emergência, bem como pela
maioria das atividades durante a Reanimação
Por que ter essa aula?
• EUA 350 mil mortes por PCR fora do 
hospital. 
• Chances de sobrevida desfibrilação
precoce
REANIMAÇÃO 
CARDIOPULMONAR E 
CEREBRAL
DEFINIÇÕES:
• Parada Cardíaca (PC)
• Parada Respiratória (PR)
• Reanimação Cardiopulmonar (RCP)
• Reanimação Cerebral (RC)
O que é parada cardiopulmonar O que é parada cardiopulmonar 
e cerebral?e cerebral?
É a cessação súbita da circulação 
sistêmica e atividade respiratória em 
indivíduo com expectativa de restauração indivíduo com expectativa de restauração 
da função cardiopulmonar e cerebral, não 
portador de moléstia crônica intratável ou 
em fase terminal.
Guimarães ,H.P.et. Col.; UNIFESP, 2005Guimarães ,H.P.et. Col.; UNIFESP, 2005
REANIMAÇÃO 
CARDIOPULMONAR E CEREBRAL
Sinais Premonitórios da PCR
• Taqui ou Bradpnéia
• Alteração do nível de consciência• Alteração do nível de consciência
• Alteração do ritmo cardíaco
Sinais Comprobatórios da PCR
• Perda súbita da consciência
• Ausência de movimentos respiratórios
• Ausência de pulso central
O QUE SÃO OS 
CABD´S?
• Sistema simplificado de seqüência utilizada para 
direcionar o atendimento à PCR
• C = Circulation = Circulação• C = Circulation = Circulação
• A = Airway = vias aéreas
• B = Breathing = respiração
• D = Desfibrilação/Diagnóstico 
Os CABD´S
• Primário:
–Não requer necessariamente
equipamento específico
–Pode ser realizado por qualquer
pessoapessoa
–O “D” requer o uso do desfibrilador
• Secundário:
–Requer equipamento específico
–Realizado por profissionais da saúde
Suporte Básico de Vida
Suporte Avançado de Vida
Iniciando o 
atendimento.....
• Reconhecendo a situação de emergência
• Segurança para vítima e pessoas presentes no 
local.
E O TEMPO?
Dando uma volta pelo 
mundo...
RCP POR SOCORRISTAS 
LEIGOS
� Ênfase à rápida identificação de possível PCR por parte de seus
atendentes;
� Ênfase nas compressões torácicas;
� Freqüência das compressões torácicas
� 100 a 120/min.;� 100 a 120/min.;
� Profundidade das compressões
� Até uma profundidade de, pelo menos, 2 polegadas (5cm) para um
adulto médio, evitando excesso na profundidade das compressões
torácicas (superiores a 2,4 polegadas (6 cm));
� Naloxona administrada por transeunte presente no local em
casos de emergências potencialmente fatais associadas a
opioides.
SUPORTE BÁSICO DE 
VIDA
• Observar se o paciente 
está não responsivo
• Peça ajuda! Ligue 192
C = Circulação
• Checar pulso carotídeo
CHECAR PRESENÇA DE PULSO
B
E
BB
Ê
S
CRIANÇAS E ADULTOS
C = realize as 
compressões torácicas
• De joelhos, junto ao tórax do paciente.
• Aonde comprimir?
•• Comprima o esterno no mínimo 2 polegadas (5 Comprima o esterno no mínimo 2 polegadas (5 
cm ), mas não superior a 2,4 polegadas (6 cm) cm ), mas não superior a 2,4 polegadas (6 cm) e 
deverá produzir uma depressão do esterno com 
os braços estendidos. Nunca dobre o seu 
cotovelo.cotovelo.
• Utilize o seu peso e não sua força para 
comprimir
• Retorno total do tórax após cada 
compressão.
• Minimização das interrupções nas 
compressões torácicas.
• Freqüência de compressão de 100 a • Freqüência de compressão de 100 a 
120/minuto.
Lembre-se:
• Posição das mãos:
• Braços esticados:
POSICIONAMENTO PARA MASSAGEM 
CARDÍACA EXTERNA
ADULTOS
CRIANÇAS
(cerca de 5 cm)
BEBÊS
(cerca de 4cm)
30 : 2
Tatiana Cavalcante
A - ABERTURA DAS 
VIAS AÉREAS
• Por que?
Como fazer a 
abertura?
• Inclinação da cabeça - elevação do queixo
Perde tempo….
B – Respiração/ 
Ventilação 
RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL
• Respiração “boca-a-boca”• Respiração “boca-a-boca”
• Respiração “boca-a-nariz”
• Respiração “boca-a-boca e nariz”
B – Respiração/ 
Ventilação 
• Fazendo o boca-a-boca:
VENTILAÇÃO ARTIFICIAL EM 
ADULTOS
BOCA –A- BOCA
BOCA –A- NARIZ
VENTILAÇÃO ARTIFICIAL EM BEBÊS E 
CRIANÇAS MAIORES
VENTILAÇÃO ARTIFICIAL: 
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO
DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS 
AÉREAS POR PRESENÇA DE 
CORPOS ESTRANHOS
VÍTIMA CONSCIENTE
VÍTIMA INCONSCIENTE
DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS 
AÉREAS EM BEBÊS
EM SUSPEITA DE OBSTRUÇÃO DAS 
VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO
VARREDURA DIGITAL
D – DESFIBRILAÇÃO PRECOCED D –– Desfibrilação precoceDesfibrilação precoce
DESFIBRILADOR AUTOMÁTICO EXTERNO
Diagnósticos 
Eletrocardiográficos da PCR
� Fibrilação Ventricular (FV): movimentos anárquicos de 
fasciculação do miocárdio ����mecanismo da PC do IAM
# FV Grosseira # FV Fina
� Taquicardia Ventricular com Ausência de Pulso: ritmo pré-� Taquicardia Ventricular com Ausência de Pulso: ritmo pré-
fibrilatório
� Assistolia: traçado isoelétrico contínuo e sem oscilação ����
mecanismo freqüente da PC intra-hospitalar e em crianças
� Atividade elétrica sem pulso: complexo QRS sem contração do 
miocárdio ���� tamponamento cardíaco, volume
SBV
SUPORTE AVANÇADO DE 
VIDA
CCCC = Circulação= Circulação= Circulação= Circulação
• Checar pulso carotídeo
• Compressão torácica (freqüência?)
CCCC = Circulação= Circulação= Circulação= Circulação
• 2 Acessos venosos calibrosos antecubitais.
• Não se punciona acesso central durante a parada!
• Fazer medicações : Lavar a via com 20 ml de 
SF0,9% em “bolus” e elevar o membro
• Monitorização cardíaca
Se não há respiração ventilar 
o paciente com a ventilação 
bolsa-válvula-máscara
(ambú)
• Preferência a ser realizada por 2 pessoas
• Manter hiperextensão da cabeça 
• Se realizada inadequadamente promove 
distensão gástrica, regurgitação e aspiração.
• Oxigênio suplementar a 15L/min (100%)
• O2 100% aumenta a saturação de O2
e o conteúdo arterial de O2
Testar 
o cuff
Tatiana Cavalcante
Estéril
A= Assegurar a via 
aérea
• ENTUBAÇÃO TRAQUEAL
• Protege as vias aéreas
• Permite maior oxigenação
Outros dispositivos
B = Boa respiração
• Confirme e fixe o dispositivo de VA – detector de 
CO2 exalado.
• Checar intubação: epigástrio, pulmão E e D
• Oferecer Oxigênio 100%• Oferecer Oxigênio 100%
• Não precisa sincronizar com a compressão 1 
ventilação a cada 6 segundos (10 
ventilações/min.)
Tatiana Cavalcante
D
• Diagnóstico diferencial: 
• Identifique as causas reversíveis e trate-as• Identifique as causas reversíveis e trate-as
Desfibrilação
• Localização das pás: Infraclavicular direita e ápex do
coração (axilar média)
• Aplicação da geléia condutora: atenuação à
resistência da passagem elétrica
Aplicação da geléia condutora: atenuação à
resistência da passagem elétrica
• Não utilizar: álcool, água e outras geléias como de
ultra-som, xilocaína.
• Não conduzem a corrente e promove danos ao
paciente
Tatiana Cavalcante
Monofásicos X Bifásicos
A Desfibrilação
intra-hospitalar
• Aplicação não sincronizada de descarga 
elétrica
• Quanto menor a duração da arritmia melhor 
é o prognóstico
Colocar as pás do desfibrilador sobre
o tórax para diagnosticar o ritmo, e
desfibrilar se o médico / enfermeiro
treinado acharem necessário
D
Diagnóstico e 
Monitorização do 
Ritmo Cardíaco• É fundamental para a escolha do tratamento!
• Ritmos de parada cardíaca:
• Fibrilação Ventricular (FV)
• Taquicardia Ventricular (TV)
• Atividade Elétrica sem Pulso (AESP)
• Assistolia
Como reconhecer o 
ritmo?
• O ECG Normal:
FV
• Mecanismo mais comum de parada (85%):
Cardiopatia isquêmica
• Traçado ondulante, assimétrico e amplitude variável
• Cuidado: interferência elétrica!
• Conduta: Desfibrilação
TV
• Ritmo potencialmente maligno que, se não 
revertido FV e assistolia
• Considerado ritmo pré-fibrilatório
• Checar sempre o pulso
• QRS alargado (>0,12s) e FC>100 bpm
AESP
• Atividade elétrica organizada.
• Sem pulso
• Reversível quando se corrigem as causas• Reversível quando se corrigem as causas
Causas de AESP 
Assistolia
• Ausência total de atividade cardíaca
• Ritmo de pior prognóstico• Ritmo de pior prognóstico
• Confirmar ritmo: trocar derivação, ver pulso
• Não desfibrilar
• Considerar tempo para cessar RCP
Importante!!!!
• Só há a necessidade de 1 choque por vez. 
• Realizar RCP por dois minutos 
• Checar pulso e ritmo
Principais pontos de 
discussão AHA 2015
• A vassopressina foi removida.
• Administrar epinefrina tão logo possível, após o inicio da PCR;
• Em pacientes com TOT, o baixo teor de ETCO2 superior a 10 mmHg
por capnografia com forma de onda após 20 minutos de RCP, pode
ser utilizado para ajudar a decidir quanto a suspenção dos esforçosser utilizado para ajudar a decidir quanto a suspenção dos esforços
de ressuscitação;
• RCP extracopórea, para pacientes que não teham respondido a
RCP convencional inicial, em ambientes em que se possa
implementá-la rapidamente;
• Tratamento medicamentoso pós- PCR: β-bloqueador
– Avaliar o paciente criteriosamente após PCR, para avaliar a necessidade da
administração dessa droga.
Tatiana Cavalcante
FV / TV sem pulso
epinefrina
Medicamentos devem ser administrados 
durante a RCP ou após a verificação do ritmo
FV/TV
Posicione o Desfibrilador
Inicie RCP
Se FV ou TV
Selecione a energia e aplique o choque
Reinicie a RCP
Repita a tentativa de desfibrilação
Adrenalina 1mg EV bolus cada 3-5 min.
FV/TV
Repita a tentativa de desfibrilação
Uso de antiarrítmico: Amiodarona 300mg 
repetir de 5-10 min. na dose de 150mg
Cheque o pulso a cada 5 ciclos ou 2 minutos
AssistoliaAssistoliaAssistoliaAssistoliaAssistoliaAssistoliaAssistoliaAssistolia / AESP/ AESP/ AESP/ AESP/ AESP/ AESP/ AESP/ AESP
epinefrinaepinefrina
AESP :
Ritmo no monitor sem pulso detectável
Realize a RCP
Posicione o Desfibrilador
Revise as causas mais freqüentes
Nunca desfibrile!!!!!
Realize a RCP
AESP
Adrenalina 1mg Ev em bolus a cada 3-5 min.
Realize a RCP
Cheque o pulso a cada 5 ciclos ou 2 minutos
Assistolia
Realize a RCP
Posicione o Desfibrilador
Nunca desfibrile!!!!!
Adrenalina 1mg Ev em bolus a cada 3-5 min.
Assistolia
Realize a RCP
Cheque o pulso a cada 5 ciclos ou 2 minutos
Epinefrina
• Útil em todos os ritmos
• Efeito vasoconstritor periférico intenso,
• Não administrar com soluções alcalinas• Não administrar com soluções alcalinas
Falando nisso...
* Dose habitual:1 mg IV em bolus
* Observações:
– repetir cada 3 a 5 minutos– repetir cada 3 a 5 minutos
– manter enquanto durar a PCR
Amiodarona
• Indicações: Fv/Tv não responsivas a
choques e adrenalina ou vasopressina
• Dose: 300 mg com flush de 20ml• Dose: 300 mg com flush de 20ml
Pode-se repetir 150mg (3-5 min)
Amiodarona
• Na manutenção:
- Manter infusão contínua na dose de 1mg/min nas 
primeiras 6h, primeiras 6h, 
- 0,5mg/min nas 18h, 
- Dose máx de 2,2g nas primeiras 24h 
Lidocaína
• Indicações: FV refratária ou persistente, em
geral usada como 2º antiarrítmico
• Dose inicial: 1 a 1,5mg/Kg, Ev dose máxima 
de 3mg/Kg (5-10 min)de 3mg/Kg (5-10 min)
• Se recuperação manter infusão contínua de 
2 a 4mg/min.
• Só deve ser utilizada na falta de 
amiodarona (classe indeterminada)
Organização no 
atendimento à PCR
• Não gritem: ninguém ficou surdo subitamente...
• Agilidade, organização e calma são a chave para
um bom atendimento.um bom atendimento.
• 3 elementos da equipe de enfermagem são o
suficiente; a falta e o excesso de pessoal
atrapalham..
• Testar o laringoscópio e o desfibrilador no
início do plantão.
• Divisão da equipe• Divisão da equipe
• Carro de PCR e Desfibrilador em ordem são
fundamentais; portanto, estejam sempre
organizados e prontos para qualquer
eventualidade...
Médico
3 Compressões 1 acesso venoso /Compressões3 Compressões
2 Carro de PCR
1 Compressões
Estabilização após a RCP
♥Manter glicemia abaixo de 200 mg/dL
(piora da lesão neurológica isquêmica).
♥Manter a PAM entre 90 e 100 mmHg
♥Garantir o retorno venoso jugular através
da elevação do decúbito a 30º
Favorecimento da hemodinâmica 
intracraniana
Referências
• Destaques da American Heart Association 
2015 – Atualização das Diretrizes de RCP e 
ACE.

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