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Resumos das matérias do 1º semestre para AV1

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FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Mito: 
Narrativa; fala, que contém em si diversas ideias. Mensagem cifrada, que não é entendida facilmente por quem não está dentro da cultura de que o mito faz parte. Subjetivo, atemporal, referente a origens, sem contexto histórico. Explicita a realidade sentida intuitivamente e a transmite às gerações daquela sociedade.
Conhecimento religioso:
Conhecimento que se dá a partir da separação entre a esfera do sagrado e do profano. É condição fundamental crer ou ter fé na narrativa sobrenatural e no conjunto sacro - ritos, sacramentos e orações - de que esses pode proporcionar a garantia de salvação.
Conhecimento filosófico
Pode ser traduzido como amor à sabedoria, à busca do conhecimento. Aquele que trata de compreender a realidade, os problemas mais gerais do homem e sua presença no universo. É especulativa e logo, não necessita de constatação cabal. A concepção filosófica não oferece soluções definitivas para formulações mentais, mas se traduz em ideologia, orientando a atividade prática e intelectual. 
Senso comum:
Sentido dado coletivamente às coisas vividas, nem sempre representando a realidade. Estabelece uma crença comum na causalidade entre o ato e o efeito. 
Ciência:
Forma especifica e racional de conhecimento sistematizado que busca a comprovação irrefutável de teorias e explicações inquestionáveis sobre o tema estudado.
 PENSAMENTO CIENTÍFICO: OBJETIVIDADE; IMPESSOALIDADE DA VISÃO, IMUTABILIDADE DO CENÁRIO E ATORES DO FOCO OBSERVADO POR INFLUÊNCIA DO OBSERVADOR; CONHECIMENTO ADQUIRIDO ATRAVÉS DE MÉTODO.
SENSO COMUM: SUBJETIVIDADE; PERSONALIZAÇÃO DA ÓTICA; ALTERABILIDADE DO FOCO OBSERVADO CONFORME O OBSERVADOR; OPINIÃO EMBASADA EM VIVÊNCIAS OU CRENÇAS. 
 CIÊNCIAS NATURAIS			 CIÊNCIAS SOCIAIS
Fatos simples isoláveis e recorrentes				Complexidade das relações intersubjetivas
Fatos recorrentes, constantes e sistêmicos			Fatos atípicos, pontuais e isolados
Imutabilidade independente do agente			Variabilidade conforme os agentes
Visão imparcial do objeto observado				Foco pessoal na análise
Isoláveis em laboratório					O estudo é no espaço a ser observado
Ótica neutra e imparcial					Ótica tendenciosa e pessoal
Áreas constitutivas das ciências sociais: 
Sociologia:
Estuda o homem e o seu universo sóciocultural, analisando as inter-relações entre os diversos fenômenos sociais. A partir des matrizes teóricas como Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx, analisar os fatos, ações, classes, relações e movimentos sociais, formas de trabalho, relações econômicas, instituições religiosas, etc.
Antropologia:
Privilegia os aspectos culturais de grupos e comunidades. Inicialmente, estudava povos e grupos geográfica e culturalmente distantes dos povos ocidentais. Ao longo de seu desenvolvimento, os antropólogos passaram a analisar grupos sociais relativamente próximos, buscando transformar o exótico, o distante, em familiar. 
Ciência Política:
Analisa as questões ligadas às instituições políticas.  Conceitos de poder, autoridade, dominação, autoridade são estudados por essa ciência, as diferenças entre povo, nação e governo, e o papel do Estado como instituição legitimamente reconhecia e detentora do monopólio da dominação e do controle de determinado território.
Etnografismo:
A prática etnográfica consiste em impregnar-se dos temas de uma sociedade e ser capaz de viver em si mesmo a tendência principal da cultura estudada. O próprio antropólogo vai ao campo, entra no grupo, vivencia a cultura diferente, deixa-se fazer parte deste dia a dia, registra esta vivência, retorna para sua própria cultura e finaliza seu trabalho de escrita que é o registro final desta experiência.
Etnocentrismo 
Análise do mundo onde a sociedade do observador é tomada por esse como referencial e todos os outros são pensados e sentidos através dos valores, modelos e definições pessoais do que é a existência. 
Relativismo cultural  
Postura, adotada pela Antropologia contemporâne. Busca compreender a lógica da vida alheia à sua.  Método que privilegia a convivência, se inserindo na rotina do objeto estudado, para obter conclusões isentas de pré estabelecimentos de verdades. 
Multiculturalismo:
A complexidade das sociedades humana e seus diversos hábitos, costumes, linguagem, estilos de vida.  Essa  multiplicidade de formas de ver, sentir e se inserir no mundo denomina-se  diversidade cultural. 
Multiculturalismo
Preconiza a interação entre as diferentes culturas, sem hierarquização de saberes e modos de vida. Pressupõe uma visão positiva da diversidade cultural, privilegiando  o reconhecimento, valorização e incorporação de identidades múltiplas nas formulações de políticas públicas e nas práticas cotidiana, priorizando a diversidade, o reconhecimento do outro em toda a amplitude de escolhas que sua liberdade individual permita, percebendo a real dimensão de uma cultura descoberta, através dessa ótica includente.
Contexto histórico da formação do Estado burguês
Na Idade Antiga, já existia na filosofia grega uma preocupação com a sociedade através de obras como A República, de Platão, e Política, de Aristóteles. Na primeira obra, encontra-se o projeto de como a cidade-Estado deve ser organizada para se evitarem as crises políticas e sociais, estipulando-se até o número máximo de habitantes. Já na segunda, Aristóteles acreditava que as crises eram inevitáveis para as cidades, e também afirmava não haver maneira de escapar das mudanças institucionais para preservar estes pequenos Estados.
Nos tempos medievais, obras como A cidade de Deus, de Santo Agostinho, trabalhavam com temas sociais a partir da visão cristã dominante na época. Segundo esse teólogo, os homens só poderiam se redimir diante de Deus a partir da construção de comunidades que reproduzissem o seu reino, tendo como fundamento o princípio de que cada grupo social deve ter uma função para que haja o bem-estar de todos.
2- O Iluminismo:
a base filosófica da criação do Estado burguês 
Com o surgimento do Iluminismo, no século XVIII, a sociedade passa a ser cada vez mais abordada como uma problemática maior para os adeptos da "filosofia das luzes".  A partir daí, estabelece-se importante discussão para a compreensão da vida em sociedade: a passagem do “estado de natureza” para o “contrato social”. 
Segundo Marilena Chauí, em Convite à Filosofia (ver bibliografia), o conceito de estado de natureza tem a função de explicar a situação pré-social na qual os indivíduos existem isoladamente. Duas foram as principais concepções do estado de natureza: A  concepção de Hobbes (no século XVII), segundo a qual, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar.
Na concepção de Rousseau (no século XVIII), segundo a qual, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados pelas florestas, sobrevivendo com o que a Natureza lhes dá, desconhecendo lutas e comunicando-se pelo gesto, pelo grito e pelo canto, numa língua generosa e benevolente. Esse estado de felicidade original, no qual os humanos existem sob a forma do bom selvagem inocente, termina quando alguém cerca um terreno e diz: "É meu". A divisão entre o meu e o teu, isto é, a propriedade privada, dá origem ao estado de sociedade, que corresponde, agora, ao estado de natureza hobbesiano da guerra de todos contra todos.
O estado de natureza de Hobbes e o estado de sociedade de Rousseau evidenciam uma percepção do social como luta entre fracos e fortes, vigorando a lei da selvaou o poder da força. Para fazer cessar esse estado de vida ameaçador e ameaçado, os humanos decidem passar à sociedade civil, isto é, ao Estado Civil, criando o poder político e as leis. A passagem do estado de natureza à sociedade civil se dá por meio de um contrato social, pelo qual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à posse natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferir a um terceiro – o soberano – o poder para criar e aplicar as leis, tornando-se autoridade política. O contrato social funda a soberania.
Outro autor importante para a formação do pensamento burguês foi John Locke, pioneiro do pensamento político liberal.
Para esse autor, o Estado existe a partir do contrato social. Tem as funções que Hobbes lhe atribui, mas sua principal finalidade é garantir o direito natural da propriedade.
Dessa maneira, a burguesia se vê inteiramente legitimada perante a realeza e a nobreza e, mais do que isso, surge como superior a elas, uma vez que o burguês acredita que é proprietário graças ao seu próprio trabalho, enquanto reis e nobres são parasitas da sociedade.
O burguês não se reconhece apenas como superior social e moralmente aos nobres, mas também como superior aos pobres. De fato, se Deus fez todos os homens iguais, se a todos deu a missão de trabalhar e a todos concedeu o direito à propriedade privada, então, os pobres, isto é, os trabalhadores que não conseguem se tornar  proprietários privados, são culpados por sua condição inferior. São pobres, não são proprietários e são obrigados a trabalhar para outros seja porque são perdulários, gastando o salário em vez de acumulá-lo para adquirir propriedades, seja porque são preguiçosos e não trabalham o suficiente para conseguir uma propriedade.
3 - As revoluções burguesas
Foi neste contexto que  a Europa viu acontecer muitas e importantes mudanças no cenário político, econômico e social, como as revoluções Francesa e Industrial. 
Essas revoluções formaram, assim,  a base do Estado moderno. Por isso, o que se chama normalmente de revolução burguesa é o processo pelo qual o sistema capitalista passou a dominar a vida humana. Burguesia é a classe social surgida no mundo feudal da Idade Média europeia. Originalmente, são os artesãos de diversos ofícios e os comerciantes que se concentram em locais que virão a serem as cidades medievais. A palavra burguês significa homem do burgo, isto é, da cidade medieval. Era, pois, uma classe citadina que se formava e que trazia um modo de produção diferente, baseado na exploração do trabalho como fonte de riqueza. É interessante observar que a palavra alemã Bürger, homem do burgo, da cidade, pode significar burguês ou cidadão. O Código Civil alemão, tão importante para os estudos jurídicos, chama-se, em alemão, Bürgergeseztbuch, livro de leis do cidadão.
A revolução burguesa é um processo europeu que se estendeu pelo mundo inteiro. Embora países como a Holanda e Portugal tenham vivenciado o capitalismo mercantil antes, Inglaterra e, depois, França mergulharam nessa sucessão de transformações sociais que marcaram a transformação radical da vida social humana.
3.1- A Revolução Francesa
Esse movimento revolucionário é adotado como uma referência histórica da revolução burguesa, que se processava pelo mundo ocidental. 
A França do final do século XVII vivia sob o regime da Monarquia Absolutista. Em 5 de maio de 1789 o rei Luís XVI inaugura os Estados Gerais, em Versailles (símbolo do poder real). Os três estados eram as representações dos estratos que compunham a sociedade, o primeiro deles a nobreza, o segundo, o clero e o terceiro o povo. Neste último estavam incluídos a burguesia urbana, os artesãos, os camponeses, todos, enfim, que não cabiam entre os outros dois estados. 
A burguesia era a classe social hegemônica no terceiro estado. O povo pobre de Paris era conhecido como os sans-culottes. Tinham este nome porque não usavam os culotes, calças até pouco abaixo dos joelhos, vestimenta característica dos pertencentes aos estratos mais abastados. Eram, antes de tudo, igualitários, mas não eram hostis à propriedade. Seu ideal era uma sociedade de pequenos produtores e de pequenos proprietários livres.
Em maio de 1789 o rei Luís XVI, pressionado pelas reivindicações da classe burguesa emergente e pelos  sans-cullotes, convocou a Assembleia dos Estados Gerais, o Parlamento Francês, dominado pelo monarca absoluto, para discutir a grave crise econômica que se instalara.  Nessa assembleia, a burguesia e s sans-cullotes decidiram romper com o Rei. Em episódio conhecido, invadiram a prisão política da Bastilha, que simbolizava o poder  do Estado,  
O Rei foi preso e condenado à morte, pondo fim ao Antigo Regime.  A Revolução Francesa e os processos sociais ligados a ela permitiram que a humanidade olhasse a sociedade como objeto da ciência.
3.2  Revolução Industrial e Neocolonialismo
O século XIX foi marcado pela Revolução Industrial e pelo Neocolonialismo, cujas consequências se projetaram para os séculos XX e XXI.
No plano político e econômico o termo  revolução é usado para expressar um movimento de transformação que, na visão dos seus protagonistas, traz transformações significativas, positivas e benéficas para a sociedade. 
De fato, as revoluções trazem grandes transformações e com a revolução industrial não poderia ter sido diferente. Tais transformações já se fizeram presentes na transição do feudalismo para o capitalismo. 
Um filme que retrata bem a revolução é  “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, de 1936. Nele, Chaplin é um funcionário de uma grande fábrica na Europa, e fica tão alienado por causa do ritmo de trabalho, que acaba despedido. Depois, para não morrer de fome, rouba comida, juntamente com uma menina de rua. É preso várias vezes, até por ser confundido com um manifestante em uma greve na empresa onde trabalhava. O filme mostrou de forma humorística como os trabalhadores eram tratados. Exageros em razão da comédia, o capitalismo chegou até a proporcionar máquinas que alimentem automaticamente o funcionário, para que ele não parasse de produzir.
O desenvolvimento industrial se fez acompanhar pelo desenvolvimento científico, que por sua vez impulsionou ainda mais a indústria em função de descobertas e invenções. Nos centros urbanos europeus respirava-se desenvolvimento e acreditava-se que a tecnologia e a máquina resolveriam todos os problemas do homem. A indústria cresceu e com esse crescimento vieram as crises de produção porque a superprodução não era acompanhada pelo consumo. A solução para a crise de consumo foi encontrada no neocolonialismo, ou imperialismo do século XIX.
Diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, o neocolonialismo representou nova etapa do capitalismo, do momento em que as nações europeias saíram em busca de matérias-primas para sustentar as indústrias, de mercados consumidores para os produtos europeus e de mão-de-obra barata. Esse colonialismo se direcionou para a África e a Ásia, que foi partilhada entre as nações europeias. A América escapou desse colonialismo porque se tornara independente pouco antes. Porém, se não foi dominada politicamente pela Europa e pelos EUA, o foi economicamente, pois dependia dos banqueiros e do capital industrial europeu. Naquela época, por exemplo, grupos franceses e ingleses iniciaram  a exploração da borracha na região amazônica porque era mais barato produzir aqui e exportar para a Europa e para os EUA: afinal, aqui se encontrava a matéria-prima, a mão-de-obra barata e o favorecimento governamental.
A África e a Ásia foram o cenário onde atuou uma infinidade de cientistas e religiosos que assumiram o fardo do homem branco. Na Índia, por exemplo, qualquer membro da raça branca era tido como membro da classe dos amos e senhores, respeitado e reverenciado. Situações semelhantes fizeram o fundador da República do Quênia, na segunda metade do século XX, referir-se assim à dominação imperialista: "Quando os brancos chegaram, nós tínhamos as terras e eles a Bíblia; depois eles nos ensinaram a rezar;quando abrimos os olhos, nós tínhamos a Bíblia e eles as terras". 
Todas as tentativas de reação por parte das nações dominadas pelos impérios europeus foram enfrentadas com o uso das armas por parte das nações européias.  
Nem a China ficou de fora da corrida imperialista: foi dominada economicamente e teve territórios ocupados pelos japoneses.
Foi neste cenário de expansão imperialista que surgem inéditas tentativas de explicação da realidade social. A primeira delas, como vermos a seguir, foi o chamado darwinismo social.
 
4-  O darwinismo social
Foi também nessa época que se desenvolveu a teoria de Charles Darwin sobre a evolução e adaptação das espécies. 
Darwin foi um naturalista britânico que alcançou destaque no meio acadêmico ao desenvolver a teoria da evolução da vida na Terra. Em seu livro publicado em 1859, A Origem das Espécies ele introduziu a ideia de evolução a partir de um processo aleatório de seleção natural. Este princípio se tornaria a explicação científica dominante para a diversidade das espécies no mundo natural.
Nesta obra, em consonância com o espírito da época, Darwin defendeu a noção de variação gradual dos seres vivos graças ao acúmulo de modificações pequenas, sucessivas e favoráveis, e não por modificações extraordinárias, surgidas repentinamente. Nessa obra Darwin apresentou o núcleo da sua concepção evolutiva: a seleção natural, ou a persistência do mais capaz; com o passar dos séculos, a seleção natural eliminaria as espécies antigas e produziria novas espécies.
 Logo as teses de Darwin estavam sendo discutidas em todo o meio científico e o próprio liberalismo econômico adotou o pressuposto da competição. Ao defender a propriedade privada, o liberalismo postula que todo homem compete em igualdade no acesso à propriedade privada. Aquele que não a conquista, não o faz porque é vicioso ou preguiçoso. É claro que essa tese, presente em nossas mentes até hoje, interessava e interessa à manutenção do domínio da classe burguesa.  
 Se o liberalismo apropriou-se do conceito de competição, de Charles Darwin, não foi o único. Logo surgiu o Darwinismo Social.
O filósofo inglês Herbert Spencer foi o principal representante dessa corrente nas ciências humanas. Ele especulava sobre a existência de regras evolucionistas na natureza antes de seu compatriota, o naturalista Charles Darwin, que foi o autor da teoria da evolução das espécies. É dele a expressão "sobrevivência do mais apto", muitas vezes atribuída a Darwin. Os princípios do darwinismo social foram construídos a partir da obra de Spencer.
Segundo o Darwinismo Social, as sociedades se modificam e se desenvolvem como os seres vivos. As transformações nas sociedades representam a passagem de um estágio inferior para outro superior, onde o organismo social se mostra mais evoluído, adaptado e complexo. Se na natureza a competição gera a sobrevivência do mais forte, também na sociedade favorece a sobrevivência de sociedades e indivíduos mais fortes e evoluídos. As expressões: “luta pela existência” e  “sobrevivência do mais capaz”, tomadas de Darwin, apoiaram o individualismo liberal e justificaram o lugar ocupado pelos bem sucedidos nos negócios. Por outro lado, as sociedades foram divididas em raças superiores e inferiores, cabendo aos mais fortes dominar os mais fracos e, consequentemente, aos mais desenvolvidos levar o desenvolvimento aos não desenvolvidos. A civilização deveria ser levada a todos os homens. É claro que o Darwinismo Social serviu para justificar a ação imperialista das nações europeias.
Foi nesse cenário de constantes conflitos sociais, políticos, econômicos e religiosos, cenário marcado pela industrialização e pelo cientificismo, que nasceu a Sociologia
			
 
RESUMO DE HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO
COMMON LAW E CIVIL LAW
Civil Law.
Expressão que designa a estrutura embasada na legislação vigente. O sistema Civil Law se norteia pelo texto da lei, embora seja permitido ao juiz, que o interprete – E como a lei não consegue conter em si todas as particularidades, de todos os casos e procedimentos passíveis de tutela, no caso da lei ainda não mencionar a questão levantada, é permitido se valer da jurisprudência como orientação a ser seguida.
A origem remonta a época de 527, quando sobe ao trono de Constantinopla o imperador bizantino ‘Justiniano I’ que decide unificar e expandir o Império Bizantino, e percebe a indispensabilidade de uma legislação coerente, que atendesse às demandas e litígios, sem vulnerabilizar o reino com o poder de decisão independente, imponderável e centralizado, conferido à alguém. Entre 529 e 534, ordena a publicação da obra jurídica “Corpus Juris Civilis” (Corpo de Direito Civil), no auge do direito romano. 
Na história recente, foi durante a Revolução Francesa, com a derrota do Absolutismo, que surgiu o Constitucionalismo. Dado o momento histórico, a sociedade tinha como prioridade, limitar o poder estatal, e surgiu daí a necessidade de se instituir um formalismo jurídico, onde as normas legais fossem fixadas inquestionavelmente, e a hermenêutica não corrompesse o texto legal. Napoleão, no intuito de regular toda a vida privada dos cidadãos, editou o código civil francês em 1803, permanecendo em vigor até hoje na França. – 
Common Law
É um sistema fundamentado em costumes e usos comuns às sociedades, fixados como elemento de direito, através dos quais o cidadão deve se nortear, derivando-se daí o termo “Common Law”. Significa a estrutura que elenca como primeira fonte do direito a jurisprudência .- conjunto de interpretações das normas jurídicas do Poder Judiciário - “a visão do juiz” corresponde a lei – e o texto da lei atua apenas em coadjuvância. 
A origem da Common Law é o direito inglês não escrito, que se desenvolveu a partir do século XII, durante o intercâmbio cultural e comercial entre os normandos, os anglo-saxões e os bárbaros, na região da Inglaterra. Nas nações onde a Common Law é o foco jurídico, inexiste a necessidade premente de se positivar e codificar estes costumes, bastando que eles existam, para serem considerados pelos tribunais. 
ADM. E REGIME COLONIAL
Os primeiros documentos de natureza jurídica surgiram no Brasil graças à extração do pau-brasil – matéria que somente poderia ser explorada, mediante aprovação Real, emitida através de um termo de concessão, após o interessado pagar previamente por este. 
O Brasil era colônia de Portugal, logo, foi aplicado o Direito Lusitano na terra recém-descoberta. 
A administração inicialmente foi estabelecida através das capitanias hereditárias – imensos lotes de terra, doados pela coroa portuguesa à militares burocratas que deveriam se estabelecer na nova terra, com a incumbência de estabelecer o controle português em seus domínios, sendo proibida a venda ou transmissão dos direitos à outrem.
A partir da decretação das capitanias hereditárias, os donatários (“donos” das capitanias), receberam dois documentos de teor jurídico; as respectivas:
CARTAS DE DOAÇÃO dos territórios - documento no qual figuravam os termos da cessão de direitos; 
FORAIS, Documento jurídico que estabelecia os direitos e os deveres dos capitães donatários para com a coroa concessora, no repasse de tributos e na feitura de vilarejos e cidadelas de sua capitania, delegando-os poderes de: 
Administração local, 
Administração penal; 
Distribuição de terras; 
Coletas de impostos,... 
E demais atos competentes ao controle direto regional.
SESMARIAS: Documentos que normatizava a distribuição de terras destinadas a produção, para garantir o cultivo de alimentos na colônia.
Os donos das capitanias representavam a lei e a justiça, e eram responsáveis por todos e tudo que fosse feito, decidido, ou encontrado em sua propriedade, porém, jamais de forma arbitrária, aplicando apenas a própria vontade. 
Os limites do seu poder estavam expressamente estipulados nas respectivasCARTAS FORAIS e a legislação em vigor a ser aplicada era a do reino, ou seja, a lei, a ordem estabelecida e as penas eram determinadas pelas ordenações Afonsinas, Manuelinas e Filipinas, que se sucederam uma à outra conforme a transição do regente lusitano.
ORDENAÇÕES FILIPINAS
Desde a revolução de Avis houve a busca por uma codificação legislativa geral, derivada do Direito Romano, que representasse o ordenamento jurídico daquele reino. Tal fundamentação se deu através das ordenações – ou seja, de uma legislação que abarcasse todo reino de Portugal, reforçasse sua identidade e acabasse com as várias concorrentes e leis dispersas pelo reino. 
O terceiros e mais duradouro desses documentos jurídicos – A Ordenação Filipina – afirmam que foi uma reforma do anterior, muito mais do que uma nova legislação, tornando a estrutura judiciária um pouco mais complexa do que as previstas nas anteriores ordenações, criando três diferentes instâncias, aumentando a quantidade de juízes singulares e proliferando as especificidades funcionais de cada uma.
Juízes singulares secionados em doze atribuições; em segunda instância havia o ‘Tribunal Da Relação e o terceiro, último e máximo grau de jurisdição do Direito Português, desempenhado pela ‘Casa De Suplicação’, responsável pela criação da jurisprudência da época.
Os julgamentos sempre eram céleres e geralmente irrevogáveis. 
*CURIOSIDADES*
- Como meio de obtenção de provas contra ou a favor, era costume utilizar ordálios (meios “não muito ortodoxos” de se conseguir confissões, como por exemplo, segurar um ferro em brasas – se queimasse, significaria a culpa de quem o estivesse segurando).
- Em Portugal, geralmente a sentença era a pena de morte, e depois desta, a mais frequente era o degredo para o Brasil. Até açoites em praça pública e degredo para outras colônias eram consideradas penas leves.
- Havia cinco formas de execução da pena de morte:
A morte natural - determinada pelas ordenações filipinas, não era sinônimo de esperar a pessoa morrer. “Morte natural” significava morrer mediante degolação ou uma simples forca. (Era inclusive considerada infame e por isso, aplicada aos mais pobres). 
Vivicombúrio – para casos de incesto, por exemplo. A pessoa era queimada viva.
Morte atroz – Além da pena de morte, havia a imputação de mais alguma pena (como confisco de bens, incineração do cadáver, esquartejamento...)
Morte cruel – Quando o indivíduo morria por suplícios dolorosos.
Morte civil – O indivíduo permanecia vivo, porém, sem direito a ter uma casa, a comer, a beber,... A nada. Essa pena geralmente era aplicada aos familiares dos que morriam por morte cruel.
BRASIL: COLÔNIA, REINO UNIDO- IMPÉRIO
Quando a família Real de Portugal, fugindo de Napoleão, chegou ao Brasil, se tornou “incomodo” manter a terra que abrigava a realeza quanto colônia, mas por outro lado, isso decretaria um status quo que daria autonomia à nova terra, o que não era desejável. Após longos sete anos, quando todo o mundo antigo já conhecia o Brasil por Reino, Portugal assumiu juridicamente a condição. 
Em 1821 o Brasil era o palco em ebulição de duas forças de pressão oponentes: 
-De um lado, estava Portugal, querendo impor que o Brasil voltasse a condição de colônia (o que definitivamente era desinteressante economicamente para o Brasil), 
-Do outro, estava a elite brasileira (representada pelos responsáveis pelas províncias, que queriam manter o respaldo do título de Reino unido a Portugal, e ao mesmo tempo, queriam mais liberdade), insuflando o povo contra a corte, aumentando o clamor por uma república democrática. 
Em 1822, diante do inevitável, D. Pedro I, visando nãoperder o controle absoluto, declarou a Independência, elevando à condição de reino. O status agradava aos Governadores provinciais, e mais que isso, a continuidade do sistema vigente – latifúndio, monocultor, exportador, escravocrata – era de grande interesse.
Em 1823, se deu a abertura da constituinte, seguida de um preparatório aos trabalhos, que consistiu em primeiramente, aniquilar as prováveis oposições:
Restringindo o grupo de eleitores;
Promovendo uma onda de repressão e violência, sentenciando ao degredo aqueles que tivessem uma visão mais democrática;
decretando a censura à imprensa, fechando os jornais opositores para evitar a propagação de ideias revolucionárias. *CURIOSIDADE* A “desculpa esfarrapada” de D. Pedro I para a perseguição aos pobres e descontentes – “...Embora algumas medidas parecessem demasiadamente fortes, como o perigo era iminente, os inimigos, que nos rodeavam imensos (e prouvera a deus, que entre nós ainda não existissem tantos), cumpria serem proporcionadas.” 
Preconizando a eleição em dois turnos, condicionando a capacidade à renda (não a de posse, mas a produzível. Os eleitores de primeiro grau deveriam ter 150 alqueires de farinha de mandioca; estes, elegeriam os eleitores de segundo grau, que deveriam possuir no mínimo 250 alqueires de farinha de mandioca. Estes últimos elegeriam deputados e senadores que, para se candidatarem ao cargo, deveriam ter renda mínima de quinhentos e mil, respectivamente. 
(DETALHE BÁSICO: 1 ALQUEIRE = 24.200m² Daí o apelido de “constituinte da mandioca”). O Senado é eleito e inicia o anteprojeto da Câmara:
Estabelecendo a indissolubilidade da Câmara;
Determinando que o veto do imperador valeria apenas em caráter suspensivo; interna;
Impedindo estrangeiros de participarem da polític
Regulamentando a submissão das forças armadas ao parlamento, e não ao imperador.
CONST. DE 1824
Óbvio que D. Pedro I, como bom monarca, deve ter ficado louco de ódio ao ver seus brios absolutistas assim feridos. 
Nomeia então uma comissão chamada Conselho de Estado, de sua inteira confiança, com o propósito de contar com um grupo seleto que o auxiliasse a elaborar uma nova constituição, sem correr o risco de enfrentar eventuais divergências e fecha a Assembleia Constituinte, anulando sua representatividade na redação da carta, alegando “o perigo que a instituição estava trazendo à Nação”. Impossível falar em uma verdadeira independência numa regência outorga uma constituição, ao invés de promulgá-la, estabelecendo:
1- A manutenção da escravidão no império e mesmo assim, na constituição haver uma definição de garantias e direitos individuais (no papel), elaborados a luz do moderno pensamento europeu. Nossa primeira constituição foi praticamente uma cópia da declaração dos direitos do homem e do cidadão, da revolução francesa.
2- O poder absoluto do Imperador com relação a nomeação dos governadores provinciais , ministros e juízes – que como única exigência, tinha a de referendar tudo que o Executivo determinasse; decisão que feria as autonomias regionais; 
3- A subordinação da igreja católica ao imperador; 
4- Adoção do voto censitário e indireto, que excluía do processo decisório a maioria da população;
5- A criação de um quarto poder, hierarquicamente superior os demais – O Poder moderador, exercido exclusivamente pelo imperador.
7- O poder conferido ao Imperador de estabelecer leis.
CÓD. PENAL DE 1830
Em 1827 iniciou-se a codificação do código civil e do código penal
ATA INST. DE 1834
Três anos após a partida de D. Pedro I para Portugal, os Chimangos, (integrantes do Partido Brasileiro), aprovaram na Câmara a única alteração constitucional do império, através do “ATO ADICIONAL” de 1834, que iniciou o processo de descentralização do poder, conferindo às províncias maior autonomia, medida indispensável à manutenção da ordem e da unidade. Outras medidas visando o mesmo fim foram Definir as relações com os países vizinhos que extremavam fronteiras na região do rio da Prata;
Instituição da Monarquia constitucional representativa, assegurando a liberdade de imprensa e a competição partidária;
Inicio da era industrial brasileira; 
Reforço (ainda que lento e gradual) das ideias abolicionistas.
GUARDA NACIONAL:
CORONELISMO
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