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trabalho do 3º semestre individual

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA
 patricia de freitas silva
 O professor que luta pela inclusão, é o autor que muda a história de sua sociedade.
Jaru/RO, 2015
 patricia de freitas silva 
O professor que luta pela inclusão, é o autor que muda a história de sua sociedade. 
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as Disciplinas: Educação e Tecnologias; Educação Inclusiva e Libras; Pedagogia em espaços escolares e não escolares; Educação, Cidadania e Diversidade: relações étnico-raciais; Seminário III.
Professores: Cyntia Simioni França; Marlizeti B. Steinle; Sandra M. Vedoato; Vilze Vidotte Costa; Fábio Luiz da Silva; Sandra Regina dos Reis; Taíse Nishikawa;
Tutor Eletrônico: Ana Claudia Kikumoto de Paula
Tutor de Sala: Fabrício Tavares de Aguiar
 
 
 
 Jaru/RO, 2015.
INTRODUÇÃO
 	
 Com as constantes mudanças que vêm ocorrendo na sociedade, exige-se que os profissionais da educação tenham novas formas de ensinar e aprender, que estejam aptos para criar novas práticas de educar com os recursos tecnológicos de forma a produzir um ensino de qualidade. Com a implantação dos laboratórios de informática nas escolas públicas de todo o Brasil, entendemos que é necessário muito mais do que máquinas, mas que ocorram ações efetivas na busca da melhoria do processo de ensinar e aprender nos ambientes escolares, por sua equipe escolar, tudo se adaptando conforme as realidades de nossa localidade e região para atender sua clientela estudantil e executar sua função social de formar o cidadão e construir conhecimentos, atitudes e valores que o torne o estudante solidário, crítico, ético e participativo, cresce também uma necessidade de se propor e produzir nas escolas um processo educativo inclusivo, que tanto as relações étno-racial, quanto a relação dos alunos com necessidades especiais é uma questão de todos, é algo que atinge toda a sociedade, independentemente de sua deficiência, etnia ou do sentimento de pertencimento étnico-racial, todos devem ter nas escolas relações de convivência e respeito, um processo que pressupõe o reconhecimento de diferenças, afirmação de cidadania e equiparação de oportunidades e direitos, mostrado assim, a geração presente e futura que através de ações pequenas, não podemos mudar o mundo, mas podemos torna-lo melhor sem exclusões e preconceitos.
 Que o papel ativo do professor, sua busca incessante por novos saberes e o reconhecimento e aceitação do aluno como ele é, com suas diferenças e cultura, favorece na formação de novo mundo que vão além dos muros da escola, assim através dessas fortes ligações e contribuições para jovens e as crianças, o docente estabelece laços afetivos para com a vida deles, sendo eles o futuro de nossa sociedade. Segundo Freinet, apud, Angotti (2003, p.48): "[ A criança é a chave do futuro, é a esperança de realização futuras em defesa do direito de todos, na transformação da sociedade...]" neste sentido iremos relembrar o papel da educação e suas implicações na sociedade como um todo.
DESENVOLVIMENTO
 
 Muito tem se discutido sobre a formação de professores e sobre as condições necessárias para assegurar o direito das crianças, jovens e adultos a uma educação de qualidade, para isso exige dos mesmos, novas aprendizagens para contribuir progressivamente para a formação de cidadãos capazes de responder aos desafios colocados pela realidade e nela intervir, uma dessas discussões é a questão da inclusão de todos nos espaços escolares. Por isso com as exigências da sociedade capitalista e a evolução das novas tecnologias, cresce uma necessidade de se propor e produzir nas escolas um processo educativo inclusivo, um processo que pressupõe o reconhecimento de diferenças, afirmação de cidadania e equiparação de oportunidades e direitos, com ênfase em uma visão de Direitos Humanos para todos os cidadãos, sejam eles com ou sem deficiências, independente da cor ou sexo. Sabemos que isso não é tarefa fácil, é necessário percorrer um caminho longo para garantir essas inclusões, mas já obtivemos um grande avanço nas escolas, ao observando a realidade de meu município no interior, tenho observado na escola de minha cidade e como ajuda utilização das novas tecnologias, quanto se faz importante para o conhecimento de seus educandos, nela há um laboratório de informática e sala de múltimeios equipada, computadores com internet, televisão e outros equipamentos, que auxiliam os professores em suas ações pedagógicas levando seus alunos ao amplo universo do conhecimento, mesmo dentro da sala de aula, VALENTE (1997) diz que com o computador o aluno pode construir algo palpável e significativo, ampliando dimensões afetivas e valorativas. Logo se percebe que é necessário que os professores estejam preparados para manusear essas ferramentas, é preciso investir na formação dos mesmos para que possam assumir novas competências nessa sociedade, é uma forma de corrigir essa lacuna deixada na educação. Para MERCADO (2002) “não basta colocarmos a disposição só o computador, é preciso preparar este professor, respeitar o seu tempo e fazer com que ele entenda o porquê de uma nova ferramenta de trabalho” (p. 136). Essa mudança da prática, com a introdução da tecnologia digital nas escolas, traz uma abertura aos espaços e contexto em que estão inseridos, amplia e traz novos saberes sem, abandonar os conhecimentos acumulados longo do desenvolvimento da humanidade, transformando-os de maneira dinâmica e criativa, os conhecimentos de senso comum em conhecimentos científicos. 
 Outro grande desafio é desenvolvermos por meio da inclusão, os trabalhos de equiparação de oportunidades, preparar a sociedade para adaptar-se aos diferentes e permitir aos sujeitos com alguma deficiência, prepararem-se para assumirem seus papéis na sociedade, é preciso preparar professores com a formação continuada para trabalhar com alunos da educação especial, procurando uma educação que não haja só interação, mas que permita aos alunos com deficiência, seus direitos e que deem suporte, instrumentos que garantam aos mesmos o acesso imediato a todo e qualquer recurso da comunidade, para isso, é necessário que as diferentes instâncias de nossa sociedade (família, escola, comunidade), andem juntas e conscientizem-se sobre o fato de que a pessoa com deficiência é um cidadão como qualquer outro, com os mesmos direitos de determinação e uso das oportunidades disponíveis na sociedade, independente de sua deficiência merecem e devem ser incluídas, respeitadas e valorizadas por todos. As escolas contribuem muito para a inclusão dos alunos que necessitam da educação especial, sabe-se que a convivência das crianças com deficiência no âmbito escolar possibilita o desenvolvimento social e acadêmico, proporcionado para todos com e sem necessidades educacionais especiais, a prática saudável educativa da convivência na adversidade e no exercício das relações interpessoais, é caminho para ato de democracia e da cidadania. De acordo com o Ministério da educação, em relação à importância dessas instâncias andarem juntas rumo à inclusão:
 A família é o primeiro espaço social da criança, no qual ela constrói referências e valores e a comunidade é o espaço mais amplo, onde novas referências e valores se desenvolvem. A participação da família e da comunidade traz para a escola informações, críticas, sugestões, solicitações, desvelando necessidades e sinalizando rumos. Este processo,resignifica os agentes e a prática educacional, aproximando a escola da realidade social na qual seus alunos vivem. (2004, pag. 09).
 
 É necessário que a escola mude seu paradigma educacional, se reorganize e oportunize para as crianças, com necessidades especiais ou deficiência, que se relacionem com outros alunos, desenvolvendo suas potencialidades e sentindo-se incluídas, não excluídas no processo ensino-aprendizagem. Um processo que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas com necessidades educativas especiais e que abrange os diferentes níveis e graus de seu sistema de ensino. 
 Outro assunto muito importante como os demais citados aqui, é as relações étnico-raciais, o racismo na sociedade vem tomando proporções extremamente alarmantes em nosso país a qual as práticas de intolerância são manifestadas constantemente no meio social de diferentes maneiras possíveis, vemos isso nas manchetes dos jornais, nos campos de futebol, no nosso dia a dia, nas escolas, enfim, em todo lugar é necessário lutar e reivindicar mudanças e respeito ao próximo, fazendo valer o direito de igualdade para todos, principalmente nas escolas que é um espaço de formação e informação. Ela detém um poder ideológico profundamente privilegiado pela sua atuação sistemática que é obrigatória e significativa para seus alunos, tendo condições de oferecer uma visão crítica e ampla da realidade. Como destaca MUNANGA:
A educação escolar deve ajudar professor e alunos a compreenderem que a diferença entre pessoas, povos e nações é saudável e enriquecedora; que é preciso valorizá-la para garantir a democracia que, entre outros, significa respeito pelas pessoas e nações tais como são, com suas características próprias e individualizadoras; que buscar soluções e fazê-las vigorar é uma questão de direitos humanos e cidadania. (2005, pag. 189).
 
 A educação das relações étnico-raciais tem como objetivo formar cidadãos dispostos a propiciar a igualdade social, um dos avanços é a LDB já apontar a necessidade de incluir no currículo escolar a História e a Cultura Afro-Brasileira, a Lei 10.639/03 veio reforçar e exigir das instituições de ensino um posicionamento efetivamente concreto e eficiente em relação ao assunto abordado, como forma de proporcionar aos alunos uma visão ampla e realista, sobre a formação do povo brasileiro, levando professores e alunos a discutir continuamente sobre a temática da diversidade étnico-racial presente no espaço escolar (SILVA JUNIOR, 2002). É importante que a educação identifique as diferenças e as articulem com as práticas pedagógicas, promovendo a igualdade necessária para o sucesso escolar dos alunos. Cabe aos profissionais ligados à educação uma “reciclagem” de conhecimentos, é dever de o educador pesquisar sobre a temática racial e ampliar a consciência da realidade brasileira e colocar em discussão a questão africana e afro-brasileira em sala de aula, de uma forma crítica e pedagógica. A situação racial é uma questão é algo que atinge toda a sociedade, independentemente da etnia ou do sentimento de pertencimento étnico-racial.
 Hoje é necessário mudança e ações nas escolas e professores, para que não somente estejam preparados aos desafios da sala de aula, mas nas suas condições para desenvolver o processo de ensino inclusivo e em seu desenvolvimento de capacidade de tornar consciente da atividade de ensinar, dentro e fora delas, docentes sempre desempenham um papel muito importante na educação, contribui no desenvolvimento psicossocial do se humano, ele transmiti saberes e aprende com seus alunos, não é uma tarefa fácil, isso exige dele uma contínua recriação do olhar sobre seu trabalho pedagógico diário também é preciso que o professor acredite que incluir é destruir barreiras e que ultrapassar as fronteiras é viabilizar a troca no processo de construção do saber e do sentir, em acordo com Silva (2009), “que com a educação inclusiva sejam abandonadas definitivamente as barreiras seletistas de aprendizagem” e que o meio social se adapte ao aluno incluído ao invés de buscar-se que o estudante se adapte à sociedade, assim ele exercerá seu papel fundamental, para assegurar a educação inclusiva a todos, semeando assim um futuro que sugerirá menos discriminação e preconceitos, mais comunhão de esforços na proposta de integrar e incluir. É preciso à participação de todos envolvidos com a escola, ela influência é influenciada, seu ambiente interno está intimamente relacionado ao ambiente externo, no qual a escola está inserida, talvez seja o único espaço social em que podemos atuar com o conhecimento como forma de crescimento pessoal e desejo de mudança para um país realmente sem nenhum preconceito e aceitação das adversidades, de considerar e colocar em prática que, ampliar o conhecimento pessoal é o meio para se lidar melhor com o próprio conhecimento, um espaço de convivência e autonomia que lhe permite, frente a todas as adversidades, construir práticas que favoreçam e contribuam, dentro de limitações que precisam ser combatidas diariamente, com a construção de processos de ensino que favoreçam efetiva formação básica a todos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
 Em suma, a educação têm um trabalho amplo e grandes desafios, entre eles a busca incessante por novos saberes dos docentes, entre eles o avanço do uso de novas tecnologias nas escolas se faz necessário que o mesmo esteja preparado para manuseá-las, elas auxiliam no processo de ensino e aprendizagens, as tecnologias estão muito avançadas e são um fato real na sociedade e que a escola já não pode negar e nem fingir que não existe. Os professores, na era da informação, precisam buscar sempre o aperfeiçoamento e a abertura para as novas tecnologias em prol da educação, pois de nada adianta um laboratório de informática bem estruturado na escola se não houver uma utilização adequada. A formação em novas tecnologias permite que cada professor perceba, desde sua própria realidade, interesses e expectativas e como as tecnologias podem ser úteis a ele. 
 Que os desafios da verdadeira inclusão de todos é grande é necessário que as diferentes instâncias de nossa sociedade (família, escola, comunidade), andem juntas e conscientizem-se sobre o fato de que todos, com ou sem deficiência, independente de cor ou sexo somos cidadãos como qualquer outro, com os mesmos direitos de determinação e uso das oportunidades disponíveis na sociedade, e só poderemos combater qualquer tipo de preconceito se primeiro nos conscientizarmos que essa atitude só nos ridiculariza e minimiza como seres humanos, nos fazendo incapazes de respeitar e enxergar o outro. Isso precisa mudar, a escola é melhor lugar para iniciar essa mudança e conscientização, todos envolvidos com na escola devem trabalhar rumo à inclusão total dos sujeitos, auxiliando no desenvolvimento humano e conscientizando seus alunados e profissionais que somos diferentes sim, cada um tem suas particularidades, mas todos somos cidadãos com direitos e deveres em um país que é para todos, por isso ninguém deve ser excluído do convívio humano. Sabe-se que o professor que trabalha com a inclusão é um articulador no processo de formação cultural que se dá no interior da escola. Ele leva seus alunos a terem uma nova visão de mundo, afim que eles possam fortalecer o elo familiar e comunitário auxiliando no processo de cidadania, igualdade e conhecimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
ANGOTTI, Maristela, O trabalho docente na Pré-escola: Revisando teorias, Descobrindo Práticas. São Paulo, Pioneira Thomson Learnjng, 2003.
MERCADO, Luís Paulo Leopoldo (org.).(2002) Novas tecnologias na educação: reflexões sobre a prática. Maceió: EDUFAL
GBRASIL. Ministério da Educação. Educação inclusiva: a fundamentação filosófica. Brasília; 2004. Acesso em: 10 março 2015. 
MUNANGA, Kabengele. Superando o Racismo na escola. 2ª edição revisada– [Brasília]: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
SILVA LMda. Educação inclusiva e a formação de professores. 2009. 90 f. Monografia apresentada como pré-requisito para conclusão do Curso de Especialização Latu Sensu à distância em Educação Profissional e Tecnológica Inclusiva, Estado do Mato Grosso – Campus Cuiabá – Octayde Jorge da Silva. Cuiabá, 2009.
Superando o Racismo na Escola - Ministério da Educação
portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/racismo_escola.pdf acessado: 11/03/2015 
SILVA JUNIOR. H. Discriminação Racial nas Escolas: Entre a Lei e as Práticas Sociais. Brasília: Unesco, 2002.
VALENTE, J.A. org.(1997a) liberando a mente: Computadores na Educação Especial. Campinas. Gráfica da UNICAMP, 1997.

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