Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DA REGIÃO SUL PRAÇA DO IRÓ PRAÇA DO VILLA PRAÇA DOS MOLHES ANÁLISES PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker A área em estudo localiza-se no bairro Mar Grosso, Laguna – SC, tendo surgido entre o final do século XIX e o início do século XX com as primeiras casas próximas ao ‘Ponto Final’. Por ser um bairro de forte caráter turístico, com diversas atividades sazonais a ocupação das praças – Praça do Molhes, Praça do Villa; fica mais evidente no período de temporada ou nos eventos da Cidade como Moto Laguna e Carnaval. No restante do ano o uso é feito prioritariamente por moradores do bairro, inclusive estudantes da UDESC. Através de métodos de análise, entrevistas com usuários e da percepção própria foram comtemplados os seguintes quesitos: Fluxos e deslocamento, Usos e apropriação do espaço, Estruturas existentes, Topografia, Vegetação, Drenagem, Conforto ambiental. Daí então, fica possível perceber como os espaços estão sendo usados, se estão sendo usados, quais as necessidades para qualificá-los, os problemas mais agravantes ao uso e apropriação. O material coletado irá auxiliar na próxima etapa deste trabalho, onde de acordo com o levantamento e aspirações dos usurários será proposta uma intervenção paisagística para orla e praças. http://andreypestana.com.br/wp-content/uploads/2013/09/MAR-GROSSO.jpg CONSIDERAÇÕES INICIAIS 2/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker O fluxo se concentra em sua maioria na Avenida João Pinho e principalmente em período de veraneio na Avenida Rio Grande do Sul, avenida essa que beira a praia do Mar Grosso que é local da presente análise. As demais vias do bairro servem principalmente como ligação da Avenida João Pinho que concentra maior parte do comércio e a praia, essas vias também podem ser consideradas de acesso aos prédios residenciais localizados entre as avenidas. A linha de transporte coletivo oferecida pela cidade de Laguna a esse bairro é a Mar Grosso que percorre a avenida João Pinho e Senador Gallotti, o ônibus sai da rodoviária em direção ao bairro com um intervalo médio de 20 minutos, a linha completa seu trajeto no bairro Cabeçudas, retornando logo após à praia do Mar Grosso. Outra opção pra quem deseja acessar o bairro é pela rua Moreira Gomes, com a linha de ônibus chamada Circular. O percurso após o desembarque do ônibus até a praia é concluído a pé. Durante o verão esse trajeto de ônibus é frequentemente utilizado pelos moradores de outros bairros da cidade que optam pelo uso do transporte coletivo para chegar até essa praia. O lazer oferecido pelas praças em análise não é o foco principal deste deslocamento. Como citado no item transporte coletivo, os usuários que se deslocam até o Bairro tem preferência na utilização da orla na prática do lazer e caminhadas. Utilizando como exemplo dentre as praças analisadas a praça do Villa é a mais utilizada pelos moradores locais, por apresentar alternativas de lazer como: a bocha, a academia de idosos e o playground. Fonte: http://onibusbrasil.com/foto/2122007 Praça do Villa. Acervo da equipe Praça dos Molhes. Acervo da equipe TRANSPORTE COLETIVO PERCURSOS E PEDESTRES 3/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker Através do Manual: Promovendo acessibilidade espacial nos edifícios públicos (Programa de Acessibilidade às Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida nas Edificações de Uso Público) obteve-se informações para que a análise da acessibilidade da Praça dos Molhes, Praça do Villa e Praça do Iró fosse possível. De acordo com informações do manual. A Constituição Brasileira de 1988 garante o direito de igualdade a todos os cidadãos sem nenhuma forma de discriminação. Entre esses cidadãos, encontram-se as pessoas com algum tipo de deficiência, que, segundo o Censo realizado em 2000 são 24,5 milhões de brasileiros e representam 14,5% de nossa população. A análise se estrutura na seguinte tabela: ACESSIBILIDADE 4/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker APLICANDO O MÉTODO A seguinte planilha com autoria de Marta Dischinger, Vera Helena Moro Bins Ely e Sonia Maria Demeda Groisman Piardi, foi adaptada mantendo apenas algumas questões das que se enquadram no tema de análise, as praças. Nessa planilha é possível conferir os itens de acessibilidade existentes nas praças de acordo com as perguntas feitas e assim considerá-la apropriada ao uso por deficientes e/ou pessoas com restrição. A tabela se desenvolve a partir de quatro pontos, são eles: Orientação Espacial, Comunicação, Deslocamento e Uso. Através dessa análise é possível observar a má conservação das praças e destacar que tanto deficientes quanto pessoas com restrição (ex: idosos) teriam grande dificuldade de circulação segura, principalmente na praça do Iró, que não possuí estrutura alguma que atenda a esse tipo de necessidade. A praça do Molhes apresenta melhores condições de circulação por se tratar de uma praça seca, com escasso mobiliário e com o chão completamente coberto por piso intertravado. 5/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker USOS ATUAIS E APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO PERMEABILIDADE VISUAL A permeabilidade visual pode ser definida pela possibilidade de acesso, a conexão de um meio a outro, através da existência de aberturas, obstáculos e continuidades. A permeabilidade envolve duas esferas: a urbana e a arquitetônica. Em consideração da permeabilidade arquitetônica Bentley et al. (1985) determina dois níveis: permeabilidade física e permeabilidade visual. A interação entre os espaços públicos e privados não ocorrem apenas entre os limites físicos entre o entre eles. A permeabilidade visual permite que as atividades desenvolvidas tanto nos edifícios ou fora deles, interajam mesmo que de maneira apenas visual. 2. METODOLOGIA 2.1 - Iniciou-se a análise primeiramente na situação em relação ao lote. Para estes foram considerados: •Lote em uso (LU) •Lote com edificação abandonada (LEA) •Lote sem edificação (LSE) •Lote com construção em andamento (LCA) •As áreas livres, por não apresentarem edificações, foram consideradas como lote sem edificação. 2.2 - Posteriormente a análise de permeabilidade visual,classificando- as como: •IAV - Interface com alta visibilidade - são locais sem muro, ou com cercas ou grades permeáveis ou ainda sem vegetação, ou com vegetação que não bloqueie a visibilidade e a combinação entre eles, ou seja, elementos que não comprometem a visibilidade da fachada; •IMV - Interface com média visibilidade - são as divisórias do espaço público com o privado, que contenha a combinação de muros e grades permeáveis ou com vegetações de média densidade; •IBV - interface com baixa ou nula de visibilidade - considera-se muros altos, sem grades, ou seja, opacos, ou cercas vivas com vegetação densa, vegetação esta que cobre a visibilidade da área. Edificações das ocorrências estudadas, que exemplificam: a) Interface com alta visibilidade (IAV); b) Interface com média visibilidade (IMV); c) Interface com baixa ou nula visibilidade (IBV). (VIVAN, 2012) Quanto a localização de atividades do edifício, qual a sua ocorrência no meio urbano, segundo Bentley et al. (1985), estabelece-se dois níveis de observação: nos pavimentos mais próximos do espaço urbano e naqueles estabelecidos no restante dos pavimentos. Pois a co-participação no ambiente urbano é maior nos usos dos pavimentos mais próximos ao espaço urbano. A ausência de uso ou usos secundários nos pavimentos térreos e mezaninos constitui um caráter negativo das atividades desenvolvidas na área. Por isso é necessário a avaliação do uso desenvolvido no pavimento térreo da edificação. •Será adotado como pavimento térreo aquele se encontra no mesmo nível da rua. Será analisado: •O uso do edifício, em relação a área analisada; •O uso do pavimento térreo, em relação a área analisada. Esse levantamento servirá para fornecer informações como: a variedade ou não da área e a presença ou ausência efetiva do uso do pavimento térreo. •Para análise de uso do pavimento térreo irá adotar-se “em uso” para os que possuírem uso no pavimento térreo (habitação, comércio, serviços). E “sem uso” para aqueles que apresentam ausência de uso ou presença apenas de uso de apoio à atividade principal (garagem, subestação, acesso, lazer). Terrenos vazios ou com edificações abandonadas serão considerados sem uso. 6/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker 7/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker 8/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker 9/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker 10/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker A permeabilidade visual entre a edificação e o espaço da rua estão geralmente relacionados à segurança, locais com edificações com menos permeabilidade visual (muros cegos ou com vegetação que impossibilita a visão, fachadas com pouca ou nenhuma janela e ruas com grande quantidade de terrenos vazios ou edificação abandonada) tende a gerar um ambiente mais vulnerável e inseguro. É, de certo modo, algo intuitivo também, pois há essa sensação de insegurança em locais que contenham estas configurações, pois se algo acontecer não tem-se por quem chamar socorro ou que possa ajudar. Em uma das pesquisas tidas como base nesta análise, constatou-se em número quantitativos o aumento da ocorrência de crimes em regiões com configurações menos permeáveis. É também de se pensar que ao mesmo tempo que uma edificação tem pouca permeabilidade com o meio urbano, torna o meio urbano mais vulnerável, ele isolando-se torna seu espaço interno vulnerável tanto quanto o externo. O uso do entorno também é importante. Segundo Jacobs, o sucesso ou fracasso de parques de bairro depende do tipo de uso do solo existente ao seu redor. A diversidade de usos e de pessoas gera necessidades e horários distintos, deste modo o parque torna-se habitado em diferentes horas do dia e da noite. “A variedade de usos dos edifícios propicia ao parque uma variedade de usuários que nele entram e dele saem em horários diferentes. Eles utilizam o parque em horários diferentes porque seus compromissos diários são diferentes. Portanto, o parque tem uma sucessão complexa de usos e usuários. (Jacobs, 2001, p. 105)” O fato de uma área ser em sua maioria residencial não é totalmente negativa, pois o repouso, a privacidade e o silêncio que são geralmente qualidade procuradas na atividade habitar. Como resultado tem-se a tranquilidade que a monofuncionalidade gera. Um parque e o seu entorno bem integrado pode oferecer também maiores possibilidades de interação e utilização, estimula a copresença de pessoas com diferentes níveis sociais, etnias, culturas e origens. Nessa categoria também encontra-se o fato do pavimento térreo, que tem como caráter urbano a proximidade que ele provoca nesse espaço, como por exemplo facilidade de acesso e visualização. Os pavimentos térreos que são ausentes de uso ou são de uso de apoio às atividades principais do edifício como garagem, subestação, gerador (encontrado principalmente nos edifícios residenciais multifamiliares), dificultam essa interação. USOS ATUAIS E APROPRIAÇÃO DO ESPAÇO CONCLUSÃO Nas praças em estudo por estarem em áreas predominantemente residenciais e com interface média de permeabilidade, dificulta as interações, aliadas também ao fato da Praça do Molhes e a Praça do Iró não apresentarem elementos e mobiliários o suficiente para que gerem ao menos apropriação. Por isso, seria interessante buscar meios que aumentem as interações, o uso e apropriação do espaço, mais vitalidade e segurança aos usuários. Praça do Iró . Acervo da equipe Praça do s Molhes . Acervo da equipe 11/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker O levantamento de equipamentos urbanos considerou toda a orla do Mar Grosso e mais especificamente as praças em estudo: Praça do Molhes, Praça do Villa e Praça Francisco Pinho. Tendo em vista o conceito de que que equipamento urbano é - segundo a NBR 9284: “todo bem público ou privado, de utilidade pública, destinado a prestação de serviços necessários ao funcionamento da cidade, implantados mediante autorização do poder público, em espaços públicos e privados.” São categorias: circulação, transporte, cultura, religião, infraestrutura, saneamento, abastecimento, administração pública, educação, saúde, assistência social. Serão verificados nesses casos os equipamentos presentes no espaço de estudo, e se a área de influência destescorresponde ao recomendado; tendo como referência: Adrian Pitts, Planning Design Strategies. A distribuição equilibrada dos equipamentos comunitários é fundamental para sua sustentabilidade. A localização de cada equipamento deve obedecer a critérios de acessibilidade fundamentados na abrangência do atendimento social em relação à moradia e nesse caso às praças. F o n te : A rq u iv o p e ss o a l. F o n te : A rq u iv o p e ss o a l. Câmera Rede de iluminação Rede de água Equip.Privado P1 P2 P3 Segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) considera-se mobiliário urbano “todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados mediante autorização do poder público em espaços públicos e privados”. São objetos em diferentes escalas, componentes da paisagem urbana, presentes no espaço público com a finalidade de auxiliar na prestação de serviços, na segurança, orientação e no conforto dos usuários. Deve-se considerar que a qualidade do espaço projetado está ligada ao atendimento das necessidades dos usuários, e portanto, a qualidade estética, funcional e organizacional do mobiliário urbano. Para verificar esses fatores, serão utilizados dois métodos. ENTENDENDO O MÉTODO 1 Baseia-se em Szücs et. Al (2000), segundo a tese de Vanessa Goulart Dorneles, e visa classificar os elementos do mobiliário de acordo com sua função, através de quatro categorias: • Orientação/Informação: atendem necessidades pontuais, momentâneas e/ou diversificadas, servindo como referencial urbano de forma direta ou não.Exemplos: Monumentos e Placas. Nesse caso as próprias praças servem como referência e foram identificados nelas poucos elementos; a maioria destes estão presentes no passeio da orla. F o n te : A rq u iv o p e ss o a l. EQUIPAMENTOS URBANOS MOBILIÁRIOS ESTRUTURAS EXISTENTES 12/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker • Lazer e Cultura: estes estão relacionados as necessidades lúdicas, sensoriais e psicológicas do usuário. Exemplos: fontes, floreiras, bancos, mesas, monumentos. ** ** ** ** ** * * A falta de padronização é um obstáculo para a criação de uma identidade, tanto ao longo da orla quanto nas praças. Isso fica bastante evidente na Praça do Villa, que mesmo sendo a mais utilizada não conta com uma identidade própria e nem atende a uma questão estética. * Praça do Molhes ** Praça do Villa F o n te : A rq u iv o p e ss o a l. • Comércio: são nada mais que equipamentos de vendas, promoção e divulgação de produtos oferecidos; de caráter público ou privado. Exemplo: quiosques de diferentes tipos. Presentes sobretudo na alta temporada, de caráter temporário; ainda que existam alguns fixos. A maior parte está na Praça do Villa e Praça do Molhes, onde a concentração de pessoas é maior. F o n te : A rq u iv o p e ss o a l. ENTENDENDO O MÉTODO 2 Esse tem base no artigo de Naiana John, que chama-se Percepção, Estética e Uso do Mobiliário Urbano; e põe em questão a ordem e complexidade do espaço através da composição. Para Ribeiro et. al. (2008) a disposição inadequada do mobiliário urbano é considerada uma barreira à utilização dos espaços públicos, ressaltando, desta forma, que além da adequação à atividade específica para o qual se destina, o mobiliário urbano deve também se adequar ao uso dado ao espaço aberto público. 13/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker F o n te : A rq u iv o p e ss o a l. Percebe-se que por não haver mobiliário em excesso, ao contrário, há muitas vezes falta de mobiliário, os existentes estão configurados de modo alinhado. Permitindo assim, a passagem em sua maioria sem obstrução e bem demarcada pela pavimentação. O espaço apresenta ‘ordem’. Há um nível de maior ‘complexidade’ na Praça do Villa que conta com um parque infantil. Ainda que o espaço possa sem entendido com facilidade é possível questionar a questão estética, sobretudo pelo falta de identidade. Baseada na Dissestação de Pós-ARQ, de autoria de Lucia Fernandes Santos – também usada na análise de conforto, e no conceito de Beautification a cidade deve levar em conta o conforto visual do usuário, além de sua segurança. Já que a iluminação está de fato ligada a estes, ao embelezamento e as sensações. Ou seja, aqui há um déficit nesse quesito. Quanto a iluminação artificial é perceptível que se faz mais presente na área central da orla, posteriormente na Praça do Molhes e P. Francisco Pinho, que por consequência se torna uma área menos segura – segundo os usuários. Em toda orla faz-se uso de uma câmera de segurança; também segundo as entrevistas a falta de movimento em algumas áreas torna a área mais vulnerável e portanto ainda mais subutilizada.Fo n te : A rq u iv o p e ss o a l. As três áreas em estudo: Praça do Molhes, Praça do Villa e Praça Francisco Pinho encontram-se cercadas prioritariamente por edifícios de 5 a 6 pavimentos. São construções contemporâneas, de pouco ou nenhum valor arquitetônico. A maior concentração de edificações fica próxima a Praça do Villa e são de residências. As demais praças são mais abertas, inclusive por serem maiores. É comum o uso de pastilhas, cerâmicas e vidro no revestimento dos prédios. As poucas edificações baixas ainda presentes estão em lotes relativamente grandes. Essas características se mantém no entorno imediato de cada praça, até chegar a Avenida principal do bairro; logo após é permitido que se construa edifício de mais andares, diferente da orla; e não chegam a ser um fator negativo para o uso destas.Fo n te : A rq u iv o p e ss o a l. EDIFICAÇÕES EXISTENTES ILUMINAÇÃO E SEGURANÇA MOBILIÁRIOS 14/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker 15/28 ¨Formas específicas desempenham um papel importante no controle dos fluxos de água e energia. Entretanto, paisagens projetadas somente para servir aos processos naturais falharão como ecossistemas humanos.¨(AFONSO, Sonia,2002) Ao se referir a topografia da paisagem, Sonia Afonso (2002), descreve que quando a paisagem é projetada somente para uma finalidade, uma outra acabara não tendo um melhor desempenho. Alguns exemplos são áreas com lagos, rios e pequenos canais que foram projetados naturalmente para drenar águas superficiais e que se essa região for ser usada para o ecossistema humano, acontecera que ambos não terão uma boa eficiência. No caso da região a ser feita a intervenção, as modificações após a ocupação da região não apresentaram nenhuma grande diferença em relação à topografia original, que é predominantemente plana, tendo como cota média 4 metros em relação ao nível do mar. PROBLEMAS E POTENCIAIS Ao observar a região percebesse que quando se temuma topografia quase que plana tem que se pensar bem na sua infraestrutura, por exemplo, no que diz respeito a drenagem de águas superficiais que quando não são bem executadas ou sem manutenção adequada acaba por causar problemas para a população. Em contrapartida a acessibilidade tem grande potencial, pelo fato de não ter grandes obstáculos para tornar a intervenção acessível a quaisquer pessoas limitações. Como potenciais devido a região de intervenção não apresentar nenhum grande declive ou aclive. Mapa de topografia TOPOGRAFIA Praia do Iró. Fone: http://jp-viagensecaminhos.blogspot.com.br/2011 Vista da cidade Fone: http://jp-viagensecaminhos.blogspot.com.br/2011 Praia do Mar grosso Fone: http://jp-viagensecaminhos.blogspot.com.br/2011 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker Arquivo Pessoal: Giovana Gâmbaro Stecanella Legenda: Panorâmica da Praça Francisco Pinho Arquivo Pessoal: Giovana Gâmbaro Stecanella Legenda: Panorâmica da Praça do Villa Arquivo Pessoal: Giovana Gâmbaro Stecanella Legenda: Panorâmica da Praça do Molhes MÉTODO DE ANÁLISE As áreas de dunas próximas a Praça Francisco Pinho, são as que possuem vegetação nativa de hábito arbustivo e rasteiro, em maior abundância. Mas sua relação com o meio construído é de tamanho contraste, pois as pouquíssimas espécies encontradas entre as dunas e os prédios são de plantas invasoras . A região da Praça do Villa apresenta pouco desnível topográfico com relação a praia, e tem como limitante da paisagem natural , os prédios de quatro e até cinco pavimentos. Neste local não existe vegetação de transição, sendo possível notar apenas árvores invasoras, com o objetivo sombreamento de áreas mais frequentadas . Na Praça do Molhes, a vegetação é restrita entre as encontradas em toda a Orla da Praia, estando presente até três espécies nativas e uma invasora. Esta é uma área com nenhum sombreamento arbóreo e com alguns bancos. Esta praça contrasta não somente com as dunas , mas com toda paisagem natural ao seu redor . Fonte: Google Earth - Relação Espaço Natural e Espaço Construído - O Artigo A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO NO CLIMA URBANO: UM EXERCÍCIO ANALÍTICO SOBRE A AVENIDA PARALELA de Ana Christina Neves Alves; Telma Côrtes Quadros de Andrade e Jussana Maria Fahel Guimarães Nery utilizaram de zoneamento tipológico e representação em perfil das áreas, para análise . Fonte: ARTIGO - A INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO NO CLIMA URBANO: UM EXERCÍCIO ANALÍTICO SOBRE A AVENIDA PARALELA MÉTODO APLICADO Para elaboração deste método, foram tiradas fotografias panorâmicas das áreas selecionadas para a análise de relação entre espaço construído e espaço natural. Oque condiz com os desenhos em perfil do método exemplo. VEGETAÇÃO EXISTENTE 16/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker ESPÉCIE FAMÍLIA HABITO FREQUÊNCIA Butaparon portulacoides (A. St.-Hil.) Mears Amaranthaceae Erva Muito Abundante Ipomoea pes-caprae (L.) R. Br. Convolvulaceae Erva Prostrada Muito Abundante Polygala cyparissias A. St.-Hill. & Moq. Polygalaceae Subarbusto Abundante Varronia curassavica Jacq Boraginaceae Arbusto Fanerofítico Pouco Frequente Hydrocotyle bonariensis Lam. Araliaceae Erva Muito Abundante Opuntia monacantha (Willd.) Haw Cactaceae Arbusto Fanerofítico Raro Lantana camara L. Verbenaceae Arbusto Fanerofítico Pouco Frequente Ludwigia elegans (Cambess.) H. Hara Onagraceae Erva Muito Raro Spartina ciliata Brongn. Poaceae Erva Muito Abundante MÉTODO DE ANÁLISE Para a identificação das plantas levantadas na Orla do Bairro Mar Grosso, em específico, a região das praças em estudo, foi utilizado como base de desenvolvimento o artigo LENATAMENTO DA VEGETAÇÃO VIXADORA DAS DUNAS DE ALGODOAL-PA elaborado por João Ubiratan M. dos Santos e Carlos da S. Rosário. Foi efetuado um levantamento “in loco” nas áreas estudadas, com o recolhimento de amostras das espécies. Em seguida estas foram identificadas e conceituadas quanto ao grau de abundância nas localidades. Posteriormente, foi feita uma média da ocorrência, que foi projetada na escala de Oosting(1951): Muito raro; Raro; Pouco frequente; Abundante; e Muito abundante. Por fim, foi realizado um comparativo entre as espécies encontradas nas dunas de Algodoal-PA com as espécies encontradas na restinga de outros Estados. MÉTODO APLICADO As espécies de plantas foram levantadas no entorno das Praças Francisco Pinho, Praça do Villa e Praça do Molhes. Cada planta foi fotografada e identificada com pesquisa realizada no site Flora Digital, que contem um acervo de plantas da restinga de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. As não identificadas nesse site foram encontradas no livro Plantas Tropicais de Juliana Vilaça Em seguida foi elaborada uma tabela com todas as espécies, suas famílias, hábitos e frequência de ocorrência nas áreas estudadas. Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3 Imagem 4 Imagem 5 Imagem 6 Imagem 7 Imagem 8 Imagem 9 ACERVO PESSOAL: IMAGENS 1 a 9 - levantamento das espécies - VEGETAÇÃO EXISTENTE 17/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker - levantamento das espécies - VEGETAÇÃO EXISTENTE ESPÉCIE FAMÍLIA HABITO FREQUÊNCIA Butia catarinensis Noblick & Lorenzi Arecaceae Palmeira Abundante Kalanchoe Fedtschenkoi (invasora) Crassulaceae Subarbusto Muito Raro Terminalia catappa (invasora) Combretaceae Árvore Pouco Frequente Stenotaphrum secundatum (invasora) Poaceae Gramado Abundante Carpobrotus edulis (L.) N. E. Br. (invasora) Aizoaceae Subarbusto Raro Gaillardia (invasora) Asteraceae Subarbusto Raro Yuca elephantipes (invasora) Asparagaceae Arbusto Pouco Frequente Casuarinaceae Gymnostoma (invasora) Casuarinaceae Abundante CONCLUSÃO A maioria das espécies levantadas, são plantas nativas fixadoras de dunas . Estas dunas tem formação devido o solo arenoso, influência do forte vento e ondas altas. A vegetação tem como função fixar as dunas e impedir que avancem para as áreas construídas. Devido as aves migratórias e influência do homem também são encontradas espécies invasoras, que desempenham funções como barragem de vento, sombreamento de áreas mais frequentadas e embelezamento da paisagem. Imagem 10 Imagem 11 Imagem 12 Imagem 13 Imagem 14 Imagem 15 Imagem 16 Imagem 17 ACERVO PESSOAL: IMAGENS 10 a 17 ESPÉCIES ADEQUADAS PARA A REGIÃO Outras espécies para serem implantadas nessa região, seria vegetação de restinga de outras regiões do país. Com características de adaptação a solos secos e grande resistência a fortes ventos, como arbustos de folhas mais grossas e árvore s de folhas com mais cera. Assim as plantas transpiram menos, concentram água por mais tempo e resistem as elevadas temperaturas. Arquivo Pessoal: Giovana Gâmbaro Stecanella Legenda:Fixação das dunas pelas plantas nativas 18/28 Solo compactado: a simulação no solo compactado foi efetuada para se ter um parâmetro das condições de pré-urbanização do local de teste. Pavimento Impermeável: apresentou coeficiente de escoamento de 44% superior ao da simulação no solo compactado. Pavimentos semi-permeáveis (Bloco de Concreto) apresentou coeficiente de escoamento de 22% superior ao da simulação no solo compactado. Pavimentos semi-permeáveis: (Paralelepípedo) apresentou coeficiente de escoamento de 11% superior ao da simulação no solo compactado. Pavimentos permeáveis: (Bloco Vazados): apresentou coeficiente de escoamento de 0,05% superior ao da simulação no solo compactado. Pavimentos permeáveis: (Concreto Poroso) apresentou coeficiente de escoamento de 0,01% superior ao da simulação no solo compactado. Como resultado das analises dos diferentes tipos de pavimento temos, o concreto poroso como sendo o melhor tipo de pavimento pois não ocorre escoamento superficial, porem esse tipo de pavimento deve ser utilizado em estacionamentos para veículos leves e calçadas, apresenta um custo mais elevado e necessita de manutenção para a limpeza dos poros . A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker Para analisar qual o melhor tipo de pavimento e qual o melhor sistema de drenagem a ser utilizado para melhorar o escoamento pluvial da orla e das praças analisadas, foi considerado o método presente no artigo, (Analise de viabilidade para uso de pavimentos permeáveis como dispositivo de controle de escoamento superficial, Juliane Vier Vieira; Sandro Rogério Lautenschlager; Jesner Sereni Ildefonso; Cristhiane Michiko Passos Okawa; Andréa Sartori Jabur) e os dados obtidos na analise do artigo (Avaliação da eficiência dos pavimentos permeáveis na redução de escoamento Superficial, Paulo Roberto de Araújo, Carlos E. M. Tucci e Joel A. Goldenfum) No primeiro artigo a analise de viabilidade demonstra que são diversos os fatores que influenciam na escolha incluindo o tipo de solo, tráfego que será submetido, altura do lençol freático, capacidade de infiltração do solo, entre outros e que a escolha poderá ser feita através de um fluxograma contendo questionamentos sobre as características do local e do uso do pavimento. Respondendo ao questionário temos como resultado o uso de pavimento com reservatório e superfície permeável, pois para nossa área de analise o lençol freático esta a baixa profundidade com relação ao pavimento, característica essa de grande importância pois diversos sistemas de controle de escoamento não são eficientes quando o lençol freático é baixo. Portanto a infiltração não é propicia para esse tipo de solo. Existe sim a possibilidade de construir um exutório (local para onde é drenada a agua temporariamente). E para as três ultimas perguntas a resposta é não. O melhor sistema de drenagem seria portanto o apresentado abaixo. Figura 2: Com relação aos tipos de piso e revestimento, tomamos os resultados obtidos no segundo artigo que analisou diferentes tipos de piso, permeável e impermeável quanto a eficiência na absorção das aguas escoadas. Para os pisos analisados foi feito o sistema de drenagem apresentado na figura 2 mais sem a camada impermeabilizante do reservatório, sendo um sistema de infiltração total onde a única maneira da água sair do reservatório de pedras é através da infiltração para o subsolo. Figura 1: DRENAGEM 19/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker DRENAGEM ANALISE DAS ÁREAS DE INUNDAÇÃO: Para analise das áreas de inundação, foi efetuada a verificação in loco, as áreas que apresentam inundações são: partes da orla, Praça do Villa, Praça do Molhes e as ruas em torno dessa área. Para a Orla que apresentam pavimentação de concreto intertravado a falha verificada é a falta de declividade suficiente para as áreas coletoras, já a praça do molhes ocorre a mesma situação porem nesta não temos nenhuma área coletora de agua, sendo assim as aguas devem penetrar através do pavimento para se ter o escoamento completo. Para esses dois pontos poderíamos ter como solução um pavimento mais poroso, uma declividade suficiente e pontos de coleta (bueiros) para se ter um rápido escoamento dessa água. Já na praça do Vila se verifica vários pontos de alagamento, o campo de futebol, áreas especificas embaixo dos mobiliários do parquinho devido a utilização que ocasiona buracos no solo onde a água tende a se concentrar e na área de caminhada em torno de toda a praça que apresenta nível mais baixo e pavimento impermeável sem nenhuma saída de escoamento. Para esta a melhor situação seria a criação em toda a área da praça um reservatório poroso como na figura 2 onde toda a agua seria armazenada, criar também um pavimento em toda a área do parquinho que hoje se encontra diretamente instalado no solo, este pavimento resolveria o problema da criação dos buracos e acumulo da água. Para as ruas adjacentes a toda a orla e as praças se verifica os piores pontos de alagamento onde com alguns minutos de chuva se tornam intransitáveis onde a água chega a cobrir toda a rua. Para estes pontos teríamos que estruturar todas as ruas conforme analise pelo primeiro artigo criando exutório devido ao lençol freático ser muito próximo da pavimentação. PRAÇA DO VILLA. Acervo da equipe 20/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker Para a análise do conforto térmico foi utilizado o método criado por Lutz Katzschner e aplicado na análise ambiental retratada no artigo de Bianca Carla Dantas de Araújo e Rosana Caram – Análise Ambiental: Estudo climático em centro histórico. O método se baseia na análise de 4 mapas, basicamente: Uso do solo, gabarito, topografia e áreas verdes, a partir dos quais pontos relevantes e críticos da área são conhecidos. Mapa de usos Mapa de gabaritos CONFORTO AMBIENTAL – TÉRMICO 21/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker Através das informações contidas nos mapas pode-se perceber que a área analisada é predominantemente plana, com poucos espaços arborizados, sendo que o maior volume de vegetação se concentra na porção sul e está localizada em área de duna. A Praça Francisco Pinho também é uma área verde, tomada principalmente por vegetação rasteira. Os canteiros centrais que percorrem toda a orla também possuem vegetação. Quanto as edificações são em sua maioria residenciais com altura de 5 pavimentos. O afastamento entre os prédios é em torno de 3 metros e frontalmente alguns apresentam jardins, porém os espaços permeáveis são considerados poucos em relação aos espaços construídos. A topografia plana beneficiaria o fluxo do vento no bairro, porém com a altura uniformee a proximidade entre os prédios este fica prejudicado. Pelo fato da maioria dos prédios ter pouca altura as três praças em estudo recebem grande incidência solar na maior parte do dia, apesar de no período vespertino ocorrerem algumas áreas com sombreamento, devido a maior parte das edificações se localizar a oeste das praças. A falta de áreas arborizadas e o predomínio de espaços construídos facilita o rápido aumento da temperatura. Os ventos predominantes na cidade de Laguna são o nordeste, principalmente no verão, e o sul, ao longo de todo o ano. Quanto a incidência de ventos a Praça do Molhes prejudicada pois apresenta poucas árvores e edificações que poderiam funcionar como barreira, no inverno fica totalmente desprotegida do vento sul. A Praça do Villa é mais protegida durante o inverno por ser rodeada por edificações em três de suas faces, porém essas diminuem a incidência do vento nordeste tão desejado no verão. O fato de possuir algumas vegetações pode beneficiar o microclima da praça. Já a Praça Francisco Pinho tem como barreira para o vento sul as edificações ao seu redor, enquanto o vento nordeste não encontra nenhuma barreira no verão. A falta de espaços permeáveis com vegetação pode ser apontada como principal problema no âmbito do conforto térmico da área em estudo. Acusticamente a orla não apresenta grandes problemas, através da conversa com usuários pode-se perceber que o maior incomodo é causado na época do carnaval, quando há shows e reunião de blocos, principalmente na Praça do Villa e na Praça do Molhes. Nas demais datas do ano não foram detectados problemas quanto a acústica da área estudada. Mapa de áreas verdes Mapa de topografia CONFORTO AMBIENTAL – ACÚSTICA CONFORTO AMBIENTAL 22/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker Para análise do conforto ambiental quanto a iluminação foi escolhida como base o método de estudo utilizado na dissertação de graduação de Lúcia Fernandes Santos - Ensaio de método de análise integrada das condições de iluminação diurna e noturna em praças: avaliação de dois estudos de caso. A análise de insolação e sombreamento nos mobiliários existentes consistiu em retirar fotos a uma altura de mais ou menos 50 cm da superfície de apoio do mobiliário urbano, o que representa a altura da visão do usuário no momento que faz uso do mesmo. Feito esse procedimento, foi sobreposto ás fotos uma carta solar com escala de desejabilidade da radiação solar média anual para a cidade de Florianópolis, pois muito se assemelha as condições encontradas na cidade de Laguna, e então demarcados os pontos mais ou menos sombreados numa escala de 1 a 4, em que 1 representa áreas não sombreadas e 4 áreas sombreadas. A seguir cada uma das imagens mostra o sobreamento em cada mobiliário escolhido. Imagem 01 – Banco no Posto 4 Imagem 02 – Equipamento para ginástica Praça do Villa Imagem 03 – Banco na Praça do Villa Imagem 04 – Banco na Praça do Villa Imagem 05 – Balanço na Praça do Villa Imagem 06 – Balanço na Praça do Villa Imagem 07 – Banco na Praça do Villa Imagem 08 – Banco na Praça do Villa Imagem 10 – Balanço na Praça do VillaImagem 09 – Banco na Praça do Villa Durante a noite, a iluminação é mais eficiente na área central da Orla e na Praça do Villa, isso foi tomado como verdade devido a serem as áreas com maior fluxo de pessoas nesse horário. A praça mais a sul da Orla, apesar de apresentar iluminação, para acessa-la é necessário percorrer um caminho pouco iluminado o que pode ser um dos indicativos do porque a área é pouco utilizada no período noturno. A terceira praça mais a norte não apresenta iluminação eficiente e por se localizar em uma área mais “isolada” praticamente não é utilizada a noite. Bom Regular Ruim Imagem 12– Análise da iluminação noturna na área de estudo Com base no estudo realizado, chegou-se à conclusão que a área de estudo, a Orla do Mar Grosso, apresenta poucas áreas sombreadas, o que causa desconforto em todas as épocas do ano. A praça com maior número de usuários é a praça do Villa, por ter mais atrativos e infraestrutura, porém em dias de verão seu uso é mais intenso no início da manhã e no final da tarde, já que nos demais horários utiliza-la é de maior desconforto devido à alta incidência solar e do número reduzido de áreas com sombra. A iluminação artificial precisa ser melhorada na maioria dos pontos, o que juntamente com a implantação de atrativos pode gerar maior uso da Orla no período noturno. Imagem 13 – 2 postes de iluminação na Praça Francisco Pinho Imagem 14 – Postes de iluminação apenas no centro da via Imagem 15 – Postes de iluminação no centro da via e próximo a calçada’ Imagem 16 – Postes de iluminação próximo a calçada em duas alturas Imagem 17 – Postes de iluminação na Praça do Villa Imagem 18 – Iluminação na Praça do Villa Imagem 16 – Postes de iluminação próximo a calçada em duas alturas CONFORTO AMBIENTAL – ILUMINAÇÃO 23/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker Analisando a paisagem da praça, tem-se a leste vista total para o mar, a sul, vista pros prédios das quadras e a rua perpendicular à praça, e a oeste vista dos prédios com gabarito médio de 3 pavimentos e da vegetação do morro. A praça não possui atrativos ou mobiliário, somente os postes de iluminação e não há revestimento no solo, somente vegetação rasteira, não há também poluição visual, e a principal vista a conservar é a da orla. Segundo Gordon Cullen as edificações que estão margeando a Rua Aurélio Rotolo, se trata de um local de privilegio, pela qualidade imediata da vista que proporciona sobre a paisagem, que seria a orla. Chegando na praça pela Rua Aurélio Rotolo tem-se o que o teórico chama de ¨sensação de além¨ pelo espaço vazio e pela imensidão que a vista pode alcançar ao chegar nesses pontos, pela curva que existe na chegada da praça cria-se o que ele chama de ¨expectativa¨, pela sensação de desconhecido que se passa. Analisando a paisagem da praça, tem-se a leste vista total para o mar, a sul, oeste e norte, vista para os prédios das quadras e as ruas perpendiculares à praça, sendo que as edificações possuem gabarito médio de 3 pavimentos. A praça é uma área de estar, visto que possui mobiliários urbanos de permanência, e também de passagem por ser uma área de acesso a praia, sendo esta a principal vista a ser conservada. Segundo Gordon Cullen as edificações que estão margeando a rua Rene Rolim, se trata de um local de privilegio, pela qualidade imediata da vista que proporciona sobre a paisagem, que seria a orla e a praça. Também podemos classificar a praça no item ¨viscosidade¨, em que, para o teórico, se trata de um local simultaneamente objeto de uma ocupação estática e de uma ocupação pelo movimento. A praça do molhes trata-se de uma praça seca, onde não há a presença de quaisquer vegetação. A leste da praça tem-se a vista quase que total para o mar, sendo que a única barreira são dois bares antigos, um em funcionamento e outro que se encontra fechado. A leste tem-se a vista para prédios com o gabarito médio de 3 pavimentos, como no restante do bairro Mar Grosso, e as dunas que se trata de uma área de preservação permanente. A sul tem-se a vista dasdunas e da lagoa, como grande parte do entorno se trata de áreas de preservação. A paisagem em geral encontra-se bem preservada, sem poluição visual, sendo as principais vistas a ser conservada a da lagoa e a da orla. Segundo Gordon Cullen, as edificações que estão margeando a rua Rio Grande do Sul, se trata de um local de privilegio, pela qualidade imediata da vista que proporciona sobre a paisagem. Chegando na praça pela avenida Rio Grande do Sul e também pela avenida são Joaquim tem-se o que o teórico chama de ¨sensação de além¨ pelo espaço vazio e pela imensidão que a vista pode alcançar ao chegar nesses pontos. imagem aérea (Fonte: www.google.com.br/maps) imagem aérea (Fonte: www.google.com.br/maps) imagem aérea (Fonte: www.google.com.br/maps) Praça do Molhes Praça do VillaPraça do Iró PAISAGEM Acervo da equipe 24/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker 1) Você sente facilidade e segurança no caminhar ao percorrer a praça? 2) Você necessita de transporte para chegar até essa praia? Se sim, qual o tipo de transporte? 3) Você se sente seguro neste local? Se não, porque? 4) Que horários você costuma utilizar a orla/praça? 5) Existem problemas com a topografia da orla? Se sim, quais? 6) Quais as vantagem e/ou desvantagens da Praça dos Molhes em ter uma topografia basicamente plana? As entrevistas foram realizadas ao longo da orla do Mar Grosso e junto às praças em análise, os entrevistados tem entre 22 e 45 anos e são prioritariamente moradores do bairro. ENTREVISTAS 25/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker 7) Quanto a vegetação do local, você acredita ser? 8) A vegetação corresponde as atividades realizadas no local? 9) Quais os pontos da orla e quais as praças que você mais utiliza? 10) Para qual tipo de atividade utiliza esses espaços? 11) Você considera o tipo de pavimento apropriado para as atividades que pratica? Se não, porque? 12) Quais os pontos que você nota que alagam quando chove? (em relação a orla toda e as praças) ENTREVISTAS 26/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker 13) Esses pontos, alagam com pouca chuva, ou só quando chove muito? 14) Por quanto tempo permanecem alagados? 15) Quanto a incidência solar na praça, classifique: 16) Classifique a praça quanto ao som: 17) Que elementos poderiam ser mantidos ou modificados na praça? 18) Que imagem que lhe vem à cabeça quando pensa na praça? ENTREVISTAS 27/28 A N Á L I S E S PROJETO DE ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PARA ESPAÇOS PÚBLICOS. 8 P P A I S – 2015.1 Prof. Leandro Leite ACADÊMICOS: Bruna Rosso Giovana Stecanella Laerte Betega Lara Franzoi Lidiana Postal Lilian Felisberto Lucas Pereira Luis Henrique Valeria Becker REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS • DISCHINGER, Marta. Promovendo acessibilidade espacial nos edifícios públicos: Programa de Acessibilidade às Pessoas com Deficiência ou Mobilidade Reduzida nas Edificações de Uso Público / Marta Dischinger, Vera Helena Moro Bins Ely, Sonia Maria Demeda Groisman Piardi. – Florianópolis : MPSC, 2012 JACOBS, J. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000. VIVAN, Mariana. Arquitetura, espaço urbano e criminalidade: relações entre espaço construído e segurança, com foco na visibilidade. Dissertação de Mestrado defendida junto ao PósArq – UFSC, Florianópolis, SC: UFSC. VIVAN, Mariana; SABOYA, Renato. Arquitetura, espaço urbano e criminalidade: relações entre espaço construído e segurança, com foco na visibilidade. II Encontro Nacional da Anparq. Anais… , 2012. Natal, Brasil DE MELO, Ricardo Jorge Pessoa. A arquitetura do edifício na arquitetura da cidade: um estudo sobre a interface urbana da arquitetura. • Flora Digital. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/fitoecologia/florars/index.php?pag=buscar_mini.php>. Acesso em: 21 de Março de 2015 • VILAÇA, Juliana. Plantas Tropicais. • Equipamentos Urbanos de Infraestrutura e Criminalidade. <http://www.revistas.usp.br/gestaodeprojetos/article/viewFile/50991/55064> Acesso em: 17 mar. 2015. • Percepção Estética e Uso do Mobiliário Urbano <http://www.usjt.br/biblioteca/mono_disser/mono_diss/096.pdf> Acesso em: 17 mar. 2015. • Equipamentos Urbanos e Comunitários <http://barreiros.arq.br/textos/conceito_equipamentos.pdf> Acesso em: 17 mar. 2015. • Acessibilidade para Idosos em Áreas Livres Públicas de Lazer <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/89090/226213.pdf?sequence=1> Acesso em: 17 mar. 2015. 28/28
Compartilhar