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A CATEQUIZAÇÃO DOS ÍNDIOS

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O IMPACTO CULTURAL DO CONTATO ENTRE EUROPEUS E ÍNDIOS. O SÉCULO XVI
		Quando os portugueses chegaram ao que hoje se conhece como Brasil, não encontraram o ouro e a prata tão sonhados no Velho Continente, nem reinos perdidos habitados por ciclopes e figuras que assinalavam a força que o paganismo ainda exercia na mentalidade dos povos fervorosamente cristãos da Península Ibérica. Mas assim como os espanhóis - oito anos antes - a frota comandada por Pedro Álvares Cabral encontrou um Novo Mundo. Assim como testemunhado por Pero Vaz de Caminha, esse Novo Mundo era habitando por homens e mulheres pardos, que andavam nus e que não se importavam em cobrir suas vergonhas. 
Os indígenas que habitavam a “recém descoberta portuguesa” e eram muito mais diversos do que os lusitanos haviam imaginado. Após os contatos iniciais, os colonos portugueses acabaram fazendo uma distinção da população indígena em dois grandes grupos. O primeiro, conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani.
No outro grupo, estavam os tapuias (palavra tupi que significa os “fugidos da aldeia”, ou “aqueles de língua enrolada”) que ocupavam regiões mais interioranas. Ao que tudo indica, os portugueses acabaram se apropriando da diferenciação que os tupis-guaranis faziam em relação aos grupos que não faziam parte da sua matriz linguística, colocando sob a mesma nomenclatura sociedades indígenas extremamente diversas como os cariris, jês e os caraíbas.
	Ao descrever os aimorés (um dos tantos povos classificados como tapuias), o português Gabriel Soares de Souza disse:
“Descendem estes aimorés de outros gentios a que chamam tapuias, dos quais nos tempos de atrás se ausentaram certos casais, e foram-se para umas serras mui ásperas, fugindo a um desbarate, em que os puseram seus contrários, onde residiram muitos anos sem verem outra gente; e os que destes descenderam, vieram a perder a linguagem e fizeram outra nova que se não entende de nenhuma outra nação do gentio de todo este Estado do Brasil.”
Gabriel Soares de Souza, Tratado descritivo do Brasil (1587, pp.78-79).
Dentre os tupis-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabiam as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa.
A agricultura era uma prática que diferenciava os tupinambás dos demais povos tupis-guaranis. Para preparar o solo para a semeadura, os tupinambás desenvolveram uma técnica que rapidamente foi incorporada pelos colonos portugueses: a coivara. Essa técnica consistia na abertura de clareiras em determinadas áreas florestais, que em seguida eram queimadas. As cinzas resultantes desse processo eram utilizadas como fertilizantes do solo que, em seguida, era semeado pelas mulheres da aldeia. Dentre os gêneros cultivados estavam: o feijão, milho, abóbora, algumas frutas e, principalmente, a mandioca - base da alimentação tupinambá e, mais tarde, de toda a colônia.
Outra característica marcante dos tupinambás era seu ímpeto guerreiro. A guerra tinha funções econômicas e simbólicas para esse povo, na medida em que viabilizava a obtenção de prisioneiros de guerra e a ampliação territorial, além de criar uma intricada rede de status que definia diversos aspectos da vida em sociedade, sobretudo os matrimônios. Junto com a guerra, os tupinambás praticavam o canibalismo ritual que causou horror e curiosidade aos colonos portugueses. Baseado na cosmogonia tupinambá, o canibalismo era um ritual antropofágico, no qual o inimigo prisioneiro de guerra era (depois de uma iniciação), morto pela sociedade vitoriosa, e tinha suas partes distribuídas dentre os indivíduos do grupo vencedor. A ideia era se alimentar (simbolicamente) das características do oponente.
	Como sugerido há pouco, traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, pois eles não formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os tapuias pertenciam a diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os “não-tupis”, o que significa que eles eram muitas coisas. 
Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o Estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia.
Eram seminômades, não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida; o que só se intensificou com a chegada dos portugueses. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, além de protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira (a Confederação dos Tamoios), os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570.
Todavia, durante muitos anos, a diversidade indígena e a própria Ilha de Vera Cruz, pareciam não ter despertado o interesse da Coroa portuguesa. Como apontou Manuela Carneiro da Cunha: “todo o interesse, todo o imaginário português se concentra, à época, nas índias, enquanto espanhóis, franceses, holandeses, ingleses estão fascinados pelo Novo Mundo” (CUNHA, 1990, p.92). Foi justamente esse encantamento que fundamentou a construção das primeiras imagens europeias sobre a nova humanidade que se apresentava.
 
Foi justamente esse encantamento que fundamentou a construção das primeiras imagens europeias sobre a nova humanidade que se apresentava. 
A inocência e a ausência de elementos fundamentais que – na perspectiva europeia – balizavam a noção de civilização marcaram os primeiros escritos sobre os índios. A despreocupação com a nudez foi reiterada diversas vezes na Carta de Pero Vaz de Caminha, indicando que esses homens e mulheres andavam nus por lhes faltarem a ideia de vergonha. O mesmo Caminha, assim como Vespucci e, mais tarde, Gândavo e Gabriel Soares de Souza ficou surpreso com o fato dos tupis não terem em seu alfabeto as letras F, L e R.
Segundo esses homens, essa ausência era a comprovação de que os índios viviam sem Justiça e na maior desordem, pois “se não tem F, é porque não tem fé em nenhuma coisa que adorem (...). Se não tem L na sua pronunciação, é porque não tem lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz a lei a seu modo (...). E se não tem esta letra R na sua pronunciação, é porque não tem rei que os reja, e a quem obedeçam.” (SOUSA, 1971 (1587), p.302).
 A CATEQUIZAÇÃO DOS ÍNDIOS
As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato, diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas, conhecido como catequese. Em um primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais sobre cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuíta passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivoprincipal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados eram batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de aprender a ler e escrever.
Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele, os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil.
Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios, como tecelões, carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para os colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão-de-obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que, durante muitos anos, foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um conhecimento mais aprofundado dos povos indígenas.
As diferenças sociais e culturais existentes entre os grupos indígenas - ilustradas com os exemplos dos tupinambás e dos aimorés - exerceram grande influência nas relações que esses grupos estabeleceram com os portugueses durante os primeiros anos de contato, e foram fundamentais na construção da tipologia indígena pelos mesmos colonos. Essas obras, feitas pelo pintor neerlandês Albert Eckhout (1610-1666), são documentos que ajudam a analisar de forma eficiente as duas imagens de índio criadas pelos europeus durante os séculos XVI e XVII. As duas imagens retratam índios “brasileiros”, possivelmente guerreiros, já que ambos estão armados com arcos e flechas. No entanto, a composição das obras aponta que se tratavam de “tipos” distintos de índios. De um lado, está o tapuia, representado por um homem nu, com brincos e cocares que, em tese, seriam típicos desse povo. Do outro, vê-se um índio tupi, que já tem suas vergonhas escondidas e não utiliza nenhum adorno.
Observa-se então, que o tapuia representa o índio selvagem, que nu e enfeitados com plumas e penas, vive no meio da selva. Já o tupi aparece como o índio domesticado, aquele que é passível de salvação e que por isso mesmo, vive em outra “selva”; em uma floresta mais civilizada, na qual é possível (ao fundo) ver outros índios trabalhando. Como bem apontado por Manuela Carneiro da Cunha “Em 1500, Caminha viu “gente” em Vera Cruz. Falava-se então de homens e mulheres. O escambo povoou a terra de “brasis” e “brasileiros”. Os engenhos distinguiram o “gentio” insubmisso do “índio” e do “negro da terra” que trabalhavam. [...] Pelo fim do século, estão consolidadas, na realidade, duas imagens de índios que só muito tenuamente se recobrem...” (Cunha, 1990, p.109)
	
	
		1.
		Com relação às populações indígenas brasileiras, NÃO é correto afirmar:
		
	
	
	
	
	para praticar a agricultura, os tupis derrubavam árvores e faziam a queimada, técnica que seria posteriormente incorporada pelos colonizadores. 
	
	
	quando os europeus chegaram aqui, encontraram uma população ameríndia homogênea em termos culturais e lingüísticos, distribuída ao longo da costa e da bacia dos Rios Paraná-Paraguai. 
	
	
	uma forma de resistência dos índios à presença do homem branco consistiu no seu contínuo deslocamento, para regiões cada vez mais pobres. 
	
	
	feijão, milho, abóbora e mandioca eram plantados pelas nações indígenas, sendo que a farinha de mandioca tornou-se um alimento básico na Colônia. 
	
	
	ao longo do período colonial, em várias ocasiões os aimorés, tupis, xavantes, tupiniquins, tapuias e terenas uniram-se para enfrentar os invasores europeus. 
	
	
		2.
		Segundo Caminha os índios não tinham religião, sobre isso podemos afirmar que:
		
	
	
	
	
	ele tinha razão, os índios não tinham deuses;
	
	
	ele estava errado, os índios eram monoteístas assim como os europeus;
	
	
	Ele tinha razão, afinal a única religião verdadeira era a católica;
	
	
	ele estava errado, os índios eram politeístas e suas religiões tinham alguns aspectos xamãnicos.
	
	
	ele estava errado, os índios eram politeístas assim como os europeus;
	
	
		3.
		Escolha a opção que melhor descreve o convívio entre portugueses e índios ao longo de todo o Século XVI.
		
	
	
	
	
	tomando como referência Américo Vespúcio, primeiro a relatar o canibalismo, os europeus evitaram o contato e/ou mataram todos os índios que deles se aproximaram; 
	
	
	porque precisavam da mão de obra indígena, primeiro para retirar o Pau Brasil e depois para a plantation, os europeus praticavam o escambo com os índios das tribos pacíficas e escravizaram os índios das tribos violentas. 
	
	
	porque precisavam da mão de obra indígena, primeiro para retirar o Pau Brasil e depois para a plantation, os europeus escravizaram os índios desde o início do contato; 
	
	
	porque precisavam da mão de obra indígena, primeiro para retirar o Pau Brasil e depois para a plantation, os europeus primeiros estabeleceram alianças com algumas tribos e praticaram o escambo, em um segundo momento escravizaram-nas; 
	
	
	tomando como referência a Carta de Caminha foram amistosas; 
	
	
		4.
		Como você descreveria as realações entre portugueses e índios durante o período colonial?
		
	
	
	
	
	os portugueses, sentindo-se superiores e necessitando de mão de obra para implementar a colonização pensaram em escravizá-los mas desistiram por eles serem preguiçosos. 
	
	
	os portugueses, sentindo-se superiores e necessitando de mão de obra para implementar a colonização escravizaram os índios.
	
	
	violentas porque os índios declararam guerra aos protugueses em 1510; 
	
	
	os portugueses, sentindo-se superiores e necessitando de mão de obra para implementar a colonização estabeleceram alianças e relações comerciais com algumas tribos litorâneas; 
	
	
	cordiais entre os os dois grupos, afinal o Brasil é uma democracia racial; 
	
	
		5.
		Quem era responsável pela catequese?
		
	
	
	
	
	os padres jesuítas; 
	
	
	os padres carmelitas.
	
	
	a adminstração colonial; 
	
	
	a coroa portuguesa; 
	
	
	os padres beneditinos; 
	
	
		6.
		Durante o período colonial, havia atritos entre os padres jesuítas e os habitantes locais porque:
		
	
	
	
	
	os colonos pretendiam escravizar os indígenas e os padres eram contra, pois queriam aldeá-los em missões. 
	
	
	os religiosos preocupavam-se com a integração dos indígenas no mercado de trabalho assalariado e os colonos queriam escravizá-los; 
	
	
	os religiosos pretendiam escravizar tanto o negro como o índio e os colonos lutavam para receber salários dos capitães donatários; 
	
	
	os colonos eram ateus belicosos, e os jesuítas, pacíficos católicos; 
	
	
	os colonos desejavam escravizar o negro e os jesuítas se opunham; 
	
	
		7.
		Sobre as tribos indígenas que ocupavam a maior parte do nosso território é correto dizer:Que a maioria praticava apenas caça, pesca e coleta.
	
	
	Que a maioria desconhecia qualquer método agrícola.
	
	
	Que a maioria se apresentava como nômade ou semi-nômade.
	
	
	Que a maioria apresentava características e hábitos sedentários.
	
	
	Que a maioria ainda apresentava características de sociedades coletoras, não tendo assim nenhuma forma de produção ou cultivo.
	
	
		8.
		"Pouco fruto se pode obter deles se a força do braço secular não acudir para domá-los. Para esse gênero de gente, não há melhor pregação do que a espada e a vara de ferro." (José de Anchieta. Pedro Casaldáliga in "Na Procura do Reino") O fragmento de texto anterior, escrito nos primórdios da colonização do Brasil, refere-se:
		
	
	
	
	
	à evangelização do negro e o apresamento de escravos pelos bandeirantes; 
	
	
	à catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como mão-de-obra nas propriedades da Companhia de Jesus; 
	
	
	à inadaptação do índio para o trabalho e a escravização do negro pelos jesuítas em suas reduções de ouro; 
	
	
	à expansão da cana-de-açúcar para o interior de Mato Grosso e a utilização de mão-de-obra indígena; 
	
	
	à determinação dos jesuítas em pregar o Evangelho junto aos índios e negros, ampliando os horizontes da fé.
O IMPACTO CULTURAL DO CONTATO ENTRE EUROPEUS E ÍNDIOS: O APRESAMENTO INDÍGENA
Como bem se sabe, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil em 22 de abril de 1500. No entanto, durante os primeiro anos do século XVI, os portugueses estavam mais preocupados em participar do comércio feito no Oceano Índico, no qual produtos de grande valor como ouro, prata, seda e especiarias eram negociados. A Coroa portuguesa só foi se preocupar, de fato, com suas terras americanas a partir de 1530.
Dessa feita, os primeiros anos da presença portuguesa no Novo Mundo foram marcados pela atuação dos jesuítas na conversão dos grupos indígenas (por meio da catequese e do aldeamento) e de ações particulares de colonos portugueses que estavam interessados, sobretudo, na extração do pau-brasil, obtido por meio do trabalho indígena.
 Capitanias Hereditárias
A partir de 1530, a concorrência do comércio do Índico trouxe inúmeros prejuízos aos portugueses, que também começavam a ter suas terras americanas invadidas por outras nações europeias. Era preciso efetivar a presença da Coroa lusitana no outro lado do Atlântico, a fim de garantir a posse de suas terras e de conseguir tirar mais proveito da recente aquisição.
A primeira medida tomada pela Coroa Portuguesa data de 1534. Nesse ano, a América Portuguesa foi dividia em dezesseis grandes faixas de terra chamadas de capitanias hereditárias.
Cada uma dessas capitanias seria doada pelo rei a um nobre português (chamado de donatário), que deveria construir vilas, arrecadar impostos e, principalmente, redistribuir a terra para quem pudesse cultivá-la. Muitos donatários não cumpriram suas obrigações, sendo que alguns chegaram a nunca colocar seus pés em terras brasileiras.
A ineficiência do sistema de capitanias fez com que o rei português tentasse outra forma de administração. Assim em 1548 foi instituído o governo-geral, uma tentativa de centralizar a administração da América portuguesa.
Os colonos que rumaram para outras capitanias, sobretudo aquelas localizadas ao sul da colônia, não respeitaram a lei de rei D. Filipe II. Se para a Coroa portuguesa e para os missionários jesuítas os índios passaram a ser vistos como gentios (ou seja, eram passíveis de salvação), para os colonos que viviam nas capitanias de São Tomé e São Vicente os grupos autóctones rapidamente passaram a ser vistos como negros da terra. Nessas localidades, os indígenas foram escravizados sistematicamente e serviram como mão de obra fundamental na expansão territorial levada a cabo pelos colonos paulistas.
	Ao analisar a relação entre índios e bandeirantes na origem de São Paulo, o historiador John Monteiro mostrou que a colonização foi um processo plural. Ainda que boa parte da América portuguesa tenha vivenciado experiências comuns advindas do encontro entre colonos e índios encontro este que foi marcado pela desintegração de muitas sociedades indígenas e pelo processo de catequização daquelas que conseguiram sobreviver, a partir de meados do século XVI, a relação entre ambos tomou rumos distintos.
	No caso das capitanias do Sul, é possível afirmar que a Lei de Liberdade do Gentio (sancionada em 1570) foi letra morta. De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez mais frequente o número de expedições que assaltavam aldeias indígenas, transformando seus habitantes em braços para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso ocorreu porque, diferentemente do que ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram no circuito comercial Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em suas lavouras. Ao invés de se lançarem ao mar, os paulistas se embrenharam sertão adentro.
	 As Expedições
O sonho do El Dorado que havia povoado a mente dos primeiros europeus que se lançaram ao mar no século XV, e que em parte havia se materializado em algumas regiões conquistadas pelos espanhóis (como Potosí), ainda acalentava o desejo de muitos colonos portugueses. Foi a procura por ouro e prata que fomentou as primeiras expedições para as regiões interioranas da colônia portuguesa. Entre os anos de 1591 e 1601, o governador-geral D. Francisco de Souza armou uma série de expedições em busca de metais preciosos.  A vertente paulista, chefiada por João Pereira Botafogo, conseguiu encontrar algumas minas próximas à cidade de São Paulo, reacendendo o sonho português. No entanto, as expedições subsequentes não corresponderam às expectativas criadas pelos colonos.
 A Escravidão Indígena
	Contudo, nem tudo estava perdido.Ainda que o ouro e a prata não tenham sido encontrados em abundância, a experiência das expedições apresentou um produto extremamente interessante para os colonos: os escravos indígenas. Após terminar seu governo, D. Francisco voltou a Portugal com o intuito de colocar em prática um projeto que visava promover a economia das capitanias sulistas da colônia. Com inspiração no modelo da América espanhola, o objetivo era articular diferentes setores econômicos (mineração, agricultura e indústria), tendo como base o uso da mão de obra indígena (MONTEIRO: 1994, 59).
	Uma vez mais, os colonos portugueses não lograram êxito em suas investidas. Porém a proposta do antigo governador acabou redimensionando os objetivos das expedições para o interior.  A busca por ouro deu lugar ao aprisionamento de índios. Embora os colonos utilizassem a procura por metais preciosos frente à Coroa portuguesa - que baixava inúmeras leis proibindo a escravização de indígenas – as expedições organizadas pelos colonos de São Paulo se transformaram em verdadeiras empreitadas escravizadoras.
	A rentabilidade da venda dos indígenas escravizados era tamanha que rapidamente criou-se uma intricada rede de negociações nas capitanias do sul. Praticamente, toda mão de obra dessa localidade era formada por índios escravizados. Os lucros eram tantos que pagavam os custos e riscos de expedições cada vez mais interiorana.
	
	
	
		1.
		Sobre a escravidão indígena sabemos que:
		
	
	
	
	
	impediu a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; 
	
	
	tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura cafeeira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; 
	
	
	tornou possível a implantação e o desenvolvimento da miscigenação na colônia, mecanismo essencial para financiar o projetocolonizador e mercantilista da metrópole. 
	
	
	tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; 
	
	
	impediu a implantação e o desenvolvimento da miscigenação na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. 
	
	
		2.
		Monteiro (1994), em sua obra !Negros da terra", diz que todas as expedições dos bandeirantes tinham como características comuns:
		
	
	
	
	
	o estabelecimento de uma relação amigável como todos os índios
	
	
	contato com colonos de outras regiões e compra de escravos negros.
	
	
	voltavam com muitos cativos e sem nenhuma riqueza mineral
	
	
	conseguiam muitos metais preciosos e retorno rápido para São Paulo
	
	
	nenhuma riqueza mineral e muita sabedoria
	
	
		3.
		Durante o período colonial, o Estado português deu suporte legal a guerras contra povos indígenas do Brasil, sob diversas alegações; derivou daí a guerra justa, que fundamentou:
		
	
	
	
	
	o extermínio dos povos indígenas do sertão quando, no século XVII, a lavoura açucareira aí penetrou depois de ter ocupado todas as áreas litorâneas. 
	
	
	uma espécie de "limpeza étnica", como se diz hoje em dia, para garantir o predomínio do homem branco na colônia. 
	
	
	o genocídio dos povos indígenas, que era, no fundo, a verdadeira intenção da Igreja, do Estado e dos colonizadores. 
	
	
	a escravização dos índios, pois, desde a antigüidade, reconhecia-se o direito de matar o prisioneiro de guerra, ou escravizá-lo. 
	
	
	a criação dos aldeamentos pelos jesuítas em toda a colônia, protegendo os indígenas dos portugueses. 
	
	
		4.
		"Na primeira carta disse a V. Rev. a grande perseguição que padecem os índios, pela cobiça dos portugueses em os cativarem. Nada há de dizer de novo, senão que ainda continua a mesma cobiça e perseguição, a qual cresceu ainda mais. No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão, em demanda de uma nação de índios distantes daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo, e aí se servirem deles como costumam." (Pe. Antônio Vieira, CARTA AO PADRE PROVINCIAL, 1653, Maranhão.) Este documento do Padre Antônio Vieira revela:
		
	
	
	
	
	um episódio isolado da ação do padre Vieira na luta contra a escravização indígena no Estado do Maranhão, o qual se utilizava da ação dos bandeirantes para caçar os nativos; 
	
	
	que os padres jesuítas, em oposição à ação dos colonos paulistas, contavam com o apoio do governo português na luta contra a escravização indígena. 
	
	
	que o ponto fundamental dos confrontos entre os padres jesuítas e os colonos referia-se à escravização dos indígenas e, em especial, à forma de atuar dos bandeirantes, 
	
	
	um dos momentos cruciais da crise entre o governo português e a Companhia de Jesus, que culminou com a expulsão dos jesuítas do território brasileiro; 
	
	
	que tanto o padre Vieira como os demais jesuítas eram contrários à escravidão dos indígenas e dos africanos, posição que provocou conflitos constantes com o governo português; 
	
	
		5.
		Apesar da lei de 1570 proibir a escravização indígena, fora das principais colônias de produção de açúcar, em que o governo controlava mais, nas demais províncias a escravização:
		
	
	
	
	
	Acabou, pois os proprietários obedeceram a lei
	
	
	Foi reduzida pois o discurso cristão proibia de escravizar os indígenas, sendo todos os antigos cativos enviados para as missões para serem salvos.
	
	
	Foi reduzida, uma vez que o governo lentamente foi aumentando a fiscalização
	
	
	Se manteve em altos índices na região das Minas Gerais por conta da exploração de ouro e Prata.
	
	
	Se manteve em altos índices, como vemos, por exemplo, em São Paulo e Maranhão
	
	
		6.
		Fruto de uma importante discussão teológica em 1570 a Coroa Portuguesa:
		
	
	
	
	
	Proibiu a escravização dos gentios
	
	
	Criou a proibição de escravização de escravos negros
	
	
	Criava o sistema assalariado para o trabalho dos indígenas
	
	
	Impôs a obrigatoriedade de todos os indígenas cumprirem jornada de trabalho compulsório
	
	
	Impôs um registro de escravos indígenas, limitando o número por propriedades
	
	
		7.
		A ocupação do interior da colônia brasileira aconteceu irregularmente, conforme o desenvolvimento das atividades econômicas. Marque a opção certa a respeito das principais atividades empreendidas pelas BANDEIRAS:
		
	
	
	
	
	garantir a instalação de núcleos coloniais familiares e o estabelecimento de acordos de paz com os indígenas; 
	
	
	a criação dos aldeamentos, a escravidão e o teatro. 
	
	
	a busca de uma rota comercial para o Pacífico e garantir a liberdade dos indígenas, conforme a orientação dos jesuítas; 
	
	
	a procura de metais preciosos e a escravização dos indígenas; 
	
	
	a agricultura monocultora do café e o comércio com os espanhóis no Sul; 
	
	
		8.
		Sobre a relação das populações indígenas com os povos europeus que aqui chegavam, pode-se dizer:
		
	
	
	
	
	Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos indígenas a uma união homogênea que visava combater todo e qualquer invasor.
	
	
	Que muitos embates ocorreram com algumas tribos se aliando aos colonizadores (portugueses), outras a comerciantes e possíveis conquistadores (franceses) e algumas que se recusaram a fazer alianças com qualquer um dos dois lados.
	
	
	Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos a uma união homogênea que visava se aliar somente aos colonizadores (portugueses) e combater qualquer outro povo invasor.
	
	
	Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos indígenas a uma união homogênea que visava combater os colonizadores (portugueses) buscando alianças com outros povos europeus (franceses), que rivalizavam com seu dominador.
	
	
	Que não hove embates e as realções estabelecidas com francese e portugueses eram totalmente pacíficas e baseadas no escambo.
 MÃO-DE-OBRA INDÍGENA E AFRICANA E A FORMAÇÃO DO SISTEMA ESCRAVISTA
Além disso, em meados do século XVI, o valor do escravo africano era relativamente baixo, o que o tornava acessível para muitas pessoas. E, mais do que uma propriedade, o escravo africano representava um investimento, pois, depois de três ou quatro anos, o senhor conseguia recuperar, por meio do trabalho do escravo, o que havia pagado por ele e continuava usufruindo do seu trabalho por muito mais tempo. Não podemos esquecer que o fato de trabalharem em uma terra totalmente desconhecida também dificultava fugas e possíveis revoltas dos africanos escravizados.
 O trabalho compulsório africano
Esses aspectos foram fundamentais na hora de escolher o trabalho compulsório de africanos em detrimento dos indígenas – embora muitos índios tenham trabalhado como escravos na América portuguesa, só que em menor escala. Fora isso, existiam ainda argumentos religiosos. Na época, a Igreja católica acreditava que os negros africanos não tinham alma. Por isso, o trabalho como escravo seria uma espécie de purgatório em vida para que depois da morte esses homens e mulheres pudessem subir ao reino dos céus.
O fato é que a partir de 1580, africanos de diversas localidades do continente passaram a desembarcar em peso na América portuguesa para trabalhar como escravos em diferentes atividades econômicas. Os africanos que vieram escravizados para o Brasil tinham origens diversas. O mapa abaixo mostraas diferentes rotas do tráfico de escravos do continente africano para terras brasileiras. Se olharmos o mapa com atenção veremos que existem quatro grandes rotas de comércio.
 Rota de tráfico negreiro para o Brasil
Após a longa travessia,  quando finalmente desembarcavam nos portos da América portuguesa, a situação de boa parte dos africanos era péssima. Aqueles que tinham conseguido aguentar a viagem passavam por um breve exame médico e eram rapidamente vendidos. 
Os africanos mais fragilizados, principalmente aqueles que haviam contraído escorbuto, passavam por um processo de quarentena em galpões localizados na região portuária.
	Nesses locais eles recebiam uma alimentação especial para recuperar suas forças o mais rápido possível. Assim que estivessem mais fortes, eram levados para os mercados onde seriam comprados. A partir de então, o destino desses africanos estava atrelado a de seu senhor e, em muitos casos, eles tinham que continuar a viagem, só que agora pelo interior do Brasil.
	Nem todos os africanos recém-chegados resistiam ao período da quarentena. Por isso, era comum encontrar cemitérios nas proximidades do porto. Além dos maus tratos e das doenças adquiridas durante a travessia, muitos escravos boçais, isto é africanos recém-chegados, sofriam de banzo –, uma doença que parecia atacar a alma de alguns africanos que, tomados por uma tristeza profunda, se deixavam morrer.
	Para muitos deles era preferível morrer a trabalhar como escravo, pois acreditavam que a morte significava o retorno à sua terra natal, junto a seus ancestrais.
	No entanto, a maior parte dos africanos sobrevivia à travessia do atlântico. Dessa forma, o escravo boçal rapidamente era introduzido à sua nova sociedade.
	Em seguida, ele recebia ensinamentos básicos do catolicismo, como deveriam se portar perante seu senhor, bem como algumas palavras em português. A partir de então o escravo boçal se juntava ao ladino e ao crioulo na execução das mais variadas tarefas.
	 A JORNADA DE TRABALHO DOS ESCRAVOS
	Para conseguir cumprir a demanda da produção em larga escala, os escravos enfrentavam jornadas de trabalho que variavam de doze a dezoito horas e eram constantemente vigiados por feitores e capatazes para que otimizassem seu tempo de trabalho.
	No ápice da produção do açúcar (século XVI) e do café (século XIX), e no auge do período aurífero (século XVIII), a exploração do escravo era tamanha que a média de vida ativa do cativo variava entre sete e dez anos. 
Contudo, estimativas apontam que, mesmo nesse curto tempo de vida ativa, o escravo “pagava” para seu proprietário a quantia que havia sido desembolsada no momento da sua compra e ainda gerava benesses. 
A partir do terceiro ano de trabalho, tudo o que era produzido pelo cativo representava lucro ao senhor. Este retorno financeiro relativamente rápido fez com que o escravo fosse visto como uma boa forma de investimento, o que fomentou o tráfico intercontinental de africanos por três séculos.
Essa lógica da exploração total do trabalho escravo intensificou ainda mais a violência inerente à escravidão. Além da obrigação em labutar horas a fio de baixo de sol quente, chuva forte ou em dias frios, o constante reabastecimento de africanos escravizados nos portos do Brasil fez com que muitos proprietários fossem negligentes com os cuidados despendidos aos cativos.
 As péssimas condições que viviam os escravos
Apesar de cuidados com alimentação, moradia e vestimenta serem de responsabilidade senhorial, a fácil reposição dos escravos ajuda a explicar as péssimas condições de vida que os proprietários ofereciam a seus cativos. 
A alimentação que os escravos recebiam costumava ser composta apenas por farinha de mandioca ou de milho, uma porção de carne salgada e, por vezes, um pouco de feijão: o básico para o sustento humano. As roupas desses cativos eram feitas de panos de algodão simples e deveriam durar ao menos um ano. 
Muitos escravos que adoeciam eram deixados à própria sorte, pois, como vimos, muitas vezes era mais vantajoso comprar um novo cativo do que cuidar do enfermo.
Junto à rígida e pesada disciplina de trabalho no eito e às chibatas recebidas quando não alcançavam a quantidade estipulada de feixes de cana ou cestos de grãos de café, os escravos e escravas ainda enfrentavam outros dois grandes problemas: os acidentes e as condições insalubres de trabalho.
Os acidentes foram comuns nos engenhos de açúcar, mais especificamente:
• Na casa da moenda, onde era extraído o caldo da cana, os cativos que não tomassem cuidado podiam ter o braço inteiro triturado pelas engrenagens ao colocar os feixes de cana na moenda;
• Na casa de purgar, onde o caldo era transformado em melaço, que normalmente era o local de trabalho das escravas, havia sempre o perigo de queimaduras.
As regiões mineradoras também foram palco de acidentes de trabalho. Mesmo que muitos dos africanos escravizados, principalmente os oriundos da Costa da Mina, tivessem conhecimentos milenares sobre mineração aprendidos na África, em diversas ocasiões as minas subterrâneas, que haviam sido cavadas, desabavam, matando dezenas de cativos. 
Quando tragédias como essas não ocorriam, os escravos eram obrigados a passar o dia inteiro com parte do corpo submersa nos rios e córregos para realizar o garimpo do ouro.
	
	
		1.
		Diferente da Espanha, Portugal não encontrou prata e ouro asssim que chegou ao Brasil, tornando necessário a escolha de um produto, o açucar, que viabilizasse o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. Partindo desta afrimação assinale a resposta que melhor a ampare.
		
	
	
	
	
	A escravidão indígena não tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole.
	
	
	Somente a junção das escravidões indígena e africana tornnaram possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole.
	
	
	Somente a escravidão africana tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole.
	
	
	A escravidão indígena tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole.
	
	
	Após a descoberta do ouro na região das Minas Gerais houve recursos econômicos suficientes para aumentar o número de escravos africanos na colônia, somente então a lavoura açucareira atingiu uma produção significativa e constituiu-se no mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole.
	
	
		2.
		Qual a importância econômica da escravidão indígena na era colonial?
		
	
	
	
	
	A escravidão indígena tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. 
	
	
	Apesar da assimilação pacífica dos povos indígenas ao sistema colonial, eles não se encaixaram de maneira produtiva portanto, naõ constituíram a força de trabalho escrava necessária ao desenvolvimento nacional.
	
	
	No Brasil recém colonizado a quantidade de portugueses era muito pequena, e sendo os povos indígenas maioria seria mais barato fazê-los cativos a transportar trabalhadores da Europa para o Brasil.
	
	
	Graças a uma assimilação pacífica dos povos indígenas ao sistema colonial, eles se encaixaram de maneira produtiva ao constituir uma força de trabalho escrava que visava o desenvolvimento nacional.
	
	
	O fato dos povos indígenas aceitarem trabalhar por pouco ou mesmo nada ajudou as lavouras portuguesas, que não tiveram gastos salariais, aumentando assim sua margemde lucro.
	
	
		3.
		Os indígenas foram usados como mão de obra, sobretudo, nas pequenas e médias propriedades que tinham como objetivo produzir para: 
		
	
	
	
	
	O Mercado Europeu 
	
	
	A exportação e larga escala 
	
	
	O Tráfico Atlântico 
	
	
	O mercado americano 
	
	
	A subsistência da Colônia. 
	
	
		4.
		Se estabelecermos uma comparação do modelo de escravidão indígena e africana no século XVI no Brasil podemos afirmar que eram:
		
	
	
	
	
	A indígena era mais branda que a africana 
	
	
	No século XVI não há escravidão negra no Brasil 
	
	
	Muito diferentes 
	
	
	A africana era mais branda que a dos índigenas 
	
	
	Semelhantes 
	
	
		5.
		A substituição da mão-de-obra indígena pela africana ocorreu, sobretudo, ao(s) seguinte(s) fator(res): 
I. falta de adaptação do indígena ao conceito de produção com intuito de acumulação. 
II. menor lucro advindo do tráfico negreiro em detrimento da escravização do indígena. 
III. decréscimo populacional indígena em virtude de epidemias e extermínios associados aos europeus. 
		
	
	
	
	
	apenas II está correta. 
	
	
	apenas I e III estão corretas.
	
	
	apenas I e II estão corretas. 
	
	
	apenas III está correta. 
	
	
	apenas I está correta. 
	
	
		6.
		O tráfico negreiro foi uma realidade no Brasil durante três séculos e meio. Sobre essa atividade é correto afirmar que: 
I - Era extremamente lucrativo embora muito africanos morressem ao longo da viagem. 
II - Os africanos eram transportados em condições insalubres nos tumbeiros. 
III - A partir do século XVIII houve maior humanização no transporte dos africanos. 
		
	
	
	
	
	apenas I e III estão corretas
	
	
	apenas III está correta 
	
	
	apenas I está correta
	
	
	apenas I e II estão corretas 
	
	
	apenas II está correta 
	
	
		7.
		Após a longa travessia, quando finalmente desembarcavam nos portos da América portuguesa, a situação de boa parte dos africanos era péssima. Aqueles que tinham conseguido aguentar a viagem passavam por um breve exame médico e eram rapidamente vendidos. O que acontecia com aqueles que chegavam doentes ou muito debilitados?
		
	
	
	
	
	Passavam por um processo de quarentena em galpões localizados na região portuária e assim que estivessem mais fortes, eram levados para os mercados onde seriam comprados;
	
	
	Em muitos casos, eles tinham que continuar a viagem, só que agora pelo interior do Brasil;
	
	
	Assim que estivessem mais fortes, eram levados de volta à África.
	
	
	Eram vendidos mais barato porque o dono assumia o custo do tratamento;
	
	
	Recebiam um rápido atendimento e eram designados para desempenhar tarefas leves e assim que estivessem mais fortes, eram levados para os mercados onde seriam comprados;
	
	
		8.
		Sobre a importância da mão de obra indígena, podemos afirmar que:
		
	
	
	
	
	Os índios foram os primeiros escravos da lavoura açucareira e, mesmo após a introdução dos escravos africanos eles permaneceram escravizados.
	
	
	O conhecimento do território e o fato do indígena considerar o trabalho na gricultura humilhante tornaram inviável sua escavização.
	
	
	A troca da mão de obra africana pela indígena aconteceu por que os africanos eram mais adaptáveis ao trabalho na lavoura açucareira e à escravidão por serem menos rebeldes do que os índios.
	
	
	O período de sua utilização foi muito curto pois eles eram preguiçosos não se adptando assim a lógica da lavoura açucareira.
	
	
	A troca da mão de obra indígena pela africana foi o fator que possibilitou a introdução da lavoura açucareira no Brasil pois os índios não se adaptaram a este tipo de atividade.
 A RESISTÊNCIA À ESCRAVIDÃO – RELIGIOSIDADE
 Resistência 
A resistência foi uma constante na vida de índios e africanos escravizados. Ainda que as formas, tidas como clássicas, de resistir à escravidão passem pela luta aberta ― que muitas vezes levavam ao embate físico.
A instauração do sistema escravista na colonização da América portuguesa (e sua manutenção no Império do Brasil) acabou abrindo flanco para outras formas de resistências; formas essas que, muitas vezes, utilizavam as instituições coloniais como muleta.
Para a grande maioria, a resistência ao cativeiro se fazia dia a dia, da hora em que se levantava para trabalhar até o momento de se recolher para dormir. Onde quer que tenha existido escravidão também houve resistência escrava. E tal resistência foi experimentada em diferentes níveis durante toda a história da escravidão no Brasil.
No caso indígena, uma das formas mais frequentes de resistência foi o isolamento. Depois dos primeiros anos de contato, das mortes volumosas por epidemias vindas do Velho Continente, da catequização e da escravização, muitas sociedades indígenas decidiram rumar para regiões de difícil acesso, guiando-se pelos cursos dos rios. Contudo, conforme anunciado, muitos índios resolveram ir para a luta aberta e fizeram da religião uma importante arma.
 Religiosidade 
Antes do contato com os portugueses, a maior parte dos povos indígenas tinha um homem responsável pelos cultos religiosos.
Tal homem recebia o título de pajé ou de xamã e, graças à sua relação com forças sobrenaturais, ele gozava de posição de prestígio entre os seus, o que fazia deles um dos principais inimigos do movimento de catequese. 
Ainda que os missionários tentassem acabar com os poderes (simbólicos e políticos) que os pajés tinham, eles não conseguiram desconstruir o panteão e os rituais religiosos de muitas sociedades indígenas com as quais entraram em contato
Do sincretismo entre os dizeres e propósitos cristãos com as crenças e práticas religiosas indígenas originou-se a “Santidade” (nome dado pelos portugueses). Esse fenômeno era um culto sincrético e messiânico, no qual os índios questionavam o Deus católico e posicionavam-se contra os senhores brancos. 
Segundo Schwartz e Vainfas, esse movimento era uma combinação de crenças dos tupinambás no paraíso terrestre, com a hierarquia e os símbolos do cristianismo. Havia o culto em ídolos com poderes sagrados feitos de cabaça e pedra que, segundo os seguidores, dotariam os fiéis de força para lutar contra os brancos.
Esses “santos” teriam ainda poder de vitalizar os idosos ou fazer as enxadas trabalhares sozinhas. Para tanto, era necessário entoar cantos e realizar cerimônias que podiam durar dias seguidos (regados do alto consumo de bebidas alcóolicas e infusão de tabaco), muitas vezes levando os fieis ao estado de transe. O mais interessante é reconhecer as contribuições católicas deste movimento.
Além dos ídolos receberem o nome de santos, os líderes do movimento proclamavam-se como “papas”, chegando a nomear bispos e organizar os “missionários”, que tinham a incumbência de difundir o culto em outras localidades. Houve até mesmo um caso no qual os seguidores da Santidade criaram uma igreja destinada ao culto de “Maria”.
(SCHWARCTZ:1993, 54-55)
A “Santidade” foi muito comum durante o século XVI, demonstrando como os índios que entraram em contato com os portugueses souberam reler os interesses e crenças cristãos sob uma nova ótica. Visão que lhes favorecia e que questionava as bases do sistema colonial que estava sendo montado. 
Com o passar dos anos, a morte crescente por epidemias e a entrada cada vez mais volumosa de africanos escravizados, a “Santidade” foi perdendo parte de seus seguidores, dando lugar a outras formas de resistência indígena, que serão abordadas na próxima aula.
 As Irmandades Religiosas
Não foram apenasos índios que souberam usar preceitos do catolicismo na luta contra a escravidão e a catequese. Os africanos escravizados e seus descendentes também criaram uma série de práticas, aparentemente inofensivas ao sistema escravista, que visava resistir à escravidão por meio de releituras religiosas.
Uma alternativa que muitos escravos encontraram não só para construir suas famílias extensas, mas também para lutar pela liberdade, se deu através da filiação às Irmandades Negras criadas no Brasil.
A história das Irmandades Religiosas remonta à Idade Média ― período no qual devotos de determinados santos criaram, com o aval da Igreja Católica, organizações, cujo principal objetivo era fazer caridade e ampliar a fé cristã. 
As irmandades negras, criadas desde o período colonial, seguiam os mesmos preceitos religiosos das demais: todos os membros deveriam efetuar o pagamento da taxa anual ― dinheiro que seria revertido em festas, rituais fúnebres e missas das igrejas. 
A grande diferença dessas irmandades estava na condição de seus membros (a maioria eram escravos e/ou libertos) e o fato delas adorarem santos negros, como Nossa Senhora do Rosário, Santos Elesbão, Santa Ifigênia e São Benedito.
Muitos senhores e a própria Igreja Católica viam com bons olhos a formação das irmandades negras, pois acreditavam que essa era mais uma forma de controlar a população escrava e liberta, já que esses homens negros passariam a compartilhar a mesma religião que seus proprietários ou ex-senhores ― religião que defendia a escravização de negros crioulos ou escravos.
	 Negras novas a caminho da Igreja para o batismo
Contudo, embora tivessem a mesma fé religiosa que seus senhores, as irmandades negras foram importantes espaços de sociabilidade para negros cativos e alforriados. 
Os membros de uma mesma irmandade criavam laços de amizade, parentesco e, sobretudo, solidariedade: muitas vezes, o padrinho de um recém-nascido era escolhido dentro da irmandade que os pais da criança faziam parte.
Casamentos entre escravos ou de cativos com libertos também ocorriam nessas organizações. As irmandades negras ainda garantiam enterro e cortejo fúnebre digno para todos os seus membros.
Além disso, em alguns casos, as irmandades negras ou irmandades de “homens pretos” eram formadas por africanos escravizados da mesma origem. Escravos e libertos angola ou congo se reuniam e formavam uma irmandade, reforçando, assim, identidades oriundas do outro lado do Atlântico.
Em determinadas situações, esses escravos também cultuavam entidades religiosas africanas ou atribuíam as mesmas características de deuses da sua terra de origem a santos católicos, como a forte relação estabelecida entre São Jorge e o orixá Ogum.
Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus “irmãos” de credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova poupança para ajudar outra pessoa.
Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. 
Também era nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era um momento de grande prestígio frente a seus companheiros.
A devoção de escravos e libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São Elesbão e Santa Efigênia terem sido construídas na região central da cidade.
 Diferentes deuses e entidades Africanas
As famílias extensas também estiveram presentes em muitas das religiões de matriz africana criadas em solo brasileiro. Africanos que vinham de regiões islamizadas da África, como o Golfo da Guiné, continuaram acreditando em Alá e, quando chegaram em solo brasileiro, fizeram o possível para encontrar outros muçulmanos e cultivar suas tradições e costumes. 
Os escravos e libertos islamizados criaram verdadeiras redes de contato e, em diversas situações eles, aqui no Brasil, sabiam de episódios importantes que estavam acontecendo em território africano ou em outras colônias e países da América.
Durante o período em que estava em transe, a pessoa entrava em contato com a força divina e, muitas vezes, conseguia resolver os problemas que lhe afligiam. Muitos escravos e libertos faziam isso. 
Aos poucos, a crença nos orixás foi se desenvolvendo e, no século XIX, deu origem ao Candomblé. Essa religião era formada por “irmãos de fé” ― pessoas que acreditavam nos orixás e que se reuniam em torno a uma mesma casa ou terreiro. 
Nesse espaço, comandado por uma mãe de santo ou um pai de santo, além de realizar suas cerimônias religiosas, entrar em contato com seus deuses e buscar repostas por meio de jogos de adivinhação (como o jogo de búzios), muitos escravos e libertos conseguiram formar outra família, que muito se assemelhava com as grandes linhagens existentes em diversas localidades africanas.
Outros cultos e religiões com matriz africana também surgiram durante o período escravista e foram fortemente combatidas, como o caso da Umbanda. Os especialistas não sabem ao certo a origem da Umbanda (que mistura cultos religiosos de matriz africana, indígena e kardecista), mas as pesquisas levam a crer que os primeiros cultos surgiram no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX.  
Juca Rosa ― liberto e filho de uma escrava da Costa ocidental africana ― é apontado pela historiografia como um dos possíveis fundadores dos cultos que, mais tarde, daria origem à Umbanda. Tido como feiticeiro, Juca Rosa era visitado não só por escravos e libertos, mas também por muitas pessoas ilustres da Corte do Império do Brasil que recorriam às suas “feitiçarias” para curar doenças do corpo e da alma.
Sua fama logo ganhou a cidade e Juca Rosa passou a ser perseguido pelas autoridades. Assim como Juca Rosa, outros homens e mulheres negros fizeram da religião não só uma ferramenta de construção de identidade, mas também uma forma de lutar contra uma sociedade escravista.
	
	
	
		1.
		As irmandades negras, criadas desde o período colonial, seguiam os mesmos preceitos religiosos das demais: todos os membros deveriam efetuar o pagamento da taxa anual ― dinheiro que seria revertido em festas, rituais fúnebres e missas das igrejas. A grande diferença dessas irmandades estava na condição de seus membros (a maioria eram escravos e/ou libertos) e o fato delas adorarem santos negros. Sobre as irmandades podemos afirmar que: 
		
	
	
	
	
	Eram organizadas nos quilombos.
	
	
	não funcionaram no auxílio aos negros.
	
	
	foram importantes formas de resistência.
	
	
	enriqueceram a custa dos escravos.
	
	
	Foram o embrião do desenvolvimento da Umbanda.
	
	
		2.
		Os africanos possuíam uma forma de religiosidade bastante distinta da imposta pelos colonos europeus. Para preservar alguns elementos dessa religiosidade eles empregaram uma forma de "camuflá-la" denominada: 
		
	
	
	
	
	hibridismo 
	
	
	conversionismo. 
	
	
	sincretismo 
	
	
	Mutualismo
	
	
	aderentismo. 
	
	
		3.
		A religiosidade católica foi uma das principais caraterísticas da colonização portuguesa na América. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor aponta essa importância.
		
	
	
	
	
	A atuação da Igreja Católica foi importante unicamente para a assistência dos mais pobres, o que aponta a caridade como a grande característica do catolicismo colonial.
	
	
	A Igreja Católica foi o fundamento dasrelações sociais tecidas na América Portuguesa, sendo o catolicismo apropriado também pela cultura africana, que o utilizou como forma de resistência à dominação colonial.
	
	
	A Igreja Católica se destacou como protetora dos escravos negros e como algoz dos escravos indígenas.
	
	
	A Igreja Católica não acatou as ordens do Tribunal do Santo Ofício, o que transformou a América Portuguesa no refúgio ideal para os cristãos novos.
	
	
	A Igreja Católica se destacou como uma das instituições mais liberais da sociedade colonial, sendo a protetora tanto nos negros como dos índios.
	
	
		4.
		De que forma o sincretismo religioso pode ser entendido como forma de resistência?
		
	
	
	
	
	O sincretismo religioso é o processo em que há o total abandono das práticas religiosas e culturais natais pelas populações escravas, que assumem por completo a religião e a cultura do colonizador. 
	
	
	O sincretismo religioso era a forma pela qual os escravos se recusavam a passar pela catequese.
	
	
	O sincretismo religioso foi a maneira que índios e africanos encontraram para manter plenamente puras suas religiões.
	
	
	O sincretismo religioso consiste na introdução de elementos das culturas indígena e negra na religião oficial católica, uma vez que eram proibidos de praticar sua própria religião abertamente, mesclavam-na com o catolicismo.
	
	
	O sincretismo religioso era a forma pela qual os colonizadores obrigavam indígenas e negros a se converterem ao catolicismo.
	
	
		5.
		De modo geral, a escravidão nunca se estabeleceu sem ter a resistência do grupo subjugado. No caso do negro africano é possível identificar as seguintes formas de resistências:
		
	
	
	
	
	banzo, quilombos e religiosa
	
	
	partidária, religiosa e quilombos 
	
	
	quilombos, jurídica, banzo
	
	
	religiosa, voluntária, individual
	
	
	jurídica, religiosa e quilombos
	
	
		6.
		A combinação de crenças dos tupinambás no paraíso terrestre, com a hierarquia e os símbolos do cristianismo deu origem a qual movimento de resistência? 
		
	
	
	
	
	Quilombos 
	
	
	Missões 
	
	
	Revoltas 
	
	
	Irmandades 
	
	
	Santidade 
	
	
		7.
		A resistência foi uma constante na vida de índios escravizados. Como exemplos de resistência indígena podemos citar:
		
	
	
	
	
	Isolamento, antropofagia e fugas.
	
	
	Catequese, fugas e rejeição da religião europeia;
	
	
	Antropofagia, isolamento e casamento com os brancos;
	
	
	Isolamento, catequese e enfrentamento aberto;
	
	
	Enfrentamento aberto, canibalismo e adoção total dos costumes europeus;
	
	
		8.
		Pertencer a uma Irmandade negra significava:
		
	
	
	
	
	obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra os maltratos de seus senhores e ajuda para a compra da carta de alforria; 
	
	
	obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção nos quilombos e ajuda para a compra da carta de alforria: 
	
	
	obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra fugas e ajuda para a compra da carta de alforria; 
	
	
	obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra os maltratos de seus senhores e recebimento da carta de alforria em cinco anos; 
	
	
	Obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra os maltratos de seus senhores e ajuda para fugir dos senhores. 
 FORMAS DE RESISTÊNCIA AO PODER ESCRAVISTA
	
	
		1.
		Marque entre as opções abaixo aquela que apresenta um exemplo de rebelião indígena contra a escravidão.
		
	
	
	
	
	Confederação dos Tamoios.
	
	
	Revolta de Vila Rica.
	
	
	Inconfidência Mineira.
	
	
	Guerra de Canudos.
	
	
	Quilombo de Palmares.
	
	
		2.
		A resistência contra a escravização vem desde o início da colonização, através de formas variadas: 
		
	
	
	
	
	O suicídio não pode ser considerado uma forma de resistência.
	
	
	Os quilombos eram aldeamentos compostos principalmente por negros que fugiam dos latifúndios, passando a viver comunitariamente. 
	
	
	As formas passivas eram fugas isoladas, assassinato de senhores e feitores, formação de quilombos, revoltas rurais e urbanas
	
	
	A religiosidade nunca foi usada como forma de resistência por índios e afrodescendentes. 
	
	
	As formas ativas podem ser exemplificadas pela negociação.
	
	
		3.
		Os africanos eram trazidos ao Brasil e tentavam manter alguns traços de sua cultura, ainda que misturados aos elementos da cultura hegemônica europeia. Esse processo é denominado: 
		
	
	
	
	
	Assimilacionismo
	
	
	Hibridismo
	
	
	resistência adaptativa 
	
	
	Degeneracionismo
	
	
	Contaminatio
	
	
		4.
		Entre as opções abaixo, assinale aquela que apresenta um exemplo de revolta negra contra a escravidão que aconteceu no Brasil.
		
	
	
	
	
	Revolta Haitiana.
	
	
	Inconfidência Mineira.
	
	
	Revolta de Tupac Amaru.
	
	
	Revolta dos Malês.
	
	
	Revolução Pernambucana.
	
	
		5.
		Ao longo do século XVII, em especial na região das minas, o quilombo se tornou uma das principais formas de resistência à escravidão, sendo, por isso, alvo da atenção das autoridades policiais. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta a definição de "quilombo".
		
	
	
	
	
	Os quilombos eram comunidades formadas por escravos africanos que não apenas resistiam à escravidão, mas chegavam a desenvolver relações de comércio com pequenas fazendas.
	
	
	Os quilombos foram organizados exclusivamente pelos escravos indígenas, já que os negros africanos não eram capazes de organizar a resistência comunitária.
	
	
	Os quilombos se concentraram apenas na no sul, que era a única região da América Portuguesa que possuía escravos.
	
	
	Os quilombos eram os centros de repressão organizados pelas autoridades policiais, sendo formados exclusivamente por Capitães do Mato.
	
	
	Os quilombos se concentraram apenas na no nordeste açucareiro, que era a única região da América Portuguesa que possuía escravos.
	
	
		6.
		Para a grande maioria dos cativos, a resistência ao cativeiro se fazia dia a dia, da hora em que se levantava para trabalhar até o momento de se recolher para dormir. Onde quer que tenha existido escravidão também houve resistência escrava. E tal resistência foi experimentada em diferentes níveis durante toda a história da escravidão no Brasil. Como exemplos de resistência podemos citar:
		
	
	
	
	
	Fugas, quilombos e os casamentos mistos;
	
	
	Os quilombos, a manutenção de hábitos culturais tais como a língua e a religião e o alto índice de reprodução entre os escravos;
	
	
	As fugas, os casamentos mistos e as Irmandades;
	
	
	Quilombos, assassinatos de senhores e/ou feitores e casamentos com brancos.
	
	
	As Irmandades, as fugas e os quilombos.
	
	
		7.
		No ano de 1996, foram comecorados os 300 anos da morte de Zumbi, o líder maior do Quilombo de Palmares. Segundo as historiadoras Elza Nadai e Joana Neves, "o século XVI foi marcado por uma guerra sem tréguas aos quilombos de Palmares". Sobre a resistência negra à escravidão no Brasil, é correto afirmar que:com exceção do quilombo de Palmares, a única forma de resistência encontrada pelos escravos foi o sincretismo religioso, em que conseguiam praticar sua religião ancestral; 
	
	
	a única vez em que os negros escravos se insurgiram contra a escravidão foi sob a liderança de Zumbi, que organizou a comunidade de Palmares; 
	
	
	os quilombos, centros de resistência negra que se constituíam nos matos e nas florestas, não mantinham qualquer contato com as populações das vilas e reproduziam fielmente a estrutura social das tribos da África; 
	
	
	a fuga era a única saída para os quilombos auxiliados pelos jesuítas. 
	
	
	além das revoltas e dos quilombos, os escravos cometiam assassinatos, crimes, suicídios, mutilações e outras formas de resistir à condição de escravo; 
	
	
		8.
		Os africanos no Brasil encontraram várias formas de manifestar seu inconformismo diante da escravidão. Dentre as formas mais usuais podemos citar: 
I - Fugas, suicídios, infanticídios. 
II - Formação de quilombos. 
III - Estabelecimento de associações de auxílio mútuo como sindicatos, só que clandestinos. 
		
	
	
	
	
	apenas I e II estão corretas.
	
	
	apenas I está correta.
	
	
	apenas I e III estão corretas. 
	
	
	apenas II está correta.
	
	
	apenas III está correta.

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