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Relatório de carboidratos

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ. 
 
CURSO: TÉCNICO EM QUÍMICA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO 
DOCENTE: MILTON NAZARENO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ANÁLISE DE CARBOIDRATOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BELÉM 
 Março/2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ANÁLISE DE CARBOIDRATOS 
 
 
 
 
 
 
 
 ALESSANDRO RODRIGUES 20172023610 
 ÉDIMA YASMIM DIAS 20172024028 
 GUILHERME SILVA 20172023648 
 NICOLAS SOARES COSTA 20172023660 
 VICTOR MATHEUS BEZERRA 20172023670 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 BELÉM 
 Março/2019 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
De acordo com Anita Marzzoco (1999) os carboidratos são compostos que, em geral, 
apresentam a fórmula empírica (CH2O)n. São poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas, 
ou substâncias que, hidrolisadas, liberam estes compostos. Carboidratos com sabor doce, 
como sacarose glicose e frutose, comuns na alimentação humana, são chamados 
açúcares (saccharum, em grego). 
Michael W. King (2017) acrescenta que todos os carboidratos contêm pelo menos 
um carbono assimétrico (quiral) e são, portanto, opticamente ativos. Além disso, os 
carboidratos podem existir em qualquer uma das duas conformações, conforme 
determinado pela orientação do grupo hidroxila sobre o carbono assimétrico mais 
distante do carbonila. Com algumas exceções, os hidratos de carbono que são de 
significado fisiológico existem na configuração D. As conformações espelhadas, 
chamadas enantiômeros, estão na configuração L. 
O Prof. Dr. Sérgio Piling em seu roteiro experimental traz as seguintes afirmações 
acerca da atividade ótica: quando um feixe de luz plano-polarizada e monocromático 
atravessa uma coluna de comprimento L (em unidade de dm) de uma solução, contendo 
uma substância oticamente ativa (substância capaz de girar o plano da luz polarizada) de 
concentração c (em unidade de g/mL ou g/cm3 ), a rotação do plano de polarização da 
luz é dada pela lei de Biot: 
 α = [α]tλ x L x c 
Onde a é o ângulo de rotação e [α]tλ é uma constante chamada de poder rotatório 
específico, característico da substância oticamente ativa. Esta constante depende do 
comprimento de onda λ e da temperatura t. 
2. OBJETIVO 
Análise qualitativa e quantitativa de carboidratos a partir do uso do reativo de 
Benedict. 
 
 
 
 
 
 
 
3. MATERIAIS E REAGENTES 
3.1.MATERIAIS 
 Tubos de ensaio – 4 unidades; 
 Béquer de 50 mL – 3 unidades; 
 Bico de Bunsen; 
 Tela de amianto; 
 Pipeta Pasteur; 
 Proveta – 1 unidade. 
3.2.REAGENTES 
 Citrato de sódio (Na3C6H5O7); 
 Carbonato de sódio (Na2CO3); 
 Sulfato de cobre II (CuSO4); 
 Sacarose (C12H22O11); 
 Glicose (C6H12O6); 
 Leite (Lactose - C12H22O11); 
 Maça (Frutose - C6H12O6). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. PROCEDIMENTOS 
4.1.PROCEDIMENTO 01: 
 
Inicialmente, foram adicionadas aproximadamente 50mL de água destilada em um 
béquer, em seguida, essa água foi descarbonizada. Foram pesados 8,5g de citrato de 
sódio e 5,0g de carbonato de sódio. Com o auxílio de uma proveta, mediu-se 35mL da 
água descarbonizada no início do procedimento, ela foi adicionada no béquer que já 
continha citrato e carbonato de sódio. 
 Posteriormente, pesou-se 0,05g de sulfato de cobre II em um béquer, e 
novamente, utilizando uma proveta, mediu-se 5mL da água aquecida, a qual foi 
transferida para o béquer no qual se encontrava o sulfato. Após essa etapa, a solução do 
segundo béquer foi lentamente transferida para a do primeiro béquer, no qual já 
continha a solução anterior. Adicionou-se mais água no sistema para que ele 
completasse os 50mL. 
 Quatro tubos de ensaio foram devidamente lavados, e em cada, foram 
adicionados diferentes tipos de açúcar. Em seguida, todos foram numerados para 
identificação. 
 Tubo 01: Glicose; 
 Tubo 02: Sacarose; 
 Tubo 03: Lactose; 
 Tubo 04: Frutose. 
Utilizando uma pipeta Pasteur, foram adicionadas 10 gotas (0,5mL) da solução do 
sistema anterior em cada tubo de ensaio, em seguida, todos foram levados para banho 
maria, onde permaneceram até a observação de uma determinada coloração. 
 
 
 
 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
5.1.RESULTADOS E DISCUSSÕES DO PROCEDIMENTO 01: 
 
Após a adição do sulfato de cobre II no béquer que continha citrato e carbonato de 
sódio, ocorreu a formação do reativo de Benedict, sua coloração é azul e o seu princípio 
se baseia na redução do Cu
2+
 para Cu
+
, esse recebimento de elétrons pode ser observado 
através da formação de um precipitado castanho no sistema, indicando, assim, a 
presença de um açúcar redutor. O óxido de cobre I é a substância responsável pela 
transferência de coloração. 
 Cu
2+
 Cu
+ 
Cu2O + H2O 
Foram adicionadas 10 gotas (0,5mL) do reativo de Benedict em cada tubo de ensaio 
que continha um determinado tipo de açúcar, todos os sistemas foram colocados em 
banho maria e após três minutos, foi observada a formação de um precipitado marrom 
de diferente tom em cada tubo. 
 Foto 01: Tubos de ensaio após aquecimento em banho maria 
 
 
O precipitado de cor castanho evidencia a presença de açúcar redutor, ou seja, 
eles são capazes de reduzir o íon Cu
2+
, os mais comuns são: glicose (tubo 01), lactose 
(tubo 03) e frutose (tubo 04). A sacarose, mesmo sendo um dissacarídeo (assim como a 
lactose), é a única entre os utilizados que não é redutora, visto que os grupamentos 
aldeídicos do C1 da glicose e cetônico do C2 da frutose estão bloqueados pela ligação 
 01 02 03 04 
 
 
glicosídica ∝-1,2 (ligação nos 2 carbonos anoméricos). Para que a redução ocorra, ela 
precisa ser hidrolisada antes do processo. A hidrólise da sacarose é feita pela enzima 
frutofuranase, ela rompe a sacarose, liberando uma glicose e uma frutose. O açúcar não 
redutor passa a redutor. 
A diferença observada na tonalidade se dá pela natureza do açúcar, por exemplo, 
os monossacarídeos (presentes nos tubos 01 e 04), são os que possuem uma coloração 
mais escura, esses tipos de carboidrato são considerados simples, pois não sofrem o 
processo de hidrólise. Estes compostos orgânicos, portanto, são carboidratos 
polimerizados. A maioria dos monossacarídeos possuem de 3 a 6 átomos de carbono. 
Constituem importante fonte de energia para o funcionamento e manutenção do corpo 
humano. 
Os dissacarídeos (presentes nos tubos 02 e 03) são compostos formados por duas 
moléculas de monossacarídeos. A sacarose (tubo 02) é formada pela soma entre frutose 
e glicose, já a lactose (tubo 03), é formada pela soma entre glicose e galactose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. CONCLUSÃO
Com o término dos procedimentos e estudo a respeito do que foi trabalhado em 
laboratório, tornou-se possível entender que os açúcares redutores se tratam de 
carboidratos que podem atuar como agentes de redução devido à presença do grupo 
aldeído, isto é, esses compostos se oxidam sem a necessidade serem hidrolisados com 
antecedência. 
Se tornou possível afirmar que a maior diferença entre o açúcar redutor e o não 
redutor se dá pela presença de aldeídos, em açúcares não redutores, esse grupo não se 
faz presente. 
Se pôde compreender que os açúcares que apresentam a hidroxila livre no C-1 são 
bons agentes redutores. Por esse motivo a extremidade que contém a -OH passa a ser 
chamada extremidade redutora e o açúcar, de açúcar redutor. A capacidade que esses 
compostos apresentam de reduzir íons metálicos em soluções alcalinas é um bom 
método de identificação desses compostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
MARZZOCO, Anita. Bioquímica Básica. Anita Marzzoco, Bayardo 
Baptista Torres. 2. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A.,1999. 
KING, Michael W. The Medical Biochemistry Page. Carbohydrates. 
Última modificação em: 26 de Maio de 2017. Disponível em: 
<http://themedicalbiochemistrypage.org/carbohydrates.php> Acesso em: 
31 de Março de 2019, às 03:35 PM. 
PILING, Sérgio. Polarimetria: determinação do poder rotatório específico 
de substâncias quirais utilizando a lei de Biot. Estudo envolvendo soluções 
de sacarose e aminoácidos (D-alanina, L- alanina e DL – alanina). 
Disponível em: <https://www1.univap.br/spilling/FQE2/FQE2.htm>. 
Acesso em: 31 de Março de 2019, às 5:49 PM. 
Preparo e emprego do reagente de Benedict. Disponível em: 
http://qnesc.sbq.org.br. Acesso em: 31 de Março de 2019, às 10:37 AM. 
Pesquisa de açúcares redutores: prova de Benedict. Disponível em: 
http://www.fcfar.unesp.br. Acesso em: 31 de Março de 2019, às 1:54 PM. 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE 
 
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE AÇÚCARES 
Cálculo da concentração da glicose 
Rotação específica da glicose [α]λ
t: + 52,8 
 
 
Comprimento do tubo do polarímetro (L): 2 dm 
Ângulo de rotação medido no polarímetro (α): 0,010 
Pela lei de Biot tem-se: 
 α = [α]tλ x L x c 
Logo é possível determinar a concentração de glicose utilizando os 
valores relatados acima. 
 
c =
α
[α]λ
t x L
 
 
c =
0,010
52,8 x 2 
 
c =
0,005
52,8 
→ c = 9,47 x 10−5g/mL 
Transformando para a concentração comum, sabendo que 1 mL = 10
-3 
L, tem-se: 
9,47 x 10
-5 
g___________10
-3 
L 
X_____________________1 L 
X = 9,47 x 10
-2
g 
Logo, a concentração comum é 9,47 x 10
-2
g/L 
 Transformando para concentração em quantidade de matéria, sabendo que a 
massa molar da glicose é 180,156 g/mol, tem-se: 
Cn =
C
MM
 
Cn =
9,47 x 10−2g/L
180,156 g/mol
→ Cn = 5,26 x10
−4mol/L 
 Pode-se constatar que a concentração de glicose 
era 9,47 x10−5g/mL, 9,47 x 10−2g/L ou 5,26 x10−4mol/L na amostra submetida ao 
polarímetro.

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