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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO E LICITAÇÕES

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DIREITO ADMINISTRATIVO – RESUMO AV1 - LIVRO MATHEUS CARVALHO 
RESPONSABILIADDE CIVIL DO ESTADO 
➢ A responsabilidade Civil do Estado de ressarcir o particular é decorrente da RESPONSABILIDADE 
EXTRACONTRATUAL ou AQUILIANA, ou seja, não decorre de nenhum vínculo ou contrato anterior com o 
sujeito indenizado. 
➢ A responsabilidade do Estado perante a vítima não exclui a responsabilidade posterior do agente público, 
desde que tenha ocorrido de forma dolosa ou culposa para o dano causado. 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
➢ Teoria da Irresponsabilidade do Estado: A premissa de que "o rei nunca errava" (the king can do not wrong) 
embasa a primeira fase da responsabilidade civil que é justamente a fase da irresponsabilidade. O Estado não 
respondia por seus atos, era sujeito irresponsável (Teoria nunca adotada no Direito brasileiro). 
➢ Responsabilidade com previsão legal: O Estado, que, até então, agia irresponsavelmente, passou a ser 
responsável, em casos pontuais, sempre que houvesse previsão legal específica para responsabilidade (muito 
estrita). 
➢ Teoria da Responsabilidade Subjetiva (teoria civilista): A responsabilização do ente público ocorre nos 
moldes do direito civil, ou seja, era necessário que o agente comprovasse que houve culpa ou dolo o agente. 
➢ Teoria da Culpa do Serviço: Com base nessa teoria a vítima apenas deve comprovar que o serviço foi mal 
prestado ou prestado de forma ineficiente ou ainda com atraso, sem necessariamente apontar o agente 
causador. Não se baseia na culpa do agente, mas do serviço como um todo e, por isso, denominamos Culpa 
Anônima (ainda usada em alguns casos). 
➢ Teoria da responsabilidade Objetiva: Independe de comprovação de dolo ou culpa do agente para a 
responsabilização do Estado, bastando a comprovação da mera relação causal entre o comportamento desse 
agente público e o dano (previsto desde a Constituição de 1946). 
➢ É necessário comprovar que o dano foi gerado pela soma de três fatores: 
a) Conduta (lícita ou ilícita): Praticada por um agente público, atuando nessa qualidade. 
b) Dano causado a um terceiro (usuário ou não do serviço) a um bem protegido pelo ordenamento jurídico, 
ainda que exclusivamente moral. 
c) Nexo de Causalidade: Demonstração que a conduta do agente foi preponderante e determinante para a 
ocorrência do evento danoso. 
 
Previsão legal – Art. 37, § 6° da CRFB/88 
“§6°. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa” 
➢ A responsabilidade Civil do Estado é objetiva, mas a responsabilidade civil do agente é subjetiva, decorrendo 
de comprovação de dolo ou culpa. 
AGENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL 
➢ Pessoas Jurídicas de Direito Público da Administração Direta e indireta; 
➢ Empresas estatais prestadoras de serviço público (empresa pública e sociedade de economia mista). 
Obs: Empresas estatais que exploram atividade econômica terão a responsabilidade regulamentada pelo 
direito privado. 
➢ Particulares prestadores de serviço público por delegação: Nesse caso há uma responsabilidade objetiva 
direta do particular prestar do serviço e uma responsabilidade objetiva subsidiária do Estado. 
Ex.: ônibus - transporte público: Passageiro sofre acidente dentro do ônibus e morre. A responsabilidade será 
objetiva da empresa prestadora de serviço público, bem como do ente estatal. Nesses casos, a 
responsabilidade do Estado é objetiva, porém subsidiária à da empresa prestadora do serviço. 
➢ STF - Ainda que o dano seja causado a terceiro, não usuário do serviço público, a responsabilidade também 
é objetiva, em virtude que a CRFB/88 não diferencia os danos causados a terceiros em virtude de serem ou 
não usuários do serviço – R. Ext. nº 591874/09. 
 
➢ Ainda que a atuação do Estado seja lícita, irá gerar a responsabilidade objetiva do Estado; 
➢ Conduta Ilícita – Responsabilidade decorre do princípio da legalidade; 
Conduta Lítica – Responsabilidade decorre do princípio da isonomia, isso por que há uma desigualdade ao 
se beneficiar a coletividade em geral e prejudicar uma parcela dessa mesma coletividade. 
Obs.: Nos casos de danos decorrentes de atos lícitos, a responsabilização do ente estatal depende da 
comprovação de que estes danos são anormais e específicos. 
➢ Risco social: São restrições gerais feitas através de atos lícitos, que são decorrentes da vida em sociedade, 
não ensejando, portanto, indenizações por parte do estado. 
➢ TEORIA DO DUPLO EFEITO DO ATO ADMINSITATIVO: O mesmo ato gera efeitos diferentes em relação a 
pessoas diferentes, ou seja, o mesmo ato administrativo pode vir a causar um dano específico/anormal para 
determinada pessoa e para outra não causar dano passível de indenização (quando do risco social, p.ex.). 
➢ Conduta: Deve ser de determinado agente público que atue nesta qualidade ou, ao menos, se aproveitando 
da qualidade de agente para causar o dano. 
Agente de fato necessário – Precisa praticar uma conduta devido uma emergência; 
Agente de fato putativo – Aparência de Agente, mas não está investido. 
➢ Dano – Deve ser um bem jurídico, ainda que exclusivamente moral 
➢ Nexo Causal: A Teoria adotada foi a da Causalidade Adequada, ou seja, a conduta do agente público tem 
que ter sido suficiente por si só para ensejar o dano. 
➢ A teoria da interrupção do nexo causal expõe que quando condutas posteriores, alheias à vontade do 
Estado, causam danos a terceiros, não há o que se falar em responsabilidade estatal. 
➢ As situações nas quais ocorre a interrupção do nexo de causalidade, são apontadas, pela doutrina, como 
hipóteses excludentes de responsabilidade do Estado, que são o Caso Fortuito, Força Maior e Culpa 
Exclusiva da Vítima. 
TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
➢ Teoria do Risco Administrativo: O estado, ao exercer a atividade administrativa, tem como finalidade alcançar 
o bem comum. 
➢ Por se tratar de ativiadade potencialmente danosa, o ente público, ao assumir o risco de exercer tal atividade, 
é responsabilizado objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, admitindo, porém, a 
exclusão de responsabilidade quando estiverem ausentes alguns dos elementos da responsabilidade1, quais 
sejam Conduta, dano e nexo de Causalidade. 
➢ Teoria do Risco Integral: Ente público como garantidor universal. 
➢ A simples existência do dano e do nexo causal é suficiente para que surja a obrigação de indenizar para a 
Administração. 
➢ Não admite excludentes de responsabilidade. 
➢ Tal teoria é aplicada a situações exepcionais, a saber: 
a) Dano decorrente de Atividade Nuclear. (atividade comissiva e omissiva) 
b) Dano ao meio ambiente, em relação aos atos comissivos. 
Atos omissivos - STJ: Responsabilidade objetiva de execução subsidiária. (Primeiro é cobrado a quem fez 
o dano); 
c) Dano decorrente de acidente de transito: Decorre do seguro obrigatório: DPVAT. 
d) Crimes ocorridos a bordo de aeronaves; 
e) Danos decorrentes de ataques terroristas. 
RESPONSABILIDADE POR OMISSÃO DO ESTADO 
➢ A responsabilidade do Estado decorre de uma não atuação do agente público. 
➢ A responsabilidade, nos casos de omissão, será subjetiva, porém não depende de demonstração de dolo ou 
culpa do agente público, mas se baseará na culpa do serviço. (culpa anônima) 
➢ O que é analisado é a não prestação, má prestação ou prestação atrasada do serviço. 
➢ Elementos: Comportamento omissivo do Estado, o dano (evitável), o nexo de causalidade e a culpa do serviço. 
➢ A responsabilização depende de ato omissivo ilícito, ou seja, a omissão do agente deve configurar ausência 
de cumprimento de seus deveres legalmente estabelecidos. 
➢ Nesse sentido, o Estado não se responsabilizará por:a) Fatos da Natureza. 
b) Atos de terceiros ou Atos de multidões (desde que tenha tomado as medidas possíveis a impedir o dano 
causado). 
 
 
 
 
 
 
Exemplos: Pessoa é assaltada em virtude de um arrastão; 
Pessoa é assaltada em uma rua conhecida por ser local de vários assaltos; 
Em virtude das chuvas frequentes, determinada vizinhança se encontra totalmente alagada e, 
nesse contexto, uma criança sai para brincar e morre com leptospirose. 
É necessário comprovar que o alagamento se deu em virtude da má prestação do serviço de 
esgoto e escoamento de águas; 
 
TEORIA DO RISCO CRIADO OU SUSCITADO: O Estado cria uma situação de risco e dela decorre um dano. 
➢ A responsabilidade do Estado, nesse caso, será objetiva, mesmo que não haja conduta do agente em relação 
a isso. 
➢ Acontecerá sempre que se houver uma situação de custódia, onde o Estado deve assegurar a segurança de 
algo ou alguém! Exs.: Preso que mata outro; Preso que foge e assalta a casa ao lado. Situações de criaças 
dentro de uma escola pública, carros apreendidos no pátio do Departamento de transito, etc. 
➢ Fortuito Interno: Situação não rotineira (imprevisível), mas que decorre diretamete da situação de custódia. 
Ex.: Rebelião ocorre e um preso mata outro. Nesse caso, há responsabilidade do Estado. 
➢ Fortuito Externo (ou força maior): Situação totalmente alheia e independete da situação de custódia. 
Ex.: Raio cair em um preso dentro do presídio. Nesse caso Inexiste responsabilidade, baseado na Teoria da 
conditio sine qua non, a qual afirmará que a responsabilização, nestes casos, dependerá somente da 
comprovação de que a custódia é uma condição sem a qual o dano não teria ocorrido, mesmo que situações 
supervenientes tenham contribuído para o dano. 
➢ EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE 
➢ São todas as hipóteses em que há a ausência de um dos elementos constitutivos da responsabilidade civil do 
Estado (Conduta do agente, atuando nessa qualidade; Dano causado a um particular e Nexo de causalidade 
entre o dano e a conduta). Exs: 
a) Caso Fortuito: Eventos provenientes de ato humano, imprevisíveis e inevitáveis, que impedem o 
cumprimento de uma obrigação, tais como a greve, a guerra etc. 
b) Força Maior: Eventos previsíveis ou imprevisíveis, porém inevitáveis, decorrentes das forças da natureza, 
como o raio, a tempestade, etc. (definições não pacíficas) 
c) Culpa Exclusiva da vítima 
 
RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO 
➢ Como Ocorre? 
➢ 1° o estado é demandado e responsabilizado objetivamente pelo prejuízo causado pelo agente público. Logo, 
através de uma ação de regresso, demanda contra esse agente, que responderá de forma subjetiva, ou seja, 
após a análise de dolo ou culpa do mesmo. 
➢ Nesse contexto, de acordo como STF, não pode a vítima propor diretamente ação contra o agente, 
baseado na chamada Teoria da dupla garantia, que garante ao particular prejudicado ser indenizado pelos 
prejuízos que sofreu (celeridade) e ao agente a garantia de só ser cobrado pelo estado. 
DENUNCIAÇÃO À LIDE 
➢ Para a doutrina não é possivel, haja vista que ensejaria um prejuízo ao autor-vítima ao ampliar o mérito 
subjetivo da ação principal (prejudicando assim a celeridade processual). 
➢ Porém, a jurispudência (vulgo STJ), ao se valer dos princípios da economia processual, eficiência e celeridade, 
vêm admitindo a denunciação à lide, deixando claro somente que, nesses casos, o estado não está obrigado 
a fazê-lo, sendo mantido o direito de regresso autônomo caso o ente público opte por não se valer da 
intervenção de terceiro, para cobrar de seu agente. 
➢ Com o advento do NCPC, a denunciação à lide passa a ser uma opção do réu e não uma exigência, conforme 
redação do art. 125 do CPC, que dispõe: 
Art. 125. É adminissel a denunciação a lide, promovida por qualquer das partes: 
II- àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de 
quem for vencido no processo. 
PRAZO PRESCRICIONAL (pretensão em relação ao estado ou vítima de entrar com ação reparatória) 
➢ Com o art. 1° do Decreto lei 20.910/32 e Art. 1°, C da lei 9494/97 – 05 anos (sendo uma alteração benéfica 
ao Estado, haja vista que anteriormente o prazo para propror ação reparátoria contra o Estado era de 10 anos) 
➢ Advento do CC/02 – Art. 206, parágrafo 3°, V - 3 anos (O que era um benefício, se tornou um prejuízo). 
➢ Como Ficou? Não há consenso. 
Parte da Jurisprudência: Art. 206 se aplica ao estado somente (norma posterior e mais benéfica) 
Doutrina e STJ: Deve-se marter o prazo de 5 anos, haja vista que o Código civil de 2002 é norma geral e 
portanto não poderia alterar lei especial. 
➢ O estado, em relação ao agente, tem o prazo de 3 anos para ajuizar ação de regresso. (se o dano for ao erário 
é imprescritível o seu ressarcimento). 
➢ O dano a 3° é prescritível em 5 anos. (não pacificado, mas majoritário) 
 
 
 
RESPONSABILIDE POR OBRA PÚBLICA 
a) Má execução da obra: Caso o Executor for o Estado: A responsabilidade é objetiva. 
 Caso o Executor seja um particular: O empreiteiro responde de forma subjetiva, respondendo da mesma forma 
o estado se comprovado que houve omissão dele no dever de fiscalização do contrato celebrado. 
b) Responsabilidade pelo simples fato da obra: O dano é causado pelo simples fato dela existir, sem que 
tenha havido a culpa de ninguém. 
➢ Nesse caso, é irrelevante saber quem está executando a obra. 
➢ Ocorrendo o dano, ter-se-á a responsabilidade objetiva do Estado. 
RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS 
➢ Primeiro faz-se necessário a diferenciação entre leis de efeitos concretos e leis em sentido formal e 
material (leis gerais e abstratas). 
➢ Leis de efeitos concretos: São aquelas que possuem qualidade de lei em sentido formal, mas não em sentido 
material, configurando-se em verdaderios atos administrativos. 
Dessas leis decorre a responsabilidade civil do ente que a emanou nos mesmos moldes da responsabilidade 
civil do Estado por atos administrativos, com base da teoria do risco administrativo. 
Ex: lei de efeitos concretos que determina um terreno privado como área de utilidade pública para fins de 
desapropriação. Trata-se de lei, formalmente analisada, mas não guarda a conotação material de lei, ou seja, 
não estabelece normas gerais e abstratas. 
➢ Leis em sentido formal e material: São emanados pelo legislativo, com sanção do executivo (em obediência 
ao processo legislativo constitucional) e estipulam normas gerais e abstratas. 
➢ Em regra, não gera responsabilidade civil do estado, pois não causará dano específico a ninguém e o prejuízo 
eventualmente causado será geral à coletividade e não a determinado sujeito. 
➢ Excepcionamente, é possivel a responsabilição do estado, desde que: 
I - A lei criada cause danos diretamente a alguém; 
II - A mesma lei tenha sido declarada inconstitucional (controle concentrado de constitucionalidade com 
efeitos ega omnes). 
RESPONSABILIDADE POR ATOS JURISDICIONAIS 
➢ A Doutrina majoritária defende a irresponsabiliade do ente público por atos jurisdicionais típicos. 
➢ Isso por que, a luz princípio da recorribilidade dos atos jurisdicionais, se um ato de um magistrado prejudica a 
parte no processo, ela possui mecanismos recursais e até outras ações para eventuais revisões do ato. 
➢ Exceção: 
 Art. 5° LXXV da CRFB/88 - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário (ato jurisdicional), 
assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença. (ato administrativo= fase de execução 
da sentença) 
➢ Nesse caso, ao assumir o risco de aplicar a pena privativa de liberdade, o mesmo se responsabiliza 
objetivamente por eventuais danos causados. 
➢ A ação regressiva deve ser proposta em face do magistrado, respondendoo mesmo no caso de comprovação 
de dolo ou erro grosseiro do mesmo ao prolatar a decisão que causou danos. 
LICITAÇÃO (Lei 8.666/93) 
➢ É um procedimento administrativo prévio à todos os contratos da administração, disciplinado por lei e por um 
ato administrativo prévio, que determina critérios objetivos de seleção de proposta da contratação mais 
vantajosa, com observância do princípio da Isonomia, conduzido por um órgão dotado de competência 
específica. (Marçal Justen Filho) 
➢ Competência para Legislar (Art. 22, XXVII, CF/88): 
 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
 XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações 
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o 
disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 
173, § 1º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998). 
 
➢ Por ser tratar de competência privativa (e não exclusiva), os demais entes poderão expedir normas específicas 
para regulamentação de seus procedimentos licitatórios, desde que não violem as normas trazidas na 
legislação federal. 
➢ No âmbito federal existem duas leis gerais de licitações: Lei 8.666/93 e Lei 10.520/02 (lei do pregão) 
➢ Normas da lei 8666/93 que estabelecem regras específicas são constitucionais para a União e inconstitucionais 
para os demais entes federados que estão sujeitos, apenas às de caráter geral editadas no âmbito federal. 
➢ FINALIDADES DO PROCESSO LICITATÓRIO 
➢ Art. 3°, Lei 8.666/93 – “A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, 
a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional 
sustentável [...]” 
➢ Dada a redação do art. 3°, entende-se que são três as finalidades da licitação: 
a) Busca pela proposta mais vantajosa ao poder público; 
b) Garantia da isonomia das contratações públicas; 
c) Desenvolvimento nacional sustentável. 
➢ Dessa forma, qualquer pessoa que tenha interesse e cumpra os requisitos de lei, pode contratar com o poder 
público desde que, por óbvio, seja o vencedor do certame. 
➢ Att! Não há hierarquia entre as finalidades da licitação, não podendo o ente público, por exemplo, violar a 
garantia da isonomia, a pretexto de contratar a melhor proposta. 
 
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA LICITAÇÃO 
➢ Além dos princípios contidos no art. 37, CF, a licitação será norteada pelos seguintes princípios: 
PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO 
➢ O instrumento convocatório, em regra, é o edital, exceto no convite, em que a lei define a convocação mediante 
carta convite que se trata de um instrumento convocatório simplificado. 
➢ A elaboração do edital pela Administração pública é livre, havendo discricionariedade na sua elaboração, na 
busca de satisfazer os interesses da coletividade, todavia, após a sua publicação, a Administração fica 
vinculada àquilo que foi publicado 
➢ Sendo assim, pode-se dizer que o edital vincula não só os licitantes, mas também a própria administração 
pública. 
PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO 
➢ O edital deve estabelecer, de forma precisa e clara, quais critérios objetivos serão usados para seleção da 
proposta vencedora, que não se submetem às escolhas dos julgadores. 
➢ Também é importante destacar que não se pode alterar as regras da licitação quando ela já estiver em curso. 
➢ (no meio da licitação) 
PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS 
➢ As propostas apresentadas são sigilosas até a data da abertura dos envelopes, a ser feita em conjunto por 
todos os concorrentes, em sessão pública, sob pena de improbidade administrativa e crime definido pela própria 
lei de licitações. 
➢ Obs.: Tal princípio não fere o princípio da publicidade, que também deve ser observada no procedimento 
licitatório. 
PRINCÍPIO DO PROCEDIMENTO FORMAL 
➢ A licitação se desenrola por meio de um procedimento definido em lei que varia de acordo com cada 
modalidade licitatória. 
➢ Nesse sentido, o administrador não pode criar uma nova modalidade licitatória ou combinar duas ou mais 
modalidades já existentes. 
➢ A administração deve também obedecer a todas as fases da licitação, sendo vedado que uma das fases não 
seja realizada. 
PRINCÍPIO DA EFICÁCIA ADMINISTRATIVA 
➢ A eficácia impõe a adoção da solução mais eficiente e conveniente para a gestão dos recursos públicos. 
Dessa forma, o agente público tem o dever de gerenciar os recursos públicos, onerando o menos possível a 
Administração. 
PRINCÍPIO DA ISONOMIA 
➢ Deve ser garantido um tratamento igualitário entre os licitantes, nos moldes do art. 3°, § 1° da lei 8666/92, não 
se admitindo qualquer espécie de tratamento diferenciado que vise a beneficiar ou prejudicar algum 
participante do certame. 
➢ Não se admite também que a Administração Pública exija requisitos para participação no certame que não 
estejam previamente estipulados em lei e sejam indispensáveis à realização do certame. 
➢ A isonomia em seu sentido material significa tratar igualmente os iguais e oferecer tratamento desigual aos 
desiguais na medida de suas desigualdades. 
➢ Com base nisso, está em conformidade com esse princípio o tratamento diferenciado dispensado a 
microempresas e empresas de pequeno porte, bem como possibilidade de criação de preferências para 
aquisição de produtos manufaturados ou serviços nacionais que obedeçam às normas técnicas brasileiras, 
nos moldes do art. 3°, §§ 6° a 12. 
TIPOS DE LICITAÇÃO 
➢ Os tipos de licitação não se confundem com as modalidades de licitação: 
➢ Tipos de licitação: Dizem respeito aos critérios de julgamento (“menor preço”, “melhor técnica”, “técnica e 
preço e “maior lance”). 
➢ Modalidades de licitação: Dizem respeito a estrutura procedimental (concorrência, tomada de preços, 
convite, concurso, leilão e pregão). 
 
Menor Preço: Administração é orientada a selecionar a proposta de melhor preço, que não pode ser confundido 
com o menor valor monetário, pois, existem hipóteses em que pagar o valor mais elevado propiciará à 
Administração Pública vantagens maiores. 
➢ Este tipo é utilizado quando o produto pretendido pela Administração não tiver nenhuma característica 
especial, ou quando as características especiais são definidas como requisitos mínimos para contratação. 
Melhor Técnica: Tem por critério de escolha a qualidade do produto a ser adquirido ou do serviço a ser prestado. 
➢ O Edital deve prever a apresentação de 2 (duas) propostas (uma técnica e outra comercial/de preço). 
Técnica e Preço: A escolha do vencedor será adequada, quando a variação de qualidade da prestação refletir na 
satisfação das necessidades do Estado. 
➢ Sendo assim, será feita uma análise de preço bem como de qualidade do bem ou serviço a ser prestado pelo 
vencedor. 
➢ ATT! Os tipos de licitação “Melhor técnica” e “técnica e preço” serão utilizados exclusivamente para serviços 
de natureza predominantemente intelectual (Art. 46, caput), ou para serviços de informática. (Art. 45 § 4°) 
➢ Excepcionalmente podem ser adotados para bens, obras ou serviços de grande vulto, que empreguem 
tecnologia sofisticada e de domínio restrito (art. 46 § 3°) 
Maior Lance: Feita para a alienação pela Administração Pública de bens e direitos. 
➢ É apropriada para Leilão, modalidade licitatória que utiliza como critério para a escolha do vencedor o maior 
lance 
--------------------------------------------- CONTEÚDO ADICIONAL = IGNORAR ---------------------------------------------- 
➢ Na “melhor técnica” são apresentadas duas propostas: Uma ténica e outra de preço. 1° há a abertura, 
avaliação e classificação dos envelopes com as propostas técnicas, verificando-se quais licitantes 
alcançaram os critérios técnicos mínimos exigidos.➢ Logo em seguida há abertura das propostas de preço dos licitantes que tenham atingido a valorização 
mínima, procedendo-se a negociação com o proponente da melhor proposta técnica, tendo como limite a 
proposta de menor preço. No caso de impasse com este, a negociação será feita com os demais, na ordem 
de classificação. 
➢ No tipo “ténica e preço” se procederá da mesma forma, porém o licitante vencedor será aquele tiver a melhor 
média ponderada entre as propostas técnicas e de preço. 
--------------------------------------------- // --------------------------------------------------------// -------------------------------------------- 
CRITÉRIOS DE DESEMPATE 
➢ Os critérios de desempate, no procedimento licitatório, estão definidos em lei, na ordem em que devem ser 
observados, somente sendo analisado o segundo critério caso o primeiro não seja suficiente a desempatar a 
licitação e assim, sucessivamente. 
➢ Logo, trata-se de critérios sucessivos e não alternativos, não podendo a Administração escolher quais 
pretende utilizar. 
Art. 3° § 2°, Lei 8666/03: 
§ 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, 
sucessivamente, aos bens e serviços: 
I - Revogado 
II - produzidos no País; 
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. 
IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia 
no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) 
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em 
lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de 
acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) 
 
➢ Se nenhum dos critérios de desempate alcançar o propósito de desempatar a licitação, deve ser feito o 
desempate por meio de sorteio (§ 2°, art. 45). 
➢ As microempresas e empresas de pequeno porte têm direito de preferência no desempate, à luz da Lei 
Complementar 123/06. 
➢ Com base nisso, antes de analisar os critérios de desempate, a ME ou EPP poderá reduzir o valor de sua 
proposta e vencer a licitação. 
 Art. 45, LC 123/06 - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá 
apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será 
adjudicado em seu favor o objeto licitado. 
➢ Caso a microempresa apresente uma proposta igual ou até 10% superior à proposta vencedora, a lei considera 
ter havido empate na licitação. 
 Art. 44 § 1°, LC 123/06 - Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas 
pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à 
proposta mais bem classificada. 
 § 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% 
(cinco por cento) superior ao melhor preço. 
OBRIGATÓRIEDADE DE LICITAR (art. 1°, Lei 8666/93) 
a) Os entes da Administração Direta - abrangendo a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal. 
b) Os entes da Administração Indireta- Autarquias, Fundações, Empresas públicas e Sociedades de Economia 
Mista prestadoras de serviços públicos ou exploradoras de atividades econômicas. 
c) Fundos especiais – Atecnia legislativa, visto se tratarem de objeto de direito e não sujeito. Excepcionalmente, 
tais fundos podem ser regulamentados por lei como órgãos da A.D ou fundações públicas, o que já os colaria nas 
hipóteses anteriores 
d) Demais entidades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público. Isso inclui todas as entidades 
que recebem dinheiro público para custeio ou para manutenção de pessoal, como as entidades do 3° setor. 
➢ O art. 173 § 1°, III, CF, dispoõe que é possivel a criação de uma lei específica para reger a licitação das 
Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista exploradoras de atividade econômica, possibilitando 
a submisão a um regime próprio de licitação, com regras mais simples. 
➢ Não havendo a edição de regime específico (lei específica), lhes é aplicada a lei 8.666/03 em sua integralidade. 
➢ Todavia, a própria Lei 8666/93, em disposição expressa no art. 119, admite a possibilidade da edição de 
regulamento para facilitar e tornar mais simples o procedimento licitatório dessas empresas. 
INTERVALO MÍNIMO 
➢ É o prazo mínimo definido em lei entre a publicação do instrumento convocatório e o início da licitação 
(abertura dos envelopes de documentos e propostas) 
➢ Este prazo é presumido, pela lei, como suficiente e adequado, para que todos os interessados na licitação 
apresentem a documentação necessária e a proposta, dentro dos limites estipulados no edital. 
➢ Como se trata de “prazo mínimo”, é perfeitamente possível a concessão de um prazo maior do que estipulado 
em lei. 
➢ Intervalos mínimos, segundo art. 21, § 2° da lei 8.666/93: 
 
Art. 21, § 4° Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, 
reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido (do intervalo mínimo), exceto quando, inquestionavelmente, a 
alteração não afetar a formulação das propostas. 
 
COMISSÃO DE LICITAÇÃO 
➢ A comissão é designida pela autoridade máxima do órgão, que fica responsável pela realização dos trâmites 
do procedimento licitatório. 
➢ Em regra, a comissão licitante é composta por, pelo menos 3 (três) membros, sendo 2 (dois) deles servidores 
públicos efetivos do órgão responsável pela licitação. (art. 51, Lei 8.666/93) 
➢ A função da Comissão é: 
a) Analisar os pedidos de inscrições em registros cadastrais bem como sua alteração ou cancelamento; 
b) Analisar a habilitação para participação no certame; 
c) Fazer a análise e julgamento das propostas da licitação, em observância aos critérios de julgamento 
previamente estipulados no instrumento convocatório. 
➢ Todos os membros da comissão respondem solidariamente pelos atos da mesma, salvo nos casos de um 
dos membros for voto vencido e tal divergência ser expressamente registrada em ata. 
➢ A comissão pode ser: 
a) Especial, criada para um procedimento licitatório específico. Terminando a licitação, a comissão é extinta. 
b) Permanente, responsável por todas as licitações do órgão no período da sua investidura, que não pode 
ultrapassar 1 (um) ano. 
➢ Após um ano, a comissão deve ser alterada, ainda que com a modificação de um único membro. 
➢ Att! Não há designação de comissão na modalidade Leilão, uma vez que o procedimento é realizado pelo 
leiloeiro, que pode ser leiloeiro oficial ou servidor público designado. 
➢ Da mesma forma, as licitações realizadas na modalidade pregão não são executadas por comissão, mas sim 
pelo pregoeiro, acompanhado ou não de uma comissão de apoio, nos moldes do art. 3° da Lei 10520/02. 
➢ Nos casos de licitação na modalidade concurso, a comissão é especial, haja vista não ser composta 
necessariamente por servidores públicos, devendo ser pessoas idôneas, com reputação ilibada, que tenham 
amplo conhecimento na área referente ao objeto do certame. 
➢ Tratando-se de licitação na modalidade convite, a comissão poderá ser dispensada, sempre que a unidade 
for pequena e, justificadamente, a designação de uma comissão composta por três membros possa causar 
prejuízos ao andamento regular das atividades do órgão. Nesses casos, a licitação será realizada por apenas 
um servidor, desde que efetivo. 
MODALIDADES DE LICITAÇÃO 
No Brasil, estão previstas em lei, 6 (seis) modalidades licitatórias, a saber: 
➢ Em razão do Valor do Contrato 
a) Concorrência 
b) Tomada de preço 
c) Convite 
➢ Em razão do Objeto a ser contratado 
d) Concurso 
e) Leilão 
f) Pregão 
 
 
➢ A definição de valor toma por base a amplitude de competição garantida em cada espécielicitatória. Assim, 
quanto mais simples a modalidade, mais restrita a competição pela lei e menor o valor das contratações que 
podem ser feitas por meio dela. 
➢ "A modalidade que pode o mais, pode o menos", ou seja, sempre que for possível a utilização do convite, será 
possível a tomada de preços e concorrência e, em todos os casos em que for possível a tomada de preços, 
também será admitida a concorrência. O contrário, porém, não ocorre. 
➢ Importante salientar que o art. 22 § 8° dispõe que é vedada a criação de novas modalidades licitatórias ou a 
combinação das modalidades já existentes. 
➢ Também não é possível o fracionamento do objeto da licitação. 
CONCORRÊNCIA 
➢ É a modalidade de licitação adequada para contratações de grande vulto, que proporciona uma ampla 
competição, visto que qualquer pessoa pode participar, desde que preencha os requisitos na fase de 
habilitação. 
➢ A Concorrência deve ser exigida em razão de dois critérios: valor e natureza do objeto. 
✓ Em razão do valor: 
a) Obras e serviços de engenharia acima de R$3.300.000,00 (Três milhoes trezentos mil reais) 
b) Bens e outros serviços acima de R$1.430.000,00 (Um milhão quatrocentos e trinta mil reais) 
• Contratações abaixo desses valores podem ser relaizadas pela concorrência, mas não é obrigatório; 
✓ Em razão da natureza do objeto (exceção à regra do valor): 
a) Contrato de concessão de serviço público – lei 8987; 
Como exceção, será possível utilizar o leilão quando o serviço estiver previsto no Programa Nacional de 
Desestatização estipulado no art. 29 da Lei 9074/95. 
b) Concessão de direito real de uso; 
c) Contratos de obra celebrados por meio de empreitada integral; 
d) Aquisição ou alienação de bens imóveis; 
Se o imóvel a ser alienado tiver sido adquirido por dação em pagamento ou decisão judicial pode-se 
celebrar este contrato de alienação mediante licitação na modalidade concorrência OU leilão. 
e) Licitação internacional – admite participação de empresa estrangeira que não tenham sede no Brasil. 
Exceções: 
• É possivel utilizar a modadelidade tomada de preço quando a Administração Pública possuir cadastro 
internacional de licitantes. (art. 23, § 3°, Lei 8666/93) 
• É Possível se valer da modalidade convite quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País. 
✓ Em ambos os casos, a contratação não pode ultrapassar os limites de valor das modalidades (tomada de 
preço e convite) 
INTERVALO MÍNIMO DA CONCORRÊNCIA 
➢ O intervalo mínimo na concorrência varia de acordo com o critério de escolha do vencedor a ser utilizado, 
conforme disposto no instrumento convocatório: 
a) Melhor técnica, técnica e preço ou contratos de empreitada integral: 45 dias 
b) menor preço ou maior lance: 30 dias 
TOMADA DE PREÇO 
➢ Como regra, podem participar da tomada de preços apenas os licitantes que forem cadastrados no órgão ou 
aqueles que se cadastrarem até 3 (três) dias antes da data marcada para a abertura dos envelopes contendo 
as propostas dos licitantes. 
➢ Tal cadastro funciona como uma habilitação prévia feitas pelas empresas no órgão público, que tem validade 
de 1 (um) ano, quando então deverá ser renovada a apresentação dos documentos. 
➢ Caso ocorra o indeferimento do cadastro, poderá ser interporto recurso no prazo de 5 (cinco) dias, porém o 
mesmo não tem efeito suspensivo, mas apenas devolutivo. 
 
➢ Será utilizada a tomada de preço quando os valores forem: 
a) Contratos de OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA até R$3.300.000,00 
b) Contratos de COMPRAS DE BENS OU AQUISIÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS até R$1.430.000,00 
INTERVALO MÍNIMO DA TOMADA DE PREÇO 
a) Melhor técnica ou técnica e preço: 30 dias 
b) Menor preço ou maior lance: 15 dias 
 
 
CONVITE 
➢ Adequada para contratos de valores pequenos. 
➢ É mais restrita, pois propria Administração Pública pode escolher potenciais interessados em participar da 
licitação). 
➢ Participarão do certame apenas os licitantes convidados, sejam eles cadastrados ou não, sendo, no mínimo 
de 3 (três), salvo comprovada restrição de mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, quando então 
pode-se realizar o convite com apenas 2 (dois) convidados (necessidade de justificação). – Art. 22, §7°, Lei. 
8666/93. 
➢ Aquele não convidado pela administração poderá manifestar interesse em participar do convite, desde que o 
faça com antecedência de 24 horas antes da data da abertura dos envelopes e desde que esteja devidamente 
cadastrado no órgão. (até 3 dias antes da abertura dos envelopes) 
➢ No convite, o instrumento convocatório não é o edital, mas sim a carta-convite. 
➢ A mesma não é publicada (ex.: no Diário Oficial da União), porém deve ter publicidade, que deve ser fetita 
com o envio da carta convite aos participantes e sua afixação no átrio da repartição pública do órgão, em local 
visível ao público. 
➢ Por ser mais restrita, será utilizada a modalidade convite quando os valores forem: 
a) Contratos de OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA até R$330.000,00 
b) Contratos de COMPRAS DE BENS OU AQUISIÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS até R$176.000,00 
➢ Intervalo Mínimo: 5 (cinco) dias úteis do recebimento da carta-convite pelos convidados ou da afixação da 
carta na repartição, o que acontecer por último. Neste caso, o último ato de publicidade é que iniciará a 
contagem do prazo de intervalo mínimo. 
➢ Comissão: Segue a regra geral, podendo a mesma ser dispensada sempre que se ficar comprovada a 
escassez de pessoal, em pequenos órgãos. Nesses casos, a licitação será realizada por apenas um 
servidor, desde que efetivo. 
➢ Art. 22 § 6° “Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a 
cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais 
um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações.” 
CONCURSO 
➢ Usada sempre que a administração tiver interesse em selecionar trabalhos técnicos, científicos ou 
artísticos com certas capacidades personalíssimas para incentivar o desenvolvimento cultural, com 
estipulação prévia de prêmio ou remuneração. 
➢ É também utilizada para contratação de serviços técnicos profissionais especializados como dispõe o art. 
13 da Lei 8.666/93. 
➢ O procedimento licitatório desta modalidade de licitação será definido em regulamento próprio, não havendo 
disposições acerca dele na lei 8.666/93. 
➢ Intervalo Mínimo: 45 dias. 
➢ Comissão Licitante: Chamada de Comissão Especial, a mesma é composta de 3 (três) integrantes, que 
não precisam porém serem servidores públicos. Basta que sejam pessoas idôneas e que tenham 
conhecimento na área do trabalho que será apresentado. 
 
Leilão 
➢ Marçal Justen Filho, o leilão se peculiariza pela concentração, em uma única oportunidade, de diversos atos 
destinados à seleção da proposta mais vantajosa. 
➢ Nessa modalidade um mesmo interessado pode apresetar várias propostas em um mesmo certame. 
➢ É um procedimento apropriado para a alienação de bens pelo poder público àquele que ofertar o maior preço 
igual ou superior ao valor da avaliação, ou seja, o leilão será sempre do tipo MAIOR LANCE. 
➢ Não tem procedimento definido na lei de licitações. 
➢ Pode ser feito para alienar: 
a) bens imóveis que tenham sido adquiridos por decisão judicial ou dação em pagamento (todos os outros 
deverão ser alienados mediante concorrência, obrigatoriamente); 
b) Bes móveis inservíveis, ou seja, que não tem mais serventia pública. São os bens desafetados; 
c) Bens móveis apreendidos (bens confiscados pelo poder público uma vez que estavam sendo usados por 
particulares para atividades ilícitas) 
d) Bens móveis penhorados: Houve um equívoco do legislador ao se falar em bens “penhorados”, haja vista 
que o mesmo quis se referir a bens empenhadospelo particular ao ente público. 
 
Obs.: 
Penhor: Garantia real dada pelo devedor, de forma espontânea ou por imposição legal, em razão 
obrigação assumida. (Ex.: Joias empenhados pelo banco em razão de empréstimo) 
Penhora: Ato judicial, emitido por um juiz e promovido por um oficial de justiça com vista a apreender / 
tomar os bens do devedor, para que se cumpra o pagamento de dívida ou obrigação executada. 
➢ Intervalo Mínimo: 15 dias 
➢ Não existe comissão licitante no leilão, pois o mesmo é realizado por um leiloeiro oficial ou servidor 
designado pelo administração pública para cumprir a função de leiloeiro. 
 
PREGÃO 
➢ A princípio era uma modalidade específica das agências reguladoras, sendo estendida a todos os entes da 
administração pública com a edição da Lei 10.520/02. 
➢ Surgiu para aperfeiçoar o regime de licitações, trazendo mais competitividade, agilidade nas contratações 
públicas e redução de gastos pela administração. 
➢ É uma modalidae definida para aquisição de bens, chamada de “leilão reverso” por parte da doutrina, e 
também de serviços comuns, cujos padrões mínimos de qualidade serão previamente estipulados no 
instrumento convocatório. 
➢ De acordo com a lei 10.520/02, bens e serviços comuns são aqueles que podem ser designados no edital com 
expressão usual de mercado. 
➢ Não pode ser utilizado para execução de obras públicas, mas tem sido aceito pelo TCU para contratação de 
serviços de engenharia. 
➢ Intervalo Mínimo: 8 dias úteis 
➢ Não há comissão licitante, uma vez que o responsável pela realização do pregão é o pregoeiro, que será 
um servidor efetivo designado a esta função. 
➢ Na Lei 10.520/02 há a previsão de designação de comissão de apoio ao pregoeiro, que serve apenas para 
auxiliar o pregoeiro na realização do certame, não respondendo pelos atos por ela praticada. (quem responde 
é o proprio pregoeiro) 
➢ A modalidade pregão sempre será do tipo MENOR PREÇO. 
➢ Pregão Comum: Licitantes devem comparecer pessoalmente ou por representante no local e hora designados 
e apresentar ao pregoeiro os envelopes lacrados com a suas propostas e os documentos necessários para 
habilitação; 
➢ Pregão eletrônico: Não existe comparecimento físico, nem encaminhamento de documentos. A participação 
do interessado depende de credenciamento perante cadastro em algum órgão público. A documentação só 
será entregue quando o interessado for o vencedor do pregão; 
LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS 
➢ Em algumas situações, o poder público não licita com a finalidade imediata de contratação, mas tão somente 
para registrar os preços, para o caso de uma eventual contratação posterior. 
➢ Geralmente é utilizada quando um bem é adquirido pela administração com grande frequência. 
➢ O registro de preço não vincula a Administração Pública ao vencedor de nenhuma forma, ou seja, o vencedor 
não tem a garantia de que se o Estado for contratar, irá contratar com ele. 
➢ Os licitantes devem apresentar o valor unitário dos produtos, uma vez que não há quantitativo exato a ser 
adquirido pelo Estado. A Administração Pública, no entanto, deve informar a quantidade máxima que poderá 
adquirir por meio da ata decorrente do certame. 
➢ Finalizada a licitação, os preços são registrados no sistema de cadastros do ente, formalizando o que se 
denomina ata de registro de preços, que terá validade de 1 (um) ano. 
➢ Durante esse ano a administração poderá adquirir o bem selecionado quantas vezes desejar, desde que não 
ultrapasse o valor máximo estipulado na licitação. 
➢ Após esse período deverá ser realizado um novo procedimento licitatório, mesmo que a administração não 
tenha feito nenhuma contratação ou adquirido todo o quantitativo que poderia. 
➢ O registro de preços evita uma série de licitações sucessivas para aquisição de objetos similares, já que 
precisará de apenas um procedimento licitatório para que os bens fiquem à disposição do Poder Público. 
➢ Caso o preço selecionado esteja acima daquele praticado no mercado, o procedimento foi fraudulento e 
qualquer cidadão é parte legítima para impugnação da ata de registro de preços, na via administrativa ou 
judicial. 
 
 
 
 
PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS 
CONCORRÊNCIA 
➢ Corrente majoritária: o procedimento licitatório têm início com o ato que instaura o procedimento 
administrativo, dando início a fase interna da licitação. 
➢ FASE INTERNA: Organização interna da Administração Pública para licitar, com a abertura do processo 
administrativo respectivo e com a realização dos atos preparatórios que justifiquem a realização do certame. 
➢ Nessa fase os licitantes ainda não tem conhecimento da licitação. 
➢ Primeiramente deve ser formulada a exposição dos motivos da contratação. 
➢ É necessária também a necessidade de adequação orçamentária para celebração do contrato que advirá do 
certame. 
➢ A Jurisprudência do STJ vem se formando no sentido de que a lei não exige a real disponibilidade financeira 
antes do início da licitação, mas tão somente a previsão de recursos orçamentários. 
➢ Dessa forma, o poder público deve ter um orçamento, definindo o valor máximo que está disposto a pagar pela 
aquisição do bem ou serviço ou pela execução da obra a ser contratada, definindo no edital o critério de 
aceitabilidade das propostas, "permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços 
mínimos" (art. 40, X da lei 8.666/93). 
➢ Depois disso, deve-se designar a comissão que ficará responsável pela realização do certame. 
➢ Em casos de contratação para execução de obras, a lei exige ainda a realização de um projeto básico 
aprovado pela autoridade competente e disponível para que os interessados em participar da licitação tenham 
amplo conhecimento. (Art. 6°, X da lei 8.666/93) 
➢ Estão impedidos de participar do procedimento licitatório, direta ou indiretamente: 
a) A pessoa física ou jurídica, que tenha realizado o projeto básico ou o projeto executivo; 
b) Empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico; 
ou do projeto executivo ou, ainda, da qual o autor de um desses projetos seja dirigente, gerente, acionista 
ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico 
ou subcontratado; 
c) As pessoas físicas ou jurídicas às quais tenha sido aplicada a penalidade de suspensão de contratar 
com o poder público ou declaração de inidoneidade, enquanto vigente as penalidades. 
d) O agente público que seja membro da comissão licitante, ou servidor ou dirigente de órgão ou 
entidade contratante ou responsável pela realização do procedimento licitatório. 
VEDAÇÕES QUANTO AO OBJETO DA LICITAÇÃO (art. 7°, §§ 3° a 5°) 
§ 3° É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, qualquer 
que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados e explorados sob o regime de 
concessão. 
§ 4° É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão 
de quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo. 
§ 5° É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, 
características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda 
quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto 
e discriminado no ato convocatório. 
§ 6o A infringência do disposto neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a 
responsabilidade de quem lhes tenha dado causa. 
➢ Também ocorrerá na fase interna a elaboração do edital, que deve seguir os requisitos básicos elencados 
no art. 40 da lei 8.666/93 (att! Ler). 
➢ Em casosde execução de obras ou atividades administrativas, o Poder Público pode adotar o regime de 
execução direta ou indireta. 
➢ Regime de execução Direta: Ocorre todas as vezes que o objeto do contrato é executado pela própria 
Administração Pública por meio de seus órgãos e agentes públicos. 
➢ Regime de Execução Indireta: Está presente sempre que o órgão ou ente da Administração Pública celebra 
contrato com terceiro para realização do objeto do contrato, que podem ser feitas em 4 (quatro) hipóteses: 
a) Empreitada por Preço Global, que é a contratação para execução de uma obra ou serviço por preço 
certo e total; 
b) Empreitada por Preço Unitário, que é a contratação para execução da obra ou do serviço por preço 
certo de unidades determinadas; 
c) Empreitada por Tarefa, que é a contratação de mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, 
com ou ser o fornecimento de materias 
d) Empreitada Integral, que configura a contratação de um empreendimento em sua integralidade, 
compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira 
responsabilidade a 
e) contratada (sempre será na modalidade concorrência). 
AUDIÊNCIA PÚBLICA 
➢ Em licitações com valores muito altos é obrigatória a realização de audiência, à qual será dada ampla 
publicidade, para que os cidadãos possam participar e opinar acerca do certame. 
➢ É obrigatória sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas 
ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite mínimo definido para a concorrência, no art. 23, I, 
"c" da lei 8.666/93, qual seja: 
a) Mais de R$3.300.000,00, para obras e serviços de engenharia → Acima de 330.000.000,00 
b) Mais de R$1.430.000,00, para compras e demais serviços → Acima de 143.000.000,00 
➢ A audiência deverá ser marcada com antecedência de, no mínimo 15 dias úteis antes da data marcada para 
publicação do edital e divulgada com antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis da sua realização (art. 39 
da lei 8.666/93). 
➢ A não realização da audiência nas hipóteses determinadas pela lei enseja nulidade do procedimento 
licitatório e, caso já tenha sido celebrado o contrato, será este também eivado de vício de ilegalidade. 
➢ Respeitadas todas as normas previamente estabelecidas, o procedimento será encaminhado para órgão de 
consultoria jurídica para emissão de parecer, obrigatório à lisura e legalidade do procedimento. (art. 38, VI) 
➢ Tal parecer não possui caráter vinculante, mas meramente opinativo. 
➢ Após emissão de parecer jurídico, o certame passa à sua fase externa que se inicia com a publicação do 
instrumento convocatório. 
FASE EXTERNA 
➢ Segue a seguinte ordem cronológica: 
Edital → Habilitação → Classificação → Homologação → Adjudicação 
a) PUBLICAÇÃO DO EDITAL (art. 21 da lei 8.666/93) 
➢ Com tal publicação, a administração marca uma data para que sejam abertos os envelopes de documentação 
dos licitantes e propostas, respeitado o prazo de intervalo mínimo exigido para cada modalidade de licitação. 
➢ A publicação do aviso contendo o seu resumo deve ser feito em Diário Oficial e jornal de grande circulação. 
➢ Qualquer cidadão pode impugnar o edital até o 5° dia útil anterior à data marcada para abertura dos envelopes, 
devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis (art. 41, § 1°). 
➢ Os licitantes tem prazo de até 2 (dois) dias úteis anteriores a que anteceder a abertura dos envelopes de 
habilitação ou propostas. 
➢ As impugnações ao edital não são consideradas recursos na lei de licitações e não gozam de efeito 
suspensivo, sendo assim, o procedimento licitatório segue o seu curso. 
➢ Dessa forma, a impugnação realizada pelo potencial licitante não impedirá sua participação no procedimento 
licitatório com a abertura dos seus envelopes de documentação e propostas (§ 3°, art. 41). 
 
➢ A Administração também pode impugnar o edital, em virtude do princípio da autotutela (Súmula 473 STF). 
➢ Alterado o edital é necessário fazer uma nova publicação nos mesmos moldes da publicação originária, 
sendo reaberto o prazo de intervalo mínimo para que os novos potenciais licitantes se adéquem à nova 
regra. 
➢ Entretanto, se a modificação não alterar o conteúdo das propostas, será desnecessária a reabertura do 
prazo de intervalo mínimo, não sendo dispensada, contudo, a realização de nova publicação. (Art. 21, § 4°) 
b) HABILITAÇÃO 
➢ Respeitado o intervalo mínimo previsto no art. 27 da lei 8.666/03, a comissão licitante passará para abertura 
dos envelopes com os documentos dos licitantes, a fim de verificar se estão aptos e se têm idoneidade 
para contratar com o Poder Público. 
➢ Os licitantes só poderão desistir do certema sem justificativa até a abertura dos envelopes (fase de 
qualificação). Após isso, deverão apresentar justificativa que deve ser aceita pela comissão, segundo 
disposto no art. 43 § 6° da lei 8.666/93. 
➢ O edital não pode estabelecer critérios não previstos em lei, mais especificamente no art. 27, da lei 8.666/93, 
evitando assim restringir a licitação de forma desarrazoada. 
➢ Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a: 
I – Habilitação jurídica – Comprovação de existência de Direito do licitante; 
 II – Qualificações econômica e financeira – É a demonstração de idoneidade financeira da entidade 
 a ser contratada. 
 Considerando-se que o Poder Público não realiza o pagamento antes da disponibilização do objeto do 
 contrato, a empresa deve ter qualificação para arcar com todos os custos da contratação. 
 *Possibilidade de exigência do balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social; 
III - Qualificação técnica (discricionariedade) – É a demonstração de que a empresa tem condições 
técnicas de cumprir o contrato celebrado em conformidade com as exigências de qualidade e celeridade 
impostas pela Administração Pública. Tal qualificação deve ser compatível com o objeto do contrato que 
será licitado; 
 IV – Adequação ao Art. 7°, XXXIII – trabalho infantil vedado – 
 "o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de 
dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos". 
V - Regularidade fiscal e trabalhista: Certidão negativa de débito - CND ou certidão positiva de 
débitos com efeitos negativos – CPN-EN (está com dívida, porém com exigibilidade suspensa); 
*Também poderá ser exigida o regular cumprindo dos encargos socias relativo à Seguridade Social e ao 
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS. (Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT) 
➢ Na falta de qualquer um dos requisitos, o licitante é eliminado. 
➢ Caso a empresa já esteja previamente cadastrada no órgão público, o Certificado de Registro Cadastral 
substitui todos esses documentos listados acima, haja vista a prévia qualificação da empresa perante o Estado. 
➢ ATT! A LC 123/06 estabelece que Microempresas e Empresas de Pequeno Porte poderão participar da 
licitação ainda que não tenham regularidade fiscal / trabalhista. 
➢ Ao final da licitação, se forem declaradas vencedoras, terão o prazo de 5 (cinco) dias úteis, prorrogável por 
igual período, a critério da administração pública, para fazer o pagamento do débito e demonstrar a respectiva 
CND ou CPD-EN. (art. 42 e 43 da LC 123/06) 
➢ Se todos os licitantes forem inabilitados, por não se adequarem a alguma das normas estipuladas em lei, 
a Administração Pública poderá fixar um prazo de 8 (oito) dias úteis para que se adequem às normas do 
edital. 
➢ Divulgada a decisão final acerca da habilitação e inabilitação de licitantes, o prazo para que os interessados 
interponham Recurso com a intenção de modificar o quanto decidido é de 5 (cinco) dias úteis e este recurso 
teráefeito suspensivo. 
➢ Tal recurso não é prazo para juntada de documentos, mas apenas para analisar possíveis injustiças 
ocorridas com as decisões do Administração Pública. 
➢ Definidos os licitantes que estão habilitados a contratar, começa a abertura dos envelopes com as propostas 
das empresas habilitadas; 
FASE DE JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO 
➢ Inicia-se com a abertura dos envelopes com as propostas dos habilitados. 
➢ Há também o descarte das propostas que não atendam os requisítos mínimos do edital, conforme o art. 48 da 
lei 8.666/93. 
➢ Se forem todos os licitantes desclassificados, a administração poderá conceder o prazo de 8 dias úteis para 
que se adéquem ao edital, mediante a apresentação de novas propostas. 
➢ O prazo para recurso em face resultado é de 5 dias úteis, com efeito suspensivo. 
➢ As propostas serão avaliadas segundo critérios constantes do instrumento convocatório e classificadas em 
ordem decrescente de vantajosidade. 
➢ Em caso de empate no julgamento das propostas, deve-se seguir os seguintes critérios de desempate já 
apresentados nas páginas anteriores (art. 3° § 2°, Lei 8.666/03) 
➢ Lembrando que as microempresas e empresas de pequeno porte têm preferência no desempate (igual ou 
até 10% maior que a melhor proposta) (LC 123/06). 
➢ Após a análise de todos os critérios, se for mantido o empate, a lei de licitações, em seu art. 45, §2° determina 
a realização de sorteio. 
➢ Poderá ser previsto um critério de preferência para produtos manufaturados e serviços nacionais que 
obedeçam normas técnicas brasileiras (que podem ser até 25% mais caros), desde que seja de conhecimento 
dos licitantes no começo da licitação, conforme disposto no art. 3°, §5° a §12 da 8.666/93. 
➢ Poderá ser estabelecida também margem de preferência adicional a esses produtos manufaturados ou 
serviços nacionais, quando os mesmos forem resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica 
realizados no país, desde que a soma dessas cotas não ultrapasse o montante de 25% (art. §§ 7° e 8° do 
art. 3°). 
➢ Tais disposições visam a garantir o cumprimento de uma das finalidade da licitação, que é o da promoção do 
desenvolvimento sustentável, assim expresso no caput do art. 3°. 
 
 § 5° Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para: 
 I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; e 
 II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de 
 cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que 
 atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. 
 § 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação 
 tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista 
 no § 5°. 
 § 8° As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se 
 referem os §§ 5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas 
 ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e 
 serviços estrangeiros. 
HOMOLOGAÇÃO 
➢ Classificadas as propostas, está encerrado o trabalho da comissão licitante, que encaminhará o 
procedimento à autoridade do órgão para homologação. 
➢ Nesta fase a autoridade competente verificará duas questões: A regularidade do procedimento e se há 
interesse público na contratação. 
➢ Na análise da regularidade do procedimento será verificada se o mesmo foi realizado em conformidade com 
a lei e caso sofra de qualquer vício, será invalidado/anulado. 
➢ Em um segundo momento a Administração deverá verificar se há interesse público na contratação. Caso 
contrário, será determinada a revogação do procedimento, que deve basear-se em situação de interesse 
público superveniente ao início da licitação. (Princípio da autotutela – Súmulas 346 e 473, STF) 
➢ A anulação não gera para Administração o dever de indenizar, já que se trata do reconhecimento de uma 
irregularidade, ressalvada a hipótese de já ter sido celebrado o contrato administrativo (art. 49, § 1°). 
➢ Se a administração não homologar o procedimento licitatório por qualquer dos motivos legais, deverá oferecer 
o prazo de 5 (cinco) dias úteis para interposição de recurso, que não tem prazo suspensivo (art. 109, I, 
“c” da lei 8.666/93). 
➢ Se não for configurada nenhuma espécie de nulidade nem for o caso de revogação, a autoridade superior será 
obrigada a promover a homologação da decisão. (ATT. LER ART. 49) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADJUDICAÇÃO 
➢ Se trata de declarar oficialmente o vencedor da licitação. 
➢ Adjudicar não é contratar. Adjudicar é declarar o vencedor. 
➢ Após a adjudicação, a Administração Pública NÁO está obrigada a celebrar o contrato administrativo, 
porém caso necessite realizar a contratação, só poder fazê-lo com o vencedor da licitação, ou seja a 
adjudicação tem força vinculante. (Princípio da Adjudicação Compulsória). 
➢ O vencedor é obrigado a contratar com a administração por um prazo de 60 (sessenta) dias, contados da 
abertura dos envelopes de propostas. 
➢ Passados 60 dias o mesmo não é mais obrigado a cumprir o contrato; 
➢ Não cumprindo, serão convocados os demais licitantes na ordem de classificação para exercer sob a forma 
do contrato firmado com o primeiro; 
➢ Não havendo interessados querendo contratar o procedimento será revogado, com a realização de nova 
licitação. 
ATT! Ler art. 64 da lei 8.666/93!!! 
 
PROCEDIMENTO DA TOMADA DE PREÇOS 
➢ O mesmo da Concorrência, porém não existe a fase de HABILITAÇÃO, uma vez que os licitantes já estão 
previamente cadastrados. 
➢ Ocorre apenas a abertura dos envelopes das propostas, após a análise dos Certificados Cadastrais 
apresentados por cada licitante. 
➢ O cadastro funciona como uma habilitação prévia, não havendo necessidade de juntada ou apresentação de 
novos documentos. (MODALIDADE MAIS CÉLERE) 
 
PROCEDIMENTO DO CONVITE 
➢ Segue um precedimento similar ao da concorrência, com algumas diferenças básicas, a saber: 
a) Não há publicação de edital, pois o instrumento convocátório é a carta-convite, que é enviada aos 
convidados e afixada no átrio da repartição, em local vísvel ao público. 
b) Os prazos para recursos são de 2 (dois) dias úteis (diferente da concorrência e tomada de preço, que são 
5 dias); 
c) Se todos os licitantes forem inablitados ou desclassificados, o prazo para adequação definido no art. 48, 
§3° da lei 8.666/93 poderá ser reduzido de 8 (oito) dias úteis para 3 (três) dias úteis. 
d) Se for comprovada a escassez de pessoal, em pequenos órgãos, a Comissão pode ser dispensada e o 
procedimento ser realizado por um único servidor, desde que efetivo. 
e) Não existe fase de Habilitação, uma vez que os licitantes já estão previamente cadastrados ou foram 
convidados (devendo, nesse caso, se cadastrarem antes do início do certame). 
PROCEDIMENTO DO CONCURSO E DO LEILÃO 
➢ O Concurso terá o seu procedimento definido em regulamento específico, não tendo previsão na Lei 8.666/93; 
➢ Deverá se atentar ao intervalo mínimo, que é 45 (quarenta e cinco) dias; 
➢ Observar também que a comissão licitante (Comissão especial) não precisa ser necessariamente composta 
de funcionários efetivos, mas somente pessoas idôneas e que tenham conhecimento na área do trabalho 
que será apresentado – Art. 51, §5° da Lei 8.666/93. 
➢ Em relação ao Leilão, o procedimento será realizado pelo Leiloeiro e terá o intervalo mínimo de 15 dias. 
➢ As demais regras do Leilão serão definidas por legislação específica. 
PROCEDIMENTO DO PREGÃO 
➢ Tem seu procedimento invertido, previsto na lei 10.520/02. 
➢ Primeiramente são classificadas aspropostas, deixando a fase de habilitação por último. 
➢ Também, procede-se a fase de adjudicação antes da homologação do certame pela autoridade competente. 
 
 Edital → Habilitação → Classificação → Homologação → Adjudicação - Concorrência 
 Edital → Classificação → Habilitação → Adjudicação → Homologação - Pregão 
 
➢ A fase interna do pregão segue os mesmos parâmetros utilizados na fase interna do procedimento da 
concorrência, a saber: 
Definição do Objeto a ser Licitado → Justificativa da necessidade da compra → Orçamento e declaração de 
disponibilidade orçamentária → Elaboração da minuta do edital → Autorização mediante parecer do órgão 
consultivo 
➢ A fase externa, por sua vez, também se incia com a a publicação do edital, que assim como na concorrência, 
deve ser feita em diário oficial e em jornal de grande circulação. 
➢ O intervalo mínimo é de 8 (oito) dias úteis. 
➢ Na fase de Classificação, as propostas escritas são apresentadas e dentre elas são selecionadas as melhores 
propostas para que a disputa se dê em sessão pública, que se dará por meio de lances verbais. 
➢ Passam para a fase de lances verbais o licitante que apresentou a melhor proposta (menor preço) e todas 
as outras propostas que não ultrapassarem 10% do valor da primeira. (art. 4°, Inc. VIII) 
➢ Independentemente disso, devem passar para os lances verbais a melhor proposta mais 2 (duas), para 
completar o mínimo de 3 (três) licitantes. (art. 4°, Inc. IX) 
➢ Após a seleção das propostas, o pregoeiro deverá anallisar se a proposta selecionada atende aos requisitos 
definidos no edital e decidirá de forma motivada se aceitará ou não a mesma. 
➢ Caso seja aceita, o licitante será declarado vencedor da licitação. 
➢ Não sendo admitida a proposta vencedora, os demais licitantes serão convocados, em ordem de 
classificação, para negociação do preço. 
➢ Concluída a classificação, passará para a análise da documentação dos licitantes, onde serão analisados 
os requisitos do art. 27, da lei 8.666/93. 
➢ Ocorrendo a inabilitação do licitante que apresentou a melhor proposta, o pregoeiro passa a examinar a 
proposta do segundo colocado e assim sucessivamente, sempre sendo admitida a negociação do preço 
ofertado. 
➢ Se algum licitante recorrer, a lei concede o prazo de 3 (três) dias para elaboração e apresentação das razões 
do recurso (art. 4°, XVIII da lei 10.520/02). 
➢ Decididos os recursos, a autoridade competente (o próprio pregoeiro) fará a adjudicação do objeto da licitação 
ao licitante vencedor, que ficará obrigado a celebrar o contrato com a Administração pelo prazo de 60 dias, 
contados da abertura e apresentação da proposta. 
➢ Se o licitante vencedor for convocado dentro do prazo legal de validade de sua proposta e por qualquer 
motivo não realizar a celebração do objeto licitatório, será ele descredenciado do cadastro pelo prazo de 5 
(cinco) anos, além de possível multa e das demais cominações legais; 
➢ Qualquer motivo = Deixar de entregar ou apresentar documentação falsa, exigida no certame; retardar a 
execução de seu objeto; não mantiver a proposta; falhar ou fraudar na execução do contrato; comportar-se de 
modo inidôneo ou Cometer fraude fiscal; 
 
PROCEDIMENTO DO PREGÃO ELETRÔNICO 
➢ É realizado em sessão pública, sem a presença física dos licitantes que se comunicam entre si e com a 
Administração Pública, via Internet. 
➢ Cada ente federativo deverá ter regulamentação mediante decreto específico para que possa se utilizar desta 
forma de licitação 
➢ No âmbito da união, é regulado através do decreto 5.450/05. 
FASE INTERNA 
➢ Deverá ser elaborado termo de referência pelo órgão requisitante, com indicação precisa do objeto a ser 
licitado, de forma suficiente e clara, vedadas quaisquer especificações que, por excessivas, irrelevantes ou 
desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou sua realização; 
➢ Tal termo de referência deverá ser autorizado pela autoridade competente do órgão. 
➢ O poder Público deve apresentar a justificativa da necessidade da contratação. 
➢ O ente estatal procederá à elaboração do edital, estabelecendo critérios de aceitação das propostas; 
➢ Será designado, mediante portaria expedida pela autoridade do órgão, pregoeiro e de sua equipe de apoio; 
➢ O instrumento convocatório deverá obedecer todas as regras definidas em lei para o pregão presencial, 
inclusive indicando data e local para realização do pregão. 
➢ Para que o pregão seja regularmente realizado na via eletrônica, deverá ocorrer o credenciamento dos 
licitantes que pretendem participar do certame, da autoridade responsável pelo órgão que pretende 
promover a licitação, do pregoeiro e de sua equipe de apoio; 
➢ Será exigido o credenciamento dos licitantes que desejem participar da licitação com a atribuição de uma 
chave de identificação e de senha, pessoal a intransferível, para acesso ao sistema eletrônico. 
 
FASE EXTERNA 
a) PUBLICAÇÃO DO EDITAL 
➢ O edital deve contar a indicação precisa e clara do objeto a ser adquirido por meio da licitação. 
➢ Também, será informado, no aviso, o endereço eletrônico onde ocorrerá a sessão pública, com a designação 
da data e horário da realização. 
➢ A publicidade do edital varia de acordo com o valor da contratação: 
I - Contratações até R$ 650.000,00 - a publicação será realizada por meio de Diário Oficial da União e por 
meio eletrônico, na internet; 
II - Contratações acima de R$ 650.000,00 até R$ 1.300.000,00 - a publicação ocorrerá em Diário Oficial da 
União, por meio eletrônico, na internet; e, ainda mediante publicação em jornal de grande circulação local; 
III – Contratações acima de R$ 1.300.000,00 - a publicação ocorrerá em Diário Oficial da União, por meio 
eletrônico, na internet; e mediante publicação em jornal de grande circulação regional ou nacional. 
➢ ATT! Para pregão onde se fará apenas o registro de preços sempre será feita a divulgação por meio de 
Diário Oficial, Internet e publicação em jornal de grande circulação regional ou nacional – Independente do 
valor estimado para contratação. 
➢ Intervalo Mínimo: 8 dias úteis. 
➢ Os horários a serem adotados para o procedimento serão sempre o de Brasília – DF. 
➢ No que se refere a possibilidade de impugnação do edital, poderá ser feito até 2 (dois) dias úteis antes da 
data fixada para a abertura da sessão pública (art. 19 do decreto 5.450/05). 
➢ O pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elaboração do edital, fica resposável para decidir sobre a 
impuganação no prazo de até 24 horas. 
➢ Acolhida impugnação, será definida e publicada uma nova data para a realização do Pregão Eletrônico. 
➢ O prazo originalmente estabelecido só será reaberto quando afetar a formulação das propostas. 
b) CLASSIFICAÇÃO E JULGAMENTO DAS PROPOSTAS 
➢ As Propostas deverão ser enviadas somente por meio do sistema eletrônico, definido no edital; 
➢ Para participação regular no pregão eletrônico, os licitantes deverão manifestar, dentro do sistema eletrônico, 
que cumprem os requisitos de habilitação e que suas propostas estão em conformidade com o edital. 
➢ Att! Até a abertura da sessão pública, qualquer um dos licitantes poderá retirar ou substituir a proposta 
anteriormente apresentada. 
➢ Apresentadas as propostas, o pregoeiro fará a verificação das mesmas, eliminando aquelas que não estejam 
em conformidade com os requisitos previstos no edital; 
➢ A desclassificação será sempre fundamentada e registrada no sistema, com acompanhamento, em tempo 
real, de todos os licitantes; 
➢ Após a desclassificação de propostas em desconformidade com o edital, será feita a classificação das demais. 
➢ Somente os classificados passarão para a fase seguinte, com a apresentação virtual de lances. 
➢ Os lances começarão em horário marcado no edital e cada licitante será informado sobre o registro do seu 
lance no sistema. 
➢ O Licitantesó poderá ofertar lance inferior ao que já foi ofertado. 
➢ Não serão aceitos dois lances iguais, prevalecendo aquele que foi recebido e registrado primeiro. 
➢ Todos os licitantes serão informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado, sendo vedada a 
identificação do licitante. 
➢ Por decisão do pregoeiro, estará encerrada a sessão com a definição do vencedor; 
➢ Nesse momento, o sistema eletrônico encaminha aviso de fechamento dos lances. 
➢ Pode ocorrer a negociação com o licitante vencedor após o encerramento da sessão de lances. 
➢ Para garantir a lisura da negociação, ela será realizada por meio do sistema, podendo ser acompanhada pelos 
demais licitantes. 
➢ Em casos de problemas com a conexão, se o pregoeiro ficar fora do ar por menos de 10 minutos no decorrer 
da etapa de lances e o sistema permanecer acessível aos licitantes, os lances continuarão sendo recebidos. 
➢ Se a conexão sair do ar para o pregoeiro por mais de 10 minutos, a sessão deverá ser suspensa e 
reiniciada após todos os licitantes serem informados. 
c) HABILITAÇÃO 
➢ Após a fase de lances, o pregoeiro analisará a proposta do vencedor quanto ao preço e a habilitação do 
licitante, conforme prever o edital. 
➢ Caso o licitante não atenda as exigências de habilitação definidas, será analisada a proposta do segundo lugar 
e assim sucessivamente. 
➢ Após a análise dos documentos e declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante a sessão pública, 
de forma imediata e motivada, dentro do sistema, manifestar sua intenção de apresentar recurso. 
➢ A estes será concedido um prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso. 
d) ADJUDICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO 
➢ Após todo o procedimento, a autoridade competente adjudicará o objeto e, posteriormente, será realizado a 
homologação do procedimento. 
➢ Tal homologação, por óbvil, só ocorrerá se não houver irregularidades no processo. 
➢ Por sua vez, a autoridade competente poderá revogar o procedimento licitatório, somente, em razões de 
interesse público, por motivo de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para 
justificar tal conduta. 
➢ Tanto a anulação quanto a revogação poderão ser feitas de ofício ou mediante a provocação de qualquer 
pessoa. 
➢ A anulação do procedimento licitatório acarretará a anulação do contrato ou da ata de registro de preços. 
➢ A princípio, os licitantes não terão direito à indenização em virtude da anulação do procedimento licitátório. 
➢ O contratado de boa fé, no entanto, será ressarcido pelos encargos que tiver suportado no cumprimento 
do contrato. 
LICITAÇÕES INTERNACIONAIS 
➢ Licitações Internas: São aquelas Realizadas pelo ente público com ampla participação de empresas 
brasileiras e empresas estrangeiras, desde que estejam em funcionamento no país. 
➢ Licitação Internacional: É o procedimento licitatório realizado pelo poder público em que se admite a 
participação de quaisquer empresas estrangeiras, ainda que não possuam sede no país. 
➢ Nesse tipo de licitação, a lei estabelece que não é possível a distinção entre empresa brasileira e estrangeira. 
➢ As garantias de pagamento aos licitantes brasileiros serão equivalentes àquelas oferecidas ao licitante 
estrangeiro (Tributos e ônus) – art. 42, §§ 3° a 5° da lei 8.666/93. 
LICITAÇÕES DE GRANDE VULTO E ALTA COMPLEXIDADE TÉCNICA 
➢ A lei estipula que são consideradas de grande vulto todas as licitações de obras, serviços e compras, cujo 
valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido para a modalidade 
concorrência. (do art. 23, inc. I, “c”) 
➢ Concorrência – Contratações Acima de R$ 3.300.000,00, Logo: 
➢ Grande Vulto - Todas as contratações de valores superiores a R$ 82.500.000,00. 
➢ Licitação de alta complexidade técnica – É aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema 
relevância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da 
prestação de serviços públicos essenciais – Art. 30, §9° da Lei 8.666/90. 
TRATAMENTO DIFERENCIADO PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE 
➢ Fundamento: art. 170, IX da CRFB/88 – Criação da Lei Complementar 123/2006. 
➢ Além das vantagens já mencionadas, a LC 123/06 define que a administração pública deverá realizar processo 
licitatório destinado exclusivamente à participação de M.E e E.P.P, nos itens de contratação cujo valor seja 
de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
➢ Em casos de licitações para celebração de contratos par aquisição de bens de natureza divisível acima de 
R$80.000,00, o ente público deverá estabelecer uma cota de 25% do objeto para contratação de M.E e E.P.P 
➢ Além do mais, a administração poderá, nas licitações destinadas à aquisição de obras e serviços, exigir dos 
licitantes a subcontratação de M.E e E.P.P. 
➢ Por fim, nos casos de dispensa de Licitação em razão do valor do contrato, a compra deverá ser feita 
preferencialmente de M.E e E.P.P. 
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DA LICITAÇÃO 
➢ O próprio texto legal prevê situações em que pode ser celebrado contrato sem a realização de uma licitação 
prévia – Art. 37, XXI da CRFB/88. 
➢ INEXIGIBILIDADE: Deriva da inviabilidade de competição pelo poder público. (art .25, da lei 8.666/93) 
➢ Modalidades da inviabilidade de competição: 
a) Ausência de Pluralidades alternativas; 
b) Ausência de Mercado Concorrente; 
c) Impossibilidade de julgamento objetivo; 
d) Ausência de definição objetiva da prestação. 
➢ A dispensa de licitação se verifica em situações em que, embora seja viável a competição entre particulares, 
ela torna-se inconveniente ao interesse público. 
➢ Sempre deverá existir uma justificação embasando de forma fundamentada a dispensa e a inexigibilidade, 
que deverá ser ratificada pela autoridade do órgão. 
➢ Nos termos do art. 25, da lei 8.666/93, a licitação é inexigível sempre que a competição for impossível, 
sendo exemplifivativo o rol das hipóteses de inexigibilidaes contidas neste mesmo artigo. 
➢ A licitação é formada pela união de 3 (três) pressupostos. Não existindo um dos pressupostos a licitação se 
torna inexigível. 
a) Pressuposto Lógico: Pluralidade de bens e de fornecedores do bem ou serviço. 
b) Pressuposto Jurídico: Trata-se de demonstração de interesse público na realização do certame. 
➢ De acordo com o TCU, em se tratando de empresa estatal que explora a atividade econômica, não há 
necessidade de licitação para contratações referentes à sua atividade fim, por motivo de inexigibilidade, uma 
vez que não há interesse público na licitação. 
c) Pressuposto Fático: Trata-se de desnecessidade de contratação específica, ou seja, a administração 
deve se satisfazer com qualquer produto ou serviço presente no mercado, não dependendo de um bem ou 
serviço específico. 
OBS.: É VEDADA INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO PARA SERVIÇOS DE DIVULGAÇÃO E SERVIÇOS DE 
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DISPENSA DE LICITAÇÃO 
➢ Nesses casos, é plenamente possivel a realização do procedimento licitatório, porém a lei diz que não é 
necessário 
➢ Somente a lei de licitações pode definir as hipóteses de dispensa, que são taxativas. 
Licitação Dispensada – Art. 17 da lei 8.666/93 
• É definida legalmente como ato vinculado, ou seja, a contração sem a realizção da licitação é 
obrigatória. 
Licitação Dispensável – Art. 24 da lei 8.666/93. 
• Se trata de ato discricionário do administrador, ou seja, através de uma análise de conveniência e 
oportunidade, em cada caso específico, o mesmo irá definir se irá ou não realizar a licitação. 
• O mesmo art. 24 ainda elenca 34 incisos com situações onde a licitação é dispensável. (IMPORTANTE 
CONCURSOS) 
 
ALGUMAS SITUAÇÕES ONDE É DISPENSÁVEL O PROCEDIMENTO LICITATÓRIO 
➢ Obras e serviços de engenharia – até R$ 33.000,00 
➢ Bens – atéR$ 17.600,00 
ATT: Empresas públicas, S.E.M, Agências Executivas

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