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DIREITO ADMINISTRATIVO – RESUMO AV1 - LIVRO MATHEUS CARVALHO RESPONSABILIADDE CIVIL DO ESTADO ➢ A responsabilidade Civil do Estado de ressarcir o particular é decorrente da RESPONSABILIDADE EXTRACONTRATUAL ou AQUILIANA, ou seja, não decorre de nenhum vínculo ou contrato anterior com o sujeito indenizado. ➢ A responsabilidade do Estado perante a vítima não exclui a responsabilidade posterior do agente público, desde que tenha ocorrido de forma dolosa ou culposa para o dano causado. EVOLUÇÃO HISTÓRICA ➢ Teoria da Irresponsabilidade do Estado: A premissa de que "o rei nunca errava" (the king can do not wrong) embasa a primeira fase da responsabilidade civil que é justamente a fase da irresponsabilidade. O Estado não respondia por seus atos, era sujeito irresponsável (Teoria nunca adotada no Direito brasileiro). ➢ Responsabilidade com previsão legal: O Estado, que, até então, agia irresponsavelmente, passou a ser responsável, em casos pontuais, sempre que houvesse previsão legal específica para responsabilidade (muito estrita). ➢ Teoria da Responsabilidade Subjetiva (teoria civilista): A responsabilização do ente público ocorre nos moldes do direito civil, ou seja, era necessário que o agente comprovasse que houve culpa ou dolo o agente. ➢ Teoria da Culpa do Serviço: Com base nessa teoria a vítima apenas deve comprovar que o serviço foi mal prestado ou prestado de forma ineficiente ou ainda com atraso, sem necessariamente apontar o agente causador. Não se baseia na culpa do agente, mas do serviço como um todo e, por isso, denominamos Culpa Anônima (ainda usada em alguns casos). ➢ Teoria da responsabilidade Objetiva: Independe de comprovação de dolo ou culpa do agente para a responsabilização do Estado, bastando a comprovação da mera relação causal entre o comportamento desse agente público e o dano (previsto desde a Constituição de 1946). ➢ É necessário comprovar que o dano foi gerado pela soma de três fatores: a) Conduta (lícita ou ilícita): Praticada por um agente público, atuando nessa qualidade. b) Dano causado a um terceiro (usuário ou não do serviço) a um bem protegido pelo ordenamento jurídico, ainda que exclusivamente moral. c) Nexo de Causalidade: Demonstração que a conduta do agente foi preponderante e determinante para a ocorrência do evento danoso. Previsão legal – Art. 37, § 6° da CRFB/88 “§6°. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa” ➢ A responsabilidade Civil do Estado é objetiva, mas a responsabilidade civil do agente é subjetiva, decorrendo de comprovação de dolo ou culpa. AGENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL ➢ Pessoas Jurídicas de Direito Público da Administração Direta e indireta; ➢ Empresas estatais prestadoras de serviço público (empresa pública e sociedade de economia mista). Obs: Empresas estatais que exploram atividade econômica terão a responsabilidade regulamentada pelo direito privado. ➢ Particulares prestadores de serviço público por delegação: Nesse caso há uma responsabilidade objetiva direta do particular prestar do serviço e uma responsabilidade objetiva subsidiária do Estado. Ex.: ônibus - transporte público: Passageiro sofre acidente dentro do ônibus e morre. A responsabilidade será objetiva da empresa prestadora de serviço público, bem como do ente estatal. Nesses casos, a responsabilidade do Estado é objetiva, porém subsidiária à da empresa prestadora do serviço. ➢ STF - Ainda que o dano seja causado a terceiro, não usuário do serviço público, a responsabilidade também é objetiva, em virtude que a CRFB/88 não diferencia os danos causados a terceiros em virtude de serem ou não usuários do serviço – R. Ext. nº 591874/09. ➢ Ainda que a atuação do Estado seja lícita, irá gerar a responsabilidade objetiva do Estado; ➢ Conduta Ilícita – Responsabilidade decorre do princípio da legalidade; Conduta Lítica – Responsabilidade decorre do princípio da isonomia, isso por que há uma desigualdade ao se beneficiar a coletividade em geral e prejudicar uma parcela dessa mesma coletividade. Obs.: Nos casos de danos decorrentes de atos lícitos, a responsabilização do ente estatal depende da comprovação de que estes danos são anormais e específicos. ➢ Risco social: São restrições gerais feitas através de atos lícitos, que são decorrentes da vida em sociedade, não ensejando, portanto, indenizações por parte do estado. ➢ TEORIA DO DUPLO EFEITO DO ATO ADMINSITATIVO: O mesmo ato gera efeitos diferentes em relação a pessoas diferentes, ou seja, o mesmo ato administrativo pode vir a causar um dano específico/anormal para determinada pessoa e para outra não causar dano passível de indenização (quando do risco social, p.ex.). ➢ Conduta: Deve ser de determinado agente público que atue nesta qualidade ou, ao menos, se aproveitando da qualidade de agente para causar o dano. Agente de fato necessário – Precisa praticar uma conduta devido uma emergência; Agente de fato putativo – Aparência de Agente, mas não está investido. ➢ Dano – Deve ser um bem jurídico, ainda que exclusivamente moral ➢ Nexo Causal: A Teoria adotada foi a da Causalidade Adequada, ou seja, a conduta do agente público tem que ter sido suficiente por si só para ensejar o dano. ➢ A teoria da interrupção do nexo causal expõe que quando condutas posteriores, alheias à vontade do Estado, causam danos a terceiros, não há o que se falar em responsabilidade estatal. ➢ As situações nas quais ocorre a interrupção do nexo de causalidade, são apontadas, pela doutrina, como hipóteses excludentes de responsabilidade do Estado, que são o Caso Fortuito, Força Maior e Culpa Exclusiva da Vítima. TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ➢ Teoria do Risco Administrativo: O estado, ao exercer a atividade administrativa, tem como finalidade alcançar o bem comum. ➢ Por se tratar de ativiadade potencialmente danosa, o ente público, ao assumir o risco de exercer tal atividade, é responsabilizado objetivamente pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, admitindo, porém, a exclusão de responsabilidade quando estiverem ausentes alguns dos elementos da responsabilidade1, quais sejam Conduta, dano e nexo de Causalidade. ➢ Teoria do Risco Integral: Ente público como garantidor universal. ➢ A simples existência do dano e do nexo causal é suficiente para que surja a obrigação de indenizar para a Administração. ➢ Não admite excludentes de responsabilidade. ➢ Tal teoria é aplicada a situações exepcionais, a saber: a) Dano decorrente de Atividade Nuclear. (atividade comissiva e omissiva) b) Dano ao meio ambiente, em relação aos atos comissivos. Atos omissivos - STJ: Responsabilidade objetiva de execução subsidiária. (Primeiro é cobrado a quem fez o dano); c) Dano decorrente de acidente de transito: Decorre do seguro obrigatório: DPVAT. d) Crimes ocorridos a bordo de aeronaves; e) Danos decorrentes de ataques terroristas. RESPONSABILIDADE POR OMISSÃO DO ESTADO ➢ A responsabilidade do Estado decorre de uma não atuação do agente público. ➢ A responsabilidade, nos casos de omissão, será subjetiva, porém não depende de demonstração de dolo ou culpa do agente público, mas se baseará na culpa do serviço. (culpa anônima) ➢ O que é analisado é a não prestação, má prestação ou prestação atrasada do serviço. ➢ Elementos: Comportamento omissivo do Estado, o dano (evitável), o nexo de causalidade e a culpa do serviço. ➢ A responsabilização depende de ato omissivo ilícito, ou seja, a omissão do agente deve configurar ausência de cumprimento de seus deveres legalmente estabelecidos. ➢ Nesse sentido, o Estado não se responsabilizará por:a) Fatos da Natureza. b) Atos de terceiros ou Atos de multidões (desde que tenha tomado as medidas possíveis a impedir o dano causado). Exemplos: Pessoa é assaltada em virtude de um arrastão; Pessoa é assaltada em uma rua conhecida por ser local de vários assaltos; Em virtude das chuvas frequentes, determinada vizinhança se encontra totalmente alagada e, nesse contexto, uma criança sai para brincar e morre com leptospirose. É necessário comprovar que o alagamento se deu em virtude da má prestação do serviço de esgoto e escoamento de águas; TEORIA DO RISCO CRIADO OU SUSCITADO: O Estado cria uma situação de risco e dela decorre um dano. ➢ A responsabilidade do Estado, nesse caso, será objetiva, mesmo que não haja conduta do agente em relação a isso. ➢ Acontecerá sempre que se houver uma situação de custódia, onde o Estado deve assegurar a segurança de algo ou alguém! Exs.: Preso que mata outro; Preso que foge e assalta a casa ao lado. Situações de criaças dentro de uma escola pública, carros apreendidos no pátio do Departamento de transito, etc. ➢ Fortuito Interno: Situação não rotineira (imprevisível), mas que decorre diretamete da situação de custódia. Ex.: Rebelião ocorre e um preso mata outro. Nesse caso, há responsabilidade do Estado. ➢ Fortuito Externo (ou força maior): Situação totalmente alheia e independete da situação de custódia. Ex.: Raio cair em um preso dentro do presídio. Nesse caso Inexiste responsabilidade, baseado na Teoria da conditio sine qua non, a qual afirmará que a responsabilização, nestes casos, dependerá somente da comprovação de que a custódia é uma condição sem a qual o dano não teria ocorrido, mesmo que situações supervenientes tenham contribuído para o dano. ➢ EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE ➢ São todas as hipóteses em que há a ausência de um dos elementos constitutivos da responsabilidade civil do Estado (Conduta do agente, atuando nessa qualidade; Dano causado a um particular e Nexo de causalidade entre o dano e a conduta). Exs: a) Caso Fortuito: Eventos provenientes de ato humano, imprevisíveis e inevitáveis, que impedem o cumprimento de uma obrigação, tais como a greve, a guerra etc. b) Força Maior: Eventos previsíveis ou imprevisíveis, porém inevitáveis, decorrentes das forças da natureza, como o raio, a tempestade, etc. (definições não pacíficas) c) Culpa Exclusiva da vítima RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO ➢ Como Ocorre? ➢ 1° o estado é demandado e responsabilizado objetivamente pelo prejuízo causado pelo agente público. Logo, através de uma ação de regresso, demanda contra esse agente, que responderá de forma subjetiva, ou seja, após a análise de dolo ou culpa do mesmo. ➢ Nesse contexto, de acordo como STF, não pode a vítima propor diretamente ação contra o agente, baseado na chamada Teoria da dupla garantia, que garante ao particular prejudicado ser indenizado pelos prejuízos que sofreu (celeridade) e ao agente a garantia de só ser cobrado pelo estado. DENUNCIAÇÃO À LIDE ➢ Para a doutrina não é possivel, haja vista que ensejaria um prejuízo ao autor-vítima ao ampliar o mérito subjetivo da ação principal (prejudicando assim a celeridade processual). ➢ Porém, a jurispudência (vulgo STJ), ao se valer dos princípios da economia processual, eficiência e celeridade, vêm admitindo a denunciação à lide, deixando claro somente que, nesses casos, o estado não está obrigado a fazê-lo, sendo mantido o direito de regresso autônomo caso o ente público opte por não se valer da intervenção de terceiro, para cobrar de seu agente. ➢ Com o advento do NCPC, a denunciação à lide passa a ser uma opção do réu e não uma exigência, conforme redação do art. 125 do CPC, que dispõe: Art. 125. É adminissel a denunciação a lide, promovida por qualquer das partes: II- àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. PRAZO PRESCRICIONAL (pretensão em relação ao estado ou vítima de entrar com ação reparatória) ➢ Com o art. 1° do Decreto lei 20.910/32 e Art. 1°, C da lei 9494/97 – 05 anos (sendo uma alteração benéfica ao Estado, haja vista que anteriormente o prazo para propror ação reparátoria contra o Estado era de 10 anos) ➢ Advento do CC/02 – Art. 206, parágrafo 3°, V - 3 anos (O que era um benefício, se tornou um prejuízo). ➢ Como Ficou? Não há consenso. Parte da Jurisprudência: Art. 206 se aplica ao estado somente (norma posterior e mais benéfica) Doutrina e STJ: Deve-se marter o prazo de 5 anos, haja vista que o Código civil de 2002 é norma geral e portanto não poderia alterar lei especial. ➢ O estado, em relação ao agente, tem o prazo de 3 anos para ajuizar ação de regresso. (se o dano for ao erário é imprescritível o seu ressarcimento). ➢ O dano a 3° é prescritível em 5 anos. (não pacificado, mas majoritário) RESPONSABILIDE POR OBRA PÚBLICA a) Má execução da obra: Caso o Executor for o Estado: A responsabilidade é objetiva. Caso o Executor seja um particular: O empreiteiro responde de forma subjetiva, respondendo da mesma forma o estado se comprovado que houve omissão dele no dever de fiscalização do contrato celebrado. b) Responsabilidade pelo simples fato da obra: O dano é causado pelo simples fato dela existir, sem que tenha havido a culpa de ninguém. ➢ Nesse caso, é irrelevante saber quem está executando a obra. ➢ Ocorrendo o dano, ter-se-á a responsabilidade objetiva do Estado. RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS ➢ Primeiro faz-se necessário a diferenciação entre leis de efeitos concretos e leis em sentido formal e material (leis gerais e abstratas). ➢ Leis de efeitos concretos: São aquelas que possuem qualidade de lei em sentido formal, mas não em sentido material, configurando-se em verdaderios atos administrativos. Dessas leis decorre a responsabilidade civil do ente que a emanou nos mesmos moldes da responsabilidade civil do Estado por atos administrativos, com base da teoria do risco administrativo. Ex: lei de efeitos concretos que determina um terreno privado como área de utilidade pública para fins de desapropriação. Trata-se de lei, formalmente analisada, mas não guarda a conotação material de lei, ou seja, não estabelece normas gerais e abstratas. ➢ Leis em sentido formal e material: São emanados pelo legislativo, com sanção do executivo (em obediência ao processo legislativo constitucional) e estipulam normas gerais e abstratas. ➢ Em regra, não gera responsabilidade civil do estado, pois não causará dano específico a ninguém e o prejuízo eventualmente causado será geral à coletividade e não a determinado sujeito. ➢ Excepcionamente, é possivel a responsabilição do estado, desde que: I - A lei criada cause danos diretamente a alguém; II - A mesma lei tenha sido declarada inconstitucional (controle concentrado de constitucionalidade com efeitos ega omnes). RESPONSABILIDADE POR ATOS JURISDICIONAIS ➢ A Doutrina majoritária defende a irresponsabiliade do ente público por atos jurisdicionais típicos. ➢ Isso por que, a luz princípio da recorribilidade dos atos jurisdicionais, se um ato de um magistrado prejudica a parte no processo, ela possui mecanismos recursais e até outras ações para eventuais revisões do ato. ➢ Exceção: Art. 5° LXXV da CRFB/88 - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário (ato jurisdicional), assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença. (ato administrativo= fase de execução da sentença) ➢ Nesse caso, ao assumir o risco de aplicar a pena privativa de liberdade, o mesmo se responsabiliza objetivamente por eventuais danos causados. ➢ A ação regressiva deve ser proposta em face do magistrado, respondendoo mesmo no caso de comprovação de dolo ou erro grosseiro do mesmo ao prolatar a decisão que causou danos. LICITAÇÃO (Lei 8.666/93) ➢ É um procedimento administrativo prévio à todos os contratos da administração, disciplinado por lei e por um ato administrativo prévio, que determina critérios objetivos de seleção de proposta da contratação mais vantajosa, com observância do princípio da Isonomia, conduzido por um órgão dotado de competência específica. (Marçal Justen Filho) ➢ Competência para Legislar (Art. 22, XXVII, CF/88): Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998). ➢ Por ser tratar de competência privativa (e não exclusiva), os demais entes poderão expedir normas específicas para regulamentação de seus procedimentos licitatórios, desde que não violem as normas trazidas na legislação federal. ➢ No âmbito federal existem duas leis gerais de licitações: Lei 8.666/93 e Lei 10.520/02 (lei do pregão) ➢ Normas da lei 8666/93 que estabelecem regras específicas são constitucionais para a União e inconstitucionais para os demais entes federados que estão sujeitos, apenas às de caráter geral editadas no âmbito federal. ➢ FINALIDADES DO PROCESSO LICITATÓRIO ➢ Art. 3°, Lei 8.666/93 – “A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável [...]” ➢ Dada a redação do art. 3°, entende-se que são três as finalidades da licitação: a) Busca pela proposta mais vantajosa ao poder público; b) Garantia da isonomia das contratações públicas; c) Desenvolvimento nacional sustentável. ➢ Dessa forma, qualquer pessoa que tenha interesse e cumpra os requisitos de lei, pode contratar com o poder público desde que, por óbvio, seja o vencedor do certame. ➢ Att! Não há hierarquia entre as finalidades da licitação, não podendo o ente público, por exemplo, violar a garantia da isonomia, a pretexto de contratar a melhor proposta. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA LICITAÇÃO ➢ Além dos princípios contidos no art. 37, CF, a licitação será norteada pelos seguintes princípios: PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO ➢ O instrumento convocatório, em regra, é o edital, exceto no convite, em que a lei define a convocação mediante carta convite que se trata de um instrumento convocatório simplificado. ➢ A elaboração do edital pela Administração pública é livre, havendo discricionariedade na sua elaboração, na busca de satisfazer os interesses da coletividade, todavia, após a sua publicação, a Administração fica vinculada àquilo que foi publicado ➢ Sendo assim, pode-se dizer que o edital vincula não só os licitantes, mas também a própria administração pública. PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO ➢ O edital deve estabelecer, de forma precisa e clara, quais critérios objetivos serão usados para seleção da proposta vencedora, que não se submetem às escolhas dos julgadores. ➢ Também é importante destacar que não se pode alterar as regras da licitação quando ela já estiver em curso. ➢ (no meio da licitação) PRINCÍPIO DO SIGILO DAS PROPOSTAS ➢ As propostas apresentadas são sigilosas até a data da abertura dos envelopes, a ser feita em conjunto por todos os concorrentes, em sessão pública, sob pena de improbidade administrativa e crime definido pela própria lei de licitações. ➢ Obs.: Tal princípio não fere o princípio da publicidade, que também deve ser observada no procedimento licitatório. PRINCÍPIO DO PROCEDIMENTO FORMAL ➢ A licitação se desenrola por meio de um procedimento definido em lei que varia de acordo com cada modalidade licitatória. ➢ Nesse sentido, o administrador não pode criar uma nova modalidade licitatória ou combinar duas ou mais modalidades já existentes. ➢ A administração deve também obedecer a todas as fases da licitação, sendo vedado que uma das fases não seja realizada. PRINCÍPIO DA EFICÁCIA ADMINISTRATIVA ➢ A eficácia impõe a adoção da solução mais eficiente e conveniente para a gestão dos recursos públicos. Dessa forma, o agente público tem o dever de gerenciar os recursos públicos, onerando o menos possível a Administração. PRINCÍPIO DA ISONOMIA ➢ Deve ser garantido um tratamento igualitário entre os licitantes, nos moldes do art. 3°, § 1° da lei 8666/92, não se admitindo qualquer espécie de tratamento diferenciado que vise a beneficiar ou prejudicar algum participante do certame. ➢ Não se admite também que a Administração Pública exija requisitos para participação no certame que não estejam previamente estipulados em lei e sejam indispensáveis à realização do certame. ➢ A isonomia em seu sentido material significa tratar igualmente os iguais e oferecer tratamento desigual aos desiguais na medida de suas desigualdades. ➢ Com base nisso, está em conformidade com esse princípio o tratamento diferenciado dispensado a microempresas e empresas de pequeno porte, bem como possibilidade de criação de preferências para aquisição de produtos manufaturados ou serviços nacionais que obedeçam às normas técnicas brasileiras, nos moldes do art. 3°, §§ 6° a 12. TIPOS DE LICITAÇÃO ➢ Os tipos de licitação não se confundem com as modalidades de licitação: ➢ Tipos de licitação: Dizem respeito aos critérios de julgamento (“menor preço”, “melhor técnica”, “técnica e preço e “maior lance”). ➢ Modalidades de licitação: Dizem respeito a estrutura procedimental (concorrência, tomada de preços, convite, concurso, leilão e pregão). Menor Preço: Administração é orientada a selecionar a proposta de melhor preço, que não pode ser confundido com o menor valor monetário, pois, existem hipóteses em que pagar o valor mais elevado propiciará à Administração Pública vantagens maiores. ➢ Este tipo é utilizado quando o produto pretendido pela Administração não tiver nenhuma característica especial, ou quando as características especiais são definidas como requisitos mínimos para contratação. Melhor Técnica: Tem por critério de escolha a qualidade do produto a ser adquirido ou do serviço a ser prestado. ➢ O Edital deve prever a apresentação de 2 (duas) propostas (uma técnica e outra comercial/de preço). Técnica e Preço: A escolha do vencedor será adequada, quando a variação de qualidade da prestação refletir na satisfação das necessidades do Estado. ➢ Sendo assim, será feita uma análise de preço bem como de qualidade do bem ou serviço a ser prestado pelo vencedor. ➢ ATT! Os tipos de licitação “Melhor técnica” e “técnica e preço” serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual (Art. 46, caput), ou para serviços de informática. (Art. 45 § 4°) ➢ Excepcionalmente podem ser adotados para bens, obras ou serviços de grande vulto, que empreguem tecnologia sofisticada e de domínio restrito (art. 46 § 3°) Maior Lance: Feita para a alienação pela Administração Pública de bens e direitos. ➢ É apropriada para Leilão, modalidade licitatória que utiliza como critério para a escolha do vencedor o maior lance --------------------------------------------- CONTEÚDO ADICIONAL = IGNORAR ---------------------------------------------- ➢ Na “melhor técnica” são apresentadas duas propostas: Uma ténica e outra de preço. 1° há a abertura, avaliação e classificação dos envelopes com as propostas técnicas, verificando-se quais licitantes alcançaram os critérios técnicos mínimos exigidos.➢ Logo em seguida há abertura das propostas de preço dos licitantes que tenham atingido a valorização mínima, procedendo-se a negociação com o proponente da melhor proposta técnica, tendo como limite a proposta de menor preço. No caso de impasse com este, a negociação será feita com os demais, na ordem de classificação. ➢ No tipo “ténica e preço” se procederá da mesma forma, porém o licitante vencedor será aquele tiver a melhor média ponderada entre as propostas técnicas e de preço. --------------------------------------------- // --------------------------------------------------------// -------------------------------------------- CRITÉRIOS DE DESEMPATE ➢ Os critérios de desempate, no procedimento licitatório, estão definidos em lei, na ordem em que devem ser observados, somente sendo analisado o segundo critério caso o primeiro não seja suficiente a desempatar a licitação e assim, sucessivamente. ➢ Logo, trata-se de critérios sucessivos e não alternativos, não podendo a Administração escolher quais pretende utilizar. Art. 3° § 2°, Lei 8666/03: § 2o Em igualdade de condições, como critério de desempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos bens e serviços: I - Revogado II - produzidos no País; III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. IV - produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) ➢ Se nenhum dos critérios de desempate alcançar o propósito de desempatar a licitação, deve ser feito o desempate por meio de sorteio (§ 2°, art. 45). ➢ As microempresas e empresas de pequeno porte têm direito de preferência no desempate, à luz da Lei Complementar 123/06. ➢ Com base nisso, antes de analisar os critérios de desempate, a ME ou EPP poderá reduzir o valor de sua proposta e vencer a licitação. Art. 45, LC 123/06 - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame, situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado. ➢ Caso a microempresa apresente uma proposta igual ou até 10% superior à proposta vencedora, a lei considera ter havido empate na licitação. Art. 44 § 1°, LC 123/06 - Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada. § 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço. OBRIGATÓRIEDADE DE LICITAR (art. 1°, Lei 8666/93) a) Os entes da Administração Direta - abrangendo a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal. b) Os entes da Administração Indireta- Autarquias, Fundações, Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista prestadoras de serviços públicos ou exploradoras de atividades econômicas. c) Fundos especiais – Atecnia legislativa, visto se tratarem de objeto de direito e não sujeito. Excepcionalmente, tais fundos podem ser regulamentados por lei como órgãos da A.D ou fundações públicas, o que já os colaria nas hipóteses anteriores d) Demais entidades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público. Isso inclui todas as entidades que recebem dinheiro público para custeio ou para manutenção de pessoal, como as entidades do 3° setor. ➢ O art. 173 § 1°, III, CF, dispoõe que é possivel a criação de uma lei específica para reger a licitação das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista exploradoras de atividade econômica, possibilitando a submisão a um regime próprio de licitação, com regras mais simples. ➢ Não havendo a edição de regime específico (lei específica), lhes é aplicada a lei 8.666/03 em sua integralidade. ➢ Todavia, a própria Lei 8666/93, em disposição expressa no art. 119, admite a possibilidade da edição de regulamento para facilitar e tornar mais simples o procedimento licitatório dessas empresas. INTERVALO MÍNIMO ➢ É o prazo mínimo definido em lei entre a publicação do instrumento convocatório e o início da licitação (abertura dos envelopes de documentos e propostas) ➢ Este prazo é presumido, pela lei, como suficiente e adequado, para que todos os interessados na licitação apresentem a documentação necessária e a proposta, dentro dos limites estipulados no edital. ➢ Como se trata de “prazo mínimo”, é perfeitamente possível a concessão de um prazo maior do que estipulado em lei. ➢ Intervalos mínimos, segundo art. 21, § 2° da lei 8.666/93: Art. 21, § 4° Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido (do intervalo mínimo), exceto quando, inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas. COMISSÃO DE LICITAÇÃO ➢ A comissão é designida pela autoridade máxima do órgão, que fica responsável pela realização dos trâmites do procedimento licitatório. ➢ Em regra, a comissão licitante é composta por, pelo menos 3 (três) membros, sendo 2 (dois) deles servidores públicos efetivos do órgão responsável pela licitação. (art. 51, Lei 8.666/93) ➢ A função da Comissão é: a) Analisar os pedidos de inscrições em registros cadastrais bem como sua alteração ou cancelamento; b) Analisar a habilitação para participação no certame; c) Fazer a análise e julgamento das propostas da licitação, em observância aos critérios de julgamento previamente estipulados no instrumento convocatório. ➢ Todos os membros da comissão respondem solidariamente pelos atos da mesma, salvo nos casos de um dos membros for voto vencido e tal divergência ser expressamente registrada em ata. ➢ A comissão pode ser: a) Especial, criada para um procedimento licitatório específico. Terminando a licitação, a comissão é extinta. b) Permanente, responsável por todas as licitações do órgão no período da sua investidura, que não pode ultrapassar 1 (um) ano. ➢ Após um ano, a comissão deve ser alterada, ainda que com a modificação de um único membro. ➢ Att! Não há designação de comissão na modalidade Leilão, uma vez que o procedimento é realizado pelo leiloeiro, que pode ser leiloeiro oficial ou servidor público designado. ➢ Da mesma forma, as licitações realizadas na modalidade pregão não são executadas por comissão, mas sim pelo pregoeiro, acompanhado ou não de uma comissão de apoio, nos moldes do art. 3° da Lei 10520/02. ➢ Nos casos de licitação na modalidade concurso, a comissão é especial, haja vista não ser composta necessariamente por servidores públicos, devendo ser pessoas idôneas, com reputação ilibada, que tenham amplo conhecimento na área referente ao objeto do certame. ➢ Tratando-se de licitação na modalidade convite, a comissão poderá ser dispensada, sempre que a unidade for pequena e, justificadamente, a designação de uma comissão composta por três membros possa causar prejuízos ao andamento regular das atividades do órgão. Nesses casos, a licitação será realizada por apenas um servidor, desde que efetivo. MODALIDADES DE LICITAÇÃO No Brasil, estão previstas em lei, 6 (seis) modalidades licitatórias, a saber: ➢ Em razão do Valor do Contrato a) Concorrência b) Tomada de preço c) Convite ➢ Em razão do Objeto a ser contratado d) Concurso e) Leilão f) Pregão ➢ A definição de valor toma por base a amplitude de competição garantida em cada espécielicitatória. Assim, quanto mais simples a modalidade, mais restrita a competição pela lei e menor o valor das contratações que podem ser feitas por meio dela. ➢ "A modalidade que pode o mais, pode o menos", ou seja, sempre que for possível a utilização do convite, será possível a tomada de preços e concorrência e, em todos os casos em que for possível a tomada de preços, também será admitida a concorrência. O contrário, porém, não ocorre. ➢ Importante salientar que o art. 22 § 8° dispõe que é vedada a criação de novas modalidades licitatórias ou a combinação das modalidades já existentes. ➢ Também não é possível o fracionamento do objeto da licitação. CONCORRÊNCIA ➢ É a modalidade de licitação adequada para contratações de grande vulto, que proporciona uma ampla competição, visto que qualquer pessoa pode participar, desde que preencha os requisitos na fase de habilitação. ➢ A Concorrência deve ser exigida em razão de dois critérios: valor e natureza do objeto. ✓ Em razão do valor: a) Obras e serviços de engenharia acima de R$3.300.000,00 (Três milhoes trezentos mil reais) b) Bens e outros serviços acima de R$1.430.000,00 (Um milhão quatrocentos e trinta mil reais) • Contratações abaixo desses valores podem ser relaizadas pela concorrência, mas não é obrigatório; ✓ Em razão da natureza do objeto (exceção à regra do valor): a) Contrato de concessão de serviço público – lei 8987; Como exceção, será possível utilizar o leilão quando o serviço estiver previsto no Programa Nacional de Desestatização estipulado no art. 29 da Lei 9074/95. b) Concessão de direito real de uso; c) Contratos de obra celebrados por meio de empreitada integral; d) Aquisição ou alienação de bens imóveis; Se o imóvel a ser alienado tiver sido adquirido por dação em pagamento ou decisão judicial pode-se celebrar este contrato de alienação mediante licitação na modalidade concorrência OU leilão. e) Licitação internacional – admite participação de empresa estrangeira que não tenham sede no Brasil. Exceções: • É possivel utilizar a modadelidade tomada de preço quando a Administração Pública possuir cadastro internacional de licitantes. (art. 23, § 3°, Lei 8666/93) • É Possível se valer da modalidade convite quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País. ✓ Em ambos os casos, a contratação não pode ultrapassar os limites de valor das modalidades (tomada de preço e convite) INTERVALO MÍNIMO DA CONCORRÊNCIA ➢ O intervalo mínimo na concorrência varia de acordo com o critério de escolha do vencedor a ser utilizado, conforme disposto no instrumento convocatório: a) Melhor técnica, técnica e preço ou contratos de empreitada integral: 45 dias b) menor preço ou maior lance: 30 dias TOMADA DE PREÇO ➢ Como regra, podem participar da tomada de preços apenas os licitantes que forem cadastrados no órgão ou aqueles que se cadastrarem até 3 (três) dias antes da data marcada para a abertura dos envelopes contendo as propostas dos licitantes. ➢ Tal cadastro funciona como uma habilitação prévia feitas pelas empresas no órgão público, que tem validade de 1 (um) ano, quando então deverá ser renovada a apresentação dos documentos. ➢ Caso ocorra o indeferimento do cadastro, poderá ser interporto recurso no prazo de 5 (cinco) dias, porém o mesmo não tem efeito suspensivo, mas apenas devolutivo. ➢ Será utilizada a tomada de preço quando os valores forem: a) Contratos de OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA até R$3.300.000,00 b) Contratos de COMPRAS DE BENS OU AQUISIÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS até R$1.430.000,00 INTERVALO MÍNIMO DA TOMADA DE PREÇO a) Melhor técnica ou técnica e preço: 30 dias b) Menor preço ou maior lance: 15 dias CONVITE ➢ Adequada para contratos de valores pequenos. ➢ É mais restrita, pois propria Administração Pública pode escolher potenciais interessados em participar da licitação). ➢ Participarão do certame apenas os licitantes convidados, sejam eles cadastrados ou não, sendo, no mínimo de 3 (três), salvo comprovada restrição de mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, quando então pode-se realizar o convite com apenas 2 (dois) convidados (necessidade de justificação). – Art. 22, §7°, Lei. 8666/93. ➢ Aquele não convidado pela administração poderá manifestar interesse em participar do convite, desde que o faça com antecedência de 24 horas antes da data da abertura dos envelopes e desde que esteja devidamente cadastrado no órgão. (até 3 dias antes da abertura dos envelopes) ➢ No convite, o instrumento convocatório não é o edital, mas sim a carta-convite. ➢ A mesma não é publicada (ex.: no Diário Oficial da União), porém deve ter publicidade, que deve ser fetita com o envio da carta convite aos participantes e sua afixação no átrio da repartição pública do órgão, em local visível ao público. ➢ Por ser mais restrita, será utilizada a modalidade convite quando os valores forem: a) Contratos de OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA até R$330.000,00 b) Contratos de COMPRAS DE BENS OU AQUISIÇÃO DE OUTROS SERVIÇOS até R$176.000,00 ➢ Intervalo Mínimo: 5 (cinco) dias úteis do recebimento da carta-convite pelos convidados ou da afixação da carta na repartição, o que acontecer por último. Neste caso, o último ato de publicidade é que iniciará a contagem do prazo de intervalo mínimo. ➢ Comissão: Segue a regra geral, podendo a mesma ser dispensada sempre que se ficar comprovada a escassez de pessoal, em pequenos órgãos. Nesses casos, a licitação será realizada por apenas um servidor, desde que efetivo. ➢ Art. 22 § 6° “Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite, realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações.” CONCURSO ➢ Usada sempre que a administração tiver interesse em selecionar trabalhos técnicos, científicos ou artísticos com certas capacidades personalíssimas para incentivar o desenvolvimento cultural, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração. ➢ É também utilizada para contratação de serviços técnicos profissionais especializados como dispõe o art. 13 da Lei 8.666/93. ➢ O procedimento licitatório desta modalidade de licitação será definido em regulamento próprio, não havendo disposições acerca dele na lei 8.666/93. ➢ Intervalo Mínimo: 45 dias. ➢ Comissão Licitante: Chamada de Comissão Especial, a mesma é composta de 3 (três) integrantes, que não precisam porém serem servidores públicos. Basta que sejam pessoas idôneas e que tenham conhecimento na área do trabalho que será apresentado. Leilão ➢ Marçal Justen Filho, o leilão se peculiariza pela concentração, em uma única oportunidade, de diversos atos destinados à seleção da proposta mais vantajosa. ➢ Nessa modalidade um mesmo interessado pode apresetar várias propostas em um mesmo certame. ➢ É um procedimento apropriado para a alienação de bens pelo poder público àquele que ofertar o maior preço igual ou superior ao valor da avaliação, ou seja, o leilão será sempre do tipo MAIOR LANCE. ➢ Não tem procedimento definido na lei de licitações. ➢ Pode ser feito para alienar: a) bens imóveis que tenham sido adquiridos por decisão judicial ou dação em pagamento (todos os outros deverão ser alienados mediante concorrência, obrigatoriamente); b) Bes móveis inservíveis, ou seja, que não tem mais serventia pública. São os bens desafetados; c) Bens móveis apreendidos (bens confiscados pelo poder público uma vez que estavam sendo usados por particulares para atividades ilícitas) d) Bens móveis penhorados: Houve um equívoco do legislador ao se falar em bens “penhorados”, haja vista que o mesmo quis se referir a bens empenhadospelo particular ao ente público. Obs.: Penhor: Garantia real dada pelo devedor, de forma espontânea ou por imposição legal, em razão obrigação assumida. (Ex.: Joias empenhados pelo banco em razão de empréstimo) Penhora: Ato judicial, emitido por um juiz e promovido por um oficial de justiça com vista a apreender / tomar os bens do devedor, para que se cumpra o pagamento de dívida ou obrigação executada. ➢ Intervalo Mínimo: 15 dias ➢ Não existe comissão licitante no leilão, pois o mesmo é realizado por um leiloeiro oficial ou servidor designado pelo administração pública para cumprir a função de leiloeiro. PREGÃO ➢ A princípio era uma modalidade específica das agências reguladoras, sendo estendida a todos os entes da administração pública com a edição da Lei 10.520/02. ➢ Surgiu para aperfeiçoar o regime de licitações, trazendo mais competitividade, agilidade nas contratações públicas e redução de gastos pela administração. ➢ É uma modalidae definida para aquisição de bens, chamada de “leilão reverso” por parte da doutrina, e também de serviços comuns, cujos padrões mínimos de qualidade serão previamente estipulados no instrumento convocatório. ➢ De acordo com a lei 10.520/02, bens e serviços comuns são aqueles que podem ser designados no edital com expressão usual de mercado. ➢ Não pode ser utilizado para execução de obras públicas, mas tem sido aceito pelo TCU para contratação de serviços de engenharia. ➢ Intervalo Mínimo: 8 dias úteis ➢ Não há comissão licitante, uma vez que o responsável pela realização do pregão é o pregoeiro, que será um servidor efetivo designado a esta função. ➢ Na Lei 10.520/02 há a previsão de designação de comissão de apoio ao pregoeiro, que serve apenas para auxiliar o pregoeiro na realização do certame, não respondendo pelos atos por ela praticada. (quem responde é o proprio pregoeiro) ➢ A modalidade pregão sempre será do tipo MENOR PREÇO. ➢ Pregão Comum: Licitantes devem comparecer pessoalmente ou por representante no local e hora designados e apresentar ao pregoeiro os envelopes lacrados com a suas propostas e os documentos necessários para habilitação; ➢ Pregão eletrônico: Não existe comparecimento físico, nem encaminhamento de documentos. A participação do interessado depende de credenciamento perante cadastro em algum órgão público. A documentação só será entregue quando o interessado for o vencedor do pregão; LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS ➢ Em algumas situações, o poder público não licita com a finalidade imediata de contratação, mas tão somente para registrar os preços, para o caso de uma eventual contratação posterior. ➢ Geralmente é utilizada quando um bem é adquirido pela administração com grande frequência. ➢ O registro de preço não vincula a Administração Pública ao vencedor de nenhuma forma, ou seja, o vencedor não tem a garantia de que se o Estado for contratar, irá contratar com ele. ➢ Os licitantes devem apresentar o valor unitário dos produtos, uma vez que não há quantitativo exato a ser adquirido pelo Estado. A Administração Pública, no entanto, deve informar a quantidade máxima que poderá adquirir por meio da ata decorrente do certame. ➢ Finalizada a licitação, os preços são registrados no sistema de cadastros do ente, formalizando o que se denomina ata de registro de preços, que terá validade de 1 (um) ano. ➢ Durante esse ano a administração poderá adquirir o bem selecionado quantas vezes desejar, desde que não ultrapasse o valor máximo estipulado na licitação. ➢ Após esse período deverá ser realizado um novo procedimento licitatório, mesmo que a administração não tenha feito nenhuma contratação ou adquirido todo o quantitativo que poderia. ➢ O registro de preços evita uma série de licitações sucessivas para aquisição de objetos similares, já que precisará de apenas um procedimento licitatório para que os bens fiquem à disposição do Poder Público. ➢ Caso o preço selecionado esteja acima daquele praticado no mercado, o procedimento foi fraudulento e qualquer cidadão é parte legítima para impugnação da ata de registro de preços, na via administrativa ou judicial. PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS CONCORRÊNCIA ➢ Corrente majoritária: o procedimento licitatório têm início com o ato que instaura o procedimento administrativo, dando início a fase interna da licitação. ➢ FASE INTERNA: Organização interna da Administração Pública para licitar, com a abertura do processo administrativo respectivo e com a realização dos atos preparatórios que justifiquem a realização do certame. ➢ Nessa fase os licitantes ainda não tem conhecimento da licitação. ➢ Primeiramente deve ser formulada a exposição dos motivos da contratação. ➢ É necessária também a necessidade de adequação orçamentária para celebração do contrato que advirá do certame. ➢ A Jurisprudência do STJ vem se formando no sentido de que a lei não exige a real disponibilidade financeira antes do início da licitação, mas tão somente a previsão de recursos orçamentários. ➢ Dessa forma, o poder público deve ter um orçamento, definindo o valor máximo que está disposto a pagar pela aquisição do bem ou serviço ou pela execução da obra a ser contratada, definindo no edital o critério de aceitabilidade das propostas, "permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos" (art. 40, X da lei 8.666/93). ➢ Depois disso, deve-se designar a comissão que ficará responsável pela realização do certame. ➢ Em casos de contratação para execução de obras, a lei exige ainda a realização de um projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para que os interessados em participar da licitação tenham amplo conhecimento. (Art. 6°, X da lei 8.666/93) ➢ Estão impedidos de participar do procedimento licitatório, direta ou indiretamente: a) A pessoa física ou jurídica, que tenha realizado o projeto básico ou o projeto executivo; b) Empresa, isoladamente ou em consórcio, responsável pela elaboração do projeto básico; ou do projeto executivo ou, ainda, da qual o autor de um desses projetos seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado; c) As pessoas físicas ou jurídicas às quais tenha sido aplicada a penalidade de suspensão de contratar com o poder público ou declaração de inidoneidade, enquanto vigente as penalidades. d) O agente público que seja membro da comissão licitante, ou servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela realização do procedimento licitatório. VEDAÇÕES QUANTO AO OBJETO DA LICITAÇÃO (art. 7°, §§ 3° a 5°) § 3° É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executados e explorados sob o regime de concessão. § 4° É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão de quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo. § 5° É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais materiais e serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto e discriminado no ato convocatório. § 6o A infringência do disposto neste artigo implica a nulidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade de quem lhes tenha dado causa. ➢ Também ocorrerá na fase interna a elaboração do edital, que deve seguir os requisitos básicos elencados no art. 40 da lei 8.666/93 (att! Ler). ➢ Em casosde execução de obras ou atividades administrativas, o Poder Público pode adotar o regime de execução direta ou indireta. ➢ Regime de execução Direta: Ocorre todas as vezes que o objeto do contrato é executado pela própria Administração Pública por meio de seus órgãos e agentes públicos. ➢ Regime de Execução Indireta: Está presente sempre que o órgão ou ente da Administração Pública celebra contrato com terceiro para realização do objeto do contrato, que podem ser feitas em 4 (quatro) hipóteses: a) Empreitada por Preço Global, que é a contratação para execução de uma obra ou serviço por preço certo e total; b) Empreitada por Preço Unitário, que é a contratação para execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades determinadas; c) Empreitada por Tarefa, que é a contratação de mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou ser o fornecimento de materias d) Empreitada Integral, que configura a contratação de um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade a e) contratada (sempre será na modalidade concorrência). AUDIÊNCIA PÚBLICA ➢ Em licitações com valores muito altos é obrigatória a realização de audiência, à qual será dada ampla publicidade, para que os cidadãos possam participar e opinar acerca do certame. ➢ É obrigatória sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite mínimo definido para a concorrência, no art. 23, I, "c" da lei 8.666/93, qual seja: a) Mais de R$3.300.000,00, para obras e serviços de engenharia → Acima de 330.000.000,00 b) Mais de R$1.430.000,00, para compras e demais serviços → Acima de 143.000.000,00 ➢ A audiência deverá ser marcada com antecedência de, no mínimo 15 dias úteis antes da data marcada para publicação do edital e divulgada com antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis da sua realização (art. 39 da lei 8.666/93). ➢ A não realização da audiência nas hipóteses determinadas pela lei enseja nulidade do procedimento licitatório e, caso já tenha sido celebrado o contrato, será este também eivado de vício de ilegalidade. ➢ Respeitadas todas as normas previamente estabelecidas, o procedimento será encaminhado para órgão de consultoria jurídica para emissão de parecer, obrigatório à lisura e legalidade do procedimento. (art. 38, VI) ➢ Tal parecer não possui caráter vinculante, mas meramente opinativo. ➢ Após emissão de parecer jurídico, o certame passa à sua fase externa que se inicia com a publicação do instrumento convocatório. FASE EXTERNA ➢ Segue a seguinte ordem cronológica: Edital → Habilitação → Classificação → Homologação → Adjudicação a) PUBLICAÇÃO DO EDITAL (art. 21 da lei 8.666/93) ➢ Com tal publicação, a administração marca uma data para que sejam abertos os envelopes de documentação dos licitantes e propostas, respeitado o prazo de intervalo mínimo exigido para cada modalidade de licitação. ➢ A publicação do aviso contendo o seu resumo deve ser feito em Diário Oficial e jornal de grande circulação. ➢ Qualquer cidadão pode impugnar o edital até o 5° dia útil anterior à data marcada para abertura dos envelopes, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) dias úteis (art. 41, § 1°). ➢ Os licitantes tem prazo de até 2 (dois) dias úteis anteriores a que anteceder a abertura dos envelopes de habilitação ou propostas. ➢ As impugnações ao edital não são consideradas recursos na lei de licitações e não gozam de efeito suspensivo, sendo assim, o procedimento licitatório segue o seu curso. ➢ Dessa forma, a impugnação realizada pelo potencial licitante não impedirá sua participação no procedimento licitatório com a abertura dos seus envelopes de documentação e propostas (§ 3°, art. 41). ➢ A Administração também pode impugnar o edital, em virtude do princípio da autotutela (Súmula 473 STF). ➢ Alterado o edital é necessário fazer uma nova publicação nos mesmos moldes da publicação originária, sendo reaberto o prazo de intervalo mínimo para que os novos potenciais licitantes se adéquem à nova regra. ➢ Entretanto, se a modificação não alterar o conteúdo das propostas, será desnecessária a reabertura do prazo de intervalo mínimo, não sendo dispensada, contudo, a realização de nova publicação. (Art. 21, § 4°) b) HABILITAÇÃO ➢ Respeitado o intervalo mínimo previsto no art. 27 da lei 8.666/03, a comissão licitante passará para abertura dos envelopes com os documentos dos licitantes, a fim de verificar se estão aptos e se têm idoneidade para contratar com o Poder Público. ➢ Os licitantes só poderão desistir do certema sem justificativa até a abertura dos envelopes (fase de qualificação). Após isso, deverão apresentar justificativa que deve ser aceita pela comissão, segundo disposto no art. 43 § 6° da lei 8.666/93. ➢ O edital não pode estabelecer critérios não previstos em lei, mais especificamente no art. 27, da lei 8.666/93, evitando assim restringir a licitação de forma desarrazoada. ➢ Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos interessados, exclusivamente, documentação relativa a: I – Habilitação jurídica – Comprovação de existência de Direito do licitante; II – Qualificações econômica e financeira – É a demonstração de idoneidade financeira da entidade a ser contratada. Considerando-se que o Poder Público não realiza o pagamento antes da disponibilização do objeto do contrato, a empresa deve ter qualificação para arcar com todos os custos da contratação. *Possibilidade de exigência do balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social; III - Qualificação técnica (discricionariedade) – É a demonstração de que a empresa tem condições técnicas de cumprir o contrato celebrado em conformidade com as exigências de qualidade e celeridade impostas pela Administração Pública. Tal qualificação deve ser compatível com o objeto do contrato que será licitado; IV – Adequação ao Art. 7°, XXXIII – trabalho infantil vedado – "o trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos". V - Regularidade fiscal e trabalhista: Certidão negativa de débito - CND ou certidão positiva de débitos com efeitos negativos – CPN-EN (está com dívida, porém com exigibilidade suspensa); *Também poderá ser exigida o regular cumprindo dos encargos socias relativo à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS. (Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas – CNDT) ➢ Na falta de qualquer um dos requisitos, o licitante é eliminado. ➢ Caso a empresa já esteja previamente cadastrada no órgão público, o Certificado de Registro Cadastral substitui todos esses documentos listados acima, haja vista a prévia qualificação da empresa perante o Estado. ➢ ATT! A LC 123/06 estabelece que Microempresas e Empresas de Pequeno Porte poderão participar da licitação ainda que não tenham regularidade fiscal / trabalhista. ➢ Ao final da licitação, se forem declaradas vencedoras, terão o prazo de 5 (cinco) dias úteis, prorrogável por igual período, a critério da administração pública, para fazer o pagamento do débito e demonstrar a respectiva CND ou CPD-EN. (art. 42 e 43 da LC 123/06) ➢ Se todos os licitantes forem inabilitados, por não se adequarem a alguma das normas estipuladas em lei, a Administração Pública poderá fixar um prazo de 8 (oito) dias úteis para que se adequem às normas do edital. ➢ Divulgada a decisão final acerca da habilitação e inabilitação de licitantes, o prazo para que os interessados interponham Recurso com a intenção de modificar o quanto decidido é de 5 (cinco) dias úteis e este recurso teráefeito suspensivo. ➢ Tal recurso não é prazo para juntada de documentos, mas apenas para analisar possíveis injustiças ocorridas com as decisões do Administração Pública. ➢ Definidos os licitantes que estão habilitados a contratar, começa a abertura dos envelopes com as propostas das empresas habilitadas; FASE DE JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO ➢ Inicia-se com a abertura dos envelopes com as propostas dos habilitados. ➢ Há também o descarte das propostas que não atendam os requisítos mínimos do edital, conforme o art. 48 da lei 8.666/93. ➢ Se forem todos os licitantes desclassificados, a administração poderá conceder o prazo de 8 dias úteis para que se adéquem ao edital, mediante a apresentação de novas propostas. ➢ O prazo para recurso em face resultado é de 5 dias úteis, com efeito suspensivo. ➢ As propostas serão avaliadas segundo critérios constantes do instrumento convocatório e classificadas em ordem decrescente de vantajosidade. ➢ Em caso de empate no julgamento das propostas, deve-se seguir os seguintes critérios de desempate já apresentados nas páginas anteriores (art. 3° § 2°, Lei 8.666/03) ➢ Lembrando que as microempresas e empresas de pequeno porte têm preferência no desempate (igual ou até 10% maior que a melhor proposta) (LC 123/06). ➢ Após a análise de todos os critérios, se for mantido o empate, a lei de licitações, em seu art. 45, §2° determina a realização de sorteio. ➢ Poderá ser previsto um critério de preferência para produtos manufaturados e serviços nacionais que obedeçam normas técnicas brasileiras (que podem ser até 25% mais caros), desde que seja de conhecimento dos licitantes no começo da licitação, conforme disposto no art. 3°, §5° a §12 da 8.666/93. ➢ Poderá ser estabelecida também margem de preferência adicional a esses produtos manufaturados ou serviços nacionais, quando os mesmos forem resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país, desde que a soma dessas cotas não ultrapasse o montante de 25% (art. §§ 7° e 8° do art. 3°). ➢ Tais disposições visam a garantir o cumprimento de uma das finalidade da licitação, que é o da promoção do desenvolvimento sustentável, assim expresso no caput do art. 3°. § 5° Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida margem de preferência para: I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras; e II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. § 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional àquela prevista no § 5°. § 8° As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros. HOMOLOGAÇÃO ➢ Classificadas as propostas, está encerrado o trabalho da comissão licitante, que encaminhará o procedimento à autoridade do órgão para homologação. ➢ Nesta fase a autoridade competente verificará duas questões: A regularidade do procedimento e se há interesse público na contratação. ➢ Na análise da regularidade do procedimento será verificada se o mesmo foi realizado em conformidade com a lei e caso sofra de qualquer vício, será invalidado/anulado. ➢ Em um segundo momento a Administração deverá verificar se há interesse público na contratação. Caso contrário, será determinada a revogação do procedimento, que deve basear-se em situação de interesse público superveniente ao início da licitação. (Princípio da autotutela – Súmulas 346 e 473, STF) ➢ A anulação não gera para Administração o dever de indenizar, já que se trata do reconhecimento de uma irregularidade, ressalvada a hipótese de já ter sido celebrado o contrato administrativo (art. 49, § 1°). ➢ Se a administração não homologar o procedimento licitatório por qualquer dos motivos legais, deverá oferecer o prazo de 5 (cinco) dias úteis para interposição de recurso, que não tem prazo suspensivo (art. 109, I, “c” da lei 8.666/93). ➢ Se não for configurada nenhuma espécie de nulidade nem for o caso de revogação, a autoridade superior será obrigada a promover a homologação da decisão. (ATT. LER ART. 49) ADJUDICAÇÃO ➢ Se trata de declarar oficialmente o vencedor da licitação. ➢ Adjudicar não é contratar. Adjudicar é declarar o vencedor. ➢ Após a adjudicação, a Administração Pública NÁO está obrigada a celebrar o contrato administrativo, porém caso necessite realizar a contratação, só poder fazê-lo com o vencedor da licitação, ou seja a adjudicação tem força vinculante. (Princípio da Adjudicação Compulsória). ➢ O vencedor é obrigado a contratar com a administração por um prazo de 60 (sessenta) dias, contados da abertura dos envelopes de propostas. ➢ Passados 60 dias o mesmo não é mais obrigado a cumprir o contrato; ➢ Não cumprindo, serão convocados os demais licitantes na ordem de classificação para exercer sob a forma do contrato firmado com o primeiro; ➢ Não havendo interessados querendo contratar o procedimento será revogado, com a realização de nova licitação. ATT! Ler art. 64 da lei 8.666/93!!! PROCEDIMENTO DA TOMADA DE PREÇOS ➢ O mesmo da Concorrência, porém não existe a fase de HABILITAÇÃO, uma vez que os licitantes já estão previamente cadastrados. ➢ Ocorre apenas a abertura dos envelopes das propostas, após a análise dos Certificados Cadastrais apresentados por cada licitante. ➢ O cadastro funciona como uma habilitação prévia, não havendo necessidade de juntada ou apresentação de novos documentos. (MODALIDADE MAIS CÉLERE) PROCEDIMENTO DO CONVITE ➢ Segue um precedimento similar ao da concorrência, com algumas diferenças básicas, a saber: a) Não há publicação de edital, pois o instrumento convocátório é a carta-convite, que é enviada aos convidados e afixada no átrio da repartição, em local vísvel ao público. b) Os prazos para recursos são de 2 (dois) dias úteis (diferente da concorrência e tomada de preço, que são 5 dias); c) Se todos os licitantes forem inablitados ou desclassificados, o prazo para adequação definido no art. 48, §3° da lei 8.666/93 poderá ser reduzido de 8 (oito) dias úteis para 3 (três) dias úteis. d) Se for comprovada a escassez de pessoal, em pequenos órgãos, a Comissão pode ser dispensada e o procedimento ser realizado por um único servidor, desde que efetivo. e) Não existe fase de Habilitação, uma vez que os licitantes já estão previamente cadastrados ou foram convidados (devendo, nesse caso, se cadastrarem antes do início do certame). PROCEDIMENTO DO CONCURSO E DO LEILÃO ➢ O Concurso terá o seu procedimento definido em regulamento específico, não tendo previsão na Lei 8.666/93; ➢ Deverá se atentar ao intervalo mínimo, que é 45 (quarenta e cinco) dias; ➢ Observar também que a comissão licitante (Comissão especial) não precisa ser necessariamente composta de funcionários efetivos, mas somente pessoas idôneas e que tenham conhecimento na área do trabalho que será apresentado – Art. 51, §5° da Lei 8.666/93. ➢ Em relação ao Leilão, o procedimento será realizado pelo Leiloeiro e terá o intervalo mínimo de 15 dias. ➢ As demais regras do Leilão serão definidas por legislação específica. PROCEDIMENTO DO PREGÃO ➢ Tem seu procedimento invertido, previsto na lei 10.520/02. ➢ Primeiramente são classificadas aspropostas, deixando a fase de habilitação por último. ➢ Também, procede-se a fase de adjudicação antes da homologação do certame pela autoridade competente. Edital → Habilitação → Classificação → Homologação → Adjudicação - Concorrência Edital → Classificação → Habilitação → Adjudicação → Homologação - Pregão ➢ A fase interna do pregão segue os mesmos parâmetros utilizados na fase interna do procedimento da concorrência, a saber: Definição do Objeto a ser Licitado → Justificativa da necessidade da compra → Orçamento e declaração de disponibilidade orçamentária → Elaboração da minuta do edital → Autorização mediante parecer do órgão consultivo ➢ A fase externa, por sua vez, também se incia com a a publicação do edital, que assim como na concorrência, deve ser feita em diário oficial e em jornal de grande circulação. ➢ O intervalo mínimo é de 8 (oito) dias úteis. ➢ Na fase de Classificação, as propostas escritas são apresentadas e dentre elas são selecionadas as melhores propostas para que a disputa se dê em sessão pública, que se dará por meio de lances verbais. ➢ Passam para a fase de lances verbais o licitante que apresentou a melhor proposta (menor preço) e todas as outras propostas que não ultrapassarem 10% do valor da primeira. (art. 4°, Inc. VIII) ➢ Independentemente disso, devem passar para os lances verbais a melhor proposta mais 2 (duas), para completar o mínimo de 3 (três) licitantes. (art. 4°, Inc. IX) ➢ Após a seleção das propostas, o pregoeiro deverá anallisar se a proposta selecionada atende aos requisitos definidos no edital e decidirá de forma motivada se aceitará ou não a mesma. ➢ Caso seja aceita, o licitante será declarado vencedor da licitação. ➢ Não sendo admitida a proposta vencedora, os demais licitantes serão convocados, em ordem de classificação, para negociação do preço. ➢ Concluída a classificação, passará para a análise da documentação dos licitantes, onde serão analisados os requisitos do art. 27, da lei 8.666/93. ➢ Ocorrendo a inabilitação do licitante que apresentou a melhor proposta, o pregoeiro passa a examinar a proposta do segundo colocado e assim sucessivamente, sempre sendo admitida a negociação do preço ofertado. ➢ Se algum licitante recorrer, a lei concede o prazo de 3 (três) dias para elaboração e apresentação das razões do recurso (art. 4°, XVIII da lei 10.520/02). ➢ Decididos os recursos, a autoridade competente (o próprio pregoeiro) fará a adjudicação do objeto da licitação ao licitante vencedor, que ficará obrigado a celebrar o contrato com a Administração pelo prazo de 60 dias, contados da abertura e apresentação da proposta. ➢ Se o licitante vencedor for convocado dentro do prazo legal de validade de sua proposta e por qualquer motivo não realizar a celebração do objeto licitatório, será ele descredenciado do cadastro pelo prazo de 5 (cinco) anos, além de possível multa e das demais cominações legais; ➢ Qualquer motivo = Deixar de entregar ou apresentar documentação falsa, exigida no certame; retardar a execução de seu objeto; não mantiver a proposta; falhar ou fraudar na execução do contrato; comportar-se de modo inidôneo ou Cometer fraude fiscal; PROCEDIMENTO DO PREGÃO ELETRÔNICO ➢ É realizado em sessão pública, sem a presença física dos licitantes que se comunicam entre si e com a Administração Pública, via Internet. ➢ Cada ente federativo deverá ter regulamentação mediante decreto específico para que possa se utilizar desta forma de licitação ➢ No âmbito da união, é regulado através do decreto 5.450/05. FASE INTERNA ➢ Deverá ser elaborado termo de referência pelo órgão requisitante, com indicação precisa do objeto a ser licitado, de forma suficiente e clara, vedadas quaisquer especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou sua realização; ➢ Tal termo de referência deverá ser autorizado pela autoridade competente do órgão. ➢ O poder Público deve apresentar a justificativa da necessidade da contratação. ➢ O ente estatal procederá à elaboração do edital, estabelecendo critérios de aceitação das propostas; ➢ Será designado, mediante portaria expedida pela autoridade do órgão, pregoeiro e de sua equipe de apoio; ➢ O instrumento convocatório deverá obedecer todas as regras definidas em lei para o pregão presencial, inclusive indicando data e local para realização do pregão. ➢ Para que o pregão seja regularmente realizado na via eletrônica, deverá ocorrer o credenciamento dos licitantes que pretendem participar do certame, da autoridade responsável pelo órgão que pretende promover a licitação, do pregoeiro e de sua equipe de apoio; ➢ Será exigido o credenciamento dos licitantes que desejem participar da licitação com a atribuição de uma chave de identificação e de senha, pessoal a intransferível, para acesso ao sistema eletrônico. FASE EXTERNA a) PUBLICAÇÃO DO EDITAL ➢ O edital deve contar a indicação precisa e clara do objeto a ser adquirido por meio da licitação. ➢ Também, será informado, no aviso, o endereço eletrônico onde ocorrerá a sessão pública, com a designação da data e horário da realização. ➢ A publicidade do edital varia de acordo com o valor da contratação: I - Contratações até R$ 650.000,00 - a publicação será realizada por meio de Diário Oficial da União e por meio eletrônico, na internet; II - Contratações acima de R$ 650.000,00 até R$ 1.300.000,00 - a publicação ocorrerá em Diário Oficial da União, por meio eletrônico, na internet; e, ainda mediante publicação em jornal de grande circulação local; III – Contratações acima de R$ 1.300.000,00 - a publicação ocorrerá em Diário Oficial da União, por meio eletrônico, na internet; e mediante publicação em jornal de grande circulação regional ou nacional. ➢ ATT! Para pregão onde se fará apenas o registro de preços sempre será feita a divulgação por meio de Diário Oficial, Internet e publicação em jornal de grande circulação regional ou nacional – Independente do valor estimado para contratação. ➢ Intervalo Mínimo: 8 dias úteis. ➢ Os horários a serem adotados para o procedimento serão sempre o de Brasília – DF. ➢ No que se refere a possibilidade de impugnação do edital, poderá ser feito até 2 (dois) dias úteis antes da data fixada para a abertura da sessão pública (art. 19 do decreto 5.450/05). ➢ O pregoeiro, auxiliado pelo setor responsável pela elaboração do edital, fica resposável para decidir sobre a impuganação no prazo de até 24 horas. ➢ Acolhida impugnação, será definida e publicada uma nova data para a realização do Pregão Eletrônico. ➢ O prazo originalmente estabelecido só será reaberto quando afetar a formulação das propostas. b) CLASSIFICAÇÃO E JULGAMENTO DAS PROPOSTAS ➢ As Propostas deverão ser enviadas somente por meio do sistema eletrônico, definido no edital; ➢ Para participação regular no pregão eletrônico, os licitantes deverão manifestar, dentro do sistema eletrônico, que cumprem os requisitos de habilitação e que suas propostas estão em conformidade com o edital. ➢ Att! Até a abertura da sessão pública, qualquer um dos licitantes poderá retirar ou substituir a proposta anteriormente apresentada. ➢ Apresentadas as propostas, o pregoeiro fará a verificação das mesmas, eliminando aquelas que não estejam em conformidade com os requisitos previstos no edital; ➢ A desclassificação será sempre fundamentada e registrada no sistema, com acompanhamento, em tempo real, de todos os licitantes; ➢ Após a desclassificação de propostas em desconformidade com o edital, será feita a classificação das demais. ➢ Somente os classificados passarão para a fase seguinte, com a apresentação virtual de lances. ➢ Os lances começarão em horário marcado no edital e cada licitante será informado sobre o registro do seu lance no sistema. ➢ O Licitantesó poderá ofertar lance inferior ao que já foi ofertado. ➢ Não serão aceitos dois lances iguais, prevalecendo aquele que foi recebido e registrado primeiro. ➢ Todos os licitantes serão informados, em tempo real, do valor do menor lance registrado, sendo vedada a identificação do licitante. ➢ Por decisão do pregoeiro, estará encerrada a sessão com a definição do vencedor; ➢ Nesse momento, o sistema eletrônico encaminha aviso de fechamento dos lances. ➢ Pode ocorrer a negociação com o licitante vencedor após o encerramento da sessão de lances. ➢ Para garantir a lisura da negociação, ela será realizada por meio do sistema, podendo ser acompanhada pelos demais licitantes. ➢ Em casos de problemas com a conexão, se o pregoeiro ficar fora do ar por menos de 10 minutos no decorrer da etapa de lances e o sistema permanecer acessível aos licitantes, os lances continuarão sendo recebidos. ➢ Se a conexão sair do ar para o pregoeiro por mais de 10 minutos, a sessão deverá ser suspensa e reiniciada após todos os licitantes serem informados. c) HABILITAÇÃO ➢ Após a fase de lances, o pregoeiro analisará a proposta do vencedor quanto ao preço e a habilitação do licitante, conforme prever o edital. ➢ Caso o licitante não atenda as exigências de habilitação definidas, será analisada a proposta do segundo lugar e assim sucessivamente. ➢ Após a análise dos documentos e declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante a sessão pública, de forma imediata e motivada, dentro do sistema, manifestar sua intenção de apresentar recurso. ➢ A estes será concedido um prazo de 3 (três) dias para apresentação das razões do recurso. d) ADJUDICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO ➢ Após todo o procedimento, a autoridade competente adjudicará o objeto e, posteriormente, será realizado a homologação do procedimento. ➢ Tal homologação, por óbvil, só ocorrerá se não houver irregularidades no processo. ➢ Por sua vez, a autoridade competente poderá revogar o procedimento licitatório, somente, em razões de interesse público, por motivo de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta. ➢ Tanto a anulação quanto a revogação poderão ser feitas de ofício ou mediante a provocação de qualquer pessoa. ➢ A anulação do procedimento licitatório acarretará a anulação do contrato ou da ata de registro de preços. ➢ A princípio, os licitantes não terão direito à indenização em virtude da anulação do procedimento licitátório. ➢ O contratado de boa fé, no entanto, será ressarcido pelos encargos que tiver suportado no cumprimento do contrato. LICITAÇÕES INTERNACIONAIS ➢ Licitações Internas: São aquelas Realizadas pelo ente público com ampla participação de empresas brasileiras e empresas estrangeiras, desde que estejam em funcionamento no país. ➢ Licitação Internacional: É o procedimento licitatório realizado pelo poder público em que se admite a participação de quaisquer empresas estrangeiras, ainda que não possuam sede no país. ➢ Nesse tipo de licitação, a lei estabelece que não é possível a distinção entre empresa brasileira e estrangeira. ➢ As garantias de pagamento aos licitantes brasileiros serão equivalentes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro (Tributos e ônus) – art. 42, §§ 3° a 5° da lei 8.666/93. LICITAÇÕES DE GRANDE VULTO E ALTA COMPLEXIDADE TÉCNICA ➢ A lei estipula que são consideradas de grande vulto todas as licitações de obras, serviços e compras, cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) vezes o limite estabelecido para a modalidade concorrência. (do art. 23, inc. I, “c”) ➢ Concorrência – Contratações Acima de R$ 3.300.000,00, Logo: ➢ Grande Vulto - Todas as contratações de valores superiores a R$ 82.500.000,00. ➢ Licitação de alta complexidade técnica – É aquela que envolva alta especialização, como fator de extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de serviços públicos essenciais – Art. 30, §9° da Lei 8.666/90. TRATAMENTO DIFERENCIADO PARA MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ➢ Fundamento: art. 170, IX da CRFB/88 – Criação da Lei Complementar 123/2006. ➢ Além das vantagens já mencionadas, a LC 123/06 define que a administração pública deverá realizar processo licitatório destinado exclusivamente à participação de M.E e E.P.P, nos itens de contratação cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). ➢ Em casos de licitações para celebração de contratos par aquisição de bens de natureza divisível acima de R$80.000,00, o ente público deverá estabelecer uma cota de 25% do objeto para contratação de M.E e E.P.P ➢ Além do mais, a administração poderá, nas licitações destinadas à aquisição de obras e serviços, exigir dos licitantes a subcontratação de M.E e E.P.P. ➢ Por fim, nos casos de dispensa de Licitação em razão do valor do contrato, a compra deverá ser feita preferencialmente de M.E e E.P.P. DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DA LICITAÇÃO ➢ O próprio texto legal prevê situações em que pode ser celebrado contrato sem a realização de uma licitação prévia – Art. 37, XXI da CRFB/88. ➢ INEXIGIBILIDADE: Deriva da inviabilidade de competição pelo poder público. (art .25, da lei 8.666/93) ➢ Modalidades da inviabilidade de competição: a) Ausência de Pluralidades alternativas; b) Ausência de Mercado Concorrente; c) Impossibilidade de julgamento objetivo; d) Ausência de definição objetiva da prestação. ➢ A dispensa de licitação se verifica em situações em que, embora seja viável a competição entre particulares, ela torna-se inconveniente ao interesse público. ➢ Sempre deverá existir uma justificação embasando de forma fundamentada a dispensa e a inexigibilidade, que deverá ser ratificada pela autoridade do órgão. ➢ Nos termos do art. 25, da lei 8.666/93, a licitação é inexigível sempre que a competição for impossível, sendo exemplifivativo o rol das hipóteses de inexigibilidaes contidas neste mesmo artigo. ➢ A licitação é formada pela união de 3 (três) pressupostos. Não existindo um dos pressupostos a licitação se torna inexigível. a) Pressuposto Lógico: Pluralidade de bens e de fornecedores do bem ou serviço. b) Pressuposto Jurídico: Trata-se de demonstração de interesse público na realização do certame. ➢ De acordo com o TCU, em se tratando de empresa estatal que explora a atividade econômica, não há necessidade de licitação para contratações referentes à sua atividade fim, por motivo de inexigibilidade, uma vez que não há interesse público na licitação. c) Pressuposto Fático: Trata-se de desnecessidade de contratação específica, ou seja, a administração deve se satisfazer com qualquer produto ou serviço presente no mercado, não dependendo de um bem ou serviço específico. OBS.: É VEDADA INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO PARA SERVIÇOS DE DIVULGAÇÃO E SERVIÇOS DE PUBLICIDADE! DISPENSA DE LICITAÇÃO ➢ Nesses casos, é plenamente possivel a realização do procedimento licitatório, porém a lei diz que não é necessário ➢ Somente a lei de licitações pode definir as hipóteses de dispensa, que são taxativas. Licitação Dispensada – Art. 17 da lei 8.666/93 • É definida legalmente como ato vinculado, ou seja, a contração sem a realizção da licitação é obrigatória. Licitação Dispensável – Art. 24 da lei 8.666/93. • Se trata de ato discricionário do administrador, ou seja, através de uma análise de conveniência e oportunidade, em cada caso específico, o mesmo irá definir se irá ou não realizar a licitação. • O mesmo art. 24 ainda elenca 34 incisos com situações onde a licitação é dispensável. (IMPORTANTE CONCURSOS) ALGUMAS SITUAÇÕES ONDE É DISPENSÁVEL O PROCEDIMENTO LICITATÓRIO ➢ Obras e serviços de engenharia – até R$ 33.000,00 ➢ Bens – atéR$ 17.600,00 ATT: Empresas públicas, S.E.M, Agências Executivas
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