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Histeria –> Um transtorno geralmente caracterizado por paralisia ou funcionamento inadequado de certas partes do corpo. Pela hipnose, Freud ficou convencido de uma origem psicogênica e sexual dos sintomas histéricos.
Catarse –> Processo de remoção dos sintomas histéricos por meio de um processo “botá-los para fora”. Enquanto usava a catarse, Freud descobriu de forma gradual e laboriosa, a técnica da associação livre, na qual logo substituiu a hipnose como seu método terapêutico principal.
Neurose –> patologia psicossomática e preocupação intensa com alguma forma de atividade criativa.
Catexia –> é o processo pelo qual a energia libidinal disponível na psique é vinculada a ou investida na representação mental de uma pessoa, idéia ou coisa. A libido que foi catexizada perde sua mobilidade original e não pode mais mover-se em direção a novos objetos. Está enraizada em qualquer parte da psique que a atraiu e segurou.
Instintos Básicos –> Freud desenvolveu duas descrições dos instintos básicos. O primeiro modelo descrevia duas forças opostas, a sexual (ou, de modo geral, a erótica, fisicamente gratificante) e a agressiva ou destrutiva. Suas últimas descrições, mais globais, encararam essas forças ou como mantenedoras da vida ou como incitadoras da morte (ou destruição). Ambas as formulações pressupõem dois conflitos instintivos básicos, biológicos, contínuos e não-resolvidos. Este antagonismo básico não é necessariamente visível na vida mental, pois a maioria de nossos pensamentos e ações é evocada não por apenas uma destas forças instintivas, mas por ambas em combinação.
Determinismo Psíquico –> Freud inicia seu pensamento teórico assumindo que não há nenhuma descontinuidade na vida mental. Ele afirmou que nada ocorre ao acaso e muito menos os processos mentais. Há uma causa para cada pensamento, para cada memória revivida, sentimento ou ação. Cada evento mental é causado pela intenção consciente ou inconsciente e são determinados pelos fatos que o precederam. Uma vez que alguns eventos mentais "parecem" ocorrer espontaneamente, Freud começou a procurar e descrever os elos ocultos que ligavam um evento consciente a outro.
Elaboração onírica –> é "o conjunto das operações que transformam os materiais do sonho (estímulos corporais, restos diurnos, pensamentos do sonho) num produto: o sonho manifesto”. Um sonho não aparece simplesmente; ele é desenvolvido para atingir necessidades específicas, embora essas não sejam descritas de maneira clara pelo conteúdo manifesto do sonho
Sonhos e Elaboração Onírica. 
Ouvindo as associações livres de seus pacientes, assim como considerando sua própria auto-análise, Freud começou a investigar os relatos e lembranças dos sonhos. No livro que é com freqüência descrita como seu trabalho mais importante. 
Ele descreve como os sonhos ajudam a psique a se proteger e satisfazer-se. Obstáculos incessantes e desejos não mitigados preenchem o cotidiano. Os sonhos são um balanço parcial, tanto somática quanto psicologicamente. Freud indica que do ponto de vista biológico, a função dos sonhos é permitir que o sono não seja perturbado. Sonhar é uma forma de canalizar desejos não realizados através da consciência sem despertar o corpo.
 "Uma estrutura de pensamento, na maioria das vezes muito complicada, que foi construída durante o dia e não realizada (estabelecida)—um remanescente do dia apega-se firmemente mesmo durante a noite à energia que tinha assumido... e então ameaça perturbar o sono. Esse resíduo diurno é transformado num sonho pela elaboração onírica e, dessa forma, tomam-se inofensivo ao sono” Mais importante que o valor biológico dos sonhos são os efeitos psicológicos da elaboração onírica. Esta é "o conjunto das operações que transformam os materiais do sonho (estímulos corporais, restos diurnos, pensamentos do sonho) num produto: o sonho manifesto". Um sonho não aparece simplesmente; ele é desenvolvido para atingir necessidades específicas, embora essas não sejam descritas de maneira clara pelo conteúdo manifesto do sonho. 
Quase todo sonho pode ser compreendido como a realização de um desejo. O sonho é um caminho alternativo para satisfazer os desejos do id. Quando em estado de vigília, o ego esforça-se para proporcionar prazer e reduzir o desprazer. Durante o sono, necessidades não satisfeitas são escolhidas, combinadas e arranjadas de modo que as seqüências do sonho permitam uma satisfação adicional ou redução de tensão. Para o id, não é importante o fato de a satisfação ocorrer na realidade físico-sensorial ou na imaginada realidade interna do sonho. Em ambos os casos, energias acumuladas são descarregadas
Muitos sonhos parecem não ser satisfatórios; alguns são deprimentes, alguns perturbadores, outros assustadores e muitos simplesmente obscuros. Muitos sonhos parecem reviver eventos passados, enquanto uns poucos parecem ser proféticos. Através da análise detalhada de dezenas de sonhos, ligando-os a conhecimentos da vida do sonhador, Freud foi capaz de mostrar que a elaboração onírica é um processo de seleção, distorção, transformação, inversão, deslocamento e outras modificações em um desejo original. Essas mudanças tomam tal desejo aceitável ao ego, mesmo que o desejo não-modificado seja totalmente inaceitável pela consciência em estado de vigília. 
Freud toma-nos cientes da permissividade dos sonhos, onde toleramos ações que estão claramente além das restrições morais de nossa vida de vigília. Em sonhos, matamos, mutilamos ou destruímos inimigos, parentes ou amigos; temos relações sexuais, realizamos nossas perversões e tomamos como parceiros sexuais uma vasta gama de pessoas. Em sonhos, combinamos pessoas, lugares e ocasiões que não apresentam nenhuma possibilidade de serem reunidos no nosso mundo de vigília.
O sonho é uma forma de satisfazer desejos que não foram ou não podem ser realizados durante o dia. Os "resíduos diurnos" que formam o conteúdo manifesto do sonho servem como estrutura do conteúdo latente ou dos desejos disfarçados. O sonho realiza, em pelo menos dois níveis, incidentes comuns que não foram resolvidos ou que fazem parte de padrões mais amplos e antigos que nunca foram solucionados.
Sonhos repetidos podem ocorrer quando um acontecimento diurno provoca o mesmo tipo de ansiedade que levou ao sonho original. Por exemplo, uma mulher de 60 anos ativa e feliz no casamento, de vez em quando ainda sonha que vai prestar exames no colégio. Ela entra na classe, mas a mesma está vazia. O exame terminou, ela chegou muito tarde. Ela tem esse sonho quando está ansiosa a respeito de uma dificuldade corriqueira; no entanto, sua ansiedade não está relacionada nem com o colégio, nem com os exames, os quais deixaram para trás há muitos anos.
Sonhos tentam satisfazer desejos, mas nem sempre são bem sucedidos. "Em determinadas circunstâncias, um sonho só é capaz de levar a efeito a sua intenção de modo muito incompleto, ou, então, tem de abandoná-la por inteiro. A fixação inconsciente a um trauma parece estar acima de tudo, entre esses obstáculos à função de sonhar". 
Dentro do contexto da psicanálise, o terapeuta ajuda o paciente a interpretar os sonhos para facilitar a recuperação do material inconsciente. Freud fez certas generalizações sobre tipos especiais de sonhos (p. ex. sonhos em que se cai em que se voa, em que se nada, e sonhos sobre fogo), mas ele deixa claro que para cada caso especifico as regras gerais podem não ser válidas, e que as associações de um indivíduo em seu próprio sonho são mais importantes que qualquer conjunto preconcebido de regras de interpretação. 
Os críticos de Freud freqüentemente sugerem que ele interpretou além do necessário os componentes sexuais dos sonhos de forma a ajustá-los à sua teoria geral. A réplica de Freud é clara: "Jamais sustentei a afirmação, tantas vezes atribuídas, de que a interpretação de sonhos revela que todos os sonhos têm um conteúdo sexual ou provêm de forças motoras sexuais". O que ele sustentou é que os sonhos não são nem casuais nem acidentais, e sim um modo de satisfazer desejosnão realizados. 
INCOSNCIENTE
O inconsciente contém todos os impulsos, desejos ou instintos que estão além da consciência, mas que, no entanto, motivam a maioria dos nossos sentimentos, ações e palavras. Ainda que possamos estar conscientes de nossos comportamentos explícitos, muitas vezes não estão conscientes dos processos mentais que estão por trás deles.
Exemplo: Um homem pode saber que está atraído por uma mulher, mas pode não compreender inteiramente todas as razões para a atração, algumas das quais podem até mesmo ser irracionais.
Freud defendia que a existência do inconsciente podia ser comprovada apenas indiretamente. Para ele, o inconsciente é a explicação para o significado subjacente de sonhos, lapsos, de linguagem e certos tipos de esquecimento, chamados de repressão. Os sonhos servem como uma fonte particularmente rica de material inconsciente.
Exemplo: Freud acreditava que as experiências infantis podem aparecer nos sonhos adultos mesmo sem o sonhador ter uma lembrança consciente dessas experiências.
Os processos inconscientes com freqüência entram na consciente, mas somente depois de serem suficientemente disfarçados ou distorcidos para escapar da censura. Freud usou a analogia de um guardião ou censor bloqueando a passagem entre o inconsciente e o pré-consciente e impedindo que lembranças indesejáveis, que produzem ansiedade, entrem na consciência. 
Para entrar no nível consciente da mente, essas imagens inconscientes primeiro devem ser suficientemente disfarçadas para escapar do censor primário e, então fugir de um censor final, que vigia a passagem entre o pré-consciente e o consciente. Quando essas lembranças entram em nossa mente consciente, já não mais as reconhecemos pelo que elas são; em vez disso, são vistas como experiências relativamente agradáveis, não ameaçadoras. Na maioria dos casos, tais imagens possuem fortes temas sexuais ou agressivos, por que os comportamentos sexuais e agressivos infantis costumam ser punidos e suprimidos. 
A punição e a supressão freqüentemente criam sentimentos de ansiedade, a qual, por sua vez, estimula a repressão, ou seja, forçar as experiências indesejadas e carregadas de ansiedade para o inconsciente. É uma defesa do sofrimento proveniente dessa ansiedade.
Entretanto, nem todos os processos inconscientes provêm da repressão de eventos da infância. Freud acreditava que uma parte do nosso inconsciente se origina das experiências de nossos ancestrais que nos foram transmitidas por meio de repetições de geração a geração. 
Freud se baseava na noção de disposições herdadas somente como último recurso. Isto é, quando as explicações construídas sobre as experiências individuais não eram adequadas. Freud se voltava para a idéia de experiências coletivamente herdadas para preencher as lacunas deixadas pelas experiências individuais. Posteriormente, Freud usou a herança filogenética para explicar vários conceitos importantes, como o Complexo de Édipo e a ansiedade de castração.
Os impulsos inconscientes podem aparecer na consciência, mas somente depois de passarem por certas transformações. 
Exemplo: Uma pessoa pode expressar impulsos eróticos ou hostis, por exemplo, provocando ou brincando com outra pessoa. O impulso original (sexo ou agressividade) é assim disfarçado e ocultado das mentes conscientes das duas pessoas. O Inconsciente da primeira pessoa, no entanto, influenciou diretamente o inconsciente da segunda. As duas pessoas obtêm alguma satisfação dos impulsos sexuais ou agressivos, porém nenhuma delas está consciente do motivo subjacente da provocação ou brincadeira. Assim, a mente inconsciente de uma pessoa pode se comunicar com o inconsciente de outra sem que nenhuma delas esteja consciente do processo.
As forças no inconsciente lutam constantemente para se tornar conscientes, e muitas delas têm sucesso, embora possam não aparecer mais em sua forma original. As idéias inconscientes têm potencia para motivar as pessoas, e isso ocorre, por exemplo: A hostilidade de uma criança (filho) em relação a seu pai pode se mascarar na forma de afeição ostensiva. Em forma não disfarçada, a hostilidade criaria excessiva ansiedade na criança. Sua mente inconsciente, portanto, motiva-o expressar hostilidade indiretamente por meio da demonstração exagerada de amor e adulação. 
Pré-Consciente.
O Nível pré-consciente da mente contém todos aqueles elementos que não são conscientes, mas podem se tornar consciente prontamente ou com alguma dificuldade. 
O Conteúdo pré-consciente provém de duas fontes, a primeira das quais é a percepção consciente. O que uma pessoa percebe é consciente por apenas um período transitório; isso rapidamente passa para o pré-consciente, quando passa para o pré-consciente o foco da atenção muda para outra idéia. Essas idéias que se alternam facilmente entre ser consciente e pré-conscientes estão, em grande parte, livres de ansiedade e, na realidade, são muito parecidas com as imagens conscientes do que com os impulsos inconscientes.
A segunda fonte das imagens pré-conscientes é o inconsciente. Freud acreditava que as idéias podem escapar (ato falho) do censor de vigilante e entrar no pré-consciente de uma forma disfarçada. Algumas dessas imagens nunca se tornam conscientes, por que, se a reconhecêssemos como derivativos do inconsciente, experimentaríamos níveis crescentes de ansiedade, o que ativaria o censor final para reprimir tais imagens carregadas de ansiedade, forçando-as voltar para o inconsciente. Outras imagens do inconsciente são admitidas na consciência, mas somente por que sua verdadeira natureza é sabiamente disfarçada pelo processo dos sonhos, por um lapso de linguagem ou por uma medida defensiva elaborada.
Consciente
O Consciente, que desempenha um papel relativamente menor na teoria psicanalítica, pode ser definido como aqueles elementos mentais na consciência em determinados ponto do tempo. Ele é o único nível da vida mental que está diretamente disponível para nós. As idéias podem chegar à consciência por duas direções diferentes, a primeira é a partir do sistema consciente perceptivo, o qual está voltado para o mundo exterior e age como um meio para a percepção dos estímulos externos. Em outras palavras, o que percebemos por meio de nossos órgãos do sentido, se não for muito ameaçador, entra no consciente.
A segunda fonte de elementos conscientes provém da estrutura mental e inclui idéias não ameaçadoras do pré-consciente, além de imagens ameaçadoras, porém, bem disfarçadas, do inconsciente. Essas últimas imagens migraram para o pré-consciente se disfarçando, do inconsciente como elementos inofensivos e escapando do censor primário. Uma vez no pré-consciente, elas evitam um censor final e passam para a consciência. No momento em que chegam ao sistema consciente, essas imagens são, em boa parte, distorcidas e camufladas, como freqüência assumindo a forma de comportamento defensivo ou elementos oníricos. 
ID
Na essência da personalidade e totalmente inconsciente, encontra-se na região psíquica chamada de ID. O ID, por sua vez, não tem contato com a realidade, embora se esforce constantemente para reduzir a tensão, satisfazendo desejos básicos. Como sua única função é procurar o prazer, pode-se dizer que o id serve ao principio do prazer.
Exemplo: Um recém-nascido é a personificação de um ID livre de restrições do ego e do superego. O bebê procura a gratificação das necessidades sem consideração pelo que é possível (demandas do ego) ou o que é apropriado (as restrições do superego). Em vez disso, ele suga quando o mamilo está presente ou ausente e obtém prazer nas duas situações. Apesar de o bebê receber alimento para a manutenção da vida somente pela sucção de um mamilo alimentador, ele continua a sugar porque seu ID não está em contato com a realidade. 
O Bebê não consegue perceber que o comportamento de sugar o dedo não o alimenta. Como o ID não possui contato direto com a realidade, ele não é alterado pela passagem do tempo ou pelas experiências da pessoa. Os impulsos de desejo da infânciapermanecem imutáveis no ID durante décadas, segundo Freud.
Além de ser irrealista e buscar o prazer, o Id é ilógico e pode, simultaneamente, possuir idéias incompatíveis. 
 Exemplo: uma mulher pode demonstrar amor consciente por sua mãe, enquanto, de modo inconsciente, deseja destruí-la. 
Esses desejos opostos são possíveis por que o ID não possui moralidade, ou seja, ele não consegue fazer julgamentos de valor ou distinguir entre o bem e o mal. No entanto, não quer dizer que o ID seja imoral, ele é meramente amoral. Toda a energia do ID é dispensada para um propósito: procurar o prazer sem considerar o que é certo ou errado, apropriado ou justo.
Resumindo: Processo primário, busca cegamente satisfazer o principio do prazer para sua sobrevivência, enquanto, o processo secundário busca colocá-lo em contato com o mundo externo. Esse processo funciona por meio do ego.
EGO
O ego, ou eu, é a única região da mente em contato com a realidade. Ele se desenvolve a partir do ID durante a infância e se transforma na única fonte de comunicação da pessoa com o mundo externo. Ele é governado pelo principio da realidade, o qual tenta substituir o principio do prazer do ID. Como a única região da mente em contato com o mundo externo, o ego se torna ramo executivo da personalidade ou o que toma as decisões. Entretanto, como ele é parte consciente, parte pré-consciente e parte inconsciente, o ego pode tomar decisões em cada um desses três níveis.
Exemplo: O ego de uma mulher pode conscientemente motivá-la a escolher roupas muito limpas e sob medida, por que se sente confortável quando está bem-vestida. Ao mesmo tempo, ela pode ser apenas vagamente pré-consciente experiências prévias de ser recompensada por escolher boas roupas. Além disso, ela pode ser inconscientemente motivada a ser asseada e organizada em demasia devido a experiência do treinamento esfincteriano no inicio da infância. Assim, sua decisão de vestir roupas pode ocorrer em todos os três níveis. 
Ao desempenhas suas funções cognitivas e intelectuais, o ego deve levar em consideração as demandas incompatíveis, mas, igualmente irrealistas, do ID e do superego. Assim, o ego constantemente tenta reconciliar as reivindicações cegas e irracionais do ID e do superego com as demandas realistas do mundo externo. Encontra-se rodeado por três lados forças hostis e divergentes, o ego reage de maneira previsível: torna-se ansioso. Ele, então, usa a repressão e outros mecanismos de defesa para se defender de tal ansiedade
O ego não tem força própria, mas toma emprestada a energia do ID. Apesar de sua dependência do id, o ego, às vezes chega perto de obter o controle completo, por exemplo, durante a plenitude da vida de uma pessoa psicologicamente madura.
Na medida em que as crianças começam a experimentar as recompensas e punições parentais, elas aprendem o que fazer para obter o prazer e evitar dor. Nessa idade precoce, prazer e dor são funções do ego, porque as crianças ainda não desenvolveram uma consciência de uma ideal de ego, ou seja, superego. Quando as crianças atingem a idade de 5 ou 6 anos, elas identificam com seus pais e começam a aprender o que devem e não devem fazer. Essa é a origem do superego.
SUPEREGO.
O superego, ou acima do eu, representa os aspectos morais e idéias da personalidade guiada por princípios moralistas e idealistas, em contraste com o principio do prazer do ID e o princípio da realidade do ego. O superego se desenvolve a partir do ego, não possui energia própria. No entanto, difere do ego em um aspecto importante: o superego não tem contato com o mundo externo e, portanto, irrealista em suas demandas por perfeição.
O Superego possui dois subsistemas: A consciência e o ideal de ego. Freud não distinguiu claramente essas duas funções, mas, em geral, a consciência resulta de experiências com punições por comportamento impróprio e diz o que não devemos fazer, enquanto, o ideal de ego se desenvolve a partir de experiências com recompensas por comportamento adequado e dita o que devemos fazer. Uma consciência primitiva surge quando uma criança se adapta aos padrões parentais por medo de perda do amor ou para obter aprovação. Posteriormente, durante a fase edípica do desenvolvimento, esses ideais são internalizado, pela identificação com a mãe e o pai.
Um superego bem-desenvolvido atua para controlar os impulsos sexuais e agressivos pelo processo de repressão. Ele não pode produzir repressões por si só, mas pode ordenar que o ego faça isso. O Superego vigia de perto o ego, julgando suas ações e intenções. 
A Culpa é o resultado da atuação ou mesmo da pretensa atuação que contraria os padrões morais do superego. Surgem sentimentos de inferioridade quando o ego é incapaz de corresponder aos padrões de perfeição do superego. Então, a culpa, é uma função da consciência, enquanto, os sentimentos de inferioridade provêm do ideal do ego.
O Super ego não está preocupado com a felicidade do ego. O Superego, no entanto, é como o ID, uma vez que é completamente ignorante e despreocupado com praticabilidade de suas exigências.
Impulsos 
Os impulsos operam como uma força motivacional constante. Como um estimulo interno, diferem dos estímulos externos, na medida em que não podem ser evitados pela fuga. 
De acordo com Freud, os vários impulsos sexuais podem ser agrupados sob dois títulos: sexo e agressividade. Tais impulsos se originaram no Id, mas ficam sob o controle do ego. Cada impulso tem sua própria forma de energia psíquica: Freud usou a palavra libido para o impulso sexual, porém a energia do impulso agressivo permanece sem nome.
Cada impulso básico é caracterizado por um ímpeto, uma fonte, uma finalidade e um objeto. O ímpeto de um impulso é a quantidade de força que ele exerce, a sua fonte é a região do corpo em estado de excitação ou tensão, a sua finalidade é buscar prazer removendo essa excitação e reduzindo a tensão e seu objetivo é a pessoa ou coisa que servo como meio pelo qual a finalidade é satisfeita.
Fases Psicossexuais do Desenvolvimento 
À medida que um bebê se transforma numa criança, uma criança em adolescente e um adolescente em adulto, ocorrem mudanças marcantes no que é desejado e em como estes desejos são satisfeitos. As modificações nas formas de gratificação e as áreas físicas de gratificação são os elementos básicos na descrição de Freud das fases de desenvolvimento. Freud usa o termo fixação para descrever o que ocorre quando uma pessoa não progride normalmente de uma fase para outra, mas permanece muito envolvida numa fase particular. Uma pessoa fixada numa determinada fase preferirá satisfazer suas necessidades de forma mais simples ou infantil, ao invés dos modos mais adultos que resultariam de um desenvolvimento normal. 
Fase Oral. 
Desde o nascimento, necessidade e gratificação estão ambas concentradas predominantemente em volta dos lábios, língua e, um pouco mais tarde, dos dentes. A pulsão básica dos bebês não é social ou interpessoal, é apenas receber alimento para atenuar as tensões de fome e sede. Enquanto é alimentada, a criança é também confortada, aninhada, acalentada e acariciada. No início, ela associa prazer e redução da tensão ao processo de alimentação. 
A boca é a primeira área do corpo que o bebê pode controlar; a maior parte da energia libidinal disponível é direcionada ou focalizada nesta área. Conforme a criança cresce, outras áreas do corpo desenvolvem-se e tornam-se importantes regiões de gratificação. Entretanto, alguma energia é permanentemente fixada ou catexizada nos meios de gratificação oral. Em adultos, existem muitos hábitos orais bem desenvolvidos e um interesse contínuo em manter prazeres orais. Comer, chupar, mascar, fumar, morder e lamber ou beijar com estalo são expressões físicas destes interesses. Pessoas que mordicam constantemente, fumantes e os que costumam comer demais podem ser pessoas parcialmente fixadas na fase oral, pessoas cuja maturação psicológica pode não ter se completado. 
A fase oral tardia, depois do aparecimento dos dentes, inclui a gratificaçãode instintos agressivos. Morder o seio, que causa dor à mãe e leva a um retraimento do seio, é um exemplo deste tipo de comportamento. O sarcasmo do adulto, o arrancar o alimento de alguém, a fofoca, têm sido descritos como relacionados a esta fase do desenvolvimento. A retenção de algum interesse em prazeres orais é normal. Este interesse só pode ser encarado como patológico se for o modo dominante de gratificação, isto é, se uma pessoa for excessivamente dependente de hábitos orais para aliviar a ansiedade. 
Fase Anal. 
À medida que a criança cresce, novas áreas de tensão e gratificação são trazidas à consciência. Entre dois e quatro anos, as crianças geralmente aprendem a controlar os esfíncteres anais e a bexiga. A criança presta uma atenção especial à micção e à evacuação. O treinamento da toalete desperta um interesse natural pela autodescoberta. A obtenção do controle fisiológico é ligada à percepção de que esse controle é uma nova fonte de prazer. 
Além disso, as crianças aprendem com rapidez que o crescente nível de controle lhes traz atenção e elogios por parte de seus pais. O inverso também é verdadeiro; o interesse dos pais no treinamento da higiene permite à criança exigir atenção tanto pelo controle bem sucedido quanto pêlos "erros". 
Características adultas que estão associadas à fixação parcial na fase anal são: ordem, parcimônia e obstinação. Freud observou que esses três traços em geral são encontrados juntos. Ele fala do "caráter anal" cujo comportamento está intimamente ligado a experiências sofridas durante esta época da infância. 
Parte da confusão que pode acompanhar a fase anal é a aparente contradição entre o pródigo elogio e o reconhecimento, por um lado e, por outro, a idéia de que ir ao banheiro é "sujo" e deveria ser guardado em segredo. A criança não consegue compreender inicialmente que suas fezes e urina não sejam apreciadas. As crianças pequenas gostam de observar suas fezes na privada, na hora de dar a descarga, e com freqüência acenam e dizem-lhes adeus. Não é raro uma criança oferecer como presente a seu pai ou mãe parte de suas fezes. Tendo sido elogiada por produzi-las, a criança pode surpreender-se ou confundir-se no caso de seus pais reagirem ao presente com repugnância. Nenhuma área da vida contemporânea é tão carregada de proibições e tabus como a área que lida com o treinamento da higiene e comportamentos típicos da fase anal.
Fase Fálica.
Bem cedo, já aos três anos, a criança entra na fase fálica, que focaliza as áreas genitais do corpo. Freud afirmava que essa fase é mais bem caracterizada por "fálica" uma vez que é o período em que uma criança se dá conta de seu pênis ou da falta de um. É a primeira fase em que as crianças tomam-se conscientes das diferenças sexuais.
As opiniões de Freud a respeito do desenvolvimento da inveja do pênis em meninas foram longamente debatidas em círculos psicanalíticos, assim como em outros lugares. Freud concluiu, a partir de suas observações, que, durante esse período, homens e mulheres desenvolvem sérios temores sobre questões sexuais.
O desejo de ter um pênis e a aparente descoberta de que lhe falta "algo" constituem um momento crítico no desenvolvimento feminino. Segundo Freud: "A descoberta de que é castrada representa um marco decisivo no crescimento da menina. Daí partem três linhas de desenvolvimento possíveis: uma conduz à inibição sexual ou à neurose, outra à modificação do caráter no sentido de um complexo de masculinidade e a terceira, finalmente, à feminilidade normal" (1933, livro 29, p. 31 na ed. bras.). 
Freud tentou compreender as tensões que uma criança vivência quando sente excitação "sexual", isto é, o prazer a partir da estimulação de áreas genitais. Esta excitação está ligada, na mente da criança, à presença física próxima de seus pais. O desejo desse contato toma-se cada vez mais difícil de ser satisfeita pela criança, ela luta pela intimidade que seus pais compartilham entre si. Esta fase caracteriza-se pelo desejo da criança de ir para a cama de seus pais e pelo ciúme da atenção que seus pais dão um ao outro, ao invés de dá-la à criança. 
Freud viu crianças nesta fase reagirem a seus pais como ameaça potencial à satisfação de suas necessidades. Assim, para o menino que deseja estar próximo de sua mãe, o pai assume alguns atributos de um rival. Ao mesmo tempo, o menino ainda quer o amor e a afeição de seu pai e, por isso, sua mãe é vista como uma rival. A criança está na posição insustentável de querer e temer ambos os pais. 
 Em meninos, Freud denominou a situação complexo de Édipo, segundo peça de Sófocles. Na tragédia grega, Édipo mata seu pai (desconhecendo sua verdadeira identidade) e, mais tarde, casa-se com a mãe. Quando finalmente toma conhecimento de quem havia matado e com quem se casara, o próprio Édipo desfigura-se arrancando os dois olhos. Freud acreditava que todo menino revive um drama interno similar. Ele deseja possuir sua mãe e matar seu
Pai para realizar este destino. Ele também teme seu pai e receia ser castrado por ele, reduzindo a criança a um ser sem sexo e, portanto, inofensivo. A ansiedade da castração, o temor e o amor pelo seu pai, e o amor e o desejo sexual por sua mãe não podem nunca ser completamente resolvidos. Na infância, todo o complexo é reprimido. Mantê-lo inconsciente impedi-lo de aparecer, evitar até mesmo que se pense a respeito ou que se refuta sobre ele - essas são algumas das primeiras tarefas do superego em desenvolvimento.
Para as meninas, o problema é similar, mas sua expressão e solução tomam um rumo diferente. A menina deseja possuir seu pai e vê sua mãe como a maior rival. Enquanto os meninos reprimem seus sentimentos, em parte pelo medo da castração, a necessidade da menina de reprimir seus desejos é menos severa, menos total. A diferença em intensidade permite a elas "permanecerem nela (situação edipiana) por um tempo indeterminado; destroem-na tardiamente e, ainda assim, de modo incompleto" 
Seja qual for à forma que realmente toma a resolução da luta, a maioria das crianças parece modificar seu apego aos pais em algum ponto depois dos cinco anos de idade e volta-se para o relacionamento com seus companheiros, atividades escolares, esportes e outras habilidades. Esta época, da idade de 5, 6 anos até o começo da puberdade, é denominada período de Intensa, um tempo em que os desejos sexuais não-resolvidos da fase fálica não são atendidos pelo ego e cuja repressão é feita, com sucesso, pelo superego. 
"A partir desse ponto, até a puberdade, estende-se o que se conhece por período de latência. Durante ele a sexualidade normalmente não avança mais, pelo contrário, os anseios sexuais diminuem de vigor e são abandonadas e esquecidas muitas coisas que a criança fazia e conhecia. Nesse período da vida, depois que a primeira eflorescência da sexualidade feneceu, surgem atitudes do ego como vergonha, repulsa e moralidade, que estão destinadas a fazer frente à tempestade ulterior da puberdade e a alicerçar o caminho dos desejos sexuais que se vão despertando" 
  Período de Latência
Depois da turbulência decorrente da renúncia produto do complexo de Édipo e com um superego já formado, a criança entra num período de acalmamento e diminuição da atividade sexual. Esta etapa inicia-se por volta dos 5/6 anos e estende-se até à puberdade. Pela impossibilidade de efetivar se intento da satisfação das pulsões sexuais, a criança renuncia ao seu desejo incestuoso e volta-se para objetos não  pertencentes à sua estrutura familiar primária. Há uma repressão das pulsões sexuais e sua energia é canalizada para atividades e interesses sociais.
Nesta fase são erigidos sentimentos contentores da sexualidade, entre eles a vergonha, o pudor, o nojo, a repugnância.
Fase Genital. 
A fase final do desenvolvimento biológico e psicológico ocorre com o início da puberdade e o conseqüente retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais. Neste momento, meninos e meninas estão ambos conscientes de suas identidades sexuais distintas e começam a buscar formas de satisfazersuas necessidades eróticas e interpessoais
MECANISMO DE DEFESA
Repressão: A repressão tem como principal finalidade evitar que uma idéia inconcebível, decorrente de desejos proibidos conflite com aspirações morais, se torne consciente. Entretanto este mecanismo não é o bastante para exterminar a idéia, fazê-la desaparecer por completo, pois como ela representa um instinto, permanecerá neste reservatório inconsciente produzindo efeitos e eventualmente tentará contornar a barreira repressiva a fim de atingir a consciência, insistindo para possibilitar a satisfação da pulsão
Exemplo: Uma moça pode reprimir permanentemente sua hostilidade por uma irmã mais nova por que seus sentimentos de ódio criam muita ansiedade.
Formação reativa: O comportamento reativo pode ser identificado por seu caráter exagerado e sua forma obsessiva e compulsiva. 
Exemplo: Uma jovem mulher que se ressente profundamente e odeia sua mãe. Como ela sabe que a sociedade espera afeição pelos pais, esse ódio consciente por sua mãe produz ansiedade excessiva. Para evitar a ansiedade dolorosa, a jovem mulher se concentra no impulso oposto: amor. O seu “amor” pela mãe, no entanto, não é genuíno. Ele é chamativo, exagerado e excessivo. Outras pessoas podem ver facilmente a verdadeira natureza desse amor, mas a mulher precisa enganar a si mesma e se apegar a sua formação reativa, o que ajuda a ocultar a verdade, que desperta ansiedade, de que ele inconscientemente odeia sua mãe.
Negação: Negação é a tentativa de não aceitar na realidade um fato que perturba o ego. Os adultos têm a tendência de "fantasiar" que certos acontecimentos não são assim, que na verdade não aconteceram. Este vôo de fantasia pode tomar várias formas, algumas das quais parecem absurdas ao observador objetivo. 
Exemplo: Uma mulher foi levada à Corte a pedido de seu vizinho. Esse vizinho acusava a mulher de ter pegado e danificado um vaso valioso. Quando chegou à hora da mulher se defender, sua defesa foi tripla: "Em primeiro lugar, nunca tomei o vaso emprestado. Em segundo lugar, estava lascado quando eu o peguei. Finalmente, Sua Excelência, eu o devolvi em perfeito estado"
Racionalização: Racionalização é o processo de achar motivos aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis. É o processo através do qual uma pessoa apresenta uma explicação que é ou logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação, idéia ou sentimento que emerge de outras fontes motivadoras. Usamo-la para justificar nosso comportamento quando, na realidade, as razões para nossos atos não são recomendáveis. 
Exemplo: “Eu só estou fazendo isto para seu próprio bem". (Eu quero fazer isto para você. Eu não quero que me façam isto. Eu até mesmo quero que você sofra um pouco.)
Projeção: O ato de atribuir à outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, é denominado projeção. É um mecanismo de defesa por meio do qual os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo. A ameaça é tratada como se fosse uma força externa. A pessoa pode, então, lidar com sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a idéia ou comportamento temido é dela mesma. 
Exemplo: "Todos os homens/mulheres querem apenas uma coisa" (Eu penso muito a respeito de sexo) 
Introjeção: É um mecanismo de defesa em que as pessoas incorporam qualidades positivas de outro individuo em seu próprio ego.
Exemplo: Um adolescente pode introjetar ou adotar os maneirismos, os valores ou o estilo de vida de um artista de cinema. Essa introjeção dá ao adolescente uma sensação expandida de auto-estima e minimiza os sentimentos de inferioridade. As pessoas introjetam características que elas vêem como valiosas e que lhes permitem se sentirem melhor consigo mesmas.
Isolamento: Isolamento é um modo de separar as partes da situação provocadoras de ansiedade, do resto da psique. É o ato de dividir a situação de modo a restar pouca ou nenhuma reação emocional ligada ao acontecimento.
Regressão: é um retomo a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento realístico para comportamentos que, em anos anteriores, reduziram a ansiedade. A regressão é um modo de defesa mais primitivo. Embora reduza a tensão, freqüentemente deixa sem solução a fonte de ansiedade original.
Sublimação: A sublimação é o processo através do qual a energia originalmente dirigida para propósitos sexuais ou agressivos é direcionada para novas finalidades, com freqüência metas artísticas, intelectuais ou culturais. 
Condensação: é um mecanismo psíquico fundamental que permite a reunião de vários elementos num único elemento: sejam imagens, pensamentos, eventos ou outro, pertencentes a diferentes cadeias associativas. Pode ocultar ou combinar algum acontecimento ou fragmento do sonho latente no manifesto.
Deslocamento: Mecanismo que permite substituir os conteúdos mais significativos de um sonho por um menos importante, desfocando e dissimulando a realização do desejo.
Representabilidade: Operação que permite transformar os pensamentos dos sonhos em imagens visuais, construções oníricas.
Elaboração secundária: – Permite a apresentação do conteúdo onírico num cenário coerente e inteligível, principalmente em estado de vigília.
Dramatização: Permite a transformação de um pensamento numa dada situação do sonho.
Formação Substitutiva: A representação do desejo inaceitável é recalcada no inconsciente. Fica então uma falta que o ego vai tentar preencher de forma sutil e compensatória. Tentará obter uma satisfação que substitua aquela que foi recalcada e que obtenha o mesmo efeito de prazer e satisfação que aquela traria, mas sem que essa associação apareça claramente à consciência. 
A formação substitutiva pode da-se no sentido inverso, nesse sentindo, o sujeito pode tentar mascarar por meio de uma pseudo-sexualidade substitutiva de superfície, sua carência objeta e sexuais, ao mesmo tempo em que tenta se assegurar contra a carência de suas realidades narcísicas. O sujeito opera no registro das defesas do Si - mesmo.
Formação de compromisso: É um modo de retorno do recalcado, de tal forma a não ser reconhecido, por um processo de deformação. É um processo que procura aliar em um processo de compromisso, os desejos inconscientes proibidos e as exigências dos proibidores.  
Formação de sintomas: A formação de sintomas é uma forma de retorno do recalcado. “Quer seja de um modo físico, psíquico ou misto, o sintoma não é causado pelo sintoma em si mesmo. Ele assinala apenas o fracasso do recalcamento; não constitui senão o resultado desse fracasso.”
Identificação:  A identificação é um processo psicológico pelo qual um sujeito assimila um aspecto, uma propriedade ou um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, a partir do modelo deste. A personalidade se constitui e se diferencia por uma série de identificações.
Existem dois grandes movimentos identificatórios, constitutivos da personalidade: a identificação primária e a identificação secundária. 
Identificação primária: é o modo primitivo de constituição do sujeito sobre o modelo do outro, correlativo da relação de incorporação oral, visando, antes de qualquer coisa, a assegurar a identidade do sujeito, a constituição do Si - mesmo e do Eu.
Identificação secundária: é contemporânea do movimento edipiano, se fazendo sucessivamente em relação aos dois pais, em suas características sexuadas, e constitutivas da identidade sexuada e da diferenciação sexual. 
Identificação com o agressor: O indivíduo se torna aquele de quem havia tido medo, ao mesmo tempo, o suprime, o que tranqüiliza. Esse mecanismo, pode ir de simples inversão dos papéis (brincar de doutor, de lobo, de fantasma) a uma verdadeira introjeção do objeto perigoso. 
Identificação projetiva: Através desse mecanismo o sujeito expulsa uma parte de si mesmo, identificando-se com o não projetado; e ao objetosão atribuídos os aspectos projetados, dos quais o sujeito se desprendeu o que constituiria para Klein uma das bases principais dos processos de confusão. 
 Introversão: incide sobre os fenômenos de retirada da libido em relação aos objetos reais. Essa retirada pode se efetuar de duas maneiras: para o ego (narcisismo secundário) ou para os objetos imaginários internos, as fantasias.
Internalização: (ou interiorização) concerne ao modo de relação com outrem, por exemplo, rivalidade edipiana com o pai, enquanto que a introjeção comporta o estabelecimento, no interior de si, de uma imagem paterna substitutiva do pai faltante
Incorporação oral: é essencialmente uma fantasia ligada a representações psíquicas mais corporais do que psíquicas, e não como um mecanismo psíquico propriamente dito.
Anulação: O sujeito faz uma coisa que, real ou magicamente, é o contrario daquilo que, na realidade ou na imaginação se fez antes. A anulação ocorre nos atos expiatórios no animismo, em certas necessidades de verificação e, em geral, em todo mecanismo obsessivo, onde uma atitude é anulada por uma segunda atitude, destinada, segundo não somente às conseqüências da primeira atitude, mas essa atitude em si, pelo próprio fato de que ela constitui um suporte para a representação proibida. 
Denegação: É um mecanismo mais arcaico que o recalcamento. Na denegação o representante pulsional incômodo não é recalcado, mas o indivíduo depende dele, recusando-se a admitir que possa se tratar de uma pulsão que o atinja pessoalmente.
 O complexo de Édipo e a sua dissolução
O complexo de Édipo (ou Édipo simplesmente, para abreviar) designa o complexo definido por Freud, assim como é um mito fundador, pois a partir deste conceito a teoria psicanalítica procura elucidar as relações do ser humano com suas origens e sua genealogia familiar e histórica.
O Édipo responde a duas questões: 
Como se forma a identidade sexual de um homem e uma mulher;
Como uma pessoa torna-se neurótica. 
Serve-nos, assim, para compreender como um prazer (de ordem sexual) toma conta de  uma criança - na idade entre 3 e 5 anos - e se transforma em um sofrimento neurótico que atormentará o sujeito na vida adulta.
Foi na escuta de seus pacientes neuróticos, adultos, que Freud, inicialmente, criou a teoria da sedução que, em seguida, foi substituída pela teoria da fantasia e no escopo desta movimentação teórica surge a invenção do complexo de Édipo (o mito de Édipo surge na teoria psicanalítica no exato momento do nascimento da psicanálise, consecutivo ao abandono da teoria da sedução). O que é relevante, apesar da mudança - da teoria da sedução para a da fantasia - é que o acontecimento,  real ou fantasiado, é que tenha sido recalcado. A histeria é principalmente uma doença do esquecimento, já que não se quer lembrar-se do que foi doloroso. 
No entanto, a posição do sujeito é diferente no acontecimento real e no fantasiado: no primeiro, a criança da cena de sedução é vítima; no segundo, a criança da cena edipiano-fantasiada é atormentada entre o desejo de ser seduzida e o medo de sê-lo, entre o medo de sentir prazer e o medo de experimentá-lo. 
A identidade sexual de todo homem ou mulher tem como ponto de partida o complexo de Édipo e é por isto que o que se encontra na clínica, sob esta ótica, são pessoas adultas sofrendo, não raras vezes, pelas vicissitudes de um complexo não liquidado e que retorna à consciência, de forma compulsiva e repetitiva, delineando-se, assim, um sofrimento neurótico.
O Édipo é um esquema teórico que permite ao psicanalista esclarecer e compreender uma gama infindável de conflitos e sofrimentos psíquicos; é, do ponto de vista clínico,  uma fantasia que atua desde o âmago de ser e o toma por inteiro. Quanto ao mito, sua força na cultura se explica porque através de uma fábula que traz à cena personagens familiares, o faz de tal forma que estes personagens verdadeiramente encarnam as forças do desejo humano e os seus interditos, suas proibições necessárias.
Fantasia ou mito, o complexo edipiano é um conceito central, nuclear (acha-se presente em toda obra freudiana, desde 1897 até 1938), indispensável à consistência da teoria e à eficácia da prática psicanalítica. 
Dissolução do Complexo de Édipo
O complexo de Édipo é a representação inconsciente pela qual se exprime o desejo sexual ou amoroso da criança pelo genitor do sexo oposto e sua hostilidade para com o genitor do mesmo sexo. Essa representação pode se inverter e exprimir o amor pelo genitor do mesmo sexo e o ódio pelo do sexo oposto.
O complexo de Édipo está ligado à fase fálica da sexualidade infantil e surge quando o menino (por volta dos 2 ou 3 anos) começa a sentir sensações prazerosas e, apaixonado pela mãe, quer possuí-la, colocando-se como rival do pai, antes admirado. Uma posição inversa é adotada: ternura em relação ao pai e hostilidade em relação à mãe. Há, ao mesmo tempo, o complexo de Édipo e um complexo de Édipo invertido; estas duas posições - positiva e negativa - no contato com os pais são complementares e constituem o Édipo completo.
Será, por volta dos cinco anos, com o complexo de castração que, no menino, o complexo desaparecerá: o menino reconhece a partir de então na figura paterna o obstáculo à realização de seus desejos, abandona o investimento na mãe e passa para uma identificação com o pai, que lhe permitirá, na vida adulta, outra escolha de objeto e novas identificações: ele se desliga da mãe (desaparecimento do complexo de Édipo) para escolher seu próprio objeto de amor. Seu declínio marca a entrada num período chamado de latência, e sua resolução após a puberdade concretiza-se num novo tipo de escolha de objeto. 
A tese da tese da libido única, de essência masculina, está ligada ao complexo de Édipo. O menino sai do Édipo através da angústia de castração, por seu lado, a menina ingressa nele pela descoberta da castração e pela inveja do pênis e, nela, o complexo se manifesta pelo desejo de ter um filho do pai. A dessimetria se apresenta no tocante ao fato de a menina desligar-se de um objeto do mesmo sexo (a mãe) por outro de sexo diferente (o pai). Não há um paralelismo exato entre o Édipo masculino e seu homólogo feminino, mas encontramos uma simetria: nos dois sexos a mãe é o primeiro objeto de amor, o elemento comum e primeiro.
O complexo de Édipo liga-se desde o começo à dupla questão do desejo incestuoso e de sua proibição necessária, a fim de que nunca se transgrida o encadeamento das gerações.
Mantém uma ligação estreita com o complexo de castração e com a existência da diferença sexual e das gerações. 
Freud viu a tragédia Édipo rei (Sófocles) a revelação ou, em outras palavras, a simbolização, do universal do inconsciente que vinha disfarçado em destino, a lenda grega apoderou-se de uma compulsão que todos sentiram, por isto reconhecem-se, inconscientemente, na dramatização e se assombram diante da realização do sonho transposto para a realidade. 
Assim também ocorre com o drama de Hamlet (Shakespeare) que era, para Freud, o drama do recalcamento, através da história de uma  subjetividade culpada.
Esta aproximação de ficções pode ser relacionada ao afã de Freud por entender as questões relativas ao destino, àquilo que a vida reserva e que se ignora. a isto podemos correlacionar o próprio conceito de inconsciente, ninguém o conhece e, igualmente, dele não pode se desvencilhar. O complexo de Édipo é, como foi dito inicialmente, a representação psíquica do desejo inconsciente e, como conseqüência, traz em seu bojo a iniciação em uma experiência de perda e de luto, referente aos pais como parceiros sexuais

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