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EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

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EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
NILSON RODRIGUES PEREIRA – RA: 130544 – 9º B 
 
O CTN na disciplina de exclusão do crédito tributário trata da isenção e da 
anistia, que está previsto em seu art. 175. 
Essa exclusão, ocorre quando o credito tributário é afastado e o contribuinte é 
excluído do dever de pagar o tributo. Excluem com a isenção e a anistia. 
Anistia é a exclusão do credito tributário relativo a penalidades pecuniárias. O 
cometimento de infração a legislação tributária enseja a aplicação de 
penalidades pecuniárias, multas, e estas ensejam a constituição do credito 
tributário correspondente. Pela anistia o legislador extingue a punibilidade do 
sujeito passivo infrator da legislação tributaria, impedindo a constituição do 
credito. Se já está o credito constituído, o legislador poderá dispensá-lo pela 
remissão, mas não pela anistia. 
A remissão é a forma de extinção do crédito tributário, quer decorrente de 
penalidade, quer decorrente de tributo. Assim, anistia não se confunde com 
remissão. Diz respeito somente a penalidades. A remissão abrange todo o 
credito tributário, constituído já. Abrange o tributo e as penalidades. É a 
dispensa legal do credito. Já a anistia é perdão da falta, da infração, que 
impede o surgimento do credito tributário correspondente à multa respectiva. 
Sendo assim, na anistia o crédito não foi constituído, na remissão, o crédito já 
foi constituído. A anistia decorre sempre de lei, e é forma de exclusão do 
credito tributário e, portanto, compreende-se no âmbito da reserva legal. 
Quando tem caráter restrito é concedida mediante ato da autoridade 
administrativa. Neste caso depende de requerimento do interessado, com o 
qual este faca a prova de preenchimento dos requisitos previstos em lei para 
sua concessão. 
Diz o art. 181, que anistia pode ser concedida em caráter geral e 
limitadamente. Ela perdoa-se o ilícito e a penalidade. 
Já a isenção, diz o art. 176, que ainda quando prevista em contrato, é sempre 
decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua 
concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. 
Portanto, isenção é sempre decorrente de lei. Esta incluída na área da 
denominada reserva legal, sendo a lei, em sentido estrito, o único instrumento 
hábil para sua instituição. 
A isenção não é extensiva, salvo disposição de lei em contrário. Assim, a 
isenção em principio, não se aplica às taxas e contribuições de melhoria, nem 
aos tributos criados depois de sua concessão. Mas a lei pode determinar o 
contrário. 
As isenções não poderão ser revogadas, gerando um direito adquirido se forem 
concedidas com prazo certo. Já as sem prazo certo, ou melhor, 
indeterminadas, não geram direito adquirido, podendo ser revogadas. 
Nesta segunda espécie você deve saber também uma questão interessante, 
que uma vez revogada a isenção, o tributo pode ser imediatamente cobrado, 
não sendo necessário ser respeitado o principio da anterioridade, pois esse é o 
posicionamento do STF. 
O art. 178 do CTN, diz que a isenção, salvo se concedida por prazo certo ou 
em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por 
lei a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do artigo 104. 
Sobre o conceito de isenção, existe alguma divergência. Pois para alguns 
doutrinadores, na isenção existe a hipótese de incidência e o fato gerador, 
ocorrendo, todavia a dispensa em sua cobrança. Para outros doutrinadores, a 
isenção retira uma parcela da hipótese de incidência ou do fato gerador, como 
exemplo podemos citar o imposto de renda (disponibilidade econômica) a lei, 
retira da hipótese de incidência o valor do salário-família, do aviso prévio, etc. 
É importante saber, que no inciso III do art. 151 da CF, pode observar que foi 
abolida de nosso ordenamento jurídico a possibilidade de isenções tributarias 
serem concedidas por uma pessoa política diferente da que possui a 
competência para criar o tributo. Em suma, seria vedada a concessão de 
isenção a tributos de competência alheia. 
 
Classificação das Isenções 
As isenções podem ser classificadas quanto à forma de concessão em caráter 
geral (absolutas) que são concedidas pela lei ou em caráter específico 
(relativas) que são concedidas por lei, mas efetivadas mediante despacho da 
autoridade administrativa. 
Quanto à natureza, onerosas (condicionadas) concedidas sob condição que 
implique ônus para o interessado ou simples, sem a imposição de condições ao 
interessado. 
Quanto ao prazo, que podem ser por prazo indeterminado ou por prazo certo. E 
por fim, quanto à área, que podem ser amplas, prevalecendo em todo o 
território da entidade tributante e restritas ou regionais, prevalecendo apenas 
em parte do território da entidade tributante.

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