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Aula 3 e 4

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AULA 3
Plano de aula (Sia): Psicologia da Saúde. Determinantes Sociais da Saúde. Direitos Humanos.
	
	
De acordo com Guimarães, Grubits e Freire (2007, p. 28), a psicologia da saúde consiste no conjunto de contribuições educacionais, científicas e profissionais, específicos da psicologia, para a promoção e manutenção da saúde, a prevenção e tratamento das doenças, na identificação da etiologia e diagnósticos relacionados à saúde, à doença e às disfunções. 
Constitui uma disciplina centrada nas intervenções de saúde geral, voltada às práticas de saúde em atenção primária (atenção básica), secundária (especializada) e terciária (alta complexidade). Como disciplina autônoma e interdisciplinar, visa à superação das dicotomias existentes entre indivíduo/sociedade, natureza/sociedade, saúde/doença (JESUS; REZENDE, 2006 apud ALVES et al., 2012).
O alcance das práticas interventivas da disciplina psicologia da saúde associa-se a um campo de atuação profissional bastante vasto com diversos ambientes e contextos, desde hospitais até as próprias moradas dos indivíduos. Este fato ressalta o caráter multi e interdisciplinar da psicologia da saúde e a estabelece como uma disciplina alicerçada nas demandas sociais.
De acordo com Spink (2007) a Psicologia da Saúde surge como novo campo de saber, diferenciando-se da Psicologia Clínica tradicional, esta última fortemente marcada pelo trabalho individual, que acaba por desconsiderar as relações concretas e históricas. Por conseguinte, diferencia a Psicologia da Saúde com a Psicologia Social da Saúde, uma vez que o psicólogo que trabalha por esta última vertente tem como característica uma postura crítica, sendo "pesquisador" e "um profissional que não foge da complexidade e transita dos microprocessos de produção de sentido às questões institucionais e políticas" (p.382).
Acrescenta-se que, na atualidade, tem-se constatado que as doenças estão mais relacionadas ao estilo de vida, causas ambientais, ecológicas e padrões comportamentais, como doenças cardiovasculares, câncer, AIDS, dentre outras. Desta forma, juntamente com as mudanças no âmbito da saúde e as necessidades da sociedade, muda também o modelo de profissional de Psicologia no Brasil, surgindo assim a necessidade de pensar na função social do psicólogo e na transcendência social da Psicologia (MARTINS; ROCHA JÚNIOR, 2001 apud DELEVATI; SOUZA, 2013). 
Da psicologia predominante clínica/consultório à atuação do psicólogo nos diferentes níveis de atenção à saúde: potencializando práticas e saberes.
A psicologia, em sua tradição clínica, tinha por princípio diagnosticar e tratar. Perspectiva que deixava de fora as ações de promoção de saúde e de prevenção primária de doenças (Santacreu, 1991; Serra, 2004). 
Temos que admitir que à medida que a promoção de saúde e a prevenção de doenças entram para o vocabulário dos psicólogos, inicia-se uma mudança na delimitação da abrangência da psicologia, que se desloca do modelo clínico ampliando-se na direção de novas práticas não tradicionais em psicologia. 
A promoção da saúde tem como finalidade garantir o bem-estar psíquico, físico e social da população como um todo e é centrada no tratamento e na reabilitação. Já a prevenção de doenças busca eliminar ou reduzir a possibilidade de ocorrência de enfermidades e incapacidades. Objetiva modificar hábitos e estilos de vida que venham possivelmente a ocasionar danos à saúde dos indivíduos e ao meio social e ambiental no qual está inserido.
No Brasil, mediante o surgimento de programas propositores de ações sociais e de saúde, como: ESF (Estratégias da Saúde da Família), NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), dentre outros, foi necessária a constituição de equipes multidisciplinares para a intervenção nestes programas. De modo que o trabalho nestas equipes exige do psicólogo o estabelecimento de um diálogo interdisciplinar com outros profissionais, requisito que se entende igualmente importante para a adaptação e a ampliação do modelo de ação do psicólogo. Guimarães, Grubits e Freire (2007) destacam três principais abordagens atuais na psicologia da saúde: 
A PRIMEIRA ABORDAGEM (a mais difundida) corresponde à psicologia da saúde clínica, que englobam ações no âmbito do sistema de saúde, como: hospitais, clínicas e centros de saúde e tem como foco principal o trabalho com grupos de pacientes com disfunções específicas, tais como diabetes e câncer.
 A SEGUNDA ABORDAGEM está mais envolvida com ações que visem à melhoria da saúde da população em geral, mas ainda focaliza em grupos vulneráveis e de risco numa perspectiva de cunho preventivo, pode ser denominada de psicologia da saúde pública.
A TERCEIRA ABORDAGEM é a psicologia da saúde comunitária, que tem como propostas ações de promoção da saúde mental e física das famílias e comunidades, visando à emancipação e mudança social, utiliza-se de uma ferramenta multimetodológica, associando pesquisadores, profissionais e representantes comunitários.
Texto extraído de: 
 ALVES, Railda Fernandes et al. Psicologia da saúde: abrangência e diversidade teórica. Mudanças: Psicologia da Saúde, 19 (1-2), Jan-Jun 2011, 1-10p. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/ims/index.php/article/view/2479. DELEVATI, Dalnei M.; SOUZA, Ana R. Bandeira de. O fazer do psicólogo na saúde Cadernos de Graduação. Ciências Biológicas e da Saúde, Maceió, v. 1, n.2, p. 79-87, mai. 2013. Disponível em:
 https://periodicos.set.edu.br/index/article/view/620.
Determinantes Sociais da Saúde (DSS)
Este tópico já foi abordado na aula 1 e 2. Por conseguinte, vale a pena revisitar...
	
	
Psicologia e Direitos humanos
Direitos humanos? O que é isso?
- A expressão “Direitos Humanos” é polissêmica.
- Existem aspectos convergentes no sentido da defesa dos direitos e da dignidade das pessoas. •• No entanto, os argumentos e posicionamentos são divergentes porque estão fundamentados em diferentes concepções acerca do que é o ser humano.
Antes de entender o que são direitos é importante refletir sobre a concepções do significado ser humano...Tais aspectos serão abordados com base no referencial de Pedrinho Guareschi (2004, 2003). 
O autor analisa três concepções: 
Liberal capitalista. ••Coletivista totalitária. •• Solidária comunitária
	CONCEPÇÃO LIBERAL CAPITALISTA: sustenta que as características de cada pessoa determinam situações de sucesso ou de fracasso. Meritocracia.
Direitos humanos: as pessoas são desiguais. Por isso, aqueles que tem maior número de competências têm mais direitos do que aqueles que não têm tais competências
	
	CONCEPÇÃO COLETIVISTA TOTALITÁRIA: o ser humano é apenas um componente de algo maior. O grupo é o que importa. Aqui se descarta a capacidade de escolha individual. Desvaloriza-se e dificulta-se o direito de cada um de exercer seu poder nas decisões e ações possíveis de transformação da realidade social.
Direitos humanos: Cada pessoa deve abrir mão dos seus interesses em função do bem-estar coletivo.
	
	CONCEPÇÃO SOLIDÁRIA COMUNITÁRIA: possível vivenciar a interação com o outro, numa via de mão dupla. 
Direitos humanos: Há lugar para o reconhecimento do outro, resgatando o sentido de que o ser humano é a soma total de suas relações. 
- São defendidas práticas voltadas para os interesses da maioria da população, porém reconhecendo cada cidadão. 
	
Três questões para reflexão:
Com base nessas concepções cabe indagar: com qual concepção você está identificado? De que forma é possível articular essa concepção com os saberes e as práticas do profissional de saúde que atua na atenção básica? E, finalmente: Essa concepção sobre o que são “Direitos Humanos” está em consonância com os fundamentos teóricos e metodológicos da abordagem em psicologia com a qual você está identificado? 
AULA 4
Política, políticas públicas, psicologia e políticas públicas: revisitando as aulas de Organização e PolíticasPúblicas.
Política: A palavra política em nossa sociedade soa de diferentes maneiras e por muitas vezes é rejeitada por ser, de forma equivocada, entendida como sinônimo de partidos políticos. 
O conceito de política indica um conjunto de atividades desenvolvidas, por uma pessoa ou grupo para alcançar uma meta. *** Assim, toda e qualquer ação é considerada política porque envolve a possibilidade (poder) para concretizar ou não esse objetivo. *** Neste sentido, política envolve compromissos, jogos de forças entre pessoa e coletivos que podem estar direcionados para uma postura dialógica ou podem adotar um movimento oposto e, portanto, pautadas no interesse em controlar, manipular ou oprimir o outro (BOBIO; MATTEUCCI; GIANFRANCO, 1998).
Público, o que quer dizer? Significa tudo que deve ser destinado para todo e qualquer cidadão. *** Então, política pública se refere a toda ação destinada à população geral, seja ela na área da educação, previdência, da assistência social ou da saúde, entre outras possibilidades.
O que são políticas públicas? “Políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado diretamente ou indiretamente, com a participação de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado segmento social, cultural, étnico ou econômico.” 
As políticas públicas correspondem a direitos assegurados constitucionalmente ou que se afirmam graças ao reconhecimento por parte da sociedade e/ou pelos poderes públicos enquanto novos direitos das pessoas, comunidades, coisas ou outros bens materiais ou imateriais.” 
Outras definições: Para Lucchese (2004), “as políticas públicas podem ser definidas como conjuntos de disposições, medidas e procedimentos que traduzem a orientação política do Estado e regulam as atividades governamentais relacionadas às tarefas de interesse público. São também definidas como todas as ações de governo, divididas em atividades diretas de produção de serviços pelo próprio Estado e em atividades de regulação de outros agentes econômicos.” 
As políticas públicas segundo Cunha (2003) podem ser definidas como ações do Estado em resposta às demandas que emergem da sociedade e do seu interior, expressando o compromisso público de atuação em uma determinada área. 
Essas demandas podem ser entendidas como conjunto de problemas sociais que emergem de um sistema-econômico e que podem ser de ordem política, social ou econômica. Desse modo, as políticas sociais são estratégias do governo para a resolução de problemas sociais originados pelo sistema capitalista, como a exclusão de indivíduos que não encontraram espaço no mercado de trabalho. (YAMAMMOTO, 2010)
Exemplos de políticas públicas: Educação. Saúde. Segurança. Habitação. Trabalho. Lazer. Saneamento. Alimentação. Inclusão social. Transferência de renda. Portanto, ocorrem em todas as áreas da gestão pública, tais como: educação, saúde, transporte, segurança, habitação, assistência social, cultura, lazer, trabalho. 
Diferença entre política pública de estado e política pública de governo: Em geral, diz-se que as políticas de Estado são aquelas que conseguem ultrapassar os períodos de um governo. Ou seja, políticas públicas são políticas de Estado ou políticas de governo. A diferença entre aquilo que é política de Estado e o que é política de governo é a maneira como elas são institucionalizadas. Se elas são fortemente institucionalizadas em uma sociedade, não há quem as mude. Não adianta trocar o governo. [1: Geraldo Di Giovanni, professor doutor do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP) da Unicamp.]
Um exemplo disso é o “Bolsa família”. Dificilmente, se houver um governo diferente do atual, ele vai mexer nesse programa. Hoje, existe uma concepção social de que esse tipo de assistência aos pobres é um requisito da sociedade moderna. Neste caso, trata-se de política do Estado. Outro exemplo, é o que poderá ocorrer em relação à política econômica do Governo atual em relação as diretrizes do governo anterior. Em síntese: As políticas de governo são aquelas têm menor durabilidade, com institucionalização mais fraca. 
Políticas públicas sempre viriam do Estado ou governo? Não é que ela venha do Estado, mas é atuada pelo Estado, que é o seu grande protagonista. Mas emerge da sociedade, das necessidades e dos interesses que estão no interior da sociedade – interesses de qualquer ordem, seja o interesse econômico, político ou o próprio interesse de bem-estar da sociedade. Um usuário quer um sistema de saúde bom, o produtor de remédios quer colocar seu produto no sistema de saúde, o construtor de hospitais também, e o mundo político, através do governo e das instituições, deve fazer a mediação e responder a esses interesses. [2: Idem]
Em outras palavras, as Políticas Públicas são o resultado da competição entre os diversos grupos ou segmentos da sociedade que buscam defender ou garantir seus interesses. Tais interesses podem ser específicos; construir uma estrada para determinada região ou gerais, como demandas na área da segurança pública ou nos serviços públicos de saúde.
É importante ressalvar, entretanto, que a existência de grupos e setores da sociedade apresentando reivindicações e demandas não significa que estas serão atendido, pois antes disso é necessário que as reivindicações sejam reconhecidas e ganhem força ao ponto de chamar a atenção das autoridades do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Observa-se, entretanto, que a existência de grupos e setores da sociedade apresentando reivindicações e demandas não significa que estas serão atendidas, pois antes disso é necessário que as reivindicações sejam reconhecidas e ganhem força ao ponto de chamar a atenção das autoridades do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. 
- De que forma a sociedade civil pode efetivamente participar das políticas públicas? Exercendo o controle social, quando elas já estão ativadas, e também identificando questões sociais e fazendo com que elas entrem na agenda pública – agenda pública é o rol de necessidades sociais para a qual a sociedade leva o estado a se debruçar. Isso pode ser feito através das organizações, seja da sociedade civil ou políticas, como partidos, sindicatos, movimentos sociais, conselhos etc. Esse compromisso social depende muito dos valores das pessoas e das instituições. Há grupos que são francamente vinculados a valores de mercado, outros não. As políticas públicas são também um campo de conflito.[3: Idem]
O que é controle social? É uma forma de compartilhamento de poder de decisão entre Estado e sociedade sobre as políticas, um instrumento e uma expressão da democracia e da cidadania. Trata-se da capacidade que a sociedade tem de intervir nas políticas públicas. 
Saiba mais sobre o controle social: É uma ferramenta idealmente democrática pela qual a população pode participar do planejamento de uma política pública, assim como acompanhar e monitorar sua execução, avaliando, inclusive, os resultados dessa política. Por meio do Controle Social, várias instâncias da sociedade civil mantêm um diálogo permanente com o Poder Executivo para participa da gestão da política pública como um todo, buscando garantir transparência e efetividade no emprego dos recursos públicos. O Controle Social pode ser exercido por qualquer cidadão, individualmente ou através de órgãos colegiados instituídos de caráter permanente. Os chamados conselhos de Controle Social são órgãos deliberativos e representativos em que os representantes precisam ser eleitos em conferências convocadas para este fim. Esses conselhos constituem espaços públicos de articulação conjunta entre a sociedade civil e o governo, onde se torna possível a reflexão sobre a problemática que envolve as políticas públicas, desde a fase de fomento até a fase de implementação dessas políticas. [4: Jornal do CRP-RJ, março-abril, 2010, p. 4]
Esta intervenção ocorre quando a sociedade interage com o Estado na definição de prioridades e na elaboraçãodos planos de ação do município, do estado ou do governo federal. Pode ser realizado tanto no momento da definição das políticas a serem implementadas, quanto no momento da fiscalização, do acompanhamento e da avaliação das condições de gestão, execução das ações e aplicação dos recursos financeiros destinados à implementação de uma política pública. 
O direito à participação popular na formulação das políticas públicas e no controle das ações do Estado está garantido na Constituição de 1988 e regulamentado em leis específicas, como a Lei Orgânica da Saúde (LOS), o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) e o Estatuto das Cidades. Estas leis preveem instâncias de consulta e deliberação cidadãs, especialmente por meio de conselhos de políticas públicas nos três níveis do Executivo (Federal, Estadual e Municipal). Além disso, o controle social pode ser exercido fora dos canais institucionais de participação, pela população em geral, acompanhando as políticas públicas em todos os níveis da federação.
Organização de políticas públicas: As políticas públicas têm, cada uma, seu próprio marco legal: a lei orgânica da saúde (saúde) a LDB (educação), a Lei orgânica da Assistência Social (Assistência social), o estatuto da cidade (no âmbito das políticas urbanas). 
Saúde e educação no Brasil SÃO DIREITOS UNIVERSAIS. Todos os brasileiros devem ter pleno acesso aos sistemas de saúde e educação, bem como a outras políticas públicas. Como direitos, são assegurados pela Constituição Federal e devem ser efetivados através de programas e serviços públicos. As políticas públicas são formuladas, principalmente, pelos poderes executivo ou legislativo, a partir de demandas e propostas da sociedade, em seus diversos segmentos.
Relembrando: A participação da sociedade na formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas em alguns casos é assegurada na própria lei que as institui. Assim, no caso, por exemplo, da Saúde, a sociedade participa ativamente mediante os Conselhos em nível municipal, estadual e nacional. Audiências públicas, encontros e conferências setoriais são também instrumentos que vêm se afirmando nos últimos anos como forma de envolver os diversos seguimentos da sociedade em processo de participação e controle social.” 
As políticas públicas são compostas por diversos instrumentos, tais como: Planos. ***Programas. ***Ações. ***Atividades. ***[5: (http://www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/coea/pncpr/O_que_sao_PoliticasPublicas.pdf)]
Planos: Estabelecem diretrizes, prioridades e objetivos gerais a serem alcançados em períodos relativamente longos. Por exemplo, os planos decenais de educação têm o sentido de estabelecer objetivos e metas estratégicas a serem alcançados pelos governos e pela sociedade ao longo de dez anos. 
Programas: Estabelecem, por sua vez, objetivos gerais e específicos focados em determinado tema, público, conjunto institucional ou área geográfica. O Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais (PNC) é um exemplo temático e de público.
Ações e Atividades: Ações visam o alcance de determinado objetivo estabelecido pelo Programa, e a atividade, por sua vez, visa dar concretude à ação.
E o psicólogo? O que tem haver com tudo isso? “Somos parte das políticas públicas; elas serem mais ou menos efetivas tem a ver com que lugar nós ocupamos. Deixar de se posicionar, deixar de pensar o quanto elas são ineficientes são opções nossas - o silêncio e a omissão são posições. Políticas públicas pressupõem capacidade de impacto na construção da cidadania. Cada passo, cada gesto, cada ato, cada posição pode significar um avanço ou um retrocesso” (Silvia Giugliani). É importante salientar que a “patologização” de questões que são sociais ao desvalorizar a dimensão coletiva e política dos destinatários da nossa ação, geram avaliações descontextualizadas e superficiais (CRP, Rio de Janeiro, 2010).

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