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Disciplina: SDE0938 PSICOLOGIA E SAÚDE DA FAMÍLIA
Professora: Jorgelina Ines Brochier
TEXTO 1
O PROCESSO SAÚDE DOENÇA 
 Segundo o conceito de 1947 da Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde é definida como: “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade.”
Nesse sentido a condição de saúde pode variar de um extremo de mais perfeito bem-estar até o extremo da morte, com uma série de processos e eventos intermediários entre os dois. Por isso, nos referimos ao processo saúde doença. 
SAÚDE................. BEM-ESTAR 
 BIOPSICOSSOCIAL indivíduo, grupos e e coletividades
 
 
 
 QUALIDADE de vida......... ESTILO de vida .......... Trabalho, empregabilidade, lazer, saneamento, educação, habitação; alimentação, segurança pública, renda, meio-ambiente, justiça social e equidade, transporte, mobilidade, emprego, acesso e posse da terra, acesso aos serviços de saúde, educação e lazer
Considerações básicas
A qualidade de vida resulta da adequação das condições sócio ambientais as exigências humanas.
É importante compreender que os indivíduos não são saudáveis ou doentes, mas apresentam diferentes graus de saúde ou doenças nas suas condições de vida. • Esse processo é dinâmico e se modifica nos diversos momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.
Na sociedade existem comunidades, famílias e indivíduos com maior probabilidade de apresentarem problemas de saúde, acidentes, morte prematura; outros possuem maior probabilidade de apresentar condições adequadas de saúde. • A percepção de saúde e doença de cada indivíduo está relacionada com a sua percepção de vida, influenciada por diferenças culturais, sociais, econômicas e políticas.
- No que tange aos determinantes sociais da saúde (DSS) destaca-se que: cada escolha ou omissão, cada solução ou ausência de resposta diante das dificuldades cotidianas, cada gesto, cada palavra é marcado por muitas circunstâncias que podem produzir mais ou menos adoecimento. As circunstâncias em que vivemos são os determinantes sociais da nossa saúde!! (BRASIL, 
Conforme já constatado existem inúmeros determinantes implicados no processo saúde doenças. Tais determiantes podem ser definidos como os fatores que influenciam, afetam e/ou determinam a saúde dos povos e cidadãos. 
- O equilíbrio saúde-doença é determinado por uma multiplicidade de fatores de origem social, económica, cultural, ambiental e biológica/genética conhecida internacionalmente. Apesar da inquestionável influência de fatores externos ao indivíduo, nem sempre foram incluídos na formulação de políticas relacionadas com a saúde.
Os determinantes da saúde por serem tão abrangentes e variados são agrupados em maior ou menor número de categorias. Muitos autores, como por exemplo George (2011) destacam CINCO CATEGORIAS.
- Os determinantes FIXOS OU BIOLÓGICOS, tais como: a idade, sexo e fatores genéticos.
- Os determinantes ECONÓMICOS E SOCIAIS, de que são exemplo a posição o estrato social, o emprego, a pobreza, a exclusão social. 
- Os determinantes AMBIENTAIS, tais como a qualidade do ar e da água, ambiente social.
- Os determinantes de ESTILOS DE VIDA, sendo a alimentação, atividade física, tabagismo, álcool e comportamento sexual alguns exemplos. 
- Incluem-se ainda o acesso aos serviços, como educação, saúde, serviços sociais, transportes e lazer (George, 2011).
TAMBÉM PODEMOS AGRUPAR ESSES DETERMINANTES EM 3 CATEGORIAS: [1: Extraído de: CARRAPATO, Pedro, CORREIA, Pedro, GARCIA, Bruno. Determinante da saúde no Brasil: a procura da equidade na saúde. Saúde Soc. São Paulo, v.26, n.3, p.676-689, 2017.]
Determinantes ambientais: Poluição da água e do ar, a biodiversidade, o aquecimento global, a depleção do ozono, as condições das habitações, a qualidade dos transportes, a segurança alimentar, a gestão de resíduos, a política energética, o ambiente urbano.
Determinantes económicos: Desempenho económico do país, rendimento (pode condicionar acesso a comportamentos saudáveis), situação de emprego, ocupação, habitação. Neste caso, a condição de saúde está associada com as possiblidades econômicas, como são exemplo a prática de exercício físico e a manutenção de alimentação saudável. Por outro lado, comportamentos não saudáveis como o consumo de álcool e tabaco estão associados a indivíduos com situações materiais adversas.
Determinantes sociais: Cultura, estilos de vida, género, etnia, grau de inclusão social, idade, comportamentos relacionados com a saúde, as condições de vida e condições de trabalho, educação.
AINDA SOBRE A TEMÁTICA “DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE (DSS) CABE INDICAR O MODELO PROPOSTO POR DAHLGREN E WHITEHEAD[2: Extraído de: BUSS, Paulo M.; PELEGRINI FILHO, Alberto. A Saúde e seus Determinantes sociais. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):77-93, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a06.pdf]
- Como se pode ver na figura, os indivíduos estão na base do modelo, com suas características individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, evidentemente, exercem influência sobre seu potencial e suas condições de saúde. 
- Na camada imediatamente externa aparecem o comportamento e os estilos de vida individuais. Esta camada está situada no limiar entre os fatores individuais e os DSS, já que os comportamentos, muitas vezes entendidos apenas como de responsabilidade individual, dependentes de opções feitas pelo livre arbítrio das pessoas, na realidade podem também ser considerados parte dos DSS, já que essas opções estão fortemente condicionadas por determinantes sociais - como informações, propaganda, pressão dos pares, possibilidades de acesso a alimentos saudáveis e espaços de lazer etc.
- A camada seguinte destaca a influência das redes comunitárias e de apoio, cuja maior ou menor riqueza expressa o nível de coesão social que, como vimos, é de fundamental importância para a saúde da sociedade como um todo. 
- No próximo nível estão representados os fatores relacionados a condições de vida e de trabalho, disponibilidade de alimentos e acesso a ambientes e serviços essenciais, como saúde e educação, indicando que as pessoas em desvantagem social correm um risco diferenciado, criado por condições habitacionais mais humildes, exposição a condições mais perigosas ou estressantes de trabalho e acesso menor aos serviços. 
- Finalmente, no último nível estão situados os macros determinantes relacionados às condições econômicas, culturais e ambientais da sociedade e que possuem grande influência sobre as demais camadas.
Importante considerar que os mesmos fatores que promovem saúde e, portanto, potencializam a vida, podem promover processos de adoecimentos: água, alimentação, saneamento, habitação, emprego, dentre outros. 
- Para pensar nos processos saúde doença é necessário partir da dimensão do ser individual que, por sua vez é sempre um ser social, pois é nele que ocorre as definições do normal ou patológico. • O considerado normal em um indivíduo/coletividade pode não ser em outro; não há rigidez no processo. • Por conseguinte, o conceito, além de não ter o mesmo significado para todos os indivíduos; irá depender da “época do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas. Mas, antes de tudo é preciso salientar que:
 É DIREITO E DEVER DOS POVOS PARTICIPAR INDIVIDUAL E COLETIVAMENTO NO PLANEJAMENTO E NA EXECUÇÃO DE SEUS CUIDADOS DE SAÚDE (Declaração de ALMA ATA, 1978). 
ATENÇÃO À SAÚDE: é tudo que envolve o cuidado com a saúde do ser humano, incluindo as ações e serviços de promoção, prevenção, reabilitação e tratamento de doenças. No SUS, o cuidado com a saúde está ordenado em níveisde atenção, que são a básica, a de média complexidade e a de alta complexidade. Essa estruturação visa à melhor programação e planejamento das ações e serviços do sistema. Não se deve, porém, considerar um desses níveis de atenção mais relevante que outro, porque a atenção à Saúde deve ser integral. Nem sempre um município necessita ter todos os níveis de atenção à saúde instalados em seu território, para garantir a integralidade do atendimento à sua população. Particularmente no caso dos pequenos municípios, isso pode ser feito por meio de pactos regionais que garantam às populações dessas localidades acesso a todos os níveis de complexidade do sistema. A prioridade para todos os municípios é ter a atenção básica operando em condições plenas e com eficácia.
A atenção à saúde engloba todo o conjunto de ações, em todos os níveis de governo, para o atendimento das demandas pessoais e das exigências ambientais, compreendendo três grandes campos: 1. Da assistência ;2. Das intervenções ambientais, no seu sentido mais amplo; e 3. Das políticas externas no setor saúde.
- Os cuidados primários de saúde são cuidados constituem a chave para que essa meta seja atingida. Constituem, portanto, o foco principal quanto ao desenvolvimento social e econômico global da comunidade. Representam o primeiro contato com o sistema nacional de saúde.
- Assim, a ênfase está na prevenção e na promoção da saúde.
NÍVEIS DE ATENÇÃO À SAÚDE
 Nos três campos (da assistência, das intervenções ambientais e das políticas externas ao setor saúde), enquadra-se, o espectro de ações compreendidas nos chamados níveis de atenção à saúde, representados pela promoção, pela proteção e pela recuperação, nos quais deve ser sempre priorizado o caráter preventivo.
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (cuidados de baixa complexidade)
A atenção primária à saúde, também denominada cuidados primários de saúde e atenção básica, foi definida pela Organização Mundial da Saúde em 1978 como:
- Cuidados que propiciam a manutenção básica de saúde, serviços terapêuticos e a coordenação das necessidades e serviços comunitários. 
- É a assistência sanitária essencial baseada em métodos e tecnologias práticas, cientificamente fundados e socialmente aceitáveis, postos ao alcance de todos os indivíduos e famílias da comunidade mediante a sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país possam suportar, em todas e cada etapa do seu desenvolvimento, com um espírito de auto responsabilidade e autodeterminação. (Declaração de Alma-Ata – Organização Pan-Americana da Saúde, 2003).
ATENÇÃO SECUNDÁRIA À SAÚDE- (cuidados de média complexidade)
- Cuidados secundários de saúde
- Compreende os cuidados especializados, geralmente complexos, que não podem ser prestados por um clínico geral
- Nível de atenção representado por programas, sistemas e serviços de tratamento ambulatorial e pequenos hospitais de tecnologia intermediária, que incorpora funções do nível primário e acrescenta as de tratamento especializado, com objetivo de reabilitação.
ATENÇÃO TERCIÁRIA À SAÚDE (cuidados de alta complexidade) 
-Cuidados terciários de saúde
- Compreende cuidados altamente especializados e tecnologia de ponta. 
- Nível de atenção constituído por grandes hospitais gerais e especializados, que concentram tecnologia de maior complexidade e de ponta, servindo de referência para os demais programas, sistemas e serviços.
Determinante sociais e saúde mental
Para reflexão: um suposto diálogo, duas indagações e breve consideração sobre o significado da expressão saúde mental
(A) DIÁLOGO estabelecido entre duas Psicólogas: Clotilde: Você trabalha em que área? • Florência: Trabalho com saúde mental. Atualmente estou em 2 CAPS: um em Nova Iguaçu e o outro no Rio de Janeiro. E você, trabalha em que âmbito? • Clotilde: no momento atendo em consultório e também presto consultoria em uma escola. 
(B) INDAGAÇÕES: A fala de Florência e de Clotilde estão em consonância com o sentido e o significado A Saúde no contemporâneo? Ou ainda: A única que trabalha com Saúde Mental é Florência? 
(C) CONSIDERAÇÕES: Psicólogos e estudantes de psicologia tendem a considerar que a expressão “Saúde Mental” está associada com a expressão “Transtorno/ doença mental”. Neste caso, parece que existe uma tendência a considerar que o profissional de psicologia é uma profissional da saúde com ênfase na saúde mental que somente trata da doença!
O conceito de Saúde Mental aponta para um estado de bem-estar em que o indivíduo entende as suas próprias capacidades, lida com as pressões da vida, tem a flexibilidade cognitiva e psicossocial necessária à interação social e encontra formas de agir e reagir perante as adversidades. Percebe-se, pois, que a Saúde Mental é resultante e dependente de um equilíbrio dinâmico de fatores biológicos, psicológicos e sociais. De entre estes, destacam-se os determinantes sociais da saúde, ou seja, o conjunto das circunstâncias em que decorre o dia-a-dia. Pobreza, desemprego, más condições ambientais, baixo acesso à educação, ambiente familiar disfuncional, exclusão social, discriminação sexual, acontecimentos traumáticos, são determinantes sociais que atuam como fatores de risco que influenciam o desencadear da doença.
Saúde mental implica na possibilidade sempre renovada de se encantar com as coisas mais banais da realidade. Saúde mental também implica na capacidade de significar e ressignificar a vida!
TEXTO 2
CONCEPÇÕES SOBRE SAÚDE E DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA: breve recorte[3: Extraído de: CRUZ, Marly Marques da. Concepção de saúde-doença e o cuidado em saúde. Curso: Qualificação de Gestores do SUS. Disponível em: http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_14423743.pdf. Acesso em: 15 fev. 2016. ]
“A história da saúde e da doença é, desde os tempos mais longínquos, uma história de construções de significações sobre a natureza, as funções e a estrutura do corpo e ainda sobre as relações corpo-espírito e pessoa-ambiente. A história da medicina mostra que essas significações têm sido diferentes ao longo dos tempos, constituindo, pois, diferentes narrativas sobre os processos de saúde e doença” (ALBUQUERQUE, 2002). 
O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja: saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. Dependerá de valores individuais, dependerá de concepções científicas, religiosas, filosóficas. O mesmo, aliás, pode ser dito das doenças (SCLIAR, 2007) 
Aquilo que é considerado doença varia muito. Por exemplo, houve época, em que o desejo de fuga dos escravos era considerado enfermidade mental: a DRAPETOMANIA (do grego drapetes, escravo). O diagnóstico foi proposto em 1851 por Samuel A. Cartwright, médico do estado da Louisiana, no escravagista sul dos Estados Unidos. O tratamento proposto era o do açoite, também aplicável à “DISESTESIA ETIÓPICA”, outro diagnóstico do doutor Cartwright, este explicando a falta de motivação para o trabalho entre os negros escravizados (SCLIAR, 2007).
 Em síntese: Os conceitos saúde e doenças: historicamente construídos -> diferentes modelos relacionados ao modo de produção/sistema econômico de produção
MODELO MÁGICO-RELIGIOSO OU XAMANÍSTICO
A visão mágico-religiosa sobre a saúde e a doença e sobre como cuidar era a predominante na Antiguidade. Os povos da época concebiam as causas das doenças como derivadas tanto de elementos naturais como de espíritos sobrenaturais. O adoecer era concebido como resultante de transgressões de natureza individual e coletiva, sendo requeridos, para reatar o enlace com as divindades, processos liderados pelos sacerdotes, feiticeiros ou xamãs (HERZLICH, 2004). 
- Importante observar que com base na concepção mágico-religiosa, as pessoas criavam medidas preventivas, mas sem ter consciência dos fatores intervenientes (ou seja, da evitação de possíveis doenças). Por exemplo: a proibição da ingestão de carne de suína entre os judeus. A esse respeito, é possível compreender queseria muito difícil, por exemplo, associar a carne de porco à transmissão da triquinose. Para isto há uma explicação ecológica, por assim dizer. A criação de suínos, no Oriente Médio, seria um contrassenso. Trata-se de uma região árida, sem a água de que esses animais necessitam como forma de manter seu equilíbrio térmico. Além disso, povos nômades teriam dificuldades em manter um animal que se move pouco, como o porco. Finalmente, ao contrário dos bovinos, que servem como animal de tração e que proporcionam leite, o suíno só fornece a carne - uma luxúria, portanto, uma tentação que era evitada pelo rígido dispositivo da lei. 
INTERESSANTE notar que nos dias de hoje são publicadas pesquisas científicas que abordam o potencial terapêutico da religião. Entretanto, observa-se que a religião também pode ser um entrave para o processo de reabilitação ou até mesmo da prevenção. Por exemplo: a proibição do uso de preservativos ou o impedimento para a transfusão de sangue.
MODELO HOLÍSTICO
As medicinas hindu e chinesa, também na Antiguidade, traziam uma nova forma de compreensão da doença. A noção de equilíbrio é que vai dar origem à medicina holística. A saúde era entendida como o equilíbrio entre os elementos e humores que compõem o organismo humano. Um desequilíbrio desses elementos permitiria o aparecimento da doença. De acordo com tal visão, o cuidado deveria compreender o ajuste necessário para a obtenção do equilíbrio do corpo com o ambiente, corpo este tido como uma totalidade. Cuidado, em última instância, significa a busca pela saúde. 
Importante: Práticas fundamentadas na perspectiva da medicina holística são reconhecidas pelo Ministério da Saúde através da Portaria 971 que instituiu a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS. Entre essas práticas destacam-se o uso de plantas medicinais, fitoterapia, homeopatia, acupuntura, termalismo (uso de águas minerais para tratamento de saúde). Por meio dessa portaria, o Ministério da Saúde reconhece oficialmente a importância das manifestações populares em saúde e a chamada medicina não convencional, considerada como prática voltada à saúde e ao equilíbrio vital do homem. [4: Portaria 971 de 3 de maio de 2006. ]
MODELO EMPÍRICO-RACIONAL (HIPOCRÁTICO)
Hipócrates (século VI a.C.) estabeleceu a relação homem/meio com o desenvolvimento de sua Teoria dos Humores, teoria a qual defendia que os elementos água, terra, fogo e ar estavam subjacentes à explicação sobre a saúde e a doença (HERZLICH, 2004). Saúde, na concepção hipocrática, é fruto do equilíbrio dos humores; a doença é resultante do desequilíbrio deles, e o cuidado depende de uma compreensão desses desequilíbrios para buscar atingir o equilíbrio.
Apesar de acharmos este modelo nos dias de hoje sem sentido, a contribuição de Hipócrates foi importante, pois ele queria causas concretas para saúde e doença, não se contentado com as explicações místicas de sua época. Por isso é considerado por muitos o pai da Medicina. É importante destacar que ao longo das publicações de Hipócrates também foram incluídos fatores ambientais que poderiam estar vinculados às doenças. Por exemplo: Ares, águas, lugares” discute os fatores ambientais ligados à doença, defendendo um conceito ecológico de saúde-enfermidade.
NA IDADE MÉDIA
 Durante esse período, a ciência encontrava-se sob forte influência da Igreja Católica que, aliada à nobreza, detinha a autoridade, o poder moral e financeiro. A medicina ocidental experimentou um relativo retrocesso, pois, ainda que mantidos os princípios hipocráticos, o Cristianismo levou ao progressivo abandono da prática clínica em favor de uma maior preocupação com a “salvação do espírito” (TONINI, 2006). 
Durante a Idade Média o cuidado de doentes estava, em boa parte, entregue a ordens religiosas, que administravam inclusive o hospital, instituição que o cristianismo desenvolveu muito, não como um lugar de cura, mas de abrigo e de conforto para os doentes. Mas, ao mesmo tempo, as ideias hipocráticas se mantinham, através da temperança no comer e no beber, na contenção sexual e no controle das paixões. Procurava-se evitar o contra naturam vivere, viver contra a natureza (SCLIAR, 2007). 
MODELO DE MEDICINA CIENTÍFICA OCIDENTAL (BIOMÉDICO):
Este modelo é predominante na atualidade, tem suas raízes vinculadas ao contexto do Renascimento e de toda a Revolução Artístico-Cultural, que ocorreram a partir do século XVI. 
Foi no Renascimento que a explicação para as doenças começou a ser relacionada às situações ambientais; a causa das doenças passava a estar num fator externo ao organismo, e o homem era o receptáculo da doença. Destas elaborações teóricas sobre o contágio firmou-se a teoria dos miasmas, que foi a primeira proposta de explicação, dentro dos parâmetros da ciência, da associação entre o surgimento de epidemias e as condições do ambiente.[5: Ideia de miasma: emanações de regiões insalubres capazes de causar doenças.]
Já NA IDADE MODERNA, o Método de Descartes (séculos XVI e XVII) definiu as regras que constituem os fundamentos do seu enfoque sobre o conhecimento: não se deve aceitar como verdade nada que não possa ser identificado como tal; separar cada dificuldade a ser examinada em tantas partes quanto sejam possíveis e que sejam requeridas para solucioná-las; condução do pensamento de forma ordenada, partindo do simples ao mais complexo; necessidade de efetuar uma revisão exaustiva dos diversos componentes de um argumento.
O modelo biomédico focou-se, cada vez mais, na explicação da doença e passou a tratar o corpo em partes cada vez menores, reduzindo a saúde a um funcionamento mecânico (BARROS, 2002). Numa perspectiva crítica, Fritjof Capra (1982) destaca a concepção fragmentária do modelo biomédico ao defender que este consiste num tipo de modelo da teoria mecanicista, em que o homem é visto como corpo-máquina; o médico, como mecânico; e a doença, o defeito da máquina. A percepção do homem como máquina é datada historicamente com o advento do capitalismo. Assim, a saúde passou a ser vista como ausência de doença e a cura a se basear na eliminação dos sintomas. 
Interessante observar que o modelo dualista de Descartes ainda permeia o imaginário social. **A expectativa da cura ainda é muito “depositada” nas mãos dos médicos, que se tornaram especialistas das partes do corpo, muitas vezes frustrando a expectativa do paciente que deseja ser ouvido, acolhido como um todo. Nota-se uma coexistência das concepções de saúde e doença nas pessoas, o que em alguns momentos pode gerar conflitos e frustrações na expectativa de cuidado do usuário do serviço de saúde.
O final do século XVIII assistiu a Revolução Industrial na Inglaterra e Alemanha. Esse fato provocou a migração e a aglomeração das pessoas nas cidades, facilitando a difusão dos micro-organismos nos ambientes de trabalho, que eram fechados e insalubres. ** As questões urbanas de saneamento e miséria juntaram-se às péssimas condições de trabalho e do ambiente, alterando o perfil de adoecimento dos trabalhadores, que passaram a sofrer acidentes e desenvolver doenças infectocontagiosas. Foi grande o número de mortes por tuberculose, sarampo, pneumonia, tifo, gripe, escarlatina e outras doenças transmissíveis. 
- A segunda metade do século XIX foi marcada pela descoberta de MICRO-ORGANISMOS em decorrência do quadro epidemiológico caracterizado pela predominância das doenças infecciosas. As descobertas científicas de LOUIS PASTEUR, cientista francês que viveu de 1822 a 1895, permitiram não só identificar e justificar a causa das doenças, mas também produzir as vacinas. **A descoberta dos microrganismos (teoria microbiana) como causa das doenças abriu espaço para a primeira revolução sanitária, com o início das pesquisas sobre as relações entre organização social, pobreza e frequência de doenças. 
Entretanto, posteriormente, com o desenvolvimento da teoria dos germes, o ambiente físico e social como fatores causais para a doença foi sendo deslocado para a natureza a naturezabiológica da doença. Como decorrência, estruturou-se a visão bacteriológica ou teoria da uni causalidade como paradigma explicativo da relação saúde-doença. Para cada doença correspondia um agente específico que deveria ser identificado e combatido.
A concepção de Determinação Social da Doença, portanto, não é novidade; nasceu com o conceito de desenvolvimento urbano e com as visões iniciais de sociedade capitalista (BARATA, 2005, p.7). Assim, cabe indagar: Por que no âmbito da psicologia tal determinismo é usualmente desconsiderado tanto em situações de atendimento individual quanto grupal ou ainda, quando dirigidos às coletividades?
MODELO SISTÊMICO
 Final da década de 1970. O sistema, neste caso, é entendido como “um conjunto de elementos, de tal forma relacionados, que uma mudança no estado de qualquer elemento provoca mudança no estado dos demais elementos” (ROBERTS, 1978 apud ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL, 2002). Ou seja, essa noção de sistema incorpora a ideia de todo, de contribuição de diferentes elementos do ecossistema no processo saúde-doença, fazendo assim um contraponto à visão unidimensional e fragmentária do modelo biomédico.
Segundo essa concepção, a estrutura geral de um problema de saúde é entendida como uma função sistêmica. Ou seja, cada vez que um dos seus componentes sofre alguma alteração, esta repercute e atinge as demais partes, num processo em que o sistema busca novo equilíbrio.**Essa definição de sistema aproxima-se da ideia de necessidade de um sistema de saúde complexo, que contemple um conjunto de ações e serviços de saúde capaz de identificar as interações dos determinantes da produção e reprodução do processo saúde doenças e de atuar de forma efetiva na promoção, prevenção, manutenção e reabilitação da saúde. 
DA CONCEPÇÃO UNICAUSAL PARA A MULTICAUSAL: Principais momentos históricos[6: SCLIAR, Moacir. História do conceito de saúde. PHYSIS: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 17(1):29-41, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/physis/v17n1/v17n1a03]
- EM 1945 é criada a Organização das Nações Unidas (ONU): Esta organização adota a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que coloca que todo ser humano tem direito a vida e que ela seja garantida pelo Estado: 
"A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo ecada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios estados-membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição”.
- NO ANO DE 1948 é criada a Organização Mundial da Saúde (OMS), ambas no contexto do pós-guerra. Nesse ano, a OMS, publicou uma carta de princípios na qual defendia que: Saúde é o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade.
Esse conceito possibilitou passar de uma visão mecânica da saúde para uma visão abrangente e não estática do processo saúde-doença. 
- Em 1977 ocorreu a 30ª ASSEMBLEIA MUNDIAL DE SAÚDE (aprovou a resolução 30.43). Tal resolução estabelecia como principal meta dos governos e da OMS nas décadas seguintes o alcance por parte de todos os povos do mundo de um nível de saúde que lhes permitisse levar uma vida social e economicamente produtiva. Essa meta ficou conhecida como “Saúde para Todos”. 
- SETEMBRO DE 1978: foi realizada a PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE CUIDADOS PRIMÁRIOS DESAÚDE, organizada pela OMS e UNICEF em Alma-Ata, capital do Kazaquistão. **Ao término da conferência foi redigida uma declaração que reafirmou o significado da saúde como um direito humano fundamental e uma das mais importantes metas sociais mundiais.[7: Unicef é a sigla que designa o Fundo das Nações Unidas para a Infância, instituição da ONU. ]
IMPORTANTE: A partir da conferência de Alma Ata: O conceito de saúde passa a ser visto como indispensável à dignidade humana, dada a relação estreita e recíproca da saúde humana com as condições socioambientais e econômicas.** A promoção e proteção da saúde dos povos são essenciais para o contínuo desenvolvimento econômico e social e contribuir para a melhor qualidade de vida e para a paz mundial.
Os três primeiro itens da Declaração de Alma-Ata são: I) A Conferência enfatiza que a saúde (estado de completo bem- estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade )é um direito humano fundamental, e que a consecução do mais alto nível possível de saúde é a mais importante meta social mundial, cuja realização requer a ação de muitos outros setores sociais e econômicos, além do setor saúde.**II) A chocante desigualdade existente no estado de saúde dos povos, particularmente entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, assim como dentro dos países, é política, social e economicamente inaceitável e constitui, por isso, objeto da preocupação comum de todos os países.**III)O desenvolvimento econômico e social baseado numa ordem econômica internacional é de importância fundamental para a mais plena realização da meta de Saúde para Todos no Ano 2000 e para a redução da lacuna existente entre o estado de saúde dos países em desenvolvimento e o dos desenvolvidos. A promoção e proteção da saúde dos povos é essencial para o contínuo desenvolvimento econômico e social e contribui para a melhor qualidade de vida e para a paz mundial.*A Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde concita à ação internacional e nacional urgente e eficaz, para que os cuidados primários de saúde sejam desenvolvidos e aplicados em todo o mundo e, particularmente, nos países em desenvolvimento, em um espírito de cooperação técnica e em consonância com a nova ordem econômica internacional.
Novembro de 1986: PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE PROMOÇÃO DA SAÚDE, em Ottawa (Canadá). **Seguindo os passos da Declaração de Alma-Ata, a Carta de Ottawa, de 1986, mantém a lógica de ampliação do conceito de saúde iniciado pela Organização Mundial da Saúdee apresenta em sua Carta de Intenções propostas que contribuirão para se atingir Saúde para Todos no Ano 2000 (Alma Ata) e anos subsequentes.**Tal documento elencou pré-requisitos fundamentais para a saúde: a paz, a educação, a habitação, o poder aquisitivo, um ecossistema estável, a conservação dos recursos naturais, a justiça social e a equidade. ". Para tanto estabeleceram algumas metas, dentre as quais: (a) a criação de políticas públicas saudáveis; (b) criar os meios favoráveis; (c) reforçar a ação comunitária; (d) desenvolver atitudes pessoais.
Em Ottawa foi também ampliado (e ressaltado) o sentido da proposta de PROMOÇÃO DE SAÚDE: trata-se do nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. 
A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global. ** Por conseguinte, cabe lembrar as condições e os recursos fundamentais para a saúde (pré-requisitos): Paz. * Habitação *Educação * Alimentação * Renda * Ecossistema estável. * Recursos sustentáveis. *Justiça social e equidade.
- Em 2005 foi criada pela OMS a Comissão sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CDSS) com o objetivo de promover, emâmbito internacional, um reconhecimento sobre a importância dos determinantes sociais na situação de saúde de indivíduos, populações e sobre a necessidade do combate às iniquidades em saúde por eles geradas. 
- Essa comissão foi incumbida de recolher, sistematizar e sintetizar evidências sobre os determinantes sociais e o seu impacto sobre as desigualdades na saúde, assim como de produzir recomendações para ação sobre os mesmos. Para ela, “os determinantes estruturais e as condições de vida quotidianas constituem os determinantes sociais da saúde e são responsáveis pela maior parte das desigualdades na saúde dentro e entre países” (CDSS, 2010, p. 1).
- Março de 2006: em resposta ao movimento global em torno dos determinantes sociais da saúde desencadeado pela OMS foi criada no Brasil a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde. Estabelecida através de Decreto Presidencial, com um mandato de dois anos, a CNDSS trouxe para a agenda política brasileira a discussão, já iniciada, sobre a necessidade de intervir nos determinantes sociais na busca pela equidade em saúde (Brasil, 2006). 
- A temática sobre os determinantes sociais da saúde será também abordada no texto 3. 
SÍNTESE DO TEXTO 2[8: Extraído de: O conceito de saúde e do processo saúde doença. Distritos Sanitários: concepção e organização. Disponível em: https://fisiofacsul.files.wordpress.com/2009/03/saude-publica2.pdf. Acesso em: 15 fev. 2016. ]
Inicialmente existiu a teoria mística sobre a doença, que os antepassados a julgavam como um fenômeno "sobrenatural", ou seja, além da sua compreensão do mundo, superada, posteriormente, pela teoria de que a doença era um fato decorrente das alterações ambientais no meio físico e concreto que o homem vivia, envolvendo as teorias dos miasmas e do contágio. Com os estudos de Louis Pasteur (na França), entre outros, veio a prevalecer a Teoria da Uni causalidade, com a descoberta dos micróbios (vírus e bactérias) e, portanto, do AGENTE ETIOLÓGICO, ou seja, aquele que causa a doença. Teoria esta que, pela sua incapacidade e insuficiência de explicar a ocorrência de uma série de outros agravos à saúde do homem, veio a ser complementada como uma série de conhecimentos produzidos pela epidemiologia, que evidencia a multi causalidade na determinação da doença e não apenas a presença exclusiva de um agente e, finalmente, uma série de outros estudos e conhecimentos provindos principalmente nos meados do século XX, que veio esclarecer melhor a determinação e a ocorrência das doenças nos indivíduos e, principalmente, das populações, do coletivo e entre as classes sociais.
 O importante é saber e reconhecer a abrangência e a complexidade causal do processo saúde doença. Assim, saúde e doença não são estados estanques, isolados, de causação aleatória – não se está com saúde ou doença por acaso. Há uma determinação permanente, um processo multicausal, que se identifica com o modo de organização da sociedade. Daí se dizer que há uma “produção social da saúde e/ou da doença”. Em última instância, como diz Breilh, “o processo saúde-doença constitui uma expressão particular do processo geral da vida social”

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