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Direito Romano.

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Sistema do direito romano
Os pontífices estabeleciam uma ponte entre a sociedade e as vontades dos deuses mais o direito. Eram, em suma, os depositários da jurisprudência que aplicavam inspirados pela divindade, atuando constantemente como árbitros em diversas espécies de litígio. 
Um jurista e, em algumas acepções, jurisconsulto, jurisperito e, ainda, jurisprudente, é toda pessoa que dependa de bacharelado. Atribui-se a origem destes termos ao sistema jurídico romano, que por volta do século IV a.C., ao tornar públicas as normas, surgiu a necessidade interpretá-las. Estes intérpretes foram nomeados jurisprudentes ou jurisconsultos. Sua função era estudar a lei e responder às consultas públicas, solucionando os casos que lhes eram apresentados. Suas interpretações originaram a jurisprudência.
PODERES DOS JURISCONSULTOS: 
Respondere: De emitir pareceres jurídicos sobre questões práticas;
Agere: Instruir as partes de como agir em juízo;
Cavere: Orientar os leigos na realização de negócios jurídicos. Surge também a Lei Aebutia, a qual dá poder ao magistrado de introduzir ações não previstas e de deixar de aplicar ações previstas. É o poder discricionário (Livre de restrições), ligado à sua vontade. Criou-se com isto, inúmeras decisões diferenciadas, todas registradas nos “edito dos magistrados”.
Foi na Roma antiga que surgiu a ciência do direito. Aqui o direito é interpretado de forma racional, sistematizado as regras e as organizando, um exemplo desta sistematização é as Institutas de Gaio (um jurisconsulto).
Períodos de Roma:
O primeiro período é o monárquico.
 Rômulo foi o primeiro rei romano. Além do rei havia o Senado um órgão de consulta e suporte ao rei, integrado pelos chefes das famílias dos patrícios (com origem nos "conselhos de anciãos" da Antiguidade oriental. Era uma assembléia de notáveis – o conselho dos pater familias - pais ou chefes das famílias patrícias). O senado era um deliberador e podia aprovar propostas do rei e lhe aconselhar. Durante a Monarquia Romana (séculos VIII a VI a.C.), quando foi formado o Senado, sua função era a de debater os assuntos públicos que interessavam aos habitantes da cidade. Apesar do rei no período monárquico acumular as funções executiva, judicial e religiosa, era o Senado que impunha limites ao poder do rei, podendo vetar ou aprovar as leis apresentadas. O Senado Romano era formado por cerca de 300 pessoas, representando as mais ricas famílias de Roma.
As leis eram propostas pelas assembléias, onde mandavam os chefes de famílias dos plebeus.
Havia ainda três assembléias: 
A Assembléia Centurial, a mais importante, responsável pela votação de projetos apresentados, que era composta de centúrias, grupos de cem soldados, tanto de origem patrícia quanto plebéia, mas com maioria dos patrícios. A existência desta assembléia demonstrava a grande importância que os militares detinham em Roma.
A Assembléia Curial era responsável pelos assuntos religiosos. 
A Assembléia Tribal era responsável pela eleição das magistraturas inferiores, classificando os cidadãos de acordo com sua tribo de origem.
Os primeiros seis reis foram latinos e depois vieram os reis etruscos. Os etruscos eram muito mais desenvolvidos que os próprios romanos. O segundo rei etrusco fez uma reforma no exército, dividindo o povo romano conforme a riqueza (critério censitário) e o exército foi divido em seis (6) classes, as classes mais ricas ficaram nas melhores posições.
Logo após as leis das 12 tabus se tornou válido o casamento entre patrícios e plebeus. 
O segundo período é o Consulado Romano:
Após uma revolta, não havia mais reis, assim a cidade romana passou a ser comandada por magistrados, eles eram eleitos anualmente nas assembléias, havendo uma alternância de poder. O poder executivo era exercido por magistraturas, composta pelos mais altos funcionários do Estado. No topo encontravam-se os 2 Cônsules eleitos pela Assembléia Centurial, exercendo o cargo por um ano, quando propunham leis e presidiam o Senado e as Assembléias. Em períodos de guerra, era indicado ainda um ditador para centralizar a administração. Os 2 cônsules consultavam o senado e cada um comandava um exército diferente, sendo uma forma de limitação do poder e abusos. Os plebeus estavam sujeitos aos magistrados romanos (patrícios). 
Os plebeus se reuniam em plebiscitos, aqui existia o tribuno da plebe. O tribuno da plebe tinha poder de veto contra qualquer decisão de outro magistrado ou decreto senatorial. Ele poderia intervir pela proteção dos direitos de qualquer cidadão, exceto se essa ação contrariasse as intenções de um ditador, isso os protegia dos patrícios. Eles também detinham o poder de propor leis para a assembléia tribal (em razão da imensa maioria das magistraturas ser composta por patrícios, os plebeus tinham pouca representação na administração política da cidade. Graças aos conflitos sociais entre as duas classes, a plebe conseguiu que fosse constituído o Tribunato da Plebe, uma magistratura que tinha por função a defesa dos interesses plebeus).
Existiam os Pretores que ficavam encarregados da administração da justiça (atividade jurisdicional). Existiam o pretor urbano que aplicava o direito iuri civilis somente para os cidadãos romanos e o pretor peregrino que fazia os litígios entre os estrangeiros, estes submetidos às leis do seu povo. 
O terceiro período é o do Principado Romano (Impérial):
As estruturas políticas foram mantidas pelo imperador Otaviano. A assembléia teve representatividade somente enquanto só assistia Roma. Porém, com a expansão de Roma, a assembléia perdeu representatividade, surgindo províncias ao lado das cidades. Algumas passaram a ser administradas pelo imperador (as fronteiras para proteção do exercito) e outras pelo senado (motivos de política). O principado apresentava dupla faceta em Roma e nas províncias. Em Roma, era monarquia mitigada, pois o príncipe era apenas o primeiro cidadão, que respeita as instituições políticas da república. Nas províncias imperiais, era verdadeira monarquia absoluta, porque o príncipe tinha, lá, poderes discricionários.
O período Imperial é dividido pelo principado (Ascenção de Otaviano até 200dc) e depois pelo dominado, onde o exército assume, neste período surge Constantino. Essa fase se encerra com a queda do império romano do Ocidente.
As fontes do direito romano: as leis, os plebiscitos , os senatusconsultos, as constituições imperiais, o édito do pretor e as respostas dos prudentes. Não havia hierarquia nessas fontes, conforme foi se desenvolvendo o direito foram surgindo e evoluindo. 
Costume: Fonte quase que exclusiva ao período arcaico e importantíssima a este, o costume é a observância constante, espontânea e universal de determinadas normas de comportamento humano na sociedade. Cícero o definiu como sendo aprovado, sem lei, pelo decurso de longuíssimo tempo e pela vontade de todos.
Lei e plebiscito: As leis e plebiscitos eram manifestações coletivas do povo, sendo as primeiras tomadas nos comícios, dos quais participavam apenas os cidadãos romanos, e as segundas por decisões da plebe, reunida sem os patrícios.
Determinou a lei Hortensia, em 286 a.C., que as deliberações da plebe fossem válidas para toda a comunidade.
Senatus-consultos: Os senatos-consultos eram deliberações do senado dirigidas aos magistrados, sendo posteriormente transformadas numa forma indireta de legislação imperial.
Constituições Imperiais: As constituições imperiais eram disposições do imperador que não só interpretavam a lei, mas também a estendiam ou inovavam.
Editos dos magistrados ou Pretores: Fonte característica à República e produtora do ius honorarium, os editos eram os programas divulgados nos quais os pretores revelavam, ao início de seu mandato, como pretendiam agir durante o ano de seu exercício.
Devido às suas prerrogativas bastante amplas, denominadas imperium, era permitida aos pretores a correção ou até negação do ius civile, conquanto separada deste e nunca substituindo, em âmbito formal, o direitoquiritário.
Jurisprudência: Por fim, os juristas inovavam em sua interpretação extensiva do direito, criando novas normas partindo das preexistentes. No entanto, seu papel oficial na atividade produtora de normas não começou até que o imperador Augusto conferisse aos jurisconsultos mais conhecidos e apreciados o privilégio de emitir pareceres de força obrigatória, vinculando o juiz que decidisse a causa, a menos que houvesse parecer contraditório por conta de outro jurisconsulto.
É nestes pareceres, denominados responsa, que se encontram as bases da elaboração dos princípios fundamentais do direito.
A lexrocataeta uma proposta que seria aprovada na assembleia do povo. O rei consultava o senado e depois pedia a aprovação. Imaginando que a lei das 12 tabuas fosse uma alexrocata, após sua aprovação ela era interpretada pelos pontífices, antes de sua aprovação ela passava pelo Colégio dos pontífices para saber como se produzir o material. Com o tempo os plebiscitos passaram a ter ‘’força de lei’’ 237ac determinado pela alexortencia.
 Com o surgimento das moedas surgiram novos tipos de contratos, como: comodato. Iniciou-se a preocupação com a locação de bens, empreitada e imóveis. 
No oriente Justiniano faz:
O Digest , também conhecido como o Pandects (em latim : Digesta seu Pandectae , adaptado do grego antigo : πανδέκτης pandéktēs , "todo-contendo"), é um nome dado a um compêndio ou digestão de escritos jurídicos sobre o direito romano, compilado por ordem do Imperador romano oriental Justiniano I no sexto século. Está dividido em 50 livros.
O Digest foi parte de uma redução e codificação de todas as leis romanas até então, que mais tarde veio a ser conhecido como o Corpus Juris Civilis (lit. "Corpo de Direito Civil" ). As outras duas partes eram uma coleção de estatutos, o Codex (Código) , que sobrevive em uma segunda edição, e um manual introdutório, os Institutos ; todas as três partes receberam força de lei.
 Pretendia-se que o conjunto fosse completo, mas Justiniano aprovou uma nova legislação, que depois foi coletada separadamente como Novellae Constitutiones (Novas Leis ou, convencionalmente, as "Novelas").
Muitas citações ao trabalho de Gaio são feitas no Digesto de Justiniano, adquirindo um assento permanente no sistema jurídico romano. Provavelmente, na maior parte do período que compreendeu os três séculos que se passaram entre as Institutas de Gaio e de Justiniano, as Institutas de Gaio formaram o livro de cabeceira de todos os estudantes de Direito Romano.
Gaio (jurisconsulto) fez: 
As institutas de Gaio.
O direito é a arte do bom e do justo no digesto. Gaio diz que todos os povos possuem o direito próprio e um direito que é comum a todos povos. O direito de cada cidade é o uiris civilis que se expressa através de costumes, antes era utilizado o direito não escrito, somente após o conflito entre plebeus e patrícios houve a elaboração por 10 magistrados de um direto escrito, um grego levou inspiração das leis fesolon para elaboração desse material que é a lei das 12 tábuas. 
O direito natural é o direito das gentes. O Ius gentium ou jus gentium ("direito das gentes" ou "direito dos povos", em latim) compunha-se das normas de direito romano que eram aplicáveis aos estrangeiros. Os antigos romanos permitiam que os estrangeiros invocassem determinadas regras do direito romano de modo a facilitar as relações comerciais com outros povos. Desenvolveu-se sob a influência do pretor peregrino, em contraposição ao ius civile, isto é, o conjunto de instituições jurídicas aplicáveis aos cidadãos romanos.
Direito de origem alemã:
A ordem do nosso código Civil segue a ordem da pandectistica alemã.
Em primeiro lugar, as definições gerais, os axiomas e as proposições gerais;
 II) em segundo lugar, os desenvolvimentos particulares, demonstrados como teoremas”. Um dos legados de tal metodologia foi a elaboração de uma “parte geral” do direito civil, compreendendo as definições gerais e alguns princípios elementares e fundamentais. Influenciado por esta metodologia, Heise publicou, em 1807, seu Grundriss eines Systems der gemeinen Zivilrecht zum Beruf Von Pandektenvorlesungen (Compêndio de um sistema de direito civil comum a serviço das lições das Pandectas), cuja estruturação (com exceção da sexta parte) acabou servindo de modelo para a posterior dogmática civilista alemã, do BGB e dos códigos que nele se abeberaram, inclusive ambos os Códigos Civis brasileiros. 
Heise dividiu seu compêndio da seguinte forma:
 1) parte geral; 
2) direito das coisas; 
3) obrigações; 
4) direito de família;
 5) direito das sucessões; 
6) restitutio in integrum. 
Mas foi ao longo do século XIX que o estudo do Direito romano na Alemanha atingiu seu ápice, com uma produção acadêmica sistemática, refinada e aprofundada. Pode-se dizer que essa segunda recepção inicia com a edição do “System des heutigen römischen Rechts”, de Friedrich Carl von Savigny, espalhada em oito volumes, que vieram à luz entre 1840 e 1851. 
Savigny foi o maior nome da denominada Escola Histórica de interpretação, criticando a codificação por acreditar que os Códigos tendiam a ficar obsoletos e o direito não poderia ficar neles cristalizados. Deveria, ao contrário, espelhar o Volksgeist, “espírito do povo”. Segundo tal escola, o direito era fruto de um desenvolvimento espontâneo, paralelamente ao dos costumes e da língua, que se adapta aos dados civilizatórios próprios a cada país.
O trabalho iniciado com Savigny evoluiu para a formação da Escola Pandectista, que realizou uma elaboração sistemática do material jurídico romano em um nível teórico jamais antes atingido, apto a gerar conceitos abstratos e genéricos que vieram a inspirar, posteriormente, a edição do Código Civil alemão (Bürgerliches Gesetzbuch – BGB). Pode-se dizer que a Escola pandectística acreditava que o Direito fosse uma espécie de matemática jurídica, procurando Savigny demonstrar que era possível recorrer a conceitos científicos derivados das Pandectas para resolver problemas contemporâneos.
 Os alemães usavam o direito romano adotado a sua realidade. Realidade não codificada. 
No Brasil:
Antes de 1916 o código iuris civilis foi o direito vigente até 1916 coexistindo com as leis portuguesas, Filipinas, brasileiras (pôs independência).

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