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TRABALHO EM GRUPO 8º SEMESTRE-A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO ESPAÇO ESCOLAR E NÃO ESCOLAR DESAFIOS E POSSIBILIDADES

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Protocolo: 281768903
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
PEDAGOGIA – 8º SEMESTRE
alessandra germano da rocha, 
aline vieira dos santos aguilar,
MARLI POSSEBON,
patricia de oliveira silva e 
rayra costa da silva. 
A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO ESPAÇO ESCOLAR E NÃO ESCOLAR
 DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Teixeira de Freitas
2017
alessandra germano da rocha, 
aline vieira dos santos aguilar,
MARLI POSSEBON
patricia de oliveira silva e 
rayra costa da silva. 
A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO ESPAÇO ESCOLAR E NÃO ESCOLAR
 DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Trabalho de Alessandra Germano da Rocha, 
Aline Vieira dos Santos Aguilar,Marli Possebon,Patricia de Oliveira Silva e Rayra Costa da Silva apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Gestão Educacional e Avaliação Institucional; Gestão e Desenvolvimento de Pessoas; Projeto de Ensino em Educação; Estágio Curricular Obrigatório III: Gestão e Seminário Interdisciplinar: Tópicos Especiais II
Orientadores: Prof. Vilze Vidotte; Diógenes Magri da Silva; Natália Gomes dos Santos; Lilian Gavioli; Diego Prestes; Jackeline Rodrigues Gonçalves Guerreiro. 
Teixeira de Freitas
2017
INTRODUÇÃO
O novo cenário da educação se abre no século XXI com novas perspectivas para o profissional que se insere no mercado de trabalho, sob diversas abrangências, como nos mostra a própria sociedade, que vive um momento particular discussões sobre globalização, neoliberalismo, terceiro setor, educação on-line, enfim, uma nova estrutura se firma na sociedade, a qual exige profissionais cada vez mais qualificados e preparados para atuarem neste cenário competitivo.
A educação em espaços não escolares vem confirmar esta discussão que vivenciamos, o pedagogo sai então do espaço escolar, que até pouco tempo, era seu espaço (restrito) de trabalho, para se inserir neste novo espaço de atuação com uma visão redefinida da atuação deste profissional.
Empresas, hospitais, ONGs, associações, igrejas, eventos, emissoras de transmissão (rádio e Tv), e outros formam hoje o novo cenário de atuação deste profissional, que transpõe os muros da escola, para prestar seu serviço nestes locais que são espaços até então restritos a outros profissionais. E esta atual realidade vem com certeza, quebrando preconceitos e ideias de que o pedagogo está apto para exercer suas funções na sala de aula. Onde houver uma prática educativa, existe aí uma ação pedagógica.
Na condição de supervisor, o pedagogo precisa assumir, com afinco, o acompanhamento do trabalho dos professores, prestando assessoria e orientação em termos de planejamento, metodologia e avaliação. É, na verdade, um compromisso com a formação continuada dos professores. O setor pedagógico também inclui a função de orientação educacional. No cotidiano da escola, o orientador educacional cuida do atendimento e do acompanhamento escolar dos alunos e também do relacionamento escola-pais-comunidade. (LIBÂNEO, 2008). 
Portanto, na função de orientador educacional, o pedagogo essencialmente acompanha e apoia os alunos, considerando seus problemas pessoais e dificuldades de aprendizagem e, ainda, desenvolve projetos que integram escola - família e comunidade. Uma terceira função que pode o pedagogo assumir na escola é a de ser professor em sala de aula, ou seja, fazer parte do corpo docente6 da escola. Como docente, o professor tem um papel fundamental com o processo de ensino e aprendizagem, que o envolve em permanente ação pedagógica junto com os educandos. Além disso, cabe a todos os professores participar ativamente da construção do projeto político- pedagógico da escola, colaborar na realização das diversas atividades que a instituição realiza, envolver-se e contribuir com as iniciativas do conselho escolar e demais associações de alunos e pais que integram a organização da escola. Igualmente, é imprescindível que o professor participe do planejamento e desenvolvimento de atividades de caráter cívico, cultural e recreativo que envolva a comunidade escolar como um todo. De fato, o pedagogo é um profissional que contribui, de maneira significativa, com o campo educacional no espaço escolar. Na contemporaneidade, ele precisa investir na sua formação, buscando, a cada dia, novos referenciais para qualificar sua ação e atuar de forma dinâmica, consciente e responsável.
O processo educativo se tornou prioridade não mais apenas da escola institucionalizada, como também de outros espaços cujo objetivo é a formação humana. Assim, para discutir as possibilidades e os desafios da atuação do pedagogo em espaços que não sejam escolares, falaremos sobre processo de ensino-aprendizagem que se dá em diferentes espaços nos quais a atuação do educador se faz indispensável. Todavia, a formação humana, em qualquer espaço, escolar ou não escolar, necessita de um profissional que esteja preparado para lidar com a prática pedagógica sistematizada ou não.
É de grande relevância que os futuros pedagogo ainda em processo de formação visualizem as possibilidades de atuação da profissão e possam compreender o papel do pedagogo dentro e fora da escola.
A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO ESPAÇO ESCOLAR E NÃO ESCOLAR:
 DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Diante desse contexto, é indiscutível que há uma clara indefinição do papel atribuído à Pedagogia como fenômeno educativo em razão de sua complexidade. Esse é um pressuposto que merece atenção e exame, pois, tradicionalmente, a Pedagogia é concebida como um campo de conhecimento que tem a educação como foco de estudo e análise. Nessa lógica, Libâneo (2001, p. 160) esclarece:
Pedagogia, mediante conhecimentos científicos, filosóficos e técnico profissionais, investiga a realidade educacional em transformação, para explicitar objetivos e processos de intervenção metodológica e organizativa referentes à transmissão/assimilação de saberes e modos de ação. Ela visa o entendimento, global e intencionalmente dirigido, dos problemas educativos e, para isso, recorre aos aportes teóricos providos pelas demais ciências da educação.
Uma análise relevante do autor remete a pensar no valor de conhecimentos, teorias e instrumentos de outras ciências para fortalecer a cientificidade da Pedagogia, que objetiva compreender as questões do campo da educação. Na verdade, há um convite para que a Pedagogia e seus educadores compreendam-na como campo do conhecimento que reflete e teoriza a respeito dos fenômenos educativos, mas, além disso, planeja e define ações que produzam novas circunstâncias para exercer o ato pedagógico, com a finalidade de emancipação da sociedade como um todo. A pedagogia, como campo de estudo, também tem sido assim indicada:
O significado de pedagogia é mais bem compreendido no contexto do conceito de práxis, no qual Freire tensiona dialeticamente a ação e a reflexão. A pedagogia que se situa no âmbito desta tensão, em que a prática e a teoria estão em permanente diálogo. Nesse sentido, pedagogia refere-se a práticas educativas concretas realizada por educadores e educadoras, profissionais ou não. Vem a ser o próprio ato de conhecer, no qual o educador e a educadora têm um papel testemunhal no sentido de refazer diante dos educandos e com eles o seu próprio processo de aprender e conhecer. (STRECK, 2008, P.312).
O pesquisador, parafraseando Freire, explicita que a pedagogia refere-se a um diálogo contínuo da teoria com a prática educativa, em que um conjunto de conhecimentos estão sempre articulados. Esse pressuposto precisa fazer parte do processo de formação profissional, compreendendo a centralidade da teoria e da prática como fundamentação antropológica na formação dos profissionais da educação. Sem dúvida, é uma comprovação que demanda a Pedagogia lutar pela construção de um arcabouço teórico e prático, no intuito de fazer rupturas nesse campo de saber e consolidar a Pedagogia como teoria e prática da educação. Justifica-se esse olhar paraa Pedagogia, pois o exercício profissional do pedagogo tem sido ampliado significativamente nas últimas décadas. Para tanto, é urgente construir uma sólida fundamentação teórica, com precisas concepções conceituais, considerando os vários âmbitos que compõem a atuação científica e profissional desse campo educacional. A preocupação é com o avanço do processo de formação desses profissionais da educação e, consequentemente, a garantia de qualidade dessa formação, possibilitando que as práticas educativas realizadas por educadores e educadoras, correspondam aos anseios e expectativas da sociedade. Nessa direção, com foco na pedagogia que corresponde à teoria e à prática educativa efetivamente realizadas pelos professores e pedagogos em diferentes contextos, recai a discussão deste trabalho, nas etapas a seguir.O trabalho do pedagogo na escola:
Quem, então, pode ser chamado de pedagogo? O pedagogo é o profissional que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação de saberes e modos de ação, tendo em vista o objetivo de formação humana previamente definidos em sua contextualização histórica. (LIBÂNEO, 2001, p.161).
Na obra de Saviani (2008), há um entendimento de que a educação, desde a Paideia grega, passando por Roma e pela Idade Média, chegou aos tempos modernos associada ao termo pedagogia. Em relação à docência, o autor considera que existe o pensamento de que é da articulação teoria e prática que virá a formação pedagógico-didática e alerta que a instituição formadora necessita garantir, deliberada e sistematicamente, por intermédio da arquitetura curricular, a formação dos professores, pautada nesse princípio. Para tanto, na contemporaneidade, um dos fundamentos da formação de professores e pedagogos é a articulação teoria e prática, possibilitada quando é dada ênfase em ambas as dimensões, com o objetivo de compreender o ser e estar na profissão docente.
Nas obras de Pimenta (2002, p. 24), há um indicativo de que os conhecimentos que constituem os professores advêm da prática, mas igualmente da teoria da educação responsável por nutrir e iluminar as ações. Desse modo, argumenta que “a teoria tem importância fundamental na formação dos docentes, pois dota os sujeitos de variados pontos de vista para uma ação contextualizada, oferecendo perspectivas de análise para que os professores compreendam os contextos históricos, sociais, culturais, organizacionais e de si próprios como profissionais”.
A valorização da teoria acadêmica na formação dos profissionais da educação é referida pela autora como importante pressuposto, desde que haja uma constante vinculação entre a teoria e a prática. Há um indicativo de que as experiências concretas do campo da educação precisam ser iluminadas e nutridas pela teoria examinada no espaço acadêmico. Nesse sentido, as bases epistemológicas precisam estar articuladas aos conhecimentos construídos na prática pedagógica e é esse processo que dará sentido e significado à formação dos pedagogos. 
A prática, a ação ou essa interação humana “deixa então de ser uma simples categoria que exprime as possibilidades do sujeito humano de intervir no mundo, e torna-se a categoria central através da qual o sujeito realiza sua verdadeira humanidade”. (TARDIF; LESSARD, 2007, p.29). Nas palavras dos autores, é possível analisar que constituir o profissional da educação pressupõe, fundamentalmente, envolvimento com uma práxis midiatizada pela teoria que deve estar associada ao trabalho escolar e docente, bem como às demandas das instituições não-escolares. O desafio colocado para a universidade, ao formar pedagogos e docentes, é compreender que toda profissão exige que os acadêmicos estejam em relação com seu objeto de trabalho e que esse processo é imprescindível para se compreender a atividade em tese.
Nessa perspectiva, o movimento de pesquisa é identificado como um processo que permite articular teoria e prática na formação de professores, e chega a ser apontada, pelas próprias Diretrizes e inúmeros teóricos, como um decurso que favorece ler e desvelar a dialética do movimento da realidade educacional. A pesquisa oportuniza a apreensão da realidade, construindo uma visão de totalidade do campo educacional. Nesse sentido, a escola e outros importantes espaços, em que práticas educativas são desenvolvidas, são compreendidos como lócus de formação, dando vozes àqueles que fazem a educação no cotidiano, sejam em espaços escolares ou não-escolares. 
Aprofundar essa questão é um imperativo que se coloca à universidade, compreendendo sua missão formadora. Para tanto, é fundamental examinar que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96, apresenta incumbências e responsabilidades estabelecidas aos professores, definidas no artigo 13:
Os docentes incumbir-se-ão de: participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II – elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III – zelar pela aprendizagem dos alunos; IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V – ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. (CARNEIRO, 2010, p.157).
Contempla-se que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) coloca aos professores atribuições funcionais de cunho pedagógico que ultrapassam a sala de aula. Exemplo disso é esse profissional ser convocado a participar da gestão das instituições, contribuindo para elaboração, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico. Enfim, são responsabilidades que exigem uma formação específica para educar, orientar e estimular a aprendizagem, provocando no aluno o desejo de interagir com o conhecimento. Nesse aporte legal, o professor é convidado a assumir a postura de mediador nos processos que formam a essência da cidadania no aluno, estabelecendo caminhos para a transposição de inúmeros desafios colocados aos estabelecimentos de ensino. 
Assim como a LDB, outro documento legal analisado foi as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Nesse documento, foi possível observar a exigência em relação à formação do Pedagogo:
I - atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária; II - compreender, cuidar e educar crianças de zero a cinco anos, de forma a contribuir, para o seu desenvolvimento nas dimensões, entre outras, física, psicológica, intelectual, social; III - fortalecer o desenvolvimento e as aprendizagens de crianças do Ensino Fundamental, assim como daqueles que não tiveram oportunidade de escolarização na idade própria; IV - trabalhar, em espaços escolares e não-escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo. (BRASIL, DCN, 2006, p.2).
Essas são algumas das responsabilidades a serem assumidas pelo pedagogo diante de outras tantas especificadas nas Diretrizes Nacionais. Desse modo, é preciso compreender que ser pedagogo é ser um profissional comprometido com a formação do sujeito que frequenta o espaço escolar e também os contextos não-escolares. 
É necessário recordar que o campo da Pedagogia foi intensamente pesquisado por Freire (1996), educador e pesquisador brasileiro que estudou e aprofundou, em várias obras, a questão da formação dos professores e dos saberes fundamentais que precisa construir para qualificar, a cada dia, sua prática educativa. Em suas obras, a pedagogia é concebida como práticas concretas desenvolvidas por educadores que têm um importante papel no sentido de refazer e ressignificar, diante dos educandos e junto com eles, o seu próprio processo de aprender e conhecer.Esse movimento é necessário, segundo o autor, tendo em vista que é preciso haver um compromisso com a formação profissional para que seja possível construir conhecimentos teóricos articulados à prática educativa.
 Aprofundar as concepções freireanas remete a compreender que ser um profissional da educação é ser pesquisador e entender que essa atividade requer estudo e reflexão, para que seja possível construir um conjunto de conhecimentos capazes de fortalecer e qualificar a prática educativa desenvolvida em diferentes espaços educativos. Esse é, portanto, um chamamento aos pedagogos e demais profissionais envolvidos com o ato de educar e humanizar o sujeito.
Hoje podemos ver muitos destes empregados em empresas, hospitais, instituições de apoio e até mesmo em ONGS prestando serviços importantíssimos para a comunidade. Estamos presenciando uma globalização no mercado de trabalho, o que é muito importante para a evolução de uma nação, mas com ela vêm algumas lacunas que precisam ser preenchidas. Estamos falando da tarefa de repensar novas formas de relações trabalhistas que possam em alguma medida, organizar o processo de trabalho e as influências que articulam o desenho do novo mapa do mundo.
 Para Morin (2001, p.10), educação e ensino são termos que se confundem e se distanciam igualmente: A "Educação" é uma palavra forte: "Utilização de meios que permitem assegurar a formação e o desenvolvimento de um ser humano (...)". O termo "formação", com suas conotações de moldagem e conformação, tem o defeito de ignorar que a missão do didatismo é encorajar o autodidatismo, despertando, provocando, favorecendo a autonomia do espírito. O ensino, arte ou ação de transmitir os conhecimentos a um aluno, de modo que ele os compreenda e assimile, tem um sentido mais restrito, porque apenas cognitivo. “É bem dizer, a palavra ensino não me basta, mas a palavra educação comporta um excesso e uma carência.”
Segundo a pedagoga Geralda, do Hospital Estadual Y, O pedagogo, diferente de outros profissionais, tem facilidade de se comunicar. Em seu curso de formação, foi preparado para lidar com pessoas de diferentes meios; esse profissional tem uma facilidade imensa de trabalhar em grupo, consegue desenvolver estratégias para sensibilizar as pessoas, e os outros profissionais não têm. O psicólogo, os assistentes sociais, por exemplo, são muito técnicos, não conseguem fazer projetos. O pedagogo é mais humano. O pedagogo tem a chance de mudar muitas coisas. 
O fazer pedagógico no espaço não escolar está diretamente relacionado às atividades que envolvem trabalho em equipe, planejamento, formação pessoal, orientação, coordenação, sendo que o objetivo principal desse fazer está direcionado às transformações dos sujeitos envolvidos na prática pedagógica. Porém, para que essas transformações sejam eficazes, é necessário que o profissional mediador seja competente. Ou seja, devido às constantes modificações pelas quais a sociedade passa, as competências do pedagogo precisam ser reconstruídas pelo próprio profissional, para que suas práticas sejam diferentes e possam mudar seguindo os passos da sociedade ou da instituição em que atua.Para Frison (2004),
“O pedagogo gerencia muito mais do que aprendizagens, gerencia um espaço comum, o planejamento, a construção e a dinamização de projetos, de cursos, de materiais didáticos, as relações entre o grupo de alunos ou colaboradores. Isso significa que não basta possuir inúmeros conhecimentos teóricos sobre determinado assunto, é preciso saber mobilizá-los adequadamente”. (FRISON, 2004, p. 89).
Toda profissão, principalmente as que têm como objeto de trabalho o ser humano, tem desafios consideráveis a serem superados. Não é diferente para o pedagogo: em qualquer instituição, seja ela escolar ou não, os desafios são grandes e dificultam categoricamente sua prática. Talvez, a desvalorização desse profissional seja um dos maiores desafios para o trabalho pedagógico, pois muitos profissionais não veem a possibilidade de atuação em outros espaços, somente relacionam a prática pedagógica à escola. Libâneo (2002)
Afirma que a relação da pedagogia com a docência é uma fragmentação conceitual. Para ele, pedagogia é uma reflexão teórica a partir e sobre as práticas educativas. Ela investiga os objetivos sociopolíticos e os meios organizativos e metodológicos de viabilizar os processos formativos em contextos socioculturais específicos. Portanto, reduzir a ação pedagógica à docência é produzir um reducionismo conceitual, um estreitamento do conceito da pedagogia. (LIBÂNEO, 2002, p. 14).
Não basta apenas caracterizar a função do pedagogo. É preciso redimensionar esse profissional no interior da escola, de forma que o seu trabalho seja realmente voltado à obtenção de melhores resultados no processo ensino - aprendizagem que acontece na relação professor - aluno na sala de aula. Para isso, é preciso criar condições que dêem possibilidades ao pedagogo para pôr em prática o seu referencial teórico, limitando o seu espaço de trabalho ao número e características das turmas a serem atendidas, considerando o ideal, não o real. Conforme pesquisa realizada, há escolas com um único profissional para o atendimento a dez ou mais turmas no seu período de trabalho.
Como hoje o Pedagogo, está sendo inserido num mercado de trabalho cada vez mais diversificado e amplo, o nosso estudo se justifica pela necessidade de compreender a dinâmica, que levou a sociedade a chegar onde estamos hoje, com um discurso voltado para a inclusão social, para o voluntariado, para projetos de pesquisas, para educação formal, não formal e informal, observando o processo de ensino-aprendizagem não somente como processo para dentro da escola, da sala de aula ou do cotidiano escolar, mas um processo que acontece em todo e qualquer segmento da sociedade, seja ele qual for. E também como o Pedagogo se insere neste novo contexto social, percebendo a sua relação em diferentes espaços. “… Verifica-se hoje, uma ação pedagógica múltipla na sociedade. O pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais amplas da educação informal e não-formal” (Libâneo, 2002, p.28).
 É importante ressaltar aqui como a educação formal e a não formal caminham paralelamente e, portanto, a necessidade de agregar ao ensino formal, ministrado nas escolas, conteúdos da educação não-formal, como os conhecimentos relativos às motivações, à situação social, à origem cultural, etc. Por isto, esta nova perspectiva de atuação do Pedagogo, sua qualificação vem filtrando cada vez mais, buscando uma relação estreita entre as diferentes propostas de educação existentes na sociedade. “… uma nova cultura escolar que forneça aos alunos instrumentos para que saibam interpretar o mundo” (Touraine, 1997, citação da  autora)
 Este assunto tornou-se relevante para este projeto, à medida que foi se descortinando as grandes possibilidades de pesquisas durante as discussões realizadas e também por apresentar um assunto que vem transformando a idéia de uma educação restrita em uma educação ampla e sem fronteiras. Este tem se tornado um assunto desafiador para tantos quanto se interam do mesmo.
CONCLUSÃO 
Conforme abordado, para muitos a pedagogia é o ensino ou modo de ensinar. Visto que se estuda a pedagogia no intuito de ensinar crianças. Sendo o pedagogo este caso o metodológico, o modo de transmitir ou ensinar a matéria. O qual teria enquanto trabalho pedagógico o papel de ensinar, ensinar e ensinar.
De acordo com José Carlos Libâneo, no livro “Pedagogia e pedagogos, para que?”
A pedagogia é o campo de conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da configuração da atividade humana. E a educação é o conjunto das ações, processos, influências, estruturas, que intervêm no desenvolvimento humano dos indivíduos e grupos na sua relação ativa com o meionatural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais. (LIBÂNEO, 2004,).
 Mediante este contexto a sociedade depende da formação e evolução dos indivíduos para constituírem relações sociais uns com os outros,o pedagogo sendo um mediador das atribuições sociais educativas, está totalmente integrado nesse princípio de transmissão dos conhecimentos adquiridos; tanto no meio familiar estabelecidos pela cultura loca l, quanto nos conhecimentos adquiridos em um contexto mais amplo que se ocupa do estudo sistemático da prática educativa integrando as atividades humanas.
Em virtudes dos fatos mencionados existe a necessidade do trabalho pedagógico em qualquer espaço em que os objetivos principais sejam a concretização e argumentação de ideias e a formação humana. Sendo assim o curso de Pedagogia dá subsídios para a atuação profissional em espaços não escolares. O que determina o sucesso desse profissional é a sua forma de atuação, seu compromisso com o trabalho e sua relação explícita com a teoria apreendida na sua formação.
Não basta apenas caracterizar a função do pedagogo. É preciso redimensionar esse profissional no interior da escola, de forma que o seu trabalho seja realmente voltado à obtenção de melhores resultados no processo ensino - aprendizagem que acontece na relação professor - aluno na sala de aula. Para isso, é preciso criar condições que dêem possibilidades ao pedagogo para pôr em prática o seu referencial teórico, limitando o seu espaço de trabalho ao número e características das turmas a serem atendidas, considerando o ideal, não o real. 
Conforme pesquisa realizada, há escolas com um único profissional para o atendimento a dez ou mais turmas no seu período de trabalho. Também deverá ser levado em consideração a divisão do trabalho burocrático e atendimento às demais questões pedagógicas. Soma-se aqui, a Educação Especial, que se encontra no interior da escola, necessitando de uma proximidade maior do pedagogo, tanto com relação ao encaminhamento, quanto ao acompanhamento desses educandos. 
Para dar um atendimento condizente à realidade, este campo exige um profissional com disponibilidade ao atendimento, não sendo dividido às demais questões educacionais. É um trabalho que exige tempo integral do pedagogo, pois tanto as tarefas práticas quanto as burocráticas são bastantes elevadas e exigem dedicação contínua. 
Considerando ainda a diversidade de formação profissional devido as reestruturações sofridas ao curso de pedagogia ao longo do tempo, podendo limitar a atuação deste profissional no campo educacional atual é necessário também criar espaços para estudos no próprio ambiente de trabalho, buscando na teoria, a partir da prática responder as questões relevantes ao seu papel na escola. Para isso, é importante direcionar um cronograma que atenda tal necessidade por meio de horas - estudos, garantindo ao pedagogo a sua formação continuada em serviço. 
No entanto, sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas, tendo como referencial o papel do pedagogo e as demais funções pedagógicas e administrativas, incluindo os profissionais que exercem funções a nível de Ensino Médio, também considerados “educadores” podendo contribuir para uma melhor organização do trabalho pedagógico, porém, parecem alheios às questões pedagógicas e resistentes à participação nas discussões e tomada de decisões. Se lutamos por uma escola democrática, é preciso que sejamos conscientes do comprometimento e reciprocidade que a democracia exige. A negligência de um membro, poderá comprometer os resultados do trabalho de todos.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: . Acesso em: 22 agosto 2008.
Lei n.º 5.540, de 28 de novembro de 1968. Fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 11 setembro 2008.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê?. 9.ed. São Paulo: Cortez, 2007.
BUSSMANN, Antônia Carvalho. O Projeto Político – Pedagógico e a Gestão da Escola. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Projeto Político – Pedagógico da Escola: Uma Construção possível. 20.ed. Campinas, SP: Papirus, 2005.
PIMENTA, Selma Garrido. O Pedagogo na Escola Pública. 3.ed. São Paulo: Edições Loyola, 1995.
GRINSPUN, Míriam P. S. Zippin. A Orientação Educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a escola. 3.ed.ampl. São Paulo: Cortez, 2006.
MORIN, Edgar. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução Eloá Jacobina. 5ª ed.. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? São Paulo: 5. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
FRISON, Lourdes Maria Bragagnolo. O pedagogo em espaços não escolares: novos desafios. Ciência. Porto Alegre: n. 36, p. 87-103, jul./dez. 2004.
CARNEIRO, Isabel Magda Said Pierre; MACIEL, Maria José Camelo. Pedagogia e Pedagogos em diferentes espaços: interdisciplinaridade pedagógica.
(s.a.)

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