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Responsabilidade Social NP1

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RESPONSABILIDADE SOCIAL DA EMPRESA
Atual noção de propriedade
Não deve proporcionar somente benefícios ao titular;
Limitar direitos do proprietário;
Propriedade privada compatível social (obrigação social – direito/dever)
Legislação
CF/88:
Art. 5º XXII - é garantido o direito de propriedade;
Art. 5º XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; 
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I - aproveitamento racional e adequado;
II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
CC/02
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato.
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
Lei 6.404/76 (Lei das S/A)
Revogou a teoria do acionista
Art. 115. O acionista deve exercer o direito a voto no interesse da companhia; considerar-se-á abusivo o voto exercido com o fim de causar dano à companhia ou a outros acionistas, ou de obter, para si ou para outrem, vantagem a que não faz jus e de que resulte, ou possa resultar, prejuízo para a companhia ou para outros acionistas.
§ 1º o acionista não poderá votar nas deliberações da assembléia-geral relativas ao laudo de avaliação de bens com que concorrer para a formação do capital social e à aprovação de suas contas como administrador, nem em quaisquer outras que puderem beneficiá-lo de modo particular, ou em que tiver interesse conflitante com o da companhia.
§ 2º Se todos os subscritores forem condôminos de bem com que concorreram para a formação do capital social, poderão aprovar o laudo, sem prejuízo da responsabilidade de que trata o § 6º do artigo 8º.
§ 3º o acionista responde pelos danos causados pelo exercício abusivo do direito de voto, ainda que seu voto não haja prevalecido.
§ 4º A deliberação tomada em decorrência do voto de acionista que tem interesse conflitante com o da companhia é anulável; o acionista responderá pelos danos causados e será obrigado a transferir para a companhia as vantagens que tiver auferido.
Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:
Parágrafo único. O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender.
Art. 154. O administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeitas as exigências do bem público e da função social da empresa.
Tal legislação irá institucionalizar a função social da empresa, redefinir o direito de propriedade e determinar os deveres legais das empresas.
TEORIA DO ACIONISTA – SHAREHOLDERS (STOCK HOLDERS)
Milton Friedman – 1962 (obra: Capitalismo e Liberdade)
Teoria Fundada na obra de Adan Smith (Riqueza das Nações)
Ações individuais movidas pelo auto-interesse
Foco restrito ao mercado e não a motivações humanas
Não egoísmo social, mas sim mercadológico
Conceito diferente do Leviatão (Hobbes)
Resumo: A teoria dos acionistas, também chamada de shareholder ou stock holder, foi um fruto do liberalismo clássico. Foi criada por Milton Friedman e está completamente ligado aos acionistas. Neste modelo, a empresa é vista como uma entidade econômica que deve trazer benefícios aos proprietários e acionistas. O sucesso da empresa aqui, irá se basear unicamente em obter o maior lucro possível para os acionistas, sem a intervenção do Estado na propriedade privada. Destaca o fato do ser humano ser movido pelo auto-interesse, não sendo considerado egoísmo social mas sim mercadológico
Características da Teoria
A responsabilidade social de uma empresa só será alcançada quando esta estiver gerando lucros dentro da lei, sendo eles:
Serviço social importante
Renda para sociedade + impostos (cabe ao governo arrecadar)
Resolução de problemas sociais
Só as pessoas tendo responsabilidade social, as empresas não.
Destaca-se que, qualquer aplicação de recursos da empresa que não seja para gerar lucro, será condenada.
Críticas a Teoria
A ausência de convergência entre interesse social e coletivo;
A maximização do lucro do acionista não atender necessidades sociais e coletivas;
A afronta aos princípios morais e éticos;
As normas produzidas são a partir de interesses econômicos de grupos influentes;
O fato de os acionistas não serem os únicos que possuem interesses na empresa, existindo outros interessados
O fato de a empresa visar absolutamente o lucro e resultado econômico financeiro
A falta de cuidados ou interesse em questões como meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Apenas as pessoas físicas terem responsabilidade social. Os acionistas são facultativos.
As chamadas “Empresas Artificiais” só têm responsabilidades legais, e não sociais.
Superação do liberalismo clássico.
Depois de superado o Liberalismo Clássico, o Estado passou a intervir na ordem econômica e social para criar um equilibro, mudando completamente a concepção de propriedade, pois o proprietário que antes tinha direito absoluto sobre sua empresa passou a tratá-la com caráter social, tendo deveres a cumprir. Neste sentido, surgiu a função social de propriedade.
Função Social da Empresa
A empresa é considerada uma instituição social	, sendo necessário que os administradores tomem decisões baseadas no bem comum. O lucro não deverá ser deixado de lado, mas visto como uma conseqüência, e não prioridade. O sucesso financeiro da empresa só será entendido como legítimo se ela cumprir seu papel de geradora de empregos e suprir as necessidades dos indivíduos, garantindo-lhes uma existência digna. A responsabilidade econômica e a responsabilidade comercial em conjunto irão criar a responsabilidade social da empresa.
TEORIA DAS PARTES INTERESSADAS – STAKEHOUDERS
Origem: Valorização das questões sociais, ambientais e humanas – ROBERT FREEMAN, 1963.
Capacidade de influencia na sociedade das empresas;
Responsabilidade Social focada só na ordem econômica não se mostra eficiente para orientar o plano de gestão empresarial;
Economia e politica ditam novos horizontes e ponderam valores de dignidade dapessoa humana, qualidade de vida, respeito ambiental;
As partes que participaram da cadeia comercial começam a ser observadas;
Os interesses dos acionistas (proprietários) não são os únicos a serem considerados na condução da empresa.
Resumo: Criada por Robert Freeman define-se como “a pessoa ou grupo que tem participação, investimentos, ações ou interesse em uma determinada empresa o negócio”. Também pode significar “Partes Interessadas”, sendo pessoas ou organizações que podem ser afetadas pelos projetos e processos de uma empresa. Inclui-se os concorrentes, fornecedores e investidores como interessados.
Objetivo: Entregar algum valor a pessoa o organização, mesmo que não seja o único principal interessado.
No modelo stakeholder, a companhia é vista como uma organização social que deve gerar algum tipo de benefício para os parceiros de negocio ou partes interessadas. É visto como um modelo de responsabilidade social, pois objetiva o equilíbrio da sociedade que pertence.
Destaca-se também o fato da valorização das questões de ordem social, ambiental e humana, sendo considerada a teoria rival do acionista.
Dentro do modelo stakeholder, os interesses dos acionistas não são os únicos a serem considerados na condução da Empresa.
Abrangência:
Brasil – 1990;
Vários grupos vinculados, interessados e participantes das atividades das empresas;
Entes participam diretamente das atividades das empresas (empregados, sindicatos, clientes, fornecedores, autoridades);
Grupos que participam indiretamente das atividades das empresas (imprensa e sociedade civil);
Ambos vitais p/ sucesso da atividade empresarial da propriedade;
Problemas da Teoria
Crescimento exagerado e identificação das partes interessadas
Crescimento exagerado da lista de partes não envolvidas diretamente
Dificuldade em identificar todas essas partes.
Qualquer pessoa ou grupo poderia estar ligada à empresa
Movimentação dos direitos humanos de 1ª, 2ª e 3ª geração.
Classificação dos Stake Houtes:
Primários: alto nível de dependência com a empresa (participação contínua)
Secundários: influenciam ou afetam a empresa, mas não são essenciais para sua sobrevivência (ex: imprensa, sociedade civil)
Críticas a Teoria
Usar a teoria como pretexto para utilizar a teoria do acionista
Atribuir a mesma importância a todas as partes interessadas
Expansão ilimitada e descontrolada das partes
Dificuldade em identificar todas as partes
Conflito de interesse entre as partes
Harmonizar tratamento das partes com objetivos empresariais
Evolução.
Fontes de inspiração para novas perspectivas de gestão;
Aproxima pessoas, grupos e organização;
Avanço de tecnológico, comunicação e universalidade direitos humanos;
CONTRATUALISMO CONTEMPORÂNEO DE JOHN ROULS
Johns Rauls (1921 – 2002);
Contratualista (ciências jurídicas)
Contrato Social – Particulares > Justiça (cooperação social);
Instituições sociais distribuem direitos e deveres fundamentais;
Resumo: traz a noção que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter vantagens na ordem social. É um contrato hipotético entre “sociedade e governo”. Existe a passagem do estado de natureza para o estado direito. Nela, há uma dificuldade de aplicar o “StakeHolder e teorias filosóficas. Lida com uma variedade e diversidade cultural que dificulta a padronização da ética.
Ponto central da teoria: Seria o contrato social, um pacto entre empresa e governo visando o bem estar social e a justiça. 
Os termos contratados devem ser benéficos a todos, sendo um contrato justo entre instituição e sociedade.
Com esta teoria, as empresas só podem existir caso sejam adequadas nos limites legais.
Origem: é provinda da teoria contratualista clássica da Revolução Francesa, que inclusive teve influencia história por Thomaz Hobbes (Leviatã – Estado Normativo), John Locke (Liberalismo – Criação de Governos) e Rousseau (Contrato Social).
Aplicação: usada por diversos autores, pois oferece justificativa para programas de redução de desigualdade.
Para John Rawls: Para ele, a justiça deve ser pensada como uma forma de se atingir a equidade, através de aplicação de princípios universais racionais dentro da estrutura de uma sociedade bem organizada. A proposta de Rawls é formular uma teoria da justiça onde: “Todos os valores sociais - liberdade e oportunidade, renda e riqueza, e as bases sociais da auto-estima - devem ser distribuídos igualitariamente a não ser que uma distribuição desigual de um ou todos esses valores traga vantagens para todos”.
Princípios da Justiça: 
A sociedade com pessoas racionais interessadas em seu bem estar que devem escolher as atividades justas e isentas de favoritismo. 
Neste caso, os interesses particulares não prevalecem no contrato, e ele deve ser firmado de forma correta com os princípios da justiça, criando uma estrutura básica para a sociedade.
Desigualdades econômicas devem trazer maiores benefícios aos menos favorecidos e igualdade de oportunidades.
Distribuição de renda, riqueza, posições de autoridade e responsabilidade devem estar em consonância ente liberdade básica, igualdade e oportunidades (justiça de gerações).
TEORIA INTEGRADA DE DONALDSON E DUNFEE
Donaldson e Dunfee pregam que “Todos os seres humanos racionais conscientes permitem um contrato social hipotético, incluindo um contrato macro-social, que preserva um espaço moral livre significativo para comunidades econômicas individuais, um espaço para gerar suas próprias regras de conduta econômica, através de contratos micro-sociais efetivos ".
Contrato Macro Social: 
É hipotético que estabelece regras para contratos. 
Usa como base a racionalidade MORAL dos contratantes.
Contrato Micro Social: 
é aplicável a comunidades especificas. 
Diz respeito aos “COSTUMES”. 
Mostram acordos são implícitos, acordos compartilhados sobre normas morais que são obrigatórios numa dada comunidade, qualquer que seja.
Hiper normas: Dizem respeito à ética. São Princípios fundamentais que regem a existência humana, que servirá como guia para avaliar e criar as normas morais (micro social).
Pode-se dizer que o contrato macro social fornecerá as hiper normas para ser criado o contrato micro social.
Críticas:
É uma teoria funcionalista (discute comportamento humano e as consequências de seus atos para a sociedade como um todo);
O contrato social não é um pacto expresso e sim hipotético;
Ponto Positivo
Está bem próximo da atual pratica de “negociar”, mas precisa melhoria teórica. 
DESAGREGAÇÃO DOS ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL – CARROL
1 – Responsabilidade Filantrópica;
2 – Responsabilidade Ética;
3 – Responsabilidade Legal;
4 – Responsabilidade Econômica;
A importância é de baixo para cima
4ª Responsabilidade Econômica (base da pirâmide):
A empresa de ser lucrativa, uma unidade econômica da sociedade;
Produzir bens e serviços e os comercializar c/ lucro;
Demais papeis da empresa estão condicionados a este elemento
3º Responsabilidade Legal:
Cumprir a missão econômica da empresa dentro da legalidade;
2ª Responsabilidade Ética:
Embora as duas dimensões iniciais incluam normas éticas existem comportamentos não cobertos por lei ou as aspectos econômicos
Obrigação de fazer o justo e certo, a fim de minimizar os danos às pessoas.
1º Responsabilidade Discricionário ou Coletiva:
Ocorre sem a sinalização da sociedade e fica a critério/escolha e julgamento individual.
1.991: Carrol a chama de filantropia: são ações de um cidadão para promover o bem estar humano (dimensão de menor importância para Carrol).
Problemas no modelo de 4 dimensões
Uso da pirâmide gera confusão e formas inadequadas de uso;
Conflito hierárquico dos elementos – (a responsabilidade filantrópica ficava no top);
Modelo da pirâmide não captava integralmente as interações necessárias entre as 4 dimensões;
MODELO 3 DOMÍNIOS
Domínio econômico;
Domínio legal;
Domínio ético;
Obs.: a dimensão filantropia foi retirada , pois gerava dificuldade de distinção prática e teórica entrea ética e filantrópica. Era feito só para atender interesse econômico.
	Exclusivamente ECONÔMICA
	Exclusivamente Ética
	Econômico + Legal
Exclusivamente LEGAL
	Ético + Legal
Econômico + Ética
Econômico + Legal + Ético

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