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UNIFACS
ARQUITETURA E URBANISMO
JÉSSICA SILVA, DOUGLAS CRUZ, ISAQUE CANÁRIO, BRUNA OLIVEIRA E THAINÁ LIMA
CARTOGRAFIA NÃO-ALEATÓRIA: ITAIGARA
SALVADOR
2015
JÉSSICA SILVA, DOUGLAS CRUZ, ISAQUE CANÁRIO, BRUNA OLIVEIRA E THAINÁ LIMA
CARTOGRAFIA NÃO-ALEATÓRIA: ITAIGARA
Trabalho desenvolvido para o Curso de Arquitetura e Urbanismo, turno Vespertino, orientado pela Professora Najla Ribeiro, que ministra a matéria de Cartografia Urbana.
Orientador (a): Najla Ribeiro.
Salvador
2015
Introdução
No trabalho proposto de Cartografia não-aleatório, foi usado o bairro Itaigara, tendo como base os livros "A imagem da cidade" - Kevin Lynch e "Paisagem Urbana" - Gordon Cullen. Será feito um estudo para entender se o bairro tem as características propostas dos livros, imaginabilidade e consequentemente legibilidade. 
No livro de Kevin Lynch, nos basearemos pelos conceitos de: mapa mental, ponto nodal, marco visual, vias, limites e bairros. Já os conceitos de Gordon Cullen, serão: visão serial, apropriação de espaço, ponto focal, linha de força, continuidade, tempo, espaço, lettering, conflito visual e confinamento. 
Podemos observar através do trabalho que Itaigara é um bairro heterogêneo, dando aos seus moradores a diversidade de serviços encontrados, suprindo na maioria das vezes suas necessidades. Deve-se ressaltar que é um bairro considerado de classe média/alta, tendo como as coletoras principais a Avenida Antônio Carlos Magalhães e a Avenida Paulo Vl. 
Por conta de sua história e características, é classificada como cidade moderna, sendo construída com padrões altos, verticalizado e a qual centraliza serviços, habitações e centros comerciais em um único bairro. Muitas pessoas consideram o Parque da cidade como um dos pontos de referência do Itaigara, apesar de sua poligonal pertencer a Pituba. 
Objetivo
O objetivo principal deste trabalho é conhecer o bairro Itaigara, localizado em Salvador/BA, primeira cidade e capital do Brasil, de forma a identificar e analisar as características do bairro Itaigara, também como a imaginabilidade, legibilidade, utilizaremos conceitos e ensinamentos como mapa mental, ponto nodal, marco visual, vias, limites e bairros, conceitos estes de Kevin Lynch e posteriormente os conceitos de Gordon Cullen como, visão serial, apropriação do espaço público, ponto focal, linha de força, continuidade, tempo/espaço, lettering, conflito visual e confinamento. Iremos descobrir se o bairro tem imaginabilidade ou não e posteriormente legibilidade.
Justificativa
O trabalho tem como justificativa compreender a nos conceitos mostrados no livro de Kevin Lynch e Gordon Cullen, de forma que apresentam as sensações que o bairro passa aos habitantes, para que de alguma forma possa orientar sem que traga conflito. Desta forma, foi possível explorar as características existentes no bairro do Itaigara e notar se possuí uma boa imaginalibilidade e como consequência, se ele terá uma boa legibilidade. Para isso, foi utilizada os conceitos de Kevin Lynch, assim como o mapa mental, ponto nodal, marco visual, vias e limites apresentados no decorrer do trabalho. Diferente de Kevin Lynch, Gordon Cullen apresenta conceitos posteriores como visão serial, apropriação do espaço público, ponto focal, linha de forca, continuidade, tempo/espaço, lettering, conflito visual e confinamento, levando em consideração a ida ao local e a partir de pesquisas do contexto histórico, buscamos compreender a rotina do bairro.Com isso, a ideia proposta é compreender a imagem que o bairro passa para si e no que ela auxilia, identificando elementos marcantes e que compõem a paisagem.
Metodologia
Para iniciarmos as análises sobre o bairro foi preciso fazer pesquisas sobre a teoria de Kevin Lynch e Gordon Cullen com base no livro A Imagem da Cidade, formando mapas mentais com cinco elementos principais: vias, limites, bairros, pontos nodais e marcos, e também utilizando conceitos de Gordon Cullen que primeiro é a visão serial, é formada por percepções sequenciais dos espaços urbanos. O segundo fator é o local, que diz respeito às reações do sujeito com relação a sua posição no espaço, esse aspecto refere-se às sensações provocadas pelos espaços; abertos, fechados, altos, baixos etc. O terceiro aspecto é o conteúdo, que se relaciona com a construção da cidade, cores, texturas, escalas, estilos que caracterizam edifícios e setores da malha urbana, e a pesquisa a campo com essas teorias.
Contexto Histórico
No século XX um mineiro Joventino Pereira da Silva e o "baiano" Manoel Dias da Silva, donos da fazenda Pituba tiveram a ideia de urbanizar o local planejando-o. Para tanto dividiram o espaço em quadras e entre elas ruas largas. Em verdade, era um loteamento. Registraram na Prefeitura e em 1919 foi publicado o projeto assinado pelo engenheiro civil Teodoro Sampaio, tendo sido aprovado em 1932. Foram previstas a abertura de 10 vias longitudinais paralelas à linha da costa e 15 transversais perpendiculares as primeiras. Ficou estabelecido que o eixo principal do arruamento então conhecido como Estrada da Pituba, chamar-se-ia Avenida Manoel Dias da Silva, oficializada pela Lei Municipal nº 1.664, de 2 de dezembro de 1964. Em homenagem aos dois foi dado o nome de Manoel Dias a principal avenida do bairro e o nome de Joventino Pereira ao Parque da Cidade. A partir disto surgi o bairro Itaigara junto com alguns outros. O bairro está dividido em Itaigara 1, 2 e 3, sendo que a área 3 é estritamente residencial. O nome do bairro é de origem indígena, e significa "canoa de pedra" (ita: "pedra"; igara: "canoa" ou "senhora d'água").
Cercado por árvores, praças, parques e modernos e luxuosos edifícios, além de extensos campos, o Itaigara tem shoppings, empresas, laboratórios, bares, centros médicos, supermercados e escolas. É vizinho do Parque da Cidade. O bairro tem como sua principal avenida a ACM. Além disso, o bairro tem o melhor IDH-H da capital baiana e um dos mais elevados do mundo.
Seu eixo viário principal é constituído pela Av. Antônio Carlos Magalhães e um trecho da Av. Paulo VI, ocupada predominantemente por comércio e serviços, além de instituições de privadas e algumas residências.
Kevin Lynch e a imagem da cidade
No texto A Imagem da Cidade o autor destaca a maneira como percebemos a cidade e as partes que lhe constituem e aborda a qualidade visual da paisagem urbana, baseado no estudo de três cidades norte-americanas que são, Boston, Jersey City e Los Angeles e conversou com os habitantes, com “a convicção de que a análise da forma existente e de seus efeitos sobre o cidadão é uma das pedras angulares do design das cidades” (LYNCH, 1960). Ele dividiu isso em duas etapas primeiro ele fez o reconhecimento das cidades e depois entrevistou com os moradores para saber a imagem que eles tinham de sua cidade. Lynch analisa a cidade em escala humana, as pessoas caminhando nela, ele trata também da percepção do espaço urbano, que é resultado de um esquema perceptivo. Para ele a imagem é formada por um conjunto de sensações, resultado da relação entre o observador e o meio e essa imagem é repleta de lembranças e significados. Ele conclui também que essa imagem ela é feita aos poucos, não é construída de uma vez só. A imagem do bairro pode analisada através da identidade, estrutura e significado.
Ele tem como principais conceitos a imaginabilidade e a legibilidade. A imaginabilidade é “Qualidade de um objeto físico que lhe dá uma alta probabilidade de evocar uma imagem forte em qualquer observador. Refere-se à forma, cor ou arranjo que facilitam a formação de imagens mentais do ambiente fortemente identificadas, poderosamente estruturadas e altamente úteis”. (LYNCH, 1960, p. 9). Ou seja, é a qualidade de formar imagens fortemente identificadas, uma boa imagem requer a identificação do objeto. A legibilidade é “Facilidade com que cada uma das partes [da cidade] pode ser reconhecida e organizadaem um padrão coerente” (LYNCH, 1960, p. 2). Ou seja, é a facilidade de orientação. Uma boa legibilidade traz segurança emocional aos que frequentam o ambiente. Esses conceitos estão interligados pois imagens fortes aumentam a construção da estrutura do local.
Lynch identifica que para estruturar a imagem da cidade, as pessoas utilizam cinco elementos: Bairro, limites, caminhos, marcos visuais e pontos nodais.
Figura 1 – Kevin Lynch. Fonte: Google Imagens.
Bairro
De acordo com Lynch bairros são “partes razoavelmente grandes da cidade na qual o observador “entra”, e que são percebidas como possuindo alguma característica comum, identificadora”. (LYNCH, 1960, p. 66). Ou seja, nele é possível entrar e cada bairro tem sua característica, elementos que lhe dão identidade. Como características temáticas podemos ter tipologias arquitetônicas, textura, espaço, forma, tipos de usos, atividades, habitantes, estados de conservação e topografia. Os nomes dos bairros também ajudam a conferir-lhes identidade.
O bairro estudado neste trabalho é o Itaigara, que é um bairro heterogêneo, de uso misto, bastante verticalizado, com uma tipologia arquitetônica em grande maioria moderna e contemporânea, com uma topografia praticamente plana e um bairro relativamente recente em relação a outros bairros da cidade, com texturas bem parecidas em suas edificações principalmente na Avenida Antônio Carlos Magalhães onde é possível identificar o uso intenso de vidro, concreto e aço.
Figura 2 – Vista Superior do Itaigara. Fonte: ATARDE Notícias.
Limites
Segundo Lynch são, “elementos lineares não usados nem considerados pelos habitantes como vias. São as fronteiras entre duas partes, interrupções lineares na continuidade, costas marítimas ou fluviais [...].” (LYNCH, 1960, pg 58). Ou seja, são elementos que podem ser considerados como barreira ou, elementos de ligação. Podem ter qualidades direcionais, assim como os caminhos. 
No bairro pode-se identificar como limite o gradil do Parque da Cidade e a arborização numa parte da Av. ACM, que mais se parece com um grande muro verde. Esse “muro” causa interrupção da visão dos habitantes para além do outro lado. Já o gradil, impede o acesso ao parque onde o mesmo estiver, causando interrupção de via, uma vez que se não houvesse aquele gradil, qualquer pessoa poderia muito bem adentrar o parque sem usar a entrada principal.
Figura 3 – Parque da Cidade. Fonte: Foto nossa.
 
Vias
De acordo com Lynch caminhos são, “canais ao longo dos quais o observador costumeiramente, ocasionalmente, ou potencialmente se move. Podem ser ruas, calçadas, linhas de trânsito, canais, estradas-de-ferro” (LYNCH, 1960, p. 47). Ou seja, são locais por onde nos locomovemos e podem ser importantes aos olhos do observador, no bairro encontramos vias de ótima qualidade, que permitem a população percorrer todo o bairro tranquilamente. Nas imagens abaixo não devemos nos basear nas vias para automóveis, mas sim nas calçadas e passarelas.
Figura 4 – Calçada e passarela na Av. ACM. Fonte Foto nossa.
Figura 5 – Calçada do Parque da Cidade. Fonte: Foto nossa
Figura 6 – Calçada na Praça. Fonte: Foto nossa.
Marcos visuais
De acordo com Lynch marcos visuais são, “neste caso, o observador não está dentro deles, pois são externos.” (LYNCH, 1960). Estamos falando de pontos de referência, edifícios, sinais gráficos na paisagem, modificação na paisagem, em geral um objeto físico, monumento ou edifício que trazem forte imaginabilidade. Como marco visual, é possível identificar o Parque da Cidade que não faz parte do bairro Itaigara e sim da Pituba, mas muitos o consideram como referência do Itaigara, o Shopping Paseo Itaigara, Shopping Itaigara, Hotel Fiesta, Centro de Convenções Fiesta, Pituba Parque Center, Hospital Santa Clara, Max Center, Prédio da OI, e as Torre gêmeas. 
Figura 7 – Shopping Paseo Itaigara. Fonte: Foto nossa.
Figura 8 – Parque da Cidade. Fonte: Foto nossa.
Figura 9 – Hotel Fiesta
Figura 10 – Hospital Santa Clara. Fonte: Foto nossa.
Figura 11 – Prédio da OI. Fonte: Foto nossa.
Figura 12 – Monumento. Fonte: Foto nossa.
Pontos nodais
De acordo com Lynch pontos nodais são, “pontos, locais estratégicos de uma cidade, através dos quais o observador nela pode entrar e constituem intensivos focos para os quais ele se desloca.” Ou seja, são pontos de parada dentro do sistema dos transportes, dos cruzamentos ou pontos de convergência dos caminhos, dos lugares de passagem de uma estrutura a outra, assim como praças.
É possível identificar diversos pontos nodais no bairro Itaigara, entre eles os que tem maior imaginabilidade são o cruzamento na Av. ACM, o cruzamento na Rua das Hortênsias, e a Praça.
Figura 13 – Vista Superior da Av. ACM. Fonte: ATARDE Notícias.
Figura 14 – Rua das Hortênsias. Fonte: Foto Nossa.
Figura 15 – Salvador Boa Praça. Fonte: Foto nossa.
Mapa mental
É uma espécie de mapa feita a partir de lembranças, imagens e elementos marcantes de um determinado local, nesse mapa nós podemos utilizar os conceitos de Lynch para classificar esses elementos. 
As figuras a seguir, são mapas mentais feitos por dois moradores do bairro e o último feito por nós após a visita, onde nós classificamos os elementos nele representados.
Figura 16 – Mapa Mental 1 (Feito por um morador que não quis se identificar). Fonte: Foto nossa.
Conclusão: kevin lynch
Ao concluirmos nossa pesquisa com base de estudos no livro a imagem da cidade de Kevin Lynch, vimos que o nosso bairro de estudo possui grande imaginabilidade, pois possui bons marcos visuais como a entrada do Parque da Cidade, os Shoppings, os edifícios com uma grande variedade de cores e tamanhos e alguns pequenos monumentos, tendo vias que atendem a necessidade do bairro e bem estruturadas como os passeios e as passarelas que atendem até mesmo pessoas de com necessidades especiais, tendo como pontos nodais na sua maioria os cruzamentos e a praça, tendo como limite do bairro o parque da cidade e uma grande área logo na entrada do bairro com uma declividade bastante alta dando uma sensação de um grande muro de arvores.
Figura 16 – Mapa Mental 2 (Feito por Ana Cláudia, 34 anos, moradora do bairro a 34 anos). Fonte: Foto nossa.
Figura 17 – Mapa Mental 3 (Feito por nosso grupo). Fonte: Foto nossa.
Legenda
Pontos nodais
Vias 
Marcos visuais 
Limites 
Gordon cullen e paisagem urbana
No texto Paisagem Urbana o autor destaca a capacidade visual de percepção individual, a paisagem como elemento organizador e assim como Kevin Lynch, a cidade é considerada como objeto de percepção dos seus habitantes. Ele recorre basicamente a imagens para demostrar conceitos e percepções. A descrição da paisagem urbana pode ser obtida através da visão serial, que são percepções sequenciais de um observador de pontos do percurso.
Figura 16 – Exemplo de Visão serial. Fonte: Paisagem Urbana (CULLEN, Gordon).
Com base no conceito de paisagem como elemento organizador, Cullen apresenta vários temas para as paisagens urbanas. Podemos citar os seguintes elementos: apropriação do espaço, ponto focal, linha de força, continuidade, tempo/espaço, lettering, conflitos visuais e confinamento.
A seguir iremos analisar o bairro, através do percurso mostrar visão serial e verificar se no percurso temos os temas apresentados acima.
Apropriação do espaço
É a utilização do espaço para fins sociais; também chamado de território ocupado. São abrigos, bancos, sombras, conveniência, etc. 
No percurso pelo bairro foi possível identificar algumas apropriações que serão mostrados abaixo. 
Figura 17 – Ponto de ônibus na Praça da Rua das Hortênsias. Fonte: Foto nossa.
Figura 18 – Banco na Praça da Rua das Hortênsias. Fonte: Foto nossa.
Figura 19 – Coreto na Praça Jardim da Pituba. Fonte: Foto nossa.
Ponto focal
É um símbolo de convergência, que define a situação urbana. Cullen reforça esta ideia e diz que em geralas pessoas diante de um ponto focal afirmam: “é aqui”, “pare”. Elemento de força que se materializa de forma isolada e por vezes marca pela verticalidade, ponto de encontro aceito por todos. 
No percurso pelo bairro identificamos os seguintes pontos focais: As torres gêmeas, a torre de transmissão no prédio da OI e o Hotel Fiesta.
Figura 20 – Torres Gêmeas do Itaigara. Fonte: Wikimapia.org
Figura 21 – Torre de transmissão da OI. Fonte: Foto Nossa.
Figura 22 – Hospital Santa Clara. Fonte: Foto nossa.
Linha de Força
É caracterização morfológica do bairro e possui o mesmo significado de limite (conceito encontrado no livro “A Imagem da Cidade” de Kevin Lynch. Após percorrermos o bairro Itaigara notamos que ele tem como linha de força apenas o gradil do Parque da Cidade, pois contribui para a legibilidade do local.
Figura 23 – Gradil do Parque da Cidade. Fonte: Foto nossa.
Tempo espaço
Percepção do espaço em função do horário ou época, diferenciação da paisagem do dia para a noite, do antes e o depois. Nas imagens é possível identificar a diferença da Avenida Antônio Carlos Magalhães a primeira imagem é da avenida no Parque da Cidade em 1970 e a segunda é uma foto atual do parque. É possível observar como avenida foi modifica e verticalizada.
Figura 26 - Parque da Cidade, ACM (em 1970). Fonte: Minha Salvador.
Figura 26 – Parque da Cidade, Av. ACM (atualmente). Fonte: Foto nossa.
Lettering
Esse termo se refere as propagandas, posters, letreiros, outdoors, folhetos, banners, encontrados e visualizados nas ruas pelos habitantes. Nós conseguimos notar diversos outdoors, e posters, causando conflito visual, como os outdoors que ficam próximos ao Shopping Paseo Itaigara.
Figura 27 – Outdoors em frete ao Shpping Paseo Itaigara. Fonte: Foto nossa.
Figura 28 – Outdoor na Av. ACM. Fonte: Foto nossa.
Conflito visual
É algo, algum elemento que atrapalhe a sua visão ou cause incomodo visual. É possível identificar conflito visual em frente ao Shopping Paseo gerado pelas árvores e os fios, que atrapalham a observação do prédio.
Figura 29 – Conflito Visual no Shopping Paseo Itaigara. Fonte: Foto nossa.
Continuidade
Continuação de um limite, via ou de uma superfície, repetição de um intervalo rítmico. Facilitando a percepção de uma realidade física.
No bairro e no percurso foi possível identificar como continuidade a Av. ACM, o gradil do Parque da Cidade, e em um muro na Av. ACM, que serão mostradas nas imagens a seguir.
Figura 30 – Continuidade no gradil do Parque da Cidade. Fonte: Foto nossa.
Figura 31 – Av ACM. Fonte: www.skyscrapercity.com.
 
Confinamento
É a sensação de causada por ruas estreitas ou com edificações muito altas, relação de cheios e vazios. Embora haja muitas edificações com uma altura considerável, nós não consideramos como confinamento, a causa disso é a largura das ruas, que dão sensação de vazio para o pedestre.
Figura 32 – Av. ACM. Fonte: Foto nossa.
Visão serial
É uma série de visões que evocam emoções do observador, que são percepções sequenciais de um observador de pontos do percurso. 
A visão serial deste trabalho foi feita na Rua das Hortênsias, o primeiro ponto será o Praça Jardim da Pituba, a segunda será em frente ao Acqua Café e a última será em frente ao Duo Studio Beleza.
Figura 33 – Mapa de visão serial. Fonte: Base SICAR.
Figura 34 – Visão Serial 1. Fonte: Foto nossa.
Figura 35 – Visão Serial 2. Fonte: Foto nossa.
Figura 36 – Visão Serial 3. Fonte: Foto nossa
Conclusão: Gordon Cullen
Ao concluirmos nossa pesquisa com base de estudos no livro A paisagem urbana de Gordon Cullen, vimos que o nosso bairro possui bastantes lettering, não possui confinamento apesar dos edifícios, sendo um pouco difícil definir um ponto focal pois há muitos prédios altos de tipologia moderna, tem conflitos visuais como os fios e alguns outdoors, havendo continuidade em alguns locais e elementos marcantes, tendo uma apropriação do espaço para uso social, o bairro possui uma boa legibilidade o que leva a uma boa imaginabilidade.
Conclusão
Concluímos nossa pesquisa vimos que nosso bairro com base nos conceitos de Kevin Lynch possui Vias, pontos nodais, limite, marcos visuais o que nos leva a ter uma boa imaginabilidade. E vimos que com base nos conceitos de Gordon Cullen nosso bairro possui ponto focal, bastantes lettering, conflitos visuais, não possui confinamento sendo um bairro de tipologia moderna e com apropriação do espaço para uso social, podendo notar na visão serial a mudança e possuindo também linha de força o que proporcionar uma boa legibilidade. 
Referencias bibliográfica
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. Traduzido por Jefferson Luiz Camargo. São Paulo, Martins Fontes, 1997.
CULLEN, G. Paisagem urbana. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
*Skyscrapercity. Salvador, Bahia - Bairro de Itaigara. Disponível em: <http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=974980>. Acesso em 24 de novembro de 2015.
*GANTOIS, Eduardo. História de Salvador - Itaigara. Disponível em: < http://salvadorhistoriacidadebaixa.blogspot.com.br/2011/09/pituba-marco-de-uma-nova-cidade.html >. Acesso em 24 de novembro de 2015.
*AMI - Associação de Moradores do Bairro do Itaigara. ITAIGARA. 7 de novembro de 2012. Disponível em: <http://amitaigara.blogspot.com.br/2012/11/itaigara.html>. Acesso em 24 de novembro de 2015.
*SABOYA, Renato. Kevin Lynch e a imagem da cidade. 14 de março de 2008. Disponível em: <http://urbanidades.arq.br/2008/03/kevin-lynch-e-a-imagem-da-cidade/>. Acesso em 24 de novembro de 2015
*LIMA, Angélica Macedo Lozano, KOZEL, Salete. Lugar e mapa mental: uma análise possível. Disponível em: < https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=3&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwiSna3j67bJAhUKnZAKHeViDrcQFggqMAI&url=http%3A%2F%2Fwww.uel.br%2Frevistas%2Fwrevojs246%2Findex.php%2Fgeografia%2Farticle%2Fdownload%2F2388%2F2415&usg=AFQjCNEpSING5pQ8H7gSbqUh7CAasbXrIQ>.

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