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RESUMO - ENTREVISTA NA TERAPIA FAMILIAR A entrevista é um instrumento fundamental na obtenção de informações e de avaliação, na profissão do psicólogo ela é utilizada em diversos contextos, seja: organizacional, hospitalar, jurídico, clínico e etc., sendo realizada de diversas formas. Na terapia familiar sistêmica existem muitos modelos de como a conduzir uma entrevista, alguns autores utilizam de um contato prévio por telefone, com preenchimento de fichas, outros seguindo um modelo menos estruturado e estabelecendo algumas intervenções durante o processo da seção. A entrevista familiar está baseada nos pressupostos teóricos da teoria geral dos sistemas, que busca entender os fenômenos a partir do todo e não a soma das partes, sendo assim na terapia familiar sistêmica, a família é entendida na sua relação dinâmica, sendo relações reciprocas em que uma ação de um membro impacta os demais. Além disso a família pode ser entendida como um sistema complexo em que possui seus subsistemas, sendo eles o conjugal, parental e fraternal. Sendo o primeiro constituído dos conjugues em que há uma relação de interdependência, o parental é divido entre quem exercer os papeis materno e paternal, e o fraterno constituído da relação entre irmãos baseada na fraternidade e rivalidade. Por tanto tendo essa visão da família é assim possível compreender os humanos dentro desse sistema. Dentre os modelos de entrevista temos o modelo de Rio- Gonzales em que há um contato prévio por telefone preenchendo uma ficha com dados pessoais da família, como nome dos membros (pai, mãe, filhos e filhas), paciente identificado, motivo inicial da consulta e etc. Da mesma forma o modelo de Ochoa de Alda também há um contato prévio por telefone com os mesmos dados utilizados por Rio-Gonzales, porém é obtido mais informações sobre o estado da saúde da família, sobre os avós e dados sociais, profissionais, econômico, sexo e genograma. Já outros autores não utilizam uma ficha, mas buscam definir um objetivo do telefone inicial principalmente buscando fazer com que a família toda esteja presente no momento da consulta. Esse processo de coleta de informações é muito importante pois permite o terapeuta ter uma visão mais ampliada do sistema familiar. Durante a primeira seção a relação terapeuta-família ela pode ser exemplificada como uma relação anfitrião-convidado, pois a família está presente em um ambiente desconhecido e o terapeuta que conhece as regras deve conduzir a entrevista de modo que os membros da família se sintam à vontade, é importante observar a posição em que as pessoas se dispõem no espaço pois pode indicar associações familiares. Passado esse primeiro estágio, o terapeuta estabelecer contato com a família para obter informações sobre o problema, preferencialmente a primeira pessoa a ser interrogada deve ser os pais e depois expandir para os outros membros que não seja o paciente indicado pois pode indicar uma coalizão entre pais e terapeuta, além de que esse está em uma posição defensiva, durante esse questionamento é importante observar o comportamento dos outros membros para compreender melhor a relação. No começo é ideal que o terapeuta conduza a entrevista, mas que depois a família faça isso, para que o terapeuta possa observar melhor o comportamento, pois a princípio a família vai projetar sua imagem que mostra ao mundo que não inclui seus problemas e conflitos internos. Cabe sempre ao terapeuta durante o processo observar a disfuncionalidade do sistema familiar e dar um retorno com viés otimista, no objetivo de mudar a estrutura familiar para uma mais funcional, sempre mantendo com a intenção de fazer com que a família retorne na próxima sessão.
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