Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* O Rim e as Doenças Sistêmicas MARIA CAROLINA NEVES Doenças sistêmicas que causam nefropatias Hipertensão Arterial Sistêmica Diabetes Mellitus Mieloma Múltiplo Neoplasias Lúpus Eritematoso Sistêmico Esclerose Sistêmica Progressiva Endocardite Bacteriana Esquistossomose Mansônica HIV Leptospirose * MECANISMOS Imunológico Lupus Eritematoso Sistêmico Esquistossomose Endocardite Infecciosa Hemodinâmico / Vascular Hipertensão Arterial Sistêmica Anemia Falciforme Vasculites Sistêmicas Metabólico Mieloma Múltiplo - Hipercalcemia Gota - Hiperuricemia Diabetes - Hiperglicemia Tóxico Anemias Hemolíticas Rabdomiólise Infiltração do Parênquima Amiloidose Linfoma * Rim e Diabetes Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus é uma doença caracterizada por um distúrbio do metabolismo dos carboidratos e cursa com níveis elevados de glicose sérica e leva a complicações agudas e crônicas. Diabetes Tipo 1 Caracteriza-se pela ausência completa ou quase completa de insulina devido à destruição (geralmente auto-imune) das células beta das ilhotas pancreáticas Diabetes tipo 2 A hiperglicemia crônica é causada por uma resistência tecidual à insulina associada a uma baixa sensibilidade das células beta à glicose * Complicações Agudas * * Cetoacidose Diabética Estado Hiperosmolar Não-cetótico Complicações Renais Lesão Renal Aguda Pré-renal Necrose Tubular Aguda * Manifestações Renais Crônicas do Diabetes Nefropatia Diabética Complicação renal crônica do diabetes mellitus que cursa com lesão glomerular, proteinúria progressiva e alterações na filtração glomerular, associado a lesões histológicas específicas. Nefropatia Diabética No mundo todo é a principal causa de DRC em estágio terminal, no Brasil HAS 10-20% dos DM tipo 2 e 20-40% dos DM tipo 1 vão cursar com envolvimento renal A doença renal pode interferir no tratamento do diabetes e de suas comorbidades A lesão renal se desenvolve depois de cerca de 5 - 10 anos do início do diabetes Raramente se inicia depois de 20 anos Geralmente já estão presentes lesões de Retinopatia Diabética Nefropatia Diabética * As principais estruturas renais danificadas pelo diabetes são os Glomérulos * Espessamento da Membrana Basal do Capilar Glomerular Esclerose Glomerular Progressiva Expansão Mesangial Acelular (PAS positivo) * Glomeruloesclerose Difusa ( + comum) Glomeruloesclerose Nodular ( + Específica) * Nódulo de Kimmelstiel-Wilson * Nefropatia Diabética * Classificação Aumento do Fluxo Sangüíneo Renal e do Ritmo de Filtração Glomerular Hipertrofia glomerular Aumento do volume renal Controle glicêmico estrito pode prevenir as lesões Estágio I - Fase Inicial Microalbuminúria após exercícios Estágio II - Fase Silenciosa Microalbuminúria persistente Albuminúria entre 30-300mg/24h Lesão histológica presente A pesquisa anual de microalbuminúria é essencial para o diagnóstico precoce Estágio III - Fase Incipiente Evolui para fases mais avançadas com freqüência maior no DM tipo 1 Fator de risco cardiovascular independente Estágio III - Fase Incipiente Proteinúria > 300mg/24h - detectável no dipstick Mais de 10 anos de doença HAS, Obesidade, dislipidemia são freqüentes Estágio IV - Nefropatia Clínica Alta freqüência de eventos cardiovasculares Diminuição progressiva do RFG Aumento progressivo da proteinúria Estágio IV - Nefropatia Clínica Clearance de Creatinina < 10ml/min Evolução para síndrome urêmica Necessidade de Terapia Substitutiva Renal Estágio V - Rins Terminais * Fatores de Risco Controle Glicêmico Inadequado Duração do Diabetes HAS Hipercolesterolemia Tabagismo Retinopatia diabética História familiar * Tratamento Controle Glicêmico Estrito Pode reverter parcialmente a hipertrofia glomerular e a hiperfiltração Pode retardar o início da microalbuminúria ou estabilizá-la Não é certo se tem efeito sobre proteinúria declarada Manter a Hb glicosilada < ou = 7% Controle da HAS Previne a microalbuminúria Diminui a proteinúria Diminui a velocidade da queda do RFG Diminui a mortalidade em portadores de nefropatia clínica PA alvo < 130 x 80mmHg ou < 120 x 75 se proteinúria importante Inibidores da ECA e ARA II Previnem a evolução da microalbuminúria Diminuem a proteinúria Lentificam a progressão da doença Úteis mesmo em normotensos Efeito incerto na profilaxia primária * * Restrição Proteica Retarda a progressão da proteinúria Parece retardar a perda de função renal Levar em conta questões nutricionais Recomenda-se 0,8g/kg/dia Outras Medidas Parar de fumar Controlar o peso Tratar a dislipidemia * Rim e LES O Que é LES? Doença auto-imune crônica Focos inflamatórios em vários sistemas Distúrbio da imunidade humoral Períodos de remissão e exacerbação * Que órgãos são mais afetados? Pele SNC Atriculações Rim Serosas * Que outros órgãos podem ser atingidos? Coração Pulmão Olhos Sangue Vasos Sangüíneos * Diagnóstico * * Diagnóstico * * DIAGNÓSTICO * * DIAGNÓSTICO * * SINAIS E SINTOMAS * * SINAIS E SINTOMAS * DE QUE FORMAS O LES AFETA O RIM? Glomerulopatia Vasculite Nefrite Intersticial Nefrite Intersticial Isolada ou associada a glomerulopatias Disfunção renal + sumário normal Alterações da função tubular: - Glicosúria - Aminoacidúria - ATR Vasculites Depósitos vasculares imunes Vasculopatia necrosante não inflamatória Microangiopatia trombótica Arterite necrosante * Nefrite Lúpica Acometimento Glomerular Diagnosticado em 50-75% dos pctes Pode estar presente em até 90% Amplo espectro de gravidade Aumenta a morbi-mortalidade do LES 20% evoluem para DRC Responde por 1.2% dos pctes em diálise * Classificação Histológica * Histologia Clínica * Classe I Classe II Classe III Classe IV Classe V Classe VI Glomérulos normais à Microscopia óptica Clinicamente assintomática Pode haver: - Hematúria leve - Proteinúria < 1.0 g/d Classe I Alterações Mesangiais Mínimas Proteinúria e hematúria discretas Função renal normal Transformação p/ GN difusa em 20% Classe II Alterações Proliferativas Mesangiais Proliferação inflamatória focal em < 50% dos glomérulos Depósitos imunes subendoteliais Lesões endocapilar proliferativas Lesões cicatriciais (inativas) Prognóstico semelhante ao da classe IV Classe III GN Proliferativa Focal Processo inflamatório difuso em > 50% dos glomérulos Pode ser difusa segmentar (IV-S) ou difusa global (IV-G) Classe IV GN Proliferativa Difusa Classe histológica mais encontrada em biópsias Proteinúria nefrótica é comum Hematúria Perda de função renal Ocasionalmente, quadro de GN crescente com LRA rapidamente progressiva Classe IV GN Proliferativa Difusa * * * * * * Classe IV GN Proliferativa Difusa Hipercelularidade mesangial com depósitos de imunoglobulinas e complemento Membrana basal espessada e com espículas à coloração pela prata Síndromes nefrótica + FR preservada Hematúria micro é freqüente Classe V GN Lúpica Membranosa * * Classe V GN Lúpica Membranosa * * Classe V GN Lúpica Membranosa * Lesões cicatriciais avançadas em mais de 90% dos glomérulos Sem possibilidade de regressão histológica Insuficiência Renal Crônica Classe VI GN Esclerosante Avançada * Manifestações Clínicas Dependem da natureza e da gravidade das lesões histológicas subjacentes As alterações urinárias ou funcionais são concomitantes com outros sintomas sistêmicos Nefrite pode ser a manifestação inicial do LES Há uma boa correlação entre a classe histológica e o envolvimento renal * Classe IV 75% têm sedimento alterado Síndrome nefrótica em > 50% Insuficiência renal moderada é comum Perda rápida da FR em 20% Classe V Síndrome nefrótica com FR preservada Sedimento ativo e HAS podem estar presentes Pode haver trombose de veia renal - aumento da proteinúria - diminuição do RFG - tromboembolismo pulmonar A médio prazo é comum a transformação de uma classe histológica em outra 25% vão progredir para DRC terminal apesar do tratamento adequado Prognóstico em diálise semelhante ao de outras etiologias Manifestações sorológicas costumam remitir na fase dialítica Transplante renal costuma ser bem sucedido Recorrência no rim transplantado é rara * Laboratório Detecção precoce das exacerbações é importante para o uso correto de drogas imunossupressoras Algumas alterações laboratoriais podem preceder em meses o envolvimento clínico renal Aumento de proteinúria e reaparecimento de hematúria indicam: - Surto de inflamação glomerular - Mudança de classe histológica * Tratamento e Prognóstico * * Classe Histológica Função Renal Índice Atividade/ Cronicidade Classes III e IV Prognósticos e manifestações clínicas semelhantes Tratamento com corticóides em doses elevadas e citostáticos por tempo prolongado Pulsos mensais de metilprednisolona e ciclofosfamida Prednisona em doses altas com desmame lento Classe V Prognóstico de longo prazo é bom Remissão total ou parcial da proteinúria em 50% dos pacientes em 3-5 anos Terapêutica conservadora na maioria Assintomáticos com proteinúria não nefrótica não precisam de imunossupressão para a doença renal Classe V Na síndrome nefrótica não complicada: - Ciclosporina por 4-6 meses - Prednisona em doses baixas Na síndrome nefrótica avançada, mesmo esquema das formas proliferativas Controle de Longo Prazo Azatioprina, Micofenolato de Mofetil Rituximab Inibidores da ECA Estatinas * NEFROPATIA PELO HIV (HIVAN) INTRODUÇÃO A doença renal tem se tornado uma complicação relativamente comum Aumento na morbidade e mortalidade destes pacientes O reconhecimento e diagnóstico precoce da infecção e das formas de apresentação da nefropatia do HIV tem impacto importante na sobrevida desses pacientes EPIDEMIOLOGIA A HIVAN é a forma mais comum de Doença Renal Crônica em pacientes HIV + Nos EUA é a terceira causa de DRC dialítica na população negra dos 20 aos 64 anos GESF colapsante é a lesão histológica mais frequente (2 a 10 %) dos infectados. PATOGÊNESE Efeito citopático do vírus nas células endoteliais, mesangias e epitelias ativação de citocinas produção de matriz e esclerose glomerular. O vírus também infecta as células tubulares renais levando a dilatação microcística dos tubos, uma das alterações características da doença. FORMAS HISTOPATOLÓGICAS GESF forma colapsante ( mais comum) Microangiopatia Trombótica GN proliferativas por imunocomplexos - GN membranoproliferativa - GN membranosa - Nefropatia da IgA 4) Nefropatia túbulo - intersticial Intensive insulin therapy in the critically ill patients QUADRO CLÍNICO GESF colapsante: - Sindrome nefrótica e perda de função renal que pode progredir para DRC terminal dentro de 1 a 4 meses - Geralmente os pacientes não apresentam HAS, os níveis de complemento são normais e pode haver hipergamaglobulinemia com padrão policlonal. QUADRO CLÍNICO • GESF colapsante: - USG pode mostrar rins ecogênicos e de tamanho anormal ou aumentado mesmo nos pacientes com DRC em fase terminal. QUADRO CLÍNICO Microangiopatia trombótica ( SHU e PTT) Os pacientes apresentam os sinais que compõem a pêntade da MAT: - Anemia hemolítica microangiopática - Febre - Disfunção renal - Sinais e sintomas neurológicos - Trombocitopenia TRATAMENTO Terapia anti-retroviral com 3 drogas Diminuição da proteinúria e retardo na progressão da insuficiência renal. Corticóides, Ciclosporina, IECA foram usados no tratamento, porém não houve melhora da sobrevida renal TRATAMENTO Nos casos de SHU/PTT citamos a Plasmaférese com reposição de PFC como medida terapêutica * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Compartilhar