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Universidade Federal do Ceará Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem Departamento Análises Clínicas e Toxicológicas FUNÇÃO HEPÁTICA E AVALIAÇÃO LABORATORIAL Fortaleza - CE Jamile Magalhães Ferreira FÍGADO ALGUMAS FUNÇÕES DO FÍGADO ULTRA-ESTRUTURA DOS HEPATÓCITOS CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A BILE Emulsificação da gordura da dieta FUNÇÕES HEPÁTICAS ESPECIALIZADAS metabolismo da bilirrubina BILIRRUBINA Principal metabólito do heme hemoglobina mioglobina citocromos Considerações: Produção – 250-350mg/dia Cerca de 85% é proveniente dos eritrócitos Sistema reticulo endotelial No sistema reticulo endotelial do baço... Heme oxigenase Bilirrubina redutase clivados Sangue: Ligação com albumina para ser transportada no sangue Bilirrubina indireta hepatócitos Nos hepatócitos Excretados na bile intestino liberados intestino Microbiota intestinal (β- glicuronidases) FUNÇÕES HEPÁTICAS ESPECIALIZADAS metabolismo dos ácidos biliares 7α - hidroxilase intestino Ação da microbiota intestinal Circulação entero-hepática Fezes FUNÇÕES HEPÁTICAS ESPECIALIZADAS uréia e amônia AMÔNIA (tóxica) URÉIA Fígado Hiperamonemia Efeitos tóxicos no sistema nervoso central Como resultado do metabolismo proteíco e de aminoácidos Excreção renal FUNÇOES HEPÁTICAS ESPECIALIZADAS Renovação de proteínas FUNÇÕES HEPÁTICAS ESPECIALIZADAS Metabolismo do álcool Oxidação do etanol * Depleção de NAD, pois NADH não é reoxidado em taxas suficientes CH3CH2OH + NAD+ → CH3CHO- + NADH + H+ VIA ÁLCOOL DESIDROGENASE (O aumento da relação NADH/NAD eleva a concentração de glicerofosfato, que favorece a deposição de TG no fígado) INGESTÃO DE ETANOL Excesso TIPOS DE HIPERBILIRRUBINEMIA HIPERBILIRRUBINEMIA POR BILIRRUBINA NÃO-CONJUGADA DISTÚRBIOS NO METABOLISMO DA BILIRRUBINA Causas congênitas ICTERÍCIA NEONATAL Risco de kernicterus, uma vez que a BI é lipossolúvel e atravessa a barreira hematoencefálica. Danos neurológicos A partir da 2ª semana – níveis normais Mãe Rh -: sensibilizada por transfusão ou gravidez anterior Filho Rh + TRATAMENTO DA ICTERÍCIA NEONATAL HIPERBILIRRUBINEMIA POR BILIRRUBINA CONJUGADA ICTERÍCIA Surge quando BT > 3mg/dL DOENÇA HEPÁTICA Tetracloreto de Carbono, Paracetamol, Toxinas, Valproato de Sódio, Halotano. DOENÇA HEPÁTICA DOENÇA HEPÁTICA AGUDA DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA DOENÇA HEPÁTICA CRÔNICA PARÂMETROS QUE PODEM SER AVALIADOS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS O QUE OS PARÂMETROS NOS FORNECEM?? AST, ALT, FA albumina Tempo de protrombina CORRELAÇÃO DOS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS Indicador de gravidade e início de cirrose TP DETERMINAÇÃO DE BILIRRUBINA O soro deve ser protegido da luz (envolver amostra com papel alumínio) DETERMINAÇÃO DE BILIRRUBINA Reagente Diazo (ácido sulfanílico diazotizado) Bilirrubina direta (conjugada) Para determinação de bilirrubina total: Acelerador – benzoato e cafeína tamponada (rápida solubilização e diazotização da bilirrubina indireta (lipossolúvel) – quebra das pontes de hidrogênio Azobilirrubina Amostra: soro ou plasma (heparina ou EDTA), livre de hemólise ENTENDENDO A ELEVAÇÃO DE ENZIMAS NO SANGUE ENTENDENDO A ELEVAÇÃO DE ENZIMAS NO SANGUE Distribuição dentro da célula: AST, ALT e LDH são citosólicas; AST e ALT (qte ↓) são mitocondriais nos hepatócitos; Canalículos biliares (membrana das células) ricas em ALP e GGT. Especificidade tecidual: Aspartato aminotranferase (AST) – fígado, m. esquelético e cardíaco, eritrócitos; Alanina aminotransferase (ALT ou TGP) - fígado; Fosfatase alcalina – osso, canalículos biliares, placenta; Gama-glutaril-transferase (GGT) – canalículos biliares; Lactato desidrogenase (LDH) – m. esquelético, hepatócitos. ENTENDENDO A ELEVAÇÃO DE ENZIMAS NO SANGUE Atividade relativa no fígado e no plasma Enzimas citoplasmáticas - Atividade da AST nos hepatócitos é 2x a da ALT (atividades plasmáticas semelhantes); Atividade da LDH no hepatócito é mais baixa que AST e ALT, enquanto que no plasma a atividade é maior que AST e ALT; Conclusão: Na lesão hepática a LDH terá menor aumento quando comparada com AST e ALT, porque sua atividade enzimática no plasma já é elevada. Mecanismos de liberação enzimática ENTENDENDO A ELEVAÇÃO DE ENZIMAS NO SANGUE ENTENDENDO A ELEVAÇÃO DE ENZIMAS NO SANGUE Velocidade de remoção da enzimas A remoção das enzimas hepáticas ocorrem em tempos distintos. Meia-vida da ALT citosólica – 47 horas; Meia-vida da AST citosólica – 17 horas; (atividade 2x maior) Meia-vida da AST mitocondrial – 87 horas; Meia-vida da ALP – 1 – 10 dias; Meia-vida da GGT – 4 dias; Assim, mesmo ocorrendo uma grande liberação de ASTc, o tempo de permanência da ALT é muito maior, fazendo com que ela esteja mais freqüentemente elevada em distúrbios hepáticos agudos AST> ALT ALT>AST ALT> AST AST>ALT GGT x FA São enzimas ligadas à membrana das células dos canalículos biliares Urina bem amarelada e fezes claras: colelitíase importante GGT x FA GGT Síntese é ativada pelo etanol Marcador para consumo abusivo de álcool na medicina ocupacional TEMPO DE ATIVAÇÃO DA PROTROMBINA A protrombina é um fator da coagulação sintetizado exclusivamente pelo fígado. O TAP investiga a atividade do fibrinogênio (fator I), protrombina (fator II) e fatores V, VII e X. Quanto maior o tempo de ativação da protrombina, pior o prognóstico do paciente! Nas colestases, por diminuição da liberação de sais biliares, há uma diminuição da absorção da vitamina K pelo intestino. DOENÇA HEPATOCELULAR X COLESTÁTICA AST>3x LSR/ FA< 2x LSR AST<3x LSR/ FA> 2x LSR Teste de função hepática alterado Doença hepatocelular Doença colestática Albumina normal Albumina diminuída Albumina normal Albumina diminuída Hepatite aguda Hepatite crônica Colestase aguda Colestase crônica ultrassom Colestase intra-hepática Colestase extra-hepática LSR = limite superior de referência AUMENTO DE FOSFATASE ALCALINA ORIGEM HEPÁTICA OU ÓSSEA??? Elevação de fosfatase alcalina GGT normal GGT elevada Origem óssea Origem hepática AMINOTRANSFERASES NÃO É LESÃO MUSCULAR AST > ALT Albumina Tempo de protrombina Bilirrubina Fosfatase alcalina normal elevada creatinoquinase normal elevada LESÃO MUSCULAR LESÃO HEPATOCELULAR OBRIGADA!!!!!!
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