Buscar

MINISTÉRIO PÚBLICO - slide - trabalho apres.

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

MINISTÉRIO PÚBLICO
IMPEDIMENTOS E MECANISMOS DE CONTROLE
1
O QUE É O MINISTÉRIO PÚBLICO?
 	“O Ministério Público (MP) é um órgão de Estado que atua na defesa da ordem jurídica e fiscaliza o cumprimento da lei no Brasil. Na Constituição de 1988, o MP está incluído nas funções essenciais à justiça e não possui vinculação funcional a qualquer dos poderes do Estado. 
 	Independente e autônomo, o MP tem orçamento, carreira e administração próprios. Considerado o fiscal das leis, o órgão atua como defensor do povo. É papel do MP defender o patrimônio nacional, o patrimônio público e social. O que inclui o patrimônio cultural, o meio ambiente, os direitos e interesses da coletividade, especialmente das comunidades indígenas, a família, a criança, o adolescente e o idoso.” 
http://www.cnmp.gov.br/portal/component/content/article/94-institucional/ministerio-publico/130-funcoes-do-mp
2
IMPEDIMENTOS E MECANISMOS DE CONTROLE
 É a forma na qual o MP tem de fiscalizar seus próprios membros, impondo uma serie de impedimentos, como o objetivo de preservar sua independência funcional e garantir a indispensável imparcialidade no exercício de suas funções. 
QUAIS SÃO ELES? 
O veto à representação judicial e a consultoria jurídica de entidades publicas (art. 129, IX)
Receber, a qualquer titulo e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais (art.128,§5, letra a)
O exercício da advocacia (art.128,§5, letra b)
Participar de sociedade comercial (art.128,§5, letra c)
Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função publica, salvo a de magistério (art.128,§5, letra d)
Exercer atividade político-partidária (art.128,§5, letra e)
Receber, a qualquer titulo ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades publicas ou privadas, ressalvadas as exceções prevista em lei. (art.128,§5, letra a)
E aos promotores em geral, a proibição de exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. (art. 95, V)
CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
	É o órgão censório, que efetiva os impedimentos e cumprimento dos deveres e funções dos membros do MP.
	“Esse conselho pode ser provocado, por qualquer interessado ou pelas ouvidorias do Ministério Público, às quais tocará esse relevante papel de captação e encaminhamento de reclamações contra condutas irregulares”. 
Como é composto o CNMP?
	De acordo com o art. 130 da Constituição Federal, são composto por quatorze representantes do Parquet, nomeados pelo Presidente da República, entre eles estão:
Procurador Geral da República;
Quatro membros do MPU;
Três membros do MP dos Estados;
Dois juízes, um indicado pelo STF e o outro pelo STJ;
Dois advogados, indicados pela OAB, e;
 Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibaba, indicados um pela Câmera dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
	Pessoa ilibada Segundo a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) "considera-se detentor de reputação ilibada o candidato que desfruta, no âmbito da sociedade, de reconhecida idoneidade moral, que é a qualidade da pessoa íntegra, sem mancha, incorrupta".
MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO
HISTÓRICO DO MINISTÉRIO PUBLICO NO BRASIL 
	O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do estado brasileiro e da democracia. A sua história é marcada por dois grandes processos que culminaram na formalização do Parquet como instituição e na ampliação de sua área de atuação.
No período colonial , o Brasil foi orientado pelo direito lusitano. Não havia o Ministério Público como instituição. Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as Ordenações Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores de justiça, atribuindo a eles o papel de fiscalizar a lei e de promover a acusação criminal. Existiam ainda o cargo de procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e o de procurador da Fazenda (defensor do fisco).
	Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império, iniciou-se a sistematização das ações do Ministério Público.
	Na República, o decreto nº 848, de 11/09/1890, ao criar e regulamentar a Justiça Federal, dispôs, em um capítulo, sobre a estrutura e atribuições do Ministério Público no âmbito federal. Neste decreto destacam-se
a indicação do procurador-geral pelo Presidente da República;
a função do procurador de "cumprir as ordens do Governo da Repúlbica relativas ao exercício de suas funções" e de "promover o bem dos direitos e interesses da União." (art.24, alínea c)
	Mas foi o processo de codificação do Direito nacional que permitiu o crescimento institucional do Ministério Público, visto que os códigos (Civil de 1917, de Processo Civil de 1939 e de 1973, Penal de 1940 e de Processo Penal de 1941) atribuíram várias funções à instituição.
	Em 1951,a lei federal nº 1.341 criou o Ministério Público da União, que se ramificava em Ministério Público Federal, Militar, Eleitoral e do Trabalho. O MPU pertencia ao Poder Executivo.
	Em 1981, a Lei Complementar nº 40 dispôs sobre o estatuto do Ministério Público, instituindo garantias, atribuições e vedações aos membros do órgão.
	Em 1985, a lei 7.347 de Ação Civil Pública ampliou consideravelmente a área de atuação do Parquet , ao atribuir a função de defesa dos interesses difusos e coletivos. Antes da ação civil pública, o Ministério Público desempenhava basicamente funções na área criminal. Na área cível, o Ministério tinha apenas uma atuação interveniente, como fiscal da lei em ações individuais. Com o advento da ação civil pública, o órgão passa a ser agente tutelador dos interesses difusos e coletivos.
	Quanto aos textos constitucionais, o Ministério Público ora aparece, ora não é citado. Esta inconstância decorre das oscilações entre regimes democráticos e regimes autoritários/ditatoriais.
	Constituição de 1824: não faz referência expressa ao Ministério Público. Estabelece que "nos juízos dos crimes, cuja acusação não pertence à Câmara dos Deputados, acusará o procurador da Coroa e Soberania Nacional".
	Constituição de 1891: não faz referência expressa ao Ministério Público. Dispõe sobre a escolha do Procurador-Geral da República e a sua iniciativa na revisão criminal.
	Constituição de 1934: faz referência expressa ao Ministério Público no capítulo "Dos órgãos de cooperação". Institucionaliza o Ministério Público. Prevê lei federal sobre a organização do Ministério Público da União.
	Constituição de 1937: não faz referência expressa ao Ministério Público. Diz respeito ao Procurador-Geral da República e ao quinto constitucional.
	Constituição de 1946: faz referência expresa ao Ministério Público em título próprio (artigos 125 a 128) sem vinculação aos poderes.
	Constituição de 1967: faz referência expressa ao Ministério Público no capítulo destinado ao Poder Judiciário.
Emenda constitucional de 1969: faz referência expressa ao Ministério Público no capítulo destinado ao Poder Executivo. 
	Constituição de 1988: faz referência expressa ao Ministério Público no capítulo "Das funções essenciais à Justiça". Define as funções institucionais, as garantias e as vedações de seus membros. Foi na área cível que o Ministério Público adquiriu novas funções, destacando a sua atuação na tutela dos interesses difusos e coletivos (meio ambiente, consumidor, patrimônio histórico, turístico e paisagístico; pessoa portadora de deficiência; criança e adolescente, comunidades indígenas e minorias ético-sociais). Isso deu evidência à instituição, tornando-a uma espécie de Ouvidoria da sociedade brasileira.
MINISTÉRIO PUBLICO DA UNIÃO ABRANGE:
O Ministério Público da União (MPU) compreende os seguintes ramos: a) O Ministério Público Federal (MPF); b) O Ministério Público do Trabalho (MPT); c) O Ministério Público Militar (MPM); d) O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Os Ministérios Públicos dos Estados (MPE).
	A organização, as atribuições
e o estatuto do Ministério Público da União divergem do Ministério Público dos Estados. Enquanto o MPU é regido pela Lei Complementar nº 75/1993, o MPE rege-se pela Lei nº 8.625/1993.
	Ao MPU é assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira. Sendo as carreiras dos membros dos diferentes ramos independentes entre si. Dessa forma, para ser membro do MPF, deve-se prestar concurso público para o MPF. Para ser membro do MPT, deve-se prestar concurso para o MPT, e assim por diante. Quanto a carreira técnico-administrativa, esta é única para todo o MPU. O candidato presta concurso público para o MPU e pode ser lotado em qualquer um dos ramos.
O QUE O MPU FAZ?
 defesa da ordem jurídica, ou seja, o Ministério Público deve zelar pela observância e pelo cumprimento da lei. FISCAL DA LEI, atividade interveniente.
 defesa do patrimônio nacional, do patrimônio público e social, do patrimônio cultural, do meio ambiente, dos direitos e interesses da coletividade, especialmente das comunidades indígenas, da família, da criança, do adolescente e do idoso. DEFENSOR DO POVO
 defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
 controle externo da atividade policial. Trata-se da investigação de crimes, da requisição de instauração de inquéritos policiais, da promoção pela responsabilização dos culpados, do combate à tortura e aos meios ilícitos de provas, entre outras possibilidades de atuação. Os membros do MPU têm liberdade de ação tanto para pedir a absolvição do réu quanto para acusá-lo.
INSTRUMENTOS DE ATUAÇÃO DO MPU
 promover ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade; 
 promover representação para intervenção federal nos Estados e Distrito Federal; 
 impetrar habeas corpus e mandado de segurança; 
 promover mandado de injunção; 
 promover inquérito civil e ação civil pública para proteger:
direitos constitucionais,
patrimônio público e social,
meio ambiente,
patrimônio cultural,
interesses individuais indisponíveis, homogêneos e sociais, difusos e coletivos.
	
 promover ação penal pública;
 expedir recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância pública; 
 expedir notificações ou requisições (de informações, de documentos, de diligências investigatórias, de instauração de inquérito policial à autoridade policial).
GARANTIAS DOS MEMBROS DO MPU
 Vitaliciedade 
 Inamovibilidade (impossibilidade de remover compulsoriamente o titular de seu cargo, exceto por motivo de interesse público) 
 Independência funcional (liberdade no exercício das funções) 
 Foro especial 
 Irredutibilidade de vencimentos
VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO MPU
 Recebimento de honorários ou custas 
 Exercício da advocacia 
 Participação em sociedade comercial 
 Atividade político-partidária
PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
	O Procurador-geral da República é o chefe do Ministério Público da União e do Ministério Público Federal. Ele é, também, o procurador-geral Eleitoral. Nomeado pelo presidente da República, após aprovação do Senado Federal, cabe a ele, dentre outras atribuições nomear o procurador-geral do Trabalho (chefe do MPT), o procurador-geral da Justiça Militar (chefe do MPM) e dar posse ao procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios (chefe do MPDFT).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – art. 95, 127 à 130.
 http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/1999/09/29/reputacao-ilibada-e-a-qualidade-da-pessoa-integra-define-ccj
 Teoria Geral do Processo, 22ª Ed. rev. e atual. – São Paulo: Malheiros Editores LTDA, 02-20016
 http://www.cnmp.gov.br/portal/component/content/article/94-institucional/ministerio-publico/130-funcoes-do-mp

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais