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RECURSO ORDINARIO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 1º VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS - SC
Processo nº 0010101-20.2017.512.0001.
JONAS FAGUNDES, já qualificado nos autos do processo acima descrito, por seu advogado que esta subscreve, na Reclamação Trabalhista proposta em face de LOJAS MESA LTDA, inconformado com a respeitável sentença de folhas ___, vem, tempestiva e respeitosamente á presença de Vossa Excelência, interpor
RECURSO ORDINÁRIO
com base no artigo 895, alínea "a" da CLT, de acordo com a razões em anexo as quais requer que sejam recebidas e remetidas ao Egrégio Tribunal Regional da ___ Região. Deixa de juntar o comprovante de recolhimento de custas, vez que demanda sob o palio da justiça gratuita, conforme decisão de 1º grau.
Neste Termo,
Pede Deferimento,
Florianópolis, 10 de Abril de 2017
________________________
OAB/_ nº xxx
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO
Origem: 1ª Vara do Trabalho do Trabalho
Processo nº 0010101-20.2017.512.0001
Recorrente: JONAS FAGUNDES
Recorrido: LOJAS MENSA LTDA
Egrégio Tribunal Regional da __ ª Região!
Colenda Turma!
Nobres Julgadores!
1 - RESUMO DOS FATOS.
	Foi proferida sentença, que julga parcialmente procedente para reconhecer a existência de relação de emprego, no período de 01/08/2017 a 02/03/2017. A sentença julgou improcedente o pedido de pagamento de horas extras e indeferiu ao trabalhador o adicional de periculosidade ao fundamento de que a previsão do texto celetista somente se aplica aos casos que envolvem trabalhadores que ficam toda a jornada conduzindo motocicleta.
2 - DO CABIMENTO DO PRESENTE RECURSO ORDINÁRIO.
2.1 Da tempestividade e das Custas
	A decisão proferida na Vara do Trabalho trata-se de uma sentença, dessa forma encerrando a atividade jurisdicional do Douto Juízo de primeira instância. Neste contexto, o reexame da decisão supra citada só poderá ser feita através de Recurso Ordinário, conforme preceitua o artigo 895, inciso I da CLT, in verbis:
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior:    
    II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. (Incluído pela Lei nº 11.925, de 2009).
	A veneranda sentença de 1º grau foi proferida em audiência no dia 30/03/2017, iniciando o prazo para qualquer espécie recursal no dia 03/04/2017. Assim, o presente Recurso Ordinário é tempestivo, vez que foi interposto no dia 10/04/2017, ou seja, antes do encerramento do lapso recursal.
	Se ao Reclamante for deferida a gratuidade judiciária, não necessita fazer o pagamento das custas, caso a decisão seja totalmente improcedente. Cumpre ressaltar que a reclamante deixa de juntar o comprovante de recolhimento de custas, vez que demanda sob o palio da justiça gratuita, conforme decisão de 1º grau. Dessa forma, preenchido os pressupostos de admissibilidade requer o devido processamento do presente recurso.
3 - DOS MOTIVOS DA REFORMA DA RESPEITÁVEL SENTENÇA DE FOLHAS ______.
3.1 – DAS HORAS EXTRAS
	O pedido da recorrente foi indeferido o pagamento de horas extras e indeferido ao trabalhador o adicional de periculosidade.
	A sentença julgou improcedente o pedido de pagamento de horas extras em razão de o reclamante estar inserido na exceção prevista no art. 62, inciso I, da CLT, ou seja, pelo fato de realizar atividade externa incompatível com o controle de jornada. Nesse sentido, importante salientar o que dispõe os acórdãos do Tribunal Superior do Trabalho referente aos processos n. 0002471-66.2010.5.09.0000 e n. c, que versam justamente sobre o tema:
HORAS EXTRAS - TRABALHO EXTERNO - MOTORISTA DE CAMINHÃO - PREVISÃO DE DATA CERTA DE SAÍDA E CHEGADA DAS MERCADORIAS, CONTROLE POR GPS E CONTATOS VIA CELULAR. De acordo com expressa dicção do artigo 61, I, da CLT, não é todo e qualquer trabalho externo, por si só, que está excluído da abrangência do regime de duração do trabalho, mas apenas aquele que efetivamente seja incompatível com a fixação de horário de trabalho. No caso, conforme expressamente consignado pela v. decisão regional, apesar do reclamante exercer suas atividades fora do estabelecimento (motorista de caminhão), havia previsão de data certa de saída e chegada das mercadorias, controle por GPS e contatos via celular, o que configura o controle da jornada de trabalho pela reclamada. Recurso de revista conhecido e provido. Processo: RR - 2471-66.2010.5.09.0000 Data de Julgamento: 25/02/2015, Relator Ministro: Renato de Lacerda Paiva, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 06/03/2015.
RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS. TRABALHO EXTERNO. CONTROLE DE JORNADA. A exceção prevista no artigo 62, I, da CLT não depende apenas do exercício de trabalho externo, mas também da impossibilidade de controle de horário pelo empregador. No caso, o acórdão regional registrou que o reclamante exercia trabalho interno e externo e que o labor afastado da empresa se dava mediante contato por telefone celular. Indubitável, portanto, que o empregador exercia o controle indireto sobre os horários cumpridos pelo empregado. Somente quando se revelar inteiramente impossível o controle, estará afastado o direito ao pagamento de horas extraordinárias, em razão da liberdade de dispor do seu próprio tempo, a exemplo do que ocorre, mesmo nesses casos, com o intervalo para refeição, cujo gozo é presumido, diante a autorização legal para dispensa do registro. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá provimento. Processo: RR - 325400-83.2009.5.12.0028 Data de Julgamento: 04/03/2015, Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 20/03/2015.
	Corroborando com este entendimento destaca-se, ainda, que o próprio o art. 62, inciso I, da CLT, é explícito ao dispor que o controle de jornada tem que ser impossível, não sendo admitida discricionariedade do empregador no sentido de optar por não realizar o controle da jornada de trabalho.
3.1 – ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
	A sentença indeferiu ao REQUERENTE o adicional de periculosidade ao fundamento de que a previsão do texto celetista somente se aplica aos casos que envolvem trabalhadores que ficam toda a jornada conduzindo motocicleta.
	Todavia, o art. 193, §4º, da CLT, não dispõe que o trabalhador necessite conduzir o veículo durante toda a jornada para que faça jus ao adicional de periculosidade. Além disso, o Anexo 5, da Norma Regulamentadora n. 16, do Ministério do Trabalho, não traz exceção ao pagamento que se encaixe no caso sob exame. Busque a jurisprudência sobre o tema, in verbis:
1. As atividades laborais com utilização de motocicleta ou motoneta no deslocamento de trabalhador em vias públicas são consideradas perigosas.
2. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:
a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela;
b) as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que não exijam carteira nacional de habilitação para conduzi-los;
c) as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.
d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.
	Ex Postis, requer:
1) A condenação da Parte Ré ao pagamento de adicional de insalubridade ao Autor.
2) ao recebimento do adicional das horas extras que extrapolarem 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
 Por fim, requer que o presente recurso seja conhecido e provido pelos mais puros motivos da JUSTIÇA!
Neste Termo,
Pede Deferimento,
Florianópolis, 10 de Abril de 2017
________________________
OAB/_ nº xxx

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