Buscar

Recurso Ordinário

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Continue navegando


Prévia do material em texto

EXELENTÍSSIMO SENHOR JUIZO DA 1ª VARA DO TRABALHO DE FLORIANÓPOLIS/SC
 Processo: n. 0010101-20.2017.512.0001.
Recorrente Jonas Fagundes já qualificado nos autos em epígrafe, em que contende com a recorrida Lojas Mensa, também qualificado, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado adiante assinado, com fulcro nos arts. 893, II  895, I, ambos da CLT, interpor
RECURSO ORDINÁRIO
Requerendo o recebimento do presente recurso, bem como intimação do Recorrido para apresentar contrarrazões ao Recurso Ordinário, nos termos do art. 900, da CLT, e a posterior remessa dos autos ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da ____Região.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local, data
Advogado
OAB
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ___REGIÃO
Recorrente: Jonas Fagundes
Recorrido: Lojas Mensa
Processo: n. 0010101-20.2017.512.0001
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
A r. Sentença não merece ser mantida, razão pela qual o Recorrente postula pela sua reforma.
I – DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE E DA TEMPESTIVIDADE
Importante salientar que o presente Recurso Ordinário é tempestivo, haja vista que a r, sentença foi publicada em 03/04/2017, assim, considerando o prazo para apresentação de recurso é de até 8 (oito) dias segundo o Art. 895 da CLT, pelo o que, o termo final do prazo recursal é o dia 11/04/2017 e que há pressupostos de admissibilidade, conforme documento de mandato anexo, tudo nos termos dos artigos 485 e 487 do CPC/2015.
Por fim, que as custas processuais foram dispensadas, face o acolhimento do pedido de gratuidade de justiça, conforme o art. 790, § 3º), CLT.
II- DOS FATOS
Jonas Fagundes ajuizou ação trabalhista em face das Lojas Mensa Ltda. alegando que foi contratado em 01/08/2016 para exercer as funções de montador de móveis. Todavia, aduz que para tanto foi firmado contrato de prestação de serviços fraudulento, haja vista que estão presentes no caso concreto todos os elementos necessários para o reconhecimento do vínculo empregatício, que é o que pleiteia. Afirma que o contrato foi rescindido pelas Lojas Mensa Ltda. em 31/01/2017, sem qualquer avisoprévio. Uma vez reconhecida a relação de emprego, postula o reclamante a condenação da reclamada ao pagamento da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT.
Ainda requer que seja dado provimento aos pedidos de pagamento de horas extras, de reconhecimento dos valores pagos a título de aluguel de motocicleta como sendo de natureza salarial e de adicional de periculosidade em virtude do uso de moto para exercer as atividades laborativas.
O Nobre Julgador a quo, julgou parcialmente procedente os pedidos, para reconhecer a existência de relação de emprego, vistas que julgou improcedente o pleito de adicional de horas extras e adicional de periculosidade, ao fundamento de que utilizava motocicleta em seu labor.
II – DO MÉRITO
 1 – DURAÇÃO DO TRABALHO – HORAS EXTRAS
 Durante todo o período de prestação de serviços o reclamante laborou de segunda a sábado, de 08:00 horas às 20:00 horas. 
O art. 7º, inciso XIII, da Constituição Federal de 1988, prevê que a duração normal do trabalho não deve superar 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
 O art. 58, caput, da CLT traz previsão similar, ou seja, no sentido de que a duração diária do trabalho não pode ser superior a 8 (oito) horas, “desde que não tenha sido fixado expressamente outro limite”.
 No caso em comento Jonas Fagundes trabalhava 11 (onze) horas por dia, de segunda à sábado, extrapolando os limites de 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais. Todavia, recebia salário produção, ou seja, R$ 20,00 (vinte reais) por móvel montado.
A sentença julgou improcedente o pedido de pagamento de horas extras em razão de o reclamante estar inserido na exceção prevista no art. 62, inciso I, da CLT, ou seja, pelo fato de realizar atividade externa incompatível com o controle de jornada.
No que tange o recorrente laborava por produção, o qual recebia o valor de R$20,00 por móvel montado, e quando assim se faz aplica-se a OJ Nº 235 DO TST:
 235. HORAS EXTRAS. SALÁRIO POR PRODUÇÃO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012) - Res. 182/2012,  DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012
O empregado que recebe salário por produção e trabalha em sobrejornada tem direito à percepção apenas do adicional de horas extras, exceto no caso do empregado cortador de cana.
Como vemos nas seguintes decisões:
 RECURSO ORDINÁRIO - TRABALHO POR PRODUÇÃO - HORAS EXTRAS - DEVIDO APENAS O ADICIONAL - APLICAÇÃO DA OJ Nº 235 DO TST. 1. Constatando-se que o reclamante recebia salário por produção, de natureza móvel, o pagamento da prestação do trabalho extraordinário corresponderá apenas ao respectivo adicional, a teor da OJ nº 235 do TST, inclusive na atual redação dada pela sua Comissão de Jurisprudência e Precedentes Normativos em 18.04.2005 (DJU de 20.04.2005). 2. Recurso ordinário da reclamada parcialmente provido e desprovido o do reclamante.
(TRT-6 - RO: 408200523106006 PE 2005.231.06.00.6, Relator: Maria Clara Saboya A. Bernardino, Data de Publicação: 01/06/2006)
RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE HORAS EXTRAS SOBRE SALÁRIO-PRODUÇÃO. O empregado que é remunerado à base de produção e que faz horas extras tem direito ao recebimento do adicional de sobrejornada e reflexos. A norma constitucional estabelece uma jornada limite para todos os trabalhadores, sem exclusão daqueles que auferem remuneração por produção. Entendimento agasalhado na Orientação Jurisprudencial nº 235 da SDI 1, do TST. Recurso não conhecido em face do que estabelecem o art. 896, § 4º, da CLT e Enunciado nº 333 do TST.
(TST - RR: 5936921319995155555 593692-13.1999.5.15.5555, Relator: Eneida Melo Correia de Araújo, Data de Julgamento: 15/10/2003, 1ª Turma,, Data de Publicação: DJ 31/10/2003.)
Empregados contratados por tarefa e que prestem serviços em horário extraordinário têm direito ao recebimento do adicional de horas extras.
Ante o exposto, requer a reforma da sentença para condenar a reclamada ao pagamento da indenização acima postulada.
2- ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
A sentença também indeferiu ao trabalhador o adicional de periculosidade ao fundamento de que a previsão do texto celetista somente se aplica aos casos que envolvem trabalhadores que ficam toda a jornada conduzindo motocicleta.
Durante todo o pacto laboral o reclamante utilizou sua motocicleta para visitar os clientes da empresa reclamada.
 O art. 7º, inciso XXVIII, da Constituição Federal de 1988 assegura aos trabalhadores o direito ao “adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei”.
 Por sua vez, o art. 193, da CLT, com a redação dada pela Lei n. 12.997/2014, passou a prever como atividade periculosa o uso de motocicleta no trabalho:
 Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: 
[...] § 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta
O Anexo 5, da Norma Regulamentadora n. 16, do Ministério do Trabalho e Emprego, regulamentou a questão, dispondo que as “atividades laborais com utilização de motocicleta ou motoneta no deslocamento de trabalhador em vias públicas são consideradas perigosas”.
Além do mais, destaca-se as seguinte jurisprudências dos TRT:
EMENTA: ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. ATIVIDADE LABORAL COM MOTOCICLETA. PARCELA SUPLEMENTAR DEVIDA. Tem direito ao adicional de periculosidade o trabalhador que exerce atividade com utilização de motocicleta, nos termos do § 4º do art. 193 da CLT, incluído pela Lei nº 12.997, de 2014, e Anexo 5 da NR 16, inserido pela Portaria MTE nº 1.565/2014. Recurso patronal desprovido. (TRT18, RO - 0010933-32.2015.5.18.0082, Rel.GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO, 1ª TURMA, 19/11/2015)
(TRT-18 - RO: 00109333220155180082 GO 0010933-32.2015.5.18.0082, Relator: GERALDO RODRIGUES DO NASCIMENTO, Data de Julgamento: 19/11/2015, 1ª TURMA)
Assim, requer a reforma da sentença para que a reclamada seja condenada a pagar o adicional de periculosidade (30%) sobre a remuneração do reclamante por todo período laboral.
III – REQUERIMENTOS FINAIS
Diante do exposto, requer o conhecimento e o provimento do presente Recurso Ordinário, para fins de reforma das referidas Sentenças, nos moldes dos itens supramencionados, que condene a reclamada ao pagamento do adicional de 50% referente às horas extras trabalhada durante todo o pacto laboral e a pagar o adicional de periculosidade do mesmo período.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Local, data
 Assinatura do Advogado
Número de Inscrição na OAB