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NOÇÕES FORMAÇÃO DE ROCHAS

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Rocha:	Associação natural de um ou mais minerais
Petrologia:	ciência que se ocupa do estudo das rochas. Divide-se em:
Petrografia:	descrição
Petrogênese:	origem
Classificação das Rochas
Ígneas
Sedimentares
Metamórficas
Rochas Ígneas:	Originadas pelo resfriamento 	e solidificação de um magma.
NOÇÕES SOBRE A FORMAÇÃO DE ROCHAS
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Magma:	 Mistura silicatada fundida
Minerais Formadores de Rochas:
São conhecidos mais de 2.600 minerais, entretanto o número de espécies presentes em mais de 99% das rochas ígneas é muito pequeno. São cerca de sete minerais (minerais de sílica, feldspatos, feldspatóides, olivina, piroxênios, anfibólios e micas).
Composição média (estatística) em rochas ígneas:
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CRISTALIZAÇÃO MAGMÁTICA (Série de Bowen):
Com a diminuição da temperatura, inicia-se a cristalização dos minerais.
Quando a cristalização progride, existe uma tendência à manutenção do equilíbrio entre as fases sólidas e líquidas. 
Para a manutenção desse equilíbrio, quando a T baixa, os cristais precoces reagem com o líquido e mudam de composição.
Essa reação pode ser progressiva, dando origem a uma Série Contínua de soluções sólidas. Ex. Plagioclásios.
Paralelamente, certos minerais ferromagnesianos transformam-se, com a diminuição da temperatura, em outros minerais de estrutura cristalina diferente, constituindo a Série Descontínua. Ex. olivina em piroxênio.
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Os minerais que se formam em primeiro lugar, olivina e plagioclásio, são de teor baixo em silício, e, assim, o líquido remanescente se enriquece neste componente.
A olivina é rica em Mg, o plagioclásio em Ca, assim, a concentração desses elementos diminui no líquido.
A cristalização da olivina muda, também, a razão Mg/Fe no líquido, pois essa razão é sempre mais alta nos cristais do que no líquido do qual o mineral se separa. Consequentemente, o líquido se enriquece em Fe e empobrece em Mg.
Os minerais de mesma temperatura de ambas as séries ocorrem juntos nas rochas. 
O desenvolvimento das faces cristalinas dos minerais depende do espaço livre ao seu redor:
Início da cristalização, os grãos não sofrem interferência uns dos outros → tendência a desenvolver todas as suas faces;
Proporção de cristais a partir de 30-40% interferência entre os grãos → difícil o desenvolvimento das faces.
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Nas fases finais de cristalização do magma há o enriquecimento em constituintes voláteis, diminuindo a viscosidade do magma e facilitando o crescimento de grandes cristais.
Diferenciação:	processo pelo qual um magma 	inicialmente homogêneo desdobra-	se em frações de composições 	diferentes. O mais efetivo processo 	é a cristalização fracionada.
Classificação das Rochas Ígneas:
		a) Modo de Colocação
		b) Composição Química
		c) Composição Mineralógica
Modo de Colocação
Plutônicas ou Intrusivas
Vulcânicas ou Extrusivas
Hipoabissais
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Plutônicas ou Intrusivas:	magma colocado em 	profundidade → resfriamento 	lento → tempo suficiente para 	crescimento dos cristais → 	granulação grossa (minerais 	usualmente reconhecíveis a olho 	nu).
Vulcânicas ou Extrusivas:	magma que extravasa sobre a 	superfície da terra, ao ar livre ou 	sob a água → resfriamento rápido 	→ sem tempo suficiente para o 	desenvolvimento dos cristais → 	granulação fina (minerais 	reconhecidos apenas ao 	microscópio), em muitos casos	associada a vidro.
Hipoabissais:	magma colocado próximo à 	superfície, em corpos de forma 	tabular → granulação 	intermediária entre as anteriores.
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Composição Química
Porcentagem de SiO2
Norma
Porcentagem de SiO2:
Norma
Ex. CIPW (Cross, Iddings, Pirsson e Washington)
Composição Mineralógica
As classificações mineralógicas são baseadas numa ou mais das seguintes variáveis:
Porcentagem e tipo de feldspato
Presença ou ausência de quartzo, feldspatóide ou olivina
Porcentagem e tipo dos minerais escuros
Tamanho dos grãos
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A multiplicidade de classificações mineralógicas motivou tentativas internacionais para padronização. A Comissão de Petrologia da IUGS (União internacional de Ciências Geológicas) estabeleceu um grupo de trabalho de nomenclatura, cujo relatório final foi publicado por Streckeisen (1976).
Classificação baseada na porcentagem em volume dos minerais colocados nos vértices de um triângulo duplo.
Q =	quartzo, tridimita, cristobalita
A =	feldspatos alcalinos {ortoclásio, microclina, sanidina, albita (An<5)}
P =	plagioclásio (An>5)
F = feldspatóides (leucita, nefelina, sodalita)
Apenas as rochas com o conteúdo de minerais máficos (índice de cor = m) inferior a 90% podem ser classificadas.
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Minerais máficos (M):	micas, anfibólios, piroxênios, 	granadas, minerais de 	minério
As quantidades de quartzo, feldspatos e feldspatóides devem ser recalculadas para 100%:
Q+A+P = 100
ou
A+P+F = 100
Para exemplificar utilizaremos apenas a parte superior do triângulo duplo, aplicada às rochas com sílica (SiO2) livre.
Para compreensão da utilização desse diagrama é necessário conhecer o mecanismo de representação de um composto ternário num diagrama triangular.
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Distinção de anortositos em relação a dioritos e gabros:
Dioritos e gabros:	M(índice de cor) > 10
Anortositos:	M(índice de cor) < 10
Critérios para distinção entre dioritos e gabros:
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As rochas vulcânicas são classificadas exatamente da mesma maneira, utilizando o triângulo específico. Os parâmetros são os mesmos (Q-A-P).
Se a granulação da rocha vulcânica for muito fina:
Não se pode determinar as porcentagens em volume de todos os minerais;
Como alternativa, usam-se apenas as porcentagens em volume dos fenocristais (cristais grandes dentro da matriz fina), acrescentando-se o prefixo FENO ao nome da rocha. Ex. Fenoandesito
 Critério para distinção entre basaltos e andesitos
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ROCHAS SEDIMENTATRES
Secundárias quanto à origem
Seus componentes são resultantes da desintegração mecânica (intemperismo) ou alteração química de massas rochosas pré-existentes.
Abrangem duas classes principais:
Detríticas ou clásticas
Químicas e/ou biogênicas
DETRÍTICAS OU CLÁSTICAS – provenientes de acumulações mecânicas de fragmentos de minerais e/ou rochas, por ação da água, do vento ou das geleiras.
QUÍMICAS E/OU BIOGÊNICAS – originadas quer pela precipitação direta de sais dissolvidos (por evaporação ou reações inorgânicas), quer por influência de organismos.
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As características de um depósito sedimentar são determinadas pelo ambiente de deposição.
São também evidentes os efeitos da diagênese
Nos depósitos detríticos são particularmente notáveis a influência da área fonte e os efeitos do transporte.
AMBIENTE DE DEPOSIÇÃO: os ambientes sedimentares de maior importância são:
Continental
Costeiro
Marinho
	O ambiente marinho é o mais extenso dos ambientes sedimentares, representando o destino final de todos os sedimentos.
DIAGÊNESE: processo de transformação de sedimento inconsolidado em rocha compacta (litificação). Envolve:
Compactação
Cimentação
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ÁREA FONTE: local de origem dos sedimentos
A rocha fonte controla, em larga escala, a composição do sedimento detrítico dela derivado:
Arenito vulcânico → deriva de terreno vulcânico
Arenito composto de quartzo e feldspato → deriva de rochas quartzo-feldpáticas.
Entre a área fonte e o sedimento final muitos minerais podem ser alterados ou completamente destruidos. Os sedimentos quase nunca possuem exatamente a mesma composição original da rocha fonte.
Se predomina a alteração ocorre um destruição seletiva de minerais → o produto é amplamente diferente de rocha fonte. Ocorre concentração seletiva de minerais estáveis, Ex. Sta. Maria Eterna.
Se predomina o intemperismo físico → o produto é mineralogicamente semelhante à rocha fonte.
A alteração química é favorecida pelo calor e pelos climas úmidos. Contudo, em encostas íngremes há uma rápida remoção,antes da decomposição. 		
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TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO: dois efeitos físicos importantes são produzidos durante o transporte:
Modificação do tamanho, forma e arredondamento pela abrasão e fratura devidas ao atrito e impacto das partículas entre si e contra o leito do rio.
Separação das partículas de acordo com tamanho, forma e densidade durante o transporte (o material mais fino viaja em suspensão o mais grosso por rolamento):
As partículas mais grossas são depositadas em primeiro lugar;
As partículas mais finas vão mais longe; e
Como resultado, ocorre uma seleção progressiva
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS DETRÍTICAS CLÁSTICAS
O tamanho das partículas é a base da classificação:
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CASCALHO	→	CONGLOMERADO
AREIA	→ ARENITO
SILTE 	→	SILTITO
ARGILA	→	ARGILITO OU FOLHELHO
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A deposição dos sedimentos clásticos depende dos seguintes fatores:
Velocidade da corrente;
Intensidade de turbulência; e
Velocidade de assentamento das partículas
ROCHAS QUÍMICAS E/OU BIOGÊNICAS
			Químico
		Calcário
			Orgânico
		Dolomito
		Evaporito (gipsita, anidrita, salgema)
		Carvão
Os termos estritamente químicos da sedimentação são controlados pelo pH e pelo Eh:
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