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Projeto Bullying

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
EDU 03080- Pesquisa em Educação
Professora Doutora Liliana Maria Passerino
O Desafio de Identificar o Bullying no Contexto Escolar.
Porto Alegre
2011/1
Maria Alice prado de Córdova
26167
O Desafio de Identificar o Bullying no Contexto Escolar.
Projeto de pesquisa apresentado à disciplina EDU 03080 – Pesquisa em Educação, como parte integrante dos objetivos desta.
Porto Alegre
2011
 SUMÁRIO
Introdução...........................................................................................................4
Justificativa.........................................................................................................4
Problema.............................................................................................................5
Objetivos.............................................................................................................5
Referencial Teórico.............................................................................................5
Metodologia.........................................................................................................8
Cronograma..........................................................................................................9
Referências Bibliográficas...............................................................................,.10
Anexo I...............................................................................................................11
Anexo II..............................................................................................................12
 O desafio de identificar o Bullying no contexto escolar. 
Introdução
Bullying é um termo conhecido mundialmente, pois não tem tradução tornando-se universal. No entanto é um problema conhecido por todos sendo de extensão mundial e que afeta crianças, adolescentes e adultos, alem de pais e professores. Bullying é todo o tipo de atitude agressiva, seja ela física ou verbal sistemática e intencional e sem motivação aparente adotada por um ou mais estudantes.
 	São brincadeiras de mau gosto como chamar o colega de baleia, feio, dentuço, ou seja, brincadeiras que de certa forma tem a intenção de ofender aqueles que a recebem, estão presentes diariamente nas salas de aula e a partir do momento em que aqueles que a recebem passam a sofrer as conseqüências oriundas dessas brincadeiras, seja elas no âmbito afetivo ou na aprendizagem, essa criança se torna mais uma vítima do bullying.
Justificativa
O mundo passou a olhar para a problemática do bullying com mais preocupação a partir da tragédia de Columbine nos Estados Unidos, onde dois adolescentes de 15 anos entraram em uma escola secundaria e mataram a tiros treze alunos e em seguida se suicidaram. A investigação concluiu que os dois alunos eram vítimas de bullying nessa escola. A partir de então, os Estados Unidos mantém uma rigorosa política anti bullying.
No Brasil vários casos graves aconteceram, na Bahia, em fevereiro de 2004, um jovem de 17 anos entra armado na sua escola de informática e mata um colega, sendo preso após o fato, ao investigar, o delegado concluiu que o rapaz sofria brincadeiras que lhe ocasionavam desconforto, rebaixando sua personalidade.
No Rio Grande do Sul foi sancionada a lei estadual antibullying logo após a morte de um adolescente de 15 anos que sofria bullying, por outro adolescente de 14 anos, com um tiro no peito quando descia de um ônibus na região onde morava. Segundo depoimento do agressor, ele tinha uma richa com a vítima que era colega de aula de dois amigos seus e que praticavam bullying contra o jovem.
Nunca foi dado o devido valor a este tipo de atitude entre iguais, sendo considerado “brincadeira” de criança. Inclusive considera-se normal estas provocações, mas as graves conseqüências desses atos têm preocupado a sociedade e por falta de informações não tem compreendido esta atitude tão devastadora na vida das pessoas. 
No âmbito escolar as crianças e adolescentes vítimas sofrem conseqüências como dificuldades de aprendizado devido a sua baixa auto-estima. 
Este projeto de pesquisa propõe investigar de que forma o professor reconhece o bullying no cotidiano escolar. Nossa expectativa é de que ele possa contribuir com o escasso estudo deste problema em nossa cidade.
Problema
Como os professores identificam o bullying em sala de aula tendo em vista a dificuldade de o bullying ter visibilidade no contexto escolar. 
Objetivos
1) Analisar as diferentes estratégias de identificação de bullying que os professores utilizam no cotidiano escolar
2) Verificar quais as intervenções que os professores realizam a partir dos relatos dos mesmos
Referencial Teórico
O termo bullying surge da palavra ‘bully”de origem inglesa e significa “valentão”, vem sendo adotado em diversos países por não ter tradução. Por definição universal bullying segundo Fante,
“é um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de danos físicos, morais e materiais, são algumas das manifestações do comportamento bullying.” (FANTE, 2005.p.28; 29)
Pioneiro nas pesquisas sobre o tema, o professor Dan Olweus (FANTE.2005), da Universidade de Bergen, na Noruega entre 1978 e 1993 em que encabeçou uma campanha antibullying nas escolas norueguesas. Suas pesquisas têm início na década de 70, no entanto não obtiveram interesse das instituições sobre o assunto. Até que na década de 80, três rapazes entre 10 e 14 anos cometeram suicídio sob suspeita de ter sido provocada por situações graves de bullying, só então despertando interesse das instituições de ensino para o problema. 
Olweus (FANTE,2005) fez grande pesquisa com o objetivo de detectar o problema bullying de forma específica para distingui-lo de outras interpretações, como incidentes e gozações ou relação de brincadeiras entre iguais, o que corresponde a um comportamento típico do processo de amadurecimento do sujeito. Foram pesquisados cerca de 84 mil estudantes, trezentos a quatrocentos professores e em torno de mil pais incluindo os vários períodos de ensino. Um dos fatores fundamentais desta pesquisa foi avaliar a natureza e a ocorrência do bullying. Com o intuito de agilizar, a pesquisa foi feita por questionários o que possibilitou verificar as características e extensão do bullying, assim como avaliar o impacto das intervenções que até então vinham sendo adotadas. 
O questionário desenvolvido pelo pesquisador norueguês constituía de um total de 25 perguntas de múltipla escolha, onde era possível verificar vários pontos sobre as agressões, como freqüência e tipo, assim como local de maior risco, tipos de agressores e percepção individual quanto ao numero de agressores. Este importante instrumento de apuração das situações de vitimização e agressão sob a ótica da criança foi adaptado e utilizado em diversos países incluindo o Brasil. Segundo os primeiros resultados da pesquisa verifica-se que um a cada sete estudantes está envolvido em situações de bullying. 
O pesquisador publica o livro “Bullying at Scool” em 1993 em que expõe o resultado de seus estudos e discutindo o problema, assim como o resultado de seus projetos de intervenção e uma relação de sinais ou sintomas para identificar possíveis agressores e vítimasnas escolas. A partir de então se originou uma Campanha Nacional de combate ao bullying na Noruega e tendo por resultado a redução de 50% dos casos nas escolas. A partir de então outras nações da Europa e América do Norte passaram a promover suas próprias ações. 
Hoje entendemos o bullying como um problema mundial, e que somente a pouco tempo vem sendo estudado no Brasil.
O bullying é definido como um comportamento inerente nas relações interpessoais, onde os mais fortes convertem os mais frágeis em objeto de diversão e prazer por meio de “brincadeiras” e que ocultam a intenção de maltratar e intimidar. 
Para Fante (2005), o bullying escolar consiste em insultos, intimidações, apelidos constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuações em grupo que hostilizam e ridicularizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além dos danos físicos, psíquicos, danos na aprendizagem.         
        Devemos ressaltar algumas características relacionadas ao bullying, que nos ajudam a entender seu mecanismo. 
São três os tipos de pessoas envolvidas nessa situação de violência: o espectador, a vítima e o agressor.
 O espectador é aquele que presencia a situação, mas não interfere. Duas razões levam a omissão, uma delas é por tornar-se inseguro e temeroso de se tornar a próxima vítima ou de ter medo de sofrer represálias, a outra é, por estar sentindo prazer com o sofrimento da vítima e não ter coragem de assumir este papel.
A vítima é aquele que geralmente é considerado diferente, o que pode ser por motivo físico (usar óculos, ser gordinho, etnia, alguma deficiência, destoar do padrão de beleza) ou emocional (por ter timidez, ser retraído). A vítima com freqüência é intimidado, ameaçado, ofendido, isolado, agredido, discriminado, recebe apelidos e provocações, pode ter seus objetos pessoais quebrados ou furtados.
 Já no âmbito familiar, muitas vezes eles não dizem nada aos pais por terem medo de serem acusados de ser os culpados ou que os outros fiquem sabendo que eles ”contaram” sobre as agressões. Apresentam sinais de distanciamento, medo ou receio de ir para a escola, medos e ansiedades, distúrbios do sono e pesadelos, queixas físicas vagas, dores de cabeça, dor de estômago e náuseas, especialmente em dias de aula, seus pertences “desaparecem” ou chegam em casa quebrados.Em casos mais graves, a vítima habitual poderá desenvolver depressão, podendo chegar a tentar ou cometer suicídio.
        Os agressores em geral são indivíduos que têm pouca empatia, arrogantes, freqüentemente, vêm de famílias pouco estruturadas, com pobre relacionamento afetivo e comportamento violento entre os membros. Em geral convivem com a violência domestica e recebem estímulo á solucionar conflitos com agressividade.
 Há fortes suspeitas de que estes jovens venham a tornarem-se pessoas com comportamentos anti-social, violentos podendo tornar-se delinqüentes ou criminosos. Provavelmente serão reprodutores do “assedio moral” no âmbito do trabalho.
Quanto às conseqüências na escola sem intervenção contra bullying, o ambiente torna-se contaminado envolvendo todas as crianças de forma negativa onde todos passam a ter sentimentos de ansiedade e medo. Podendo propiciar que mais alunos pratiquem bullying ao perceber que o comportamento agressivo não traz nenhuma conseqüência.        
Em sala de aula, a presença do bullying é constante, inclusive na presença do professor, que muitas vezes o ignora, permitindo que ele aconteça livremente ou dependendo de sua atitude podendo até mesmo reforçá-lo. Por exemplo, quando é feito críticas ao aluno na frente dos colegas, e, caso neste grupo tenham alunos com tendências a desrespeitar o outro, pode acontecer deste jovem ser motivo de gozações e zombarias, pois a atitude do educador indiretamente corrobora com atitudes de desrespeito. 
Fante(2005) nos diz que na maioria das vezes os professores e profissionais da escola não percebem a agitação ou não se encontram presentes no local quando acontecem os ataques à vítima, assim, os próprios alunos ficam entregues a si mesmos para resolver seus conflitos. Portanto não devemos atribuir ao professor toda responsabilidade do bullying em sala de aula. 
Para o professor Dan Olweus(FANTE, 2005), é comum conflitos e tensões em sala de aula assim como outros tipos de interações agressivas, ás vezes, como diversão, ou mesmo como forma de auto-afirmação para comprovarem as relações de força entre si. 
Se existir em sala de aula um ou mais agressores em potencial, seu comportamento agressivo poderá influenciar nas atividades dos alunos, promovendo interações ásperas, veementes e violentas. 
O aluno agressor tem uma necessidade muito grande de ameaçar, dominar e subjugar os outros de forma impositiva por meio da força, fazendo com que a partir de qualquer adversidade ou frustração menor acabem por promover reações intensas. 
Podem acontecer reações agressivas em função da sua tendência violenta nas situações de conflito. Comumente o agressor dá preferência a agredir os mais frágeis, no entanto não se esquiva de brigar com os outros colegas, pois se sente forte e confiante.
Com relação à vítima algumas características devem ser levadas em conta. Se o aluno apresentar características psicológicas como ansiedade, insegurança, passividade, timidez, dificuldade de impor-se e de ser agressivo ou fisicamente indefeso este será o alvo do agressor. Quanto mais intimidado ele estiver mais forte o aluno agressor se sentirá, quanto mais força ele demonstrar mais poder terá de agregar outros alunos em seu entorno podendo até formar grupos que o apóiem. 
Geralmente seus atos não produzem conseqüências, pois é ardiloso e sempre tem uma estratégia inteligente para se livrar. Estas movimentações em sua maioria não são percebidas pelos professores ou outros funcionários das escolas por não as perceberem ou não estarem presentes nos locais das agressões, desta forma deixando os alunos entregues á sua sorte. Porem é comum que a vítima não relate aos professores e aos pais o que lhe acontece na escola. 
Segundo Debarbieux e Blaya(2002), os principais tipos de intimidações no comportamento bullying , são as diretas, que incluem agressões físicas ( bater chutar, socar, tomar os objetos pessoais) e verbais(implicar,insultar, incluindo as novas formas, como intimidação por e-mail e por telefone) e as indiretas, como espalhar boatos maldosos, dizer a alguém para não brincar com um colega. Para o professor Olweus, as agressões indiretas, que são feitas de forma velada, são as mais prejudiciais, pois podem criar traumas irreversíveis. 
Para Silva, existe um pequeno predomínio dos meninos sobre as meninas em cometer o bullying, 
“no entanto, por serem mais agressivos e utilizarem a força física, as atitudes dos meninos são mais visíveis. Já as meninas costumam praticar bullying mais na base de intrigas, fofocas e isolamento das colegas. Podem, com isso, passar despercebidas, tanto na escola quanto no ambiente doméstico.” (SILVA, 2010. p7)
Para fazer a identificação dos envolvidos com o bullying, é necessário levar em conta sua principal característica, ou seja, a violência oculta. O mutismo da vítima deve ser considerado, e estar atento a qualquer mudança que ocorra no comportamento do jovem, por mais insignificante que pareça (FANTE,2005,p.74). A dificuldade de identificação das agressões deve-se ao fato de os jovens relutarem em falar no assunto tendo como principal motivo o sentimento de vergonha que passam por ter de admitir que esteja apanhando ou sofrendo gozações na escola ou mesmo temer represália dos agressores.
De acordo com o pesquisador Dan Olweus(FANTE,2005), para que o aluno que sofre bullying seja identificado na escola, o professor deve observar se ele apresenta alguns destes comportamentos:
“durante o recreio está freqüentemente isolado e separado do grupo, ou procura ficar próximo do professor ou de algum adulto; na sala de aula tem dificuldade de falar diante dos demais, mostrando-se inseguro ou ansioso;nos jogos em equipe é o ultimo a ser escolhido; apresenta-se comumente com aspecto contrariado, triste, deprimido ou aflito; apresenta desleixo gradual nas tarefas escolares; apresentam ocasionalmente contusões, feridas, cortes, arranhões sou roupa rasgada, de forma não natural; falta às aulas com certa freqüência; perde constantemente os seus pertences.” (FANTE, 2005.p.74; 75)
O professor tem papel fundamental na redução do bullying assim como funcionários e direção da escola. Observar e identificar dificuldades do convívio social entre os colegas, personalizando as ações, respeitando sempre as características sociais, econômicas e culturais da sua população escolar. Apoiar a vítima fazendo com que se sinta protegido e conscientizando o agressor sobre incorreção de seus atos. A escola deve promover trabalho de conscientização dos alunos e toda a comunidade escolar, assim como estimular os alunos a formar grupos de apoio que protejam as vítimas, assim impedindo que o bullying se desenvolva.
Metodologia
Este estudo de caso será desenvolvido com quinze professores do ultimo ano do ensino fundamental da rede pública, na cidade de Porto Alegre, sendo cinco do 9° ano da rede municipal, cinco da 8ª série da rede estadual, cinco da 8ª série da rede federal escolhidos de forma alheatória ao que diz respeito às disciplinas de sua docência.
Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizará o método de estudo de caso de abordagem naturalística, cuja fonte direta dos dados pesquisados é o ambiente natural dos sujeitos a serem pesquisados segundo André e Ludke (1999), tendo como objetivo analisar como o professor identifica o bullying no contexto escolar e suas intervenções.
Para responder ao problema será realizada uma entrevista semi estruturada, que será aplicada a quinze professores do ensino público das redes municipal, estadual e federal.
A escolha dos sujeitos a serem entrevistados deverá observar o seguinte critério; cinco professores da escola municipal, cinco professores da escola estadual e cinco professores da escola federal. 
Todos entrevistados deverão estar atuando no ultimo ano do ensino fundamental e poderão atuar em diferentes áreas. 
Inicialmente identificaremos os professores conforme o perfil dos mesmos em termos de formação e experiência.
O termo de consentimento (anexo A) deverá ser lido e assinado por todos entrevistados.
A entrevista (anexo B) também terá questões referentes às estratégias de identificação do bullying e com relação ás intervenções que os professores realizam no cotidiano escolar, buscando atender os objetivos desta pesquisa. 
A entrevista vai ser vai ser aproximadamente de 1h e no máximo 1h e meia, não vai ser feita no local de trabalho, nem na presença de colegas, nem dos alunos, podendo ser efetuada em local escolhido pelo entrevistado para que possa falar livremente.
Para facilitar a coleta se utilizará de um gravador de áudio se o participante permitir.
Na análise de conteúdo será utilizada a proposta de Moraes (1999) e terá as cinco etapas do processo; preparação das informações; unitarização ou transformação do conteúdo em unidades; categorização ou classificação das unidades em categorias; descrição e interpretação. Etapas fundamentais para fazer a análise qualitativa da pesquisa.
Cronograma:
	Período: 2011
	Tarefa
	Março/ Abril
	Levantamento bibliográfico
	
	Análise da bibliografia pesquisada
	
	
	Maio/ Junho
	Coletar assinaturas do consentimento esclarecido (anexo 1) 
	
	Aplicar o questionário/entrevista(anexo 2)
	
	
	Julho
	Análise dos dados coletados
	
	Relatório das considerações finais da pesquisa
Referências Bibliográficas:
Fante, Cleo. Fenômeno Bullying:como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz.São Paulo:Editora Verus,2005.
Debardieux, Eric; Blaya, Catherine Violência nas escolas e políticas públicas. Brasília: 2002.
Lüdke,Menga; André,Marli E.D.A.Pesquisa em educação: abordagens qualitativas.São Paulo:EPU,1986.
MORAIS,Roque. Análise de Conteúdo. Revista Educação PUC.Porto Alegre.v.21,nº37,p.7-31,1999.
Bullying cartilha 2010-projeto justiça nas escolas/Ana Beatriz Barbosa Silva
www.ctur.ufrrj.br/Documentos/CartilhaBulliying.pdf
O BULLYING EM UMA ESCOLA FILANTRÓPICA: AS CRIANÇAS CONTAM SUAS HISTÓRIAS / ESTER MASCARENHAS DOS SANTOS 
http://www.bullying.pro.br/images/stories/pdf/ester_mascarenhas.pdf
Bullying – comportamento agressivo entre estudantes/
Aramis A. Lopes Neto
http://www.scielo.br/pdf/jped/v81n5s0/v81n5Sa06.pdf
LEI Nº 13.474, DE 28 DE JUNHO DE 2010.
(publicada no DOE nº 121, de 29 de junho de 2010)
http://www.al.rs.gov.br/Legis/Arquivos/13.474.pdf
 Anexo I
 Termo de Consentimento Informado
Título da Pesquisa: O Desafio de Identificar o Bullying no Contexto Escolar. 
O termo bullying, que não existe na língua portuguesa, significa formas de agressões intencionais e repetidas por estudantes como apelidar, humilhar, excluir dos grupos, ameaçar, bater, obrigar a fazer coisas. Nunca foi dado o devido valor a este tipo de atitude entre iguais, sendo considerado “brincadeira” de criança. Inclusive considera-se normal estas provocações, mas as graves conseqüências desses atos têm preocupado a sociedade e por falta de informações não tem compreendido esta atitude tão devastadora na vida das pessoas. 
No âmbito escolar as crianças e adolescentes vítimas sofrem conseqüências como dificuldades de aprendizado devido a sua baixa auto-estima. 
A presente pesquisa faz parte do trabalho de conclusão de semestre da cadeira Pesquisa em Educação (EDU03080) do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Estado do Rio Grande do Sul e tem por objetivo investigar de que forma o professor reconhece o bullying no cotidiano escolar. Nossa expectativa é de que ele possa contribuir com o escasso estudo deste problema em nossa cidade.
A pesquisa terá a participação de quinze professores do ultimo ano do ensino fundamental da rede pública, na cidade de Porto Alegre, sendo cinco da rede municipal, cinco da rede estadual, cinco da rede federal escolhidos de forma alheatória ao que diz respeito às disciplinas de sua docência. A entrevista será feira em forma de questionário contendo dezesseis perguntas, sendo dez pergunta fechadas e seis perguntas abertas, que poderão ser gravadas em áudio se o entrevistado permitir e terá a duração de uma hora a uma hora e meia. Não deverá ser feita no local de trabalho, nem na presença de colegas, nem dos alunos, podendo ser efetuada em local escolhido pelo entrevistado para que possa falar livremente. Estando o participante livre para abandonar a pesquisa a qualquer momento sem que seja necessário justificar o motivo e sem que isso signifique prejuízo para si. Não deverá haver nenhum tipo de desconforto ou constrangimento durante o desenvolvimento da pesquisa. 
Os pesquisadores responsáveis por esta pesquisa são a aluna Maria Alice Prado de Córdova e a professora Liliana Maria Passerino(Faculdade de Educação/UFRGS), que se comprometem a esclarecer adequaadamente qualquer dúvida ou necessidade que eventualmente o participante venha a ter no momento da pesquisa ou posteriormente através do e-mail alice.cordova@ufrgs.br.
 	Eu, ......................................................................declaro que li e concordo com o presente Termo de Consentimento Informado
 
 Anexo II
Entrevista:
1 ) Idade: 
20 -29 ( ) 30 -39 ( ) 40 -49 ( ) 50 -59 ( ) mais ( )
2 ) Sexo: 
Masculino( ) Feminino ( )
3 ) A quanto tempo atua em anos finais do ensino fundamental? 
1-5 ( ) 6-10 ( ) 11-20( ) 21-30( )
4 ) Neste ano letivo, quantas vezes você observou agressõesentre alunos na escola (tapas, empurrões, pontapés, beliscões, apelidos ofensivos, roubo ou destruição de material escolar ou objetos pessoais) ? 
Nenhuma vez. ( ) 1 - 2 vezes ( ) 3 - 4 vezes ( ) 5 ou mais vezes ( ) 
5 ) O que observou?
Beliscões e tapas ( )
Pontapés e empurrões ( )
Atiraram, jogaram objetos contra um aluno ( )
Colocação de apelidos ofensivos ou xingamentos( )
Ameaças verbais ( )
Isolamento proposital de um aluno ( )
Roubo ou danificação de pertences pessoais ( )
Individualismo excessivo/agressões verbais ( ) 
Não observei nenhuma ( )
6 ) Onde foi que isso aconteceu?
No recreio ( )
Nos corredores ( )
Na saída da escola ( )
Na sala de aula. ( )
Outro lugar. ( )
Não observei nenhuma dessas situações ( )
7 ) Os alunos que se envolvem nessas situações de violência são, com mais freqüência:
Um menino ( )
Uma menina ( )
Vários meninos ( )
Várias meninas ( )
Meninos e meninas ( )
Não observei nenhum ( )
8 ) Algum aluno já lhe procurou para relatar ter sofrido episódios de violência por parte de colegas?
Sim ( ) 
Algumas/ várias vezes ( ) 
1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) mais vezes ( ) nenhuma vez ( )
9 ) Algum pai ou responsável já lhe procurou para relatar episódios de violência sofridos pelo seu filho ou filha por parte de colegas?
Várias vezes ( )
1 vez 6 ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 5 vezes ( ) 10 vezes ( ) nenhuma vez ( )
10) Já precisou intervir para evitar que algum aluno fosse agredido por colegas?
Algumas/várias vezes ( ) 
1 vez ( ) 2 vezes ( ) 3 vezes ( ) 4 vezes ( ) 5 vezes ( ) mais vezes ( ) nenhuma vez ( )
11) Na sua vida acadêmica estudou alguma vez sobre o bullying? 
12) Na sua sala de aula já aconteceu ou acontece casos de bulying?
13) Como você percebe casos de bullying em sala de aula?
14) Como você percebe casos de bullying em outro ambiente? Em que tipo de ambiente?
15) Que tipo de atitude você toma ao perceber casos de bullying no espaço escolar?
16) Você acha que esse tipo de comportamento, ou seja, o bulying, pode trazer conseqüências para os alunos envolvidos?
         
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