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LATENCIAÇÃO DE FÁRMACOS Prof. Carlos Mendes DEFINIÇÕES E CONCEITOS O Que é um Pró-fármaco? É qualquer composto que sofre biotransformação antes de exibir seus efeitos farmacológicos. O Que é a latenciação dos fármacos? É uma modificação química de um composto biologicamente ativo para formar um novo composto que, através de reação química ou enzimática in vivo, irá liberar o fármaco ativo (desenho planejado de pró-fármacos) ESQUEMA GERAL PRÓ-FÁRMACO Problemas Sanados pela Latenciação • Baixa especificidade ƒ; • Diminuição da toxicidade ƒ; • Instabilidade ƒ; • Dificuldade de aceitação pelo paciente (odor ou sabor desagradáveis) ƒ ; • Duração de ação muito curta ; • ƒ Absorção incompleta; • ƒ Insolúvel em água; • Não atravessa a barreira hematoencefálica; UM BOM PRÓ-FÁRMACO SATISFAZ OS SEGUINTES CRITÉRIOS: • a. ligação entre a substância a fração de transporte é geralmente uma ligação covalente; • b. o pró‐fármaco deve ser inativo ou significativamente menos ativo que o fármaco precursor; • c. o pró‐fármaco deve ser menos tóxico que o fármaco ; • d. a ligação entre o composto pai com a fração de transporte deve ser quebrada in vivo • e. os metabólitos do carreador devem ser não‐tóxicos, ou possuir um baixo grau de toxicidade; • f. o pró‐fármaco deve ter uma boa biodisponibilidade caso seja administrado oralmente; • g. a velocidade de formação do fármaco a partir do pró‐fármaco deve ser suficientemente rápida para manter a concentração do fármaco dentro de sua janela terapêutica ; • h. o pró‐fármaco deve ser sítio‐específico Considerações químicas para o planejamento de um pró-fármaco • Existência de grupos funcionais no fármaco capazes de sofrer derivatização; • Existência de mecanismos e/ou sistemas no organismo capazes de bioativar o pró-fármaco; • Facilidade e simplicidade de síntese e purificação do prófármaco; • Regeneração in vivo da molécula do fármaco em quantidades ideais; GRUPOS QUÍMICOS E CONVERSÕES CONVERSÃO DE GRUPOS -OH CONVERSÃO DE GRUPOS CETONA E ALDEÍDO CONVERSÃO DE GRUPOS CARBOXILA (COOH) TIPOS DE PRÓ-FÁRMACOS PRÓ‐FÁRMACOS BIOPRECURSORES • ƒ Não apresentam transportador ; • Molécula Já contêm o embrião da espécie ativa em sua estrutura; ƒ • Sofrem biotransformação (geralmente pelo sistema redox), in vivo, para transformar‐se em metabólito ativo SINVASTATITA ACICLOVIR LEVODOPA Levodopa (usado no tratamento da Doença de Parkinson) é transportada por um “carrier” para o interior da célula. Na célula, por ação da enzima descarboxilase o grupo carboxílico é removido e forma-se a Dopamina. HO HO CO2H H H2N Levodopa HO HO NH2 Dopamina Azatioprina (pró-fármaco) e 6-Mercaptopurina (é usado na supressão da resposta imunitária) N N N N H S N N O2N Me N N N N H SH Azatioprine 6-Mercaptopurine Diazepam (valium) e Nordazepam (sedativo) N N O Me Cl N N O H Cl CORANTES “ANTIBACTERIANOS” • O fármaco é acoplado à porção transportadora; • Melhora nos efeitos; • Porção transportadora após liberada é inerte. PRÓ-FÁRMACOS “CLÁSSICOS” AAS AS- EFEITOS COLATERAIS PRINCIPALMENTE NA MUCOSA GÁSTRICA, DEVIDO AO FENOL AAS- ESTERIFICAÇÃO DO FENOL E REDUÇÃO DOS EFEITOS COLATERAIS VALACICLOVIR AUMENTO DA BIODISPONIBILIDADE E SOLUBILIDADE ACICLOVIR VALACICLOVIR CLORIDRATO DE VALACICLOVIR – MAIS SOLÚVEL Cloridrato de Valaciclovir Valaciclovir ESTRAMUSTINA SULFAMETOXAZOL PILOCARPINA • O fármaco e a porção transportadora possui atividade biológica; • Sinergia entre os efeitos; • Redução da resistência ao fármaco. PRÓ-FÁRMACOS RECÍPROCOS ANTIBACTERIANOS PRÓ-FÁRMACOS DIRIGIDOS MODERNOS: ADEPT E GDEPT CARACTERÍSTICAS • Fármacos acoplados a um transportador específico para determinados receptores ou enzimas existentes no sítio de ação específico do fármaco; • Sistemas transportadores: ƒanticorpos monoclonais monoclonais, albumina, lectinas, hormônios e glicoproteínas ƒ • Celulares: eritrócitos e fibroblastos ƒ • Sintéticos: polímeros sintéticos, como polímeros de metacrilamida e lipossomos SISTEMA ADEPT (Anti-body directionetd Enzyme pro-drug Terapy ) • terapia pró‐droga/enzima direcionada por anticorpo. • Administração de conjugado anticorpo‐enzima (AEC), que liga‐se ao antígeno alvo na membrana celular ou ao antígeno livre no fluido extracelular • O pró‐fármaco é administrado e sofre a ação da enzima acoplada ao anticorpo, liberando, seletivamente, a porção ativa EXEMPLOS : FÁRMACOS ADEPT CONTENDO A CEFALOSPORINA COMO BASE ADEPT COM CEFALOSPORINAS CEFALOSPORINA - DOXORUBICINA CEFALOSPORINA - FENILENODIAMINA GDEPT / VDEPT- gene directed enzyme-prodrug therapy • Envolve transferência de um gene carregado, geralmente, por lipossomas ou vírus às células tumorais, capaz de codificar a transcrição de uma enzima, que será responsável pela transformação de um pró-fármaco não tóxico em fármaco ativo, com a finalidade de promover a morte destas células GDEPT LIPOSSOMAS EXEMPLO DE GDEPT NITROREDUTASE É EXPRESSA POR BACTÉRIAS E. coli • 1- INJEÇÃO COM ADENOVIRUS MODIFICADO COM O GENE QUE EXPRESSA A NTR • 2- INCORPORAÇÃO DO VÍRUS ÀS CELULAS; • 3- INCORPORAÇÃO DO MATERIAL GENETICO DO VÍRUS AOS DA CÉLULA • 4- PRODUÇÃO DA ENZIMA PELA CÉLULA DEVIDO À INFECÇÃO COM O VÍRUS
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