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ADF – Análise das Demonstrações Financeiras
 APOSTILA DA MATÉRIA DE AUTORIA DO PROFESSOR TITULAR
1° SEMESTRE/2019
APRESENTAÇÃO:
Pela minha experiência junto aos alunos desta disciplina, no decorrer de alguns anos, faz-se necessário chamar atenção para alguns pontos:
Sabem que a média de aprovação é de 5,00 pontos e a 2ª avaliação tem peso 2, que lhes dá, com pouco esforço, aprovação mínima. Sabem também que minhas verificações são individuais, permitida a consulta ao próprio material nos testes, apenas, com o intuito de que nada seja decorado e sim, entendido. Aplico todos os conceitos contábeis e financeiros básicos, constantes das matérias antecessoras, indispensáveis à formação profissional.
Minhas aulas são essencialmente presenciais, práticas, dinâmicas, longe de qualquer enfoque teórico monótono, estimulando o raciocínio lógico, a leitura e interpretação adequadas dos problemas propostos, sempre relacionados à cultura necessária ao cotidiano do profissional contabilista.
É apropriado destacar a definição de matemática financeira: “estudo do dinheiro no tempo”, que nos traz a visão do bem mais precioso que existe: “O TEMPO”. Podemos até perder dinheiro, jamais TEMPO.
Como professor desta matéria, tenho o dever de valorizar o tempo investido por vocês alunos, aspirando carreiras profissionais bem sucedidas, transmitindo-lhes todo conhecimento necessário para que atinjam seus objetivos. Para isto, avaliarei os conhecimentos absorvidos com a mesma intensidade e dedicação que realizarei meu trabalho.
DESEJO SUCESSO A TODOS!!!
Programa básico: 
Avaliação do BP e da DRE por meio de técnicas de análise através de índices e análise vertical e horizontal, visando o conceito de risco de crédito final da empresa sob a ótica do analista de crédito, preparando para o usuário final das informações (acionistas, investidores, dirigentes, instituições financeiras, clientes, fornecedores).
Alavancagem financeira; Ebitda; valor para o acionista; análise discriminante (solvência); índice de avaliação estrutura financeira; análise do capital de giro; indicadores do clico operacional; retorno sobre capital próprio; capital circulante líquido, necessidade de investimento em giro.
Complementar: 
O ativo		Enfoque		Financiamentos e
O passivo	econômico e		investimentos na 
A DRE		financeiro		empresa
O CCL
Metodologia e didática
Aulas presenciais (altamente presenciais) em quadro branco com exercícios constantes em aula e extra-classe – prática da matéria dada.
Provas:
Questões objetivas e discursivas, vários tipos de provas, individuais. Estas questões não serão cópias dos exercícios dados em aula. O conteúdo da prova do 2° bimestre será acumulativo do semestre.
Peso das notas: 1N1+2N2		Prova = 80%
 			 3		Teste = 20%
Bibliografia básica
Básica: Estrutura e Análise de Balanços – Assaf Neto – Atlas
 Manual de Contabilidade Sociedade por Ações - Iudícibus – Atlas
Requisitos básicos
Uma boa calculadora
Conhecimentos básicos de matemática financeira
Observações:
Matéria voltada para o mercado
Tratamento como nível superior, com cobrança adequada
Teoria aliada à prática constante
Material das aulas e exercícios serão disponibilizados no e-aluno
Trabalharemos com balanços de empresas S/A com capital aberto, ações em bolsa, situações reais.
Atenção: As questões dos testes e provas do primeiro e segundo bimestre utilizarão os conceitos contábeis e financeiros abordados no programa e na lista de exercícios, corrigidos em aula. Estas questões não serão cópias de exercícios. Abrangerão toda a matéria do semestre. Os testes serão aplicados no tempo correspondente a 1 aula.
Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras de Empresas
Este trabalho foi desenvolvido de forma a dar ao aluno, instrumental e capacitação para interpretar e analisar os resultados obtidos pelas empresas dentro da realidade empresarial brasileira.
Este curso insere-se nos campos da contabilidade e de finanças como uma das mais importantes especializações. O conhecimento desta matéria prepara profissionais com competências específicas para atender demanda crescente por parte das empresas, em conhecer especificamente seus aspectos econômicos e financeiros.
Unidade I - Apresentação
Incompleto seria abordar-se o tema central da matéria – Análise das Demonstrações Contábeis – sem apresentarmos, mesmo que sucintamente, as principais características da empresa, que subsidiará todo o processo de análise econômico-financeira.
O objetivo da administração financeira em uma empresa é maximizar o patrimônio dos acionistas. A função do administrador financeiro é orientar as decisões de investimentos e financiamentos a serem tomadas pelos dirigentes da empresa, para isto, necessitam os profissionais da área, da ferramenta disponibilizada pela correta e completa análise das demonstrações contábeis.
As avaliações decorrentes da análise podem ser em relação ao passado – retratado nas demonstrações contábeis – como em relação ao futuro – espelhado no orçamento da empresa.
A análise das demonstrações contábeis é uma ferramenta poderosa à disposição das pessoas físicas e jurídicas relacionadas à empresa, assim como à acionistas, dirigentes, instituições financeiras, fornecedores, clientes,governos, fisco e investidores.
Como disciplina educacional enquadra-se na área de contabilidade e de finanças. Os princípios fundamentais da contabilidade são pré-requisitos e conhecimento de finanças, economia e matemática financeira, complemento ao objetivo final.
A meta é chegar-se às avaliações por meio de técnicas de análise através de índices e análise vertical e horizontal das demonstrações, visando a tomada de decisões.
As demonstrações contábeis, obrigatórias pela Lei 6.404/76 e atualizada pela Lei 11.638/07 às empresas são: Balanço Patrimonial/Demonstrações do Resultado do Exercício/Demonstrações de Lucros e Perdas Acumulados ou Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido/DFC – Demonstração do Fluxo de Caixa. Quando publicadas vêm acompanhadas de:
Relatório da Diretoria;
Notas Explicativas;
Parecer dos Auditores (obrigatório para companhias abertas, ou seja, aquelas que têm papéis negociáveis – ações ou debêntures – colocados junto ao público).
Esta lei determina a estrutura básica das demonstrações contábeis referidas. A legislação fiscal tornou obrigatórias também para os demais tipos de sociedades. Por este motivo, todas as empresas, no Brasil, divulgam suas demonstrações sob a forma prevista na Lei das S/A.
MÓDULO I: Caracterização das Empresas
Sistemas Econômicos
A forma como os agentes econômicos tratam os escassos recursos de mercado, objetivando produzir bens e serviços voltados em atender suas necessidades de consumo, é a preocupação da economia. A base dos problemas econômicos surge na escassez destes recursos, determinado pelas necessidades expansionistas de seus agentes. As necessidades ilimitadas em países ricos incentivam o processo de globalização da economia. 
Identificam-se dois sistemas econômicos, basicamente:
O Capitalismo ou Economia de Mercado, em que predomina a propriedade privada. Neste, o capital é propriedade privada, sendo acumulado como conseqüência de livre negociação no mercado.
O Socialismo ou Sistema de Planificação Central, em que as propriedades são transferidas ao Estado, suprimindo a livre iniciativa empresarial em favor de um sistema centralizado de planejamento.
Predominam no mundo, economias voltadas ao mercado, conduzidas pelas decisões dos consumidores. A abertura de mercado e o crescimento da competitividade entre unidades produtivas (empresas) foram impostas pela globalização da economia, exigindo maior nível de qualidade e eficiência dos seus agentes, de forma a atenderem a exigência de seus consumidores.
Desta maneira, em qualquer estrutura de mercado adotada, o sistema econômico apresenta uma interligaçãode quatro elementos essenciais:
Fatores de Produção: Representam as riquezas disponíveis de um país, cuja finalidade é satisfazer às necessidades e aos desejos de consumo de sua população. Esses fatores compõem-se de recursos naturais; trabalho e capital;
Empresas ou Agentes Produtivos: Produzem e oferecem bens e serviços à população, atuando duplamente no sistema econômico – demandam fatores de produção e ofertam bens e serviços;
Empresários e Produtores: Originários da área estatal ou privada;
Consumidores ou População: A quem são oferecidos os bens e serviços produzidos.
Classificação das Empresas
Classificam-se segundo três aspectos:
Econômico:
Setor Primário: cultivo e exploração do solo;
Setor Secundário: transformação – indústrias;
Setor Terciário: comércio e prestação de serviços.
Administrativo: estatal ou pública, tem o capital controlado totalmente pelo poder público:
Mista: tem o capital originado do setor público e do privado independentemente do controle que possam deter;
Privada: tem o capital e a administração de responsabilidade da iniciativa particular.
Jurídico: empresa individual, tem o capital pertencente a uma só pessoa.
Empresa societária: tem o capital constituído por duas ou mais pessoas. Os principais tipos são:
Sociedade por cotas de responsabilidade limitada: em que o capital é representado por cotas:
Sociedade anônima: é o capital dividido em parcelas, as quais são representadas por valores mobiliários, denominados ações. Estas sociedades podem classificar-se em sociedade anônima de capital aberto (companhia aberta), quando tem seus valores mobiliários (ações ou debêntures) admitidos em negociação na bolsa de valores ou no mercado de balcão, depois de cumprir exigências legais na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As sociedades de capital aberto são conseqüências naturais do estado de desenvolvimento econômico que vive o país. Possui um número ilimitado de sócios, captando recursos da poupança da população, canalizando-as para as atividades produtivas da economia. Por este motivo é considerada a forma mais democrática de empresa, reflexo do moderno capitalismo em que pequenos poupadores tornam-se sócios dos grandes empreendimentos.
Outra forma de sociedade anônima é definida como capital fechado (companhia fechada), quando os valores mobiliários não são negociados nas bolsas de valores. Os recursos de capital próprio necessários não são captados publicamente, são provenientes da poupança dos próprios acionistas. Este tipo de empresa tem número limitado de sócios, sendo mais tradicional e essencialmente familiar.
Valores Mobiliários
Podem as empresas S/A (capital aberto) captar recursos no mercado para suprir suas necessidades financeiras por meio de emissões de:
Ações:
Constituem-se na menor fração do capital social da sociedade anônima. São títulos negociáveis e distribuídos aos subscritores de acordo com a participação. Podem classificar-se em:
Ordinárias: Acionistas têm direito a voto nas assembléias decidindo sobre os destinos da sociedade. Em relação aos dividendos, a distribuição ocorre de acordo com o previsto nos estatutos da companhia ou previsto em lei.
Preferenciais: Preferência no recebimento de dividendos antes dos acionistas ordinários; preferência no reembolso do capital em caso de liquidação da sociedade; não possuem direito a voto nas assembléias.
Gozo ou Fruição: Não são negociadas em bolsa; distribuídas a fundadores da companhia; montantes que lhes caberiam em hipótese de dissolução da companhia.
Ações podem ser emitidas na forma escritural, sem emissão de certificados, constituindo-se instituições financeiras como fiéis depositários dos títulos de propriedade.
As vantagens dos investidores em ações podem ser:
Dividendos e juros sobre capital próprio: distribuídos em dinheiro em cada exercício social aos acionistas, seguindo o percentual do lucro previsto no Estatuto da empresa ou, no mínimo, o fixado em lei;
Bonificação: distribuição gratuita de novas ações aos acionistas, em função do aumento de capital por incorporação de reservas;
Valorização: ganho na variação do preço das ações no mercado que depende do preço de compra, a conjuntura econômica e do desempenho da empresa;
Direito de Subscrição: preferência nos aumentos de capital, na aquisição de novas ações a preços favorecidos.
Debêntures:
Títulos de crédito emitidos por sociedades de capital aberto, garantidos pelo ativo e classificados no passivo exigível a longo prazo. Estas emissões são normatizadas pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Oferecem aos aplicadores juros, participação nos lucros e prêmios de reembolso. Podem ser emitidas com cláusula de conversibilidade em ações ou pagas no vencimento.
Utilizado como instrumento de captação de recursos para financiar a atividade operacional.
Depositary Receipts (DRs):
Empresas brasileiras podem captar recursos no mercado internacional, emitindo títulos lastreados em ações. São conhecidos também como ADR (mercado americano) ou IDR (outros países). O lastro em ações deve estar custodiado em instituição financeira.
Governança Corporativa e Novo Mercado
As empresas S/A (capital aberto) estão adaptando-se às novas exigências do mercado em relação à transparência de seus procedimentos e padrões de comportamento. Para atender a estas necessidades foram criados conceitos denominados de “Governança Corporativa” que se refere ao conjunto de relacionamentos entre a administração, seus acionistas e outras partes interessadas que define a estrutura, os objetivos e fiscalização da administração da empresa.
O “Novo Mercado” foi implantado pela Bovespa com o objetivo de aumentar a confiança e disposição dos investidores em adquirirem ações de empresa que respeitem os seus direitos, que se comprometam com práticas de governança corporativa, com transparência e credibilidade.
Concentração e Transformação de Empresas
Transformações nas empresas caracterizam-se por mudanças na natureza social – mudando-se o ramo de atividade e na forma jurídica – mudando-se de sociedade limitada para sociedade anônima. A cisão é uma forma de transformação em que uma companhia transfere parte ou totalidade de seu capital (patrimônio) para uma ou mais sociedades.
As principais formas de concentração de sociedade são:
Fusão: união de duas ou mais sociedades, formando uma nova sociedade que as sucedera em todos os direitos e obrigações. As razões para o fato é a procura de melhor eficiência administrativa, redução de custos, desenvolvimento das atividades operacionais.
Incorporação: absorção de uma ou mais sociedades por outra que as sucede em todos os direitos e obrigações.
Coligadas: sociedades que participam com 10% ou mais do capital de outras, sem apresentar com esta participação o poder de controle.
Controladas: sociedades em que a controladora, de forma direta ou por meio de outras controladas, possua participação no capital que assegure de modo permanente o poder de controle sobre a controlada.
Holding: sociedade de controle sobre outras sociedades. Seu objetivo é possuir ações de várias sociedades controlando-as, buscando as seguintes vantagens: separação jurídica, visando proteção para que os riscos individuais não afetem a sociedade-mãe (holding); deter o controle com pequena participação no capital da controlada; controle centralizado com administração descentralizada.
Objetivos das Empresas
O objetivo estabelecido e primordial de uma empresa é a maximização da riqueza dos proprietários e acionistas e do seu valor de mercado. Na busca deste objetivo, atinge paralelamente objetivos sociais tais como: recolhimentos de impostos, criação de empregos, ambientais, entre outros.
Decisões Financeiras das Empresas
Em relação a aspectos financeiros internos, as empresas tomam decisões regularmente, de maneira contínua e inevitável, que definem sua estabilidade financeira e atratividade econômica de financiamentos captando recursos (passivos) e de investimentosaplicando os recursos obtidos (ativos).
Estas decisões não podem ser tomadas de forma independente, devem visar o equilíbrio financeiro e a atividade econômica da empresa visando sempre sua continuidade e valorização. O retorno dos investimentos realizados deve, no mínimo, satisfazer as expectativas de remuneração dos proprietários do capital (credores e acionistas) de maneira a viabilizar economicamente a empresa.
Dentro do passivo da empresa, ou seja, financiamentos encontramos recursos próprios que são provenientes do capital subscrito e integralizado pelos sócios e dos lucros retidos, identificados no patrimônio líquido. Encontramos também passivos decorrentes da atividade chamados de operacionais ou de funcionamento, basicamente no curto prazo, tais como: fornecedores, salários a pagar e impostos a pagar.
Esses valores passivos são integralmente investidos nos ativos alimentando financeiramente seus ciclos operacionais proporcionando capacidade física de produção e vendas. A conseqüência desse processo deverá ser um resultado suficiente para remunerar os recursos de terceiros (juros) ou o capital próprio (lucro). Resumindo, todo financiamento apresenta custo e o resultado decorrente do investimento desses capitais, chamando de “lucro operacional” deve satisfazer as expectativas de retorno viabilizando economicamente o empreendimento.
A existência de lucro, exclusivamente, não garante o sucesso do empreendimento. É essencial que o resultado operacional apurado cubra pelo menos as expectativas de retorno das fontes de capital, representadas pelos juros dos credores e lucro líquido dos proprietários. A viabilidade financeira da empresa decorre da capacidade dos ativos se transformarem em caixa em prazo compatível com os pagamentos programados.
Retorno Gerado pelos Ativos e Custo do Passivo
É importante na medição do desempenho da empresa a comparação entre o retorno produzido pelos ativos (investimentos) e o custo dos recursos captados para seu financiamento.
Toda decisão de investimento que gere retorno maior que o custo de capital proveniente dos credores e acionista cria valor (riqueza) aos proprietários, agrega valor econômico. Situação contrária: quando o custo do capital superar o retorno produzido pelos ativos ocorrerá perda de valor (riqueza), destruição do valor econômico.
Deve-se lembrar que o princípio financeiro fundamental, primordial, de toda empresa é oferecer retorno aos investimentos dos acionistas que cubra expectativa mínima de ganho.
Custo dos Recursos Próprios e de Terceiros nas Empresas
Segundo a abordagem da origem dos recursos de uma empresa, se próprios ou de terceiros, os custos destes capitais refletem o retorno exigido pelas fontes geradoras. A remuneração formalmente comprometida com credores (terceiros), referentes a juros e comissões, reflete o custo das operações de empréstimos e financiamentos. Os acionistas, por sua vez, esperam retorno ao seu investimento de maneira a remunerar o capital aplicado.
Ao se confrontar os custos destas citadas fontes, é correto considerar-se como sendo o capital próprio mais caro que o capital de terceiros. As razões estão no sistema tributário que prevê abatimento integral das despesas financeiras na renda tributável, diminuindo o imposto a pagar. Por outro lado, a remuneração paga aos acionistas (dividendos) não recebe esse incentivo fiscal. Outra razão está no maior grau de risco para o acionista ao alocar recursos, sendo então necessário maior retorno. A remuneração do investimento do acionista depende do desempenho da empresa e da existência de caixa. Capitais de terceiros têm preferência por condições contratuais pré-estabelecidas e ainda sofrer subsídios das autoridades monetárias.
Risco Empresarial
As decisões financeiras segmentam o risco empresarial em duas grandes partes: risco operacional (econômico) e risco financeiro.
O risco operacional é decorrente do ativo da empresa, da sua atividade, do setor, da conjuntura econômica, da sazonalidade, da concorrência, da tecnologia.
O risco financeiro é determinado pelo endividamento, níveis elevados de capitais de terceiros em relação a capitais próprios.
MÓDULO II – Tópicos Básicos
Econômico e Financeiro
“Ter lucro, mas não ter dinheiro é mais comum do que parece, na maioria das empresas”.
É fundamental e muito importante entender claramente a definição destes termos, para que não se chegue a conclusões confusas sobre a empresa.
Estes termos são muito utilizados no mercado financeiro e no cotidiano. Ouve-se sempre: “Estou com problemas financeiros”. Portanto, podemos definir:
Econômico: Refere-se ao lucro no sentido dinâmico, movimentação. Estaticamente ao patrimônio líquido.
Financeiro: Refere-se a dinheiro. No sentido dinâmico e restrito representa a variação do saldo de caixa; no sentido dinâmico e amplo representa a variação do capital circulante líquido; no sentido estático e amplo ao capital circulante líquido; no sentido estático e restrito ao saldo de caixa.
Para melhor visualização:
	Econômico
	Financeiro
	Patrimônio Líquido
	Capital Circulante Líquido
	Saldo de Caixa
	Estático
	Líquido
	Estático e restrito
	
	Estático e amplo
	
	Lucro Líquido
	Variação do Capital Circulante
	Variação do Saldo de Caixa
	Dinâmico
	Dinâmico e amplo
	Dinâmico e restrito
Financiamentos e Investimentos
“Para cada investimento existe um financiamento adequado na empresa”. (seria o ideal)
Toda aplicação de recursos em bens, direitos ou gastos (custos e despesas), que beneficiarão exercícios seguintes da empresa é considerado INVESTIMENTO. O ATIVO representa os INVESTIMENTOS totais em uma empresa.
Para todo e qualquer investimento efetuado na empresa existe obrigatoriamente uma origem de recursos demonstrada no PASSIVO, constituindo-se os FINANCIAMENTOS captados.
A situação financeira e os resultados econômicos dependem da adequação entre os INVESTIMENTOS e FINANCIAMENTOS. Estamos então, falando da compatibilidade entre o ATIVO e o PASSIVO em termos de prazos, juros, formas de amortização, retorno dos recebíveis, imobilizações. Esta adequação e compatibilidade é a grande dificuldade da administração financeira, que procura evitar problemas que podem causar a falência da empresa. Este problema não é exclusivo das empresas, mas também de países e pessoas físicas.
O Ativo Permanente Produtivo deve preferencialmente ser financiado por capitais próprios, sendo aceitável seu financiamento em parte com recursos de terceiros exigíveis a longo prazo desde que os recursos gerados disponíveis (recursos acrescidos ao ativo circulante e ao capital circulante líquido, decorrente das operações) sejam suficientes para pagamento das prestações ou serviços desta dívida e que estes financiamentos não estejam fora dos padrões do mercado.
Se houver, na empresa, capitais circulantes em proporção adequada em relação ao passivo circulante, pode-se dizer que há adequação entre financiamentos e investimentos de recursos.
A análise das demonstrações objetivas dar ferramentas para medição desta adequação, sendo por meio dos índices a mais visível, confirmada com análise da estrutura e evolução das principais contas.
Balanço Patrimonial
Tem a finalidade de apresentar a posição financeira e patrimonial da empresa em determinada data (data da apuração). Os saldos apresentados nas contas têm posição estática, retrato do dia da apuração. O balanço é composto de 3 elementos: ativo (aplicadores dos recursos em bens e direitos); passivo (exigibilidades e obrigações, origem dos recursos); patrimônio líquido (representa a diferença entre o ativo e o passivo, mostra o valor líquido da empresa).
Os efeitos da inflação sobre os balanços (correção monetária) eram reconhecidos de acordo com a lei 6404/76. A partir do exercício de 1996 a lei 9249/95 tornou proibida a correção monetária dos balanços para fins fiscais e societários. A CVM tornou facultativa a elaboração e divulgação. A conseqüência da proibiçãoé uma distorção cada vez mais evidente dos resultados da demonstração.
O Ativo, O Passivo – A Origem
“O volume de vendas correlaciona-se intimamente com o ativo de uma empresa”.
Se vendas refletem tudo que a empresa consegue vender e o lucro é a diferença entre o total da receita e custos mais despesas, o que determina o valor do ativo? Depende das vendas? Exemplificando: Se vendas cresceram 25% e o ativo cresceu 35%, qual a provável causa?
A correlação entre o ativo/vendas/resultado pode ser vista da seguinte forma: o ativo da empresa é determinado em função do volume de operações (vendas) e pelas condições de mercado. O imobilizado dá o suporte. Consequentemente, à medida que a empresa vende (opera) gera resultado (lucro ou prejuízo), alterando o Patrimônio Líquido e a capacidade de financiar o ativo, reiniciando o ciclo.
De forma objetiva e suscinta mostramos a formação dos principais itens do ativo e do passivo (considerar a estrutura descrita no Manual de Contabilidade e no livro indicado para a matéria – Assaf Neto):
Ativo circulante: Também denominado de capital de giro ou capital circulante.
Disponível: Ativo circulante (corrente) financeiro, normalmente composto por caixa e bancos. Saldos em R$ necessários para o dia a dia da empresa e equivalente à caixa.
Aplicações Financeiras: Ativo circulante (corrente) financeiro. Investimentos em títulos bancários decorrentes de excessos de disponibilidades causados por: desinvestimentos, captação de recursos ainda não utilizados, lucros não reinvestidos.
Contas a Receber/Carteira de Clientes/Recebíveis: Ativo circulante (corrente) operacional ou cíclico ou de funcionamento. Tem caráter permanente (fixo) aumentando ou diminuindo seu valor em função dos financiamentos concedidos pela empresa aos clientes e eventuais inadimplências.
Estoques: Ativo circulante (corrente) operacional ou cíclico ou de funcionamento. Tem caráter permanente (fixo), aumentando ou diminuindo seu valor em função de eficiência nos controles e condições junto aos fornecedores (preço e prazo). 
Outros itens do Ativo Circulante Operacional: Decorrentes do funcionamento da empresa: adiantamentos a empregados/diretores, despesas antecipadas (seguros, aluguéis), depósitos compulsórios, antecipação a fornecedores.
Realizável a Longo Prazo: Ativo não circulante (não corrente). Com exceção das disponibilidades, são lançadas nesta rubrica as mesmas contas do ativo circulante cuja realização seja superior ao exercício seguinte. Toda e qualquer empresa tem normalmente como conseqüência de suas operações, dois tipos de investimentos: no ativo circulante e no ativo permanente imobilizado (produtivo/operacional). Sendo assim, as contas do RLP surgem como exceção.
Investimentos (no ativo permanente): Ativo não circulante (não corrente). Aplicações (investimentos) de recursos de qualquer natureza que não se destinem ou correlacionem com a atividade fim da empresa. Não produtivo. Não operacional.
Imobilizado: Ativo não circulante (não corrente). Aplicações de recursos em bens corpóreos, tangíveis, destinados à manutenção da atividade da empresa (produtivo, operacional). Estes investimentos deverão ter correlação direta com a produção e as vendas.
Intangível: Bens incorpóreos destinados à manutenção da CIA. Fundo de comércio (goodwill), marcas, patentes, nomes comerciais.
Tendo sido determinado o valor necessário para o ATIVO (INVESTIMENTOS), deve a empresa tratar da captação de recursos para financiá-lo (PASSIVO).
Por questões de bom senso financeiro, a ordem de entrada na empresa deve ser em primeiro lugar “recursos próprios” em segundo financiamentos ou empréstimos bancários de longo prazo e por último, empréstimos bancários de curto prazo, muito embora na “prática” não ocorra nesta ordem.
Patrimônio Líquido: Passivo não circulante (não corrente), não exigível permanente. Representa recursos captados de sócios e acionistas para financiamento preferencialmente de todo ativo permanente e uma parte do ativo circulante (corrente). À medida que a empresa acumula lucros, fortalece o patrimônio Líquido e cresce sua capacidade de financiamento dos investimentos no ativo, determinando o ritmo de crescimento. É óbvio que ao apresentar resultados negativos, ocorre o inverso, ou seja, enfraquecimento da estrutura da empresa. Ver as contas deste grupo conforme a lei 11638/07 e MP 449/08.
Passivo Exigível a Longo Prazo: Não circulante (não corrente), exigível. Captação de recursos para financiar investimentos no imobilizado e no giro (ativo circulante). Quanto mais longo o prazo de vencimento do principal, melhor para a empresa sob o aspecto financeiro. Tanto faz denominar-se de “empréstimos” ou “financiamentos” bancários, o importante é o prazo de reembolso ao credor. No Brasil, linhas de longo prazo são escassas, dependendo de financiamentos com recursos federais ou de investidores internacionais. Exemplos: financiamentos no BNDES, emissão de debêntures.
Passivo Circulante: Circulante (corrente), exigível. Formado por:
Passivo de funcionamento ou operacional, fixo e permanente. São recursos representados por “fornecedores” e “outras obrigações a pagar” que surgem em decorrência das operações da empresa. Por se renovarem constantemente, esses financiamentos adquirem caráter “permanente”, “fixo”. Por não exigirem esforços de negociações, a cada pagamento sua renovação é garantida.
Passivo financeiro ou errático. São financiamentos residuais (ou deveriam ser), tomados para complementar a necessidade de cobertura dos investimentos no ativo circulante, sempre que as demais fontes não forem suficientes. Esses financiamentos não contam com renovação garantida e por isso, podem provocar dificuldades para a empresa. São constituídos de empréstimos bancários, incluindo-se como tal as “duplicatas descontadas” (reclassificação do balanço).
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
Objetiva fornecer ao usuário, de maneira esquematizada os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos em determinado exercício social, que são contabilmente transferidos para as contas do patrimônio líquido, zerando os saldos das contas de origem. O resultado final de lucro ou prejuízo é resultante do encontro entre receitas, custos e despesas incorridos pela empresa e apropriados conforme o regime de competência, independente de como tenham sido pagos ou recebidos. Os saldos das contas são acumulativos ao longo do exercício social.
Considerar a estrutura descrita no manual de contabilidade e no livro indicado para a matéria (Assaf Neto).
Endividamento
Em princípio, e de uma forma mais genérica, através da experiência se constata que empresas falidas em geral são muito endividadas. Isto é óbvio, pois falência nada mais é do que a incapacidade de pagar dívidas. Empresas com baixo percentual de endividamento não costumam ir à falência. É impossível uma empresa com endividamento zero falir!
A falência, entretanto, nunca se deve exclusivamente ao endividamento. Há, invariavelmente, um quadro de má administração, desorganização, malversação, projetos fracassados, somando-se a um excessivo endividamento.
São variáveis importantes na definição da capacidade de endividamento:
Geração de Recursos: Empresa capaz de gerar recursos para amortizar as dívidas tem mais capacidade de endividar-se. Uma empresa mais endividada pode representar risco menor que outra menos endividada, se tiver maior capacidade de amortizar dívidas.
Liquidez: Empresa que toma recursos investe-os em seu giro comercial e dispõe de bom capital próprio investido no Ativo Circulante, o efeito negativo sobre a liquidez será muito menor que empresa que imobiliza todos os recursos próprios e mais parte dos capitais de terceiros. Neste caso, a liquidez tende a ser afetada aumentando o risco de insolvência.
Renovação: Empresa que consegue renovar as dívidas ao vencerem não terá problemas de insolvência. Diz-se que: “dívida não se paga, administra-se”, porque quando a empresa recorre à capitais de terceiros, o faz por insuficiênciade capitais próprios, assim terceiros passam a financiar parte do ativo. Então, para pagar esses terceiros é necessário reduzir o ativo e normalmente não querem fazer isso. Assim, a alternativa é manter o nível de captação com terceiros renovando ou tomando novos empréstimos para pagar antigos. Ocorre que nem sempre a empresa consegue, provocando a iliquidez. A continuidade da empresa fica dependente desta situação. Na prática, quem define esta possibilidade são os agentes financeiros do mercado.
O Ciclo Operacional da Empresa
No andamento das atividades operacionais, a empresa persegue sistematicamente a produção de bens, mercadorias ou serviços, com a conseqüente venda e recebimento. Visa, então, obter lucros que satisfaçam as expectativas de retorno de suas fontes de financiamento. O desenvolvimento deste processo demonstra de maneira normal e repetitiva o “ciclo operacional” da empresa, constituindo-se uma das fases existentes no interior da empresa que vão da aquisição de materiais ou bens até o recebimento das vendas efetuadas: compra de materiais/mercadorias => produção => venda => recebimento, e assim sucessivamente, adequados à atividade fim: comércio, indústria, serviços.
Estas fases operacionais necessitam de financiamentos que podem ser constituídos dos passivos de funcionamento (permanentes ou fixos); recursos próprios; empréstimos; desconto de duplicatas.
Todos os financiamentos e investimentos que a empresa realiza na sua atividade convertem-se, a curto ou longo prazo, novamente em dinheiro. O disponível alimenta-se a curto prazo pelo Ativo Circulante por meio da redução dos estoques, de recebimentos de realizáveis. Com estes recursos pode a empresa pagar as obrigações assumidas no passivo. Mas, para que tudo se processe normalmente é necessário que o prazo de pagamento das obrigações seja maior ou pelo menos igual à liquidez do ativo. Desta forma conceitua-se o equilíbrio financeiro. No entanto, os elementos do Ativo Circulante Permanente ao serem financiados com créditos a curto prazo, trarão desequilíbrio à empresa pela falta de sincronização. Assume assim a empresa – Risco Financeiro.
É necessário então segmentar-se o Ativo Circulante em duas partes: A primeira efetivamente de curto prazo e a segunda definida pela empresa como mínima para manutenção da atividade básica e admitida como permanente (fixos). O Ativo Circulante Permanente (fixo) é caracterizado pelo saldo mínimo de caixa que a empresa precisa manter; uma parcela de vendas a prazo; volume mínimo de estoques indispensável para as operações. A empresa não pode reduzir esses valores sem sacrificar a atividade operacional sendo, portanto, definidos como fixo-permanentes (sustentação da atividade empresarial).
O Capital Circulante Líquido
Também denominado capital de giro líquido, é representado pelo ativo circulante menos o passivo circulante, sendo esta a forma mais usual de cálculo. O significado financeiro, porém, é distinto. Visualiza-se o CCL pela diferença entre fontes de financiamento de longo prazo e de investimentos de longo prazo (não circulantes). Se as origens de recursos de longo prazo forem superiores aos investimentos de longo prazo, o CCL será positivo, demonstrando sobra de fontes em relação aos usos de recursos de longo prazo. Consequentemente, esta sobra estará aplicada em investimentos de curto prazo, indicando a existência de “folga financeira de curto prazo”, que é o significado financeiro do CCL. Se o inverso ocorrer, ou seja, os investimentos de longo prazo superarem as origens de recursos de longo prazo, a empresa estará financiando parte se seus investimentos de longo prazo com recursos de curto prazo o que demonstra descasamento de prazos entre origens e aplicações de recursos, que afetará a posição financeira de liquidez da empresa.
Gráfico das situações:
	Ativo Circulante
	Passivo Circulante
	
	Ativo Circulante
	Passivo Circulante
	
	Fórmulas de Cálculo:
	CCL>0
	Financiamentos exigíveis a longo prazo e não exigíveis (próprios)
	
	Usos/ aplicações a longo prazo realizáveis e permanentes
	CCL<0
	
	CCL=Ativo Circulante – Passivo Circulante
	Investimentos realizáveis a longo prazo e permanentes (não circulantes)
	
	
	
	Origens/ fontes de longo prazo exigíveis e não exigíveis
	
	CCL= (Patrimônio Líquido + Exigível a longo prazo) – (ativo permanente + realizável a longo prazo)
Ao analisarmos os aumentos ou diminuições do ativo e do passivo circulantes, apuramos a variação final do CCL encontrando a “conseqüência” destas variações. Nosso objetivo e interesse é conhecer as “causas” destas variações que serão encontradas pela análise dos itens não circulantes do balanço que afetam o CCL, resumidas neste quadro:
	Conseqüências
	Causas dos efeitos sobre o CCL
	Aumentos do CCL
	Aumentos de passivo não circulante
	Fontes do CCL
	Diminuições de ativo não circulante
	Diminuições do CCL
	Diminuições do passivo não circulante
	Usos do CCL
	Aumentos de ativo não circulante
Variações de itens no balanço que não afetam o CCL:
Existem variações em itens que não provocam variação do CCL. Esta situação ocorre quando as “causas” provocam alteração somente dentro dos valores dos itens circulantes ou dos itens não circulantes.
Variações do CCL geradas pelas operações:
Os lucros da empresa são fontes do CCL, os prejuízos são usos. Ocorre que o resultado líquido nem sempre coincide com a variação provocada no CCL. Existem alguns itens que pertencem ao exercício e alteram o resultado, mas não se originam da diminuição do ativo circulante ou do aumento do passivo circulante. As despesas com depreciações, amortizações e exaustões do exercício, lançadas na conta de resultados e reduzindo o resultado do exercício, não afetam, não reduzem o CCL. Seu reflexo ocorre no ativo permanente, reduzindo-o e diminuindo o patrimônio líquido – não altera os valores circulantes – altera valores não circulantes. Desta forma, o valor destes itens registrados na conta de resultados deve ser adicionado ao resultado líquido para apuração do valor efetivo dos recursos gerados pelas próprias operações da empresa.
Melhor explicando o CCL
Financiamentos não correntes aplicados no ativo circulante dão estabilidade, folga financeira, liquidez para a empresa.
Composição/natureza: exclusivamente de financiamentos, origens, fontes não correntes.
Conseqüências: variações para mais ou menos no valor final do CCL.
Causas: originadas em itens não circulantes, é objetivo da análise do CCL. O que interessa é saber o que causou as variações no CCL, na liquidez, na folga financeira.
Lançamentos entre itens circulantes contra circulantes e não circulantes contra não circulantes, não afetam o CCL.
Lançamentos entre itens circulantes contra não circulantes ou ao inverso, afetam o CCL.
Unidade II – Objetivos e Critérios da Análise das Demonstrações
Objetivos: A análise permite extrair informações sobre a posição passada, presente e projetar o futuro de uma empresa para a tomada de decisões. No entanto, a forma como os instrumentos são utilizados é própria do analista. Dois analistas podem chegar a conclusões diferentes da empresa. Devem concluir a respeito da situação econômico-financeira, administração, capacidade de solvência, lucratividade. Para essas conclusões depende da qualidade e veracidade das informações.
Relatórios Contábeis: Necessários para a análise adequada de empresas S/A aberta. Conforme a legislação vigente, os obrigatórios são: Balanço Patrimonial, Demonstração do resultado do Exercício, DLPA ou DMPL, Demonstração do Fluxo de Caixa; DVA – Demonstração do Valor Adicionado; complementares: Relatório da Diretoria, Notas Explicativas, Parecer dos Auditores.
Usuários mais interessados: administradores, acionistas, fornecedores, clientes, concorrentes, investidores, governo e instituições financeiras.
Técnicas de Análise: Análise horizontal/vertical, indicadores econômico-financeiros.
MÓDULO I: Análise no sentido vertical e horizontaldas demonstrações – Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício
Objetivos da análise vertical/horizontal
Análise Vertical: mostrar a importância de cada conta em relação à estrutura da demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, verificando se há itens fora das proporções normais.
Análise Horizontal: mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa.
Em sentido específico, destacam-se os seguintes objetivos da análise vertical/horizontal conjuntamente:
Indicar a estrutura de ativo e passivo, bem como suas modificações
O balanço evidencia os recursos tomados – financiamentos – e as aplicações desses recursos – investimentos. A análise vertical mostra qual a composição detalhada dos recursos tomados pela empresa, qual a participação dos capitais próprios e de terceiros, qual o percentual dos capitais de terceiros a curto e longo prazo, qual a participação de cada um dos itens de capitais de terceiros (fornecedores, bancos, etc.). Mostra também quanto por cento dos recursos totais foi destinado ao Ativo Circulante e quanto ao Ativo Permanente. Dentro do Ativo Circulante, a análise vertical mostra que porcentagem de investimento foi destinada a cada um dos itens principais, como Estoques e Duplicatas a Receber. A comparação dos percentuais da análise vertical da empresa com os de concorrentes permite saber se a alocação dos recursos do ativo é típica ou não para aquele ramo de atividade. É sabido, por exemplo, que no comércio é muito maior o investimento em Ativo Circulante do que em Ativo Permanente. Se uma empresa comercial apresentar maior investimento em ativo permanente do que em ativo circulante é aconselhável investigar o porquê disso. A análise do percentual de cada item do ativo permite detectar a política de investimento da empresa em relação a estoques, duplicatas, imobilizado, enquanto no passivo permite visualizar a política financeira de obtenção de recursos.
A análise horizontal do balanço mostra à quais itens do ativo a empresa vem dando ênfase na alocação de seus recursos e, comparativamente, de quais recursos adicionais se vem valendo. Por exemplo, a análise horizontal pode mostrar que a empresa investe prioritariamente em bens do ativo permanente, enquanto o principal incremento de recursos se verifica no Passivo Circulante; daí se conclui que a empresa tomou financiamentos de curto prazo para investir no Ativo Permanente. Na análise horizontal do balanço deve-se observar comparativamente os seguintes itens:
Crescimento dos totais do Ativo Permanente e Circulante e de cada um dos seus principais componente;
Crescimento do Patrimônio Líquido comparativamente ao do Exigível Total;
Crescimento do Patrimônio Líquido mais Exigível a Longo Prazo comparativamente ao crescimento do Ativo Permanente;
Crescimento do Ativo Circulante em comparação com o crescimento do Passivo Circulante.
Na análise vertical deve-se observar os seguintes itens:
Investimentos de curto prazo comparados aos financiamentos de curto prazo em relação ao total da demonstração – efeitos sobre a liquidez;
Investimentos no ativo permanente produtivo compatível com as operações sociais, assim como sua participação nos investimentos totais;
Participação dos financiamentos com capitais próprios em relação a capitais de terceiros nos investimentos totais – níveis de capitalização;
Relação entre receitas líquidas de vendas com o lucro bruto – comportamento nos exercícios;
Quanto, percentualmente, teve a empresa que usar das receitas com vendas para cobrir seus custos e despesas – comparação nos exercícios;
Margem do lucro líquido em relação às vendas líquidas.
Análise Vertical/Horizontal na Previsão de Falências
A regularidade de comportamento dos diversos itens das demonstrações financeiras é sinal de estabilidade e segurança. A excessiva flutuação representa elevação do risco empresarial. A análise vertical/horizontal pode detectar esse risco.
A insolvência de uma empresa ocorre pela incapacidade de solver suas obrigações, ou seja, pela falta de dinheiro no momento de vencimento de uma dívida.
Toda empresa está sujeita à falta de dinheiro em determinados momentos dadas as naturais incertezas e irregularidades da atividade empresarial. Normalmente, essa carência de moeda é suprida por empréstimos de emergência, obtidos junto a bancos, e corrigida a curto prazo pela reformulação de prazos de Duplicatas a Receber e Fornecedores.
A falta crônica de dinheiro e a perspectiva a longo prazo de agravamento da insuficiência de entradas em caixa em face das saídas comprometidas, caracteriza a insolvência, levando a empresa à falência.
Via de regra, a falta de dinheiro a curto prazo deve-se a cinco motivos:
Desempenho de vendas aquém do esperado;
Falta de controle das despesas;
Prejuízo;
Má administração do Ativo e Passivo Circulante;
Excesso de investimento no Ativo Permanente.
A impontualidade a curto prazo – revelada por atrasos junto a fornecedores e protestos sofridos – deve-se à falta de capacidade de a empresa obter o numerário necessário para cobrir os compromissos assumidos.
Em outras palavras, toda empresa tem um fluxo de caixa – movimento de entrada e saída de caixa – em que as entradas naturalmente se equilibram com as saídas. Essa harmonia é quebrada quase sempre por uma daquelas cinco hipóteses e só não será corrigida se a empresa for incapaz de obter os empréstimos adicionais necessários.
A harmonia referida pressupõe certa regularidade no comportamento dos diversos itens de balanço e de resultados.
Um brusco aumento de duplicatas a Receber, por exemplo, tem inevitáveis conseqüências sobre o Caixa: enquanto aumenta o valor, deixa de entrar dinheiro no Caixa. Um aumento exagerado do Ativo Permanente, em relação a outros itens do balanço, provoca, com certeza, sangria do Caixa, rompendo o equilíbrio entre ingressos e saídas. Um aumento de despesas fora de proporções normais tem idêntico reflexo.
Assim, nada mais lógico que estudar os comportamentos dos diversos itens do balanço e da demonstração de resultados. Existindo regularidade, há grande chance de a empresa manter o equilíbrio do seu fluxo de caixa. A irregularidade de comportamento dos itens é um sinal de alerta.
Com efeito, a prática mostra que isso realmente é válido. Grande parte das empresas que vão à insolvência apresenta irregularidades de comportamento de diversos de seus itens.
MÓDULO II: Análise por Índices do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício.
Indicadores de liquidez
Mostram a situação financeira de uma empresa comparando os ativos e passivos circulantes, medindo a base financeira, indicando se tem condições de pagar as dívidas. Complementam o CCL.
Indicadores do ciclo operacional
Permitem a análise do desempenho operacional da empresa e suas necessidades de investimento em giro (financiamento de caixa). Os principais índices são: prazo médio de renovação dos estoques, prazo médio de recebimento de vendas, prazo médio de pagamento de compras.
O ciclo operacional definido pelo tempo decorrido entre a compra e o recebimento da venda da mercadoria é representado pela soma dos prazos do PMRE + PMRV.
O ciclo de caixa ou financeiro é o tempo decorrido entre o momento em que recebe as vendas e o que paga aos fornecedores. Esta defasagem pode ser positiva ou negativa para o equilíbrio financeiro da empresa. Se for negativa será necessário captar financiamento.
Análise Dinâmica do Capital de Giro - Indicadores de avaliação financeira
A análise da estrutura financeira envolve estudo de um conjunto de indicadores operacionais que refletem as decisões tomadas com relação ao capital de giro e o equilíbrio financeiro.
O conceito de CCL indica volume de recursos de longo prazo direcionados parafinanciar o giro. A necessidade de investimento em giro – NIG revela o montante de capital circulante permanente/cíclico/fixo que uma empresa necessita para financiar seu capital de giro. Esse volume é determinado pelo nível de atividade da empresa (produção e vendas) e prazos operacionais. A diferença entre elementos do ativo e passivo cíclicos (investimentos e financiamentos) refletem a necessidade operacional de investimento de longo prazo em giro:
NIG = ATIVO CÍCLICO ( - ) PASSIVO CÍCLICO
A comparação ente o capital circulante líquido e a necessidade de investimento em giro (CCL E NIG) é essencial para a avaliação do equilíbrio financeiro da empresa, que somente apresenta segurança financeira na situação que demonstra recursos em excesso em relação à necessidades permanentes do capital de giro.
CCL > NIG
Se NIG > CCL a empresa demonstra sinais de conviver com dificuldades financeiras, financiando ativos cíclicos com recursos de curto prazo, não cíclicos, financeiros.
Quando o CCL > NIG, este excesso é definido por saldo disponível – SD, que pode ser determinado também por:
SD = ATIVO FINANCEIRO ( - ) PASSIVO FINANCEIRO
O saldo de disponível é traduzido como uma medida de margem de segurança financeira que indica a capacidade interna de financiar um crescimento da atividade operacional. Um SD negativo demonstra a existência de recursos não cíclicos financiando ativos cíclicos. Como exemplo, o estoque mínimo necessário ao funcionamento normal da empresa pode estar sendo financiado por créditos bancários renováveis a curto prazo.
Depois de identificada a NIG, apura-se a necessidade total de financiamento permanente – NTFP que mostra o montante de recursos de longo prazo, necessários para financiar a atividade:
NTFP = NIG + ATIVO PERMANENTE
Então, a NTFP é o montante mínimo de passivo permanente que a empresa deve manter para lastrear seus investimentos em giro e fixo conseguindo equilíbrio financeiro. Se o passivo permanente superar a NTFP a diferença será identificada nos ativos financeiros, incrementando o saldo do disponível:
SD = PASSIVO PERMANENTE ( - ) NTFP
Se a situação for contrária, indica dificuldades financeiras decorrentes do desajuste entre os prazos maiores dos investimentos (ativos) em relação aos vencimentos dos passivos (financiamentos).
Exemplos de avaliação financeira:
Empresa em equilíbrio
Empresa em desequilíbrio
Indicadores da estrutura de capitais e endividamento
Mostram as decisões financeiras tomadas para captação e aplicação de recursos na empresa. É necessário equilíbrio constante nestas decisões, definidas no item 2.5 – endividamento, módulo II, unidade I.
Os mais utilizados são: endividamento, composição do endividamento, imobilização do patrimônio líquido, imobilização dos recursos não correntes.
Indicadores para avaliação do desempenho econômico
Mostram a rentabilidade dos capitais investidos, quanto renderam os investimentos, a medida do êxito econômico da empresa.
Utilizaremos os seguintes: giro do ativo, margem líquida, retorno sobre o patrimônio líquido, retorno sobre os investimentos efetivos, retorno sobre os ativos, custo da dívida com terceiros, grau de alavancagem financeira.
Indicadores para análise de agregação de valor taxa esperada de crescimento dos resultados
A taxa de reinvestimento é definida como a parcela do lucro líquido que não foi distribuída aos acionistas (dividendos e JSCP), sendo reinvestida na empresa. O percentual pago aos sócios é conhecido como índice de pay out: pay out = dividendos + JSCP/lucro líquido.
Portanto, a taxa de reinvestimento do lucro líquido é obtida: Tx. Reinv. L. líquido = 1 – pay out.
Para determinação da taxa esperada de crescimento dos resultados devemos utilizar a seguinte fórmula: taxa de crescimento do lucro líquido = (1 – pay out) x RSLP.
EBITDA - Indicador financeiro globalizado (Earning before interest, taxes, depreciation/amortization) – (Lucro antes dos juros, impostos, depreciação/ amortização),
Indicador bastante conhecido e tratado há muito tempo pelos analistas de balanços. Significa o genuíno lucro operacional, resultado gerado pelo negócio, independentemente da forma como é financiado. Este lucro é formado pelas decisões dos ativos sem relação com captação de recursos de terceiros e próprios.
Desconsidera no cálculo as depreciações por não exigirem desembolso, assim como as despesas financeiras e juros sobre capital próprio por não se originarem de decisões dos ativos.
Revela a capacidade operacional de geração de caixa e a eficiência financeira determinada pelas estratégias operacionais adotadas. Quanto maior o índice, mais eficiente é a formação de caixa proveniente das operações (ativo), e melhor a capacidade de pagamento aos proprietários do capital e investimentos na empresa. A relação entre o EBITDA e as despesas financeiras indica a cobertura de juros mostrando o potencial operacional de caixa em remunerar os credores de passivos onerosos.
Esta medida financeira não representa o volume monetário efetivo de caixa, devendo ser interpretada como indicador do potencial de geração de caixa proveniente dos ativos operacionais, pois parte das receitas pode não ter sido recebida e despesas incorridas pode estar pendente de pagamento.
O EBITDA, pela sua formulação, permite análise do desempenho global de uma empresa, em diferentes economias, sem interferência de práticas e normas legais adotadas em diversos países.
Indicadores de análise de ações – índices de bolsa
Objetivam avaliar a viabilidade de investimentos em ações, sendo os principais: VPA – valor patrimonial da ação; LPA – lucro por ação; P/L – preço sobre lucro por ação; DPA – dividendos mais juros sobre capital próprio por ação.
Unidade III – Tópicos especiais
MÓDULO I: Ativos e passivos permanentes
Exercem grande influência sobre a estrutura financeira e econômica de uma empresa. Pode perder competitividade no mercado se não alocar adequadamente bens imobilizados para a atividade, como provocar insolvência se não captar recursos permanentes (longo prazo) para financiar seus negócios.
Ativo permanente (tangível, intangível, investimentos não operacionais)
É constituído dos elementos de natureza fixa que não se classificam no ativo circulante e no realizável a longo prazo. É o grupo de menor liquidez, difícil realização. 
O imobilizado possui duas características: utilização nas atividades operacionais, causando desgaste; e alto custo, que penaliza os resultados por decisões equivocadas de aquisição. O super dimensionamento do imobilizado traz conseqüências negativas para a posição financeira.
O investimento em ativo imobilizado merece cuidadosa avaliação, pois uma empresa pode tornar-se ineficiente se não modernizar-se mas, pode tornar-se insolvente se a expansão não for justificada pelo aumento do volume de negócios.
Exerce grande influência sobre a atividade da empresa, destacadamente sobre os rendimentos e a liquidez, principalmente se constituírem expressiva representação na estrutura patrimonial
Depreciação 
Definida como perda de valor nos ativos fixos tangíveis pelo uso, desatualização, obsolescência.
Esta valorização é uma despesa para recuperar, de forma gradual, o despêndio inicial sob a forma de investimento. Não exige desembolso, pagamento.
Inflação (taxa de juros real)
Processo de inflação
Pode-se definir a inflação, de forma simplista, como sendo o aumento generalizado de preços, que provoca a redução do poder aquisitivo da moeda. Se ocorrer a redução generalizada de preços, esse fenômeno econômico chama-se deflação.
Impacto da inflação sobre as atividades empresariais
O acompanhamento e análise da inflação interna de uma empresa é muito importante na administração do preço de venda e controle dos custos.
O mesmo raciocínio utilizado para explicar o impacto da inflação sobre a vida dos indivíduos é valido também para as empresas. É só substituir os gastos por custose despesas, salário por preço de venda e poupança por lucro.
Índices de inflação
Os índices de inflação são criados para medir a variação de preços, com diferentes finalidades. Alguns dos principais índices de preços da economia brasileira são apresentados a seguir:
IGP-DI (ÍNDICE GERAL DE PREÇOS – DISPONIBILIDADE INTERNA – FGV)
O IGP-DI é obtido pela média aritmética ponderada de outros três índices: 60% de IPA (índice de preços por atacado), 30% de IPC (índice de preços ao consumidor) apurado nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo, e 10% de INCC (índice nacional da construção civil). É apurado desde 1947 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e é calculado desde fevereiro de 1954 com a mesma estrutura de ponderação. Até novembro de 1985 foi o índice oficial de inflação do Brasil. O período de coleta de dados vai do primeiro ao último dia de cada mês, sendo divulgado no final da primeira quinzena do mês seguinte.
IGPM (ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO – FGV)
Esse índice tem a mesma composição e estrutura do IGP-DI, mas o período de coleta de dados vai do dia 21 de um mês até o dia 20 do mês seguinte. Foi criado em 1989, por encomenda da Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) e outras instituições do mercado financeiro à FGV, para à necessidade do mercado financeiro de acompanhar a evolução e a tendência do índice de preços em prazo menor.
INPC – IBGE (ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR)
Esse índice começou a ser calculado a partir de setembro de 1079 pela FIBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e reflete a variação dos preços pagos pelos consumidores das principais regiões metropolitanas. Ele reflete a variação de preço da cesta básica das famílias com rendimento na faixa de um a oito salários mínimos, em supermercados, feiras, mercearias, domicílios, etc. Os dados são coletados do primeiro ao último dia de cada mês, sendo o índice divulgado até o final da primeira quinzena do mês seguinte.
IPCA (ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO – IBGE) (ÍNDICE OFICIAL DO GOVERNO)
O IPCA é um importante índice de preços para a execução da política monetária do Banco Central, pois é utilizado para o acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação, adotado a partir de julho de 1999. Esse índice é calculado e divulgado mensalmente pela FIBGE desde 1980, de forma semelhante ao do INPC, e reflete a variação dos preços das cestas de consumo das famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.
Taxa de juros real
Abordagem em aula.
Desconto de duplicatas
Duplicata:
O que é: Título emitido por uma pessoa jurídica (empresa) chamada cedente, contra uma pessoa física ou jurídica, seu cliente, chamado de sacado, para qual ela vendeu mercadorias ou prestou serviços com prazo, para pagamento no futuro – vencimento do título. A emissão da duplicata é lastreada na nota fiscal que comprova o fato. A duplicata é um título de crédito que o cedente (credor) possui sobre o sacado (devedor).
Em relação a este crédito com data de vencimento no futuro, pode ocorrer:
O devedor (sacado) ter interesse em pagar antes da data combinada;
O credor (cedente) necessitar de dinheiro antes do vencimento.
Em ambos os casos haverá um custo para o credor (cedente) medido por uma taxa de juros a ser combinada, relativa ao tempo de antecipação do vencimento do compromisso – valor do dinheiro no tempo. Ao valor pago pelo cedente por esta antecipação é chamado de DESCONTO: desconto do valor de face do título, pela antecipação do vencimento. Chamamos no mercado de operação de descontar um título.
Ao ter interesse e necessidade de antecipação do valor, a quem pode recorrer o cedente:
Ao sacado, se este tiver caixa suficiente e interesse financeiro;
A uma instituição financeira.
Ao recorrer a uma instituição financeira, o que ocorre operacionalmente:
Análise de risco de crédito do cedente: demonstrações financeiras, atividade operacional, cadastro;
Garantias: aval dos sócios da empresa; a própria duplicata que deverá ser confirmada sua emissão e lastro e “aceite” pelo sacado; pesquisa cadastral do sacado, considerado primeiro pagador; a empresa decente como segunda pagadora.
O que ocorre financeiramente: A instituição estabelece uma taxa de juros que deverá, proporcionalmente ao tempo, ser descontada do valor de face do título, sendo então o valor líquido creditado na conta corrente do cedente.
Quando do vencimento do título (duplicata), o que pode ocorrer:
O sacado pagar o valor do título à instituição financeira – fica encerrada a operação;
O sacado não pagar o título no vencimento. Neste caso, a empresa cedente, por força do contrato da operação, deverá pagar o valor de face do título ao banco com eventuais acréscimos pelo atraso.
Como esta operação de crédito é classificada contabilmente e demonstrada em balanço: A operação com as características citadas, chamadas de “desconto de duplicatas” ou “antecipação de recebíveis” ao ter o cedente como garantidor e pagador na falta do sacado é classificada como “empréstimos a pagar – desconto de duplicatas”, no passivo circulante. Os encargos financeiros serão registrados como “encargos a transcorrer”, redutora do passivo circulante.
Desconto simples
Regime de capitalização simples
TIPOS:
Desconto simples, bancário, comercial, “por fora”.
Desconto simples, racional, “por dentro”.
DESCONTO “POR FORA” (Bancário/Comercial):
Utilizado constantemente no mercado;
Tem como princípio de cálculo o juro produzido pelo valor de face/nominal do título no período de tempo correspondente à taxa fixada.
Quando não for citado o tipo utiliza-se este.
Fórmulas:
Valor de Desconto = FV × i × n
Valor Atual = FV – Valor Desconto
DESCONTO “POR DENTRO” (Racional):
Não é utilizado no mercado (utilizado em provas, concursos).
Tem como princípio de cálculo o juro produzido pelo valor atual/valor presente do título no período de tempo correspondente à taxa fixada.
Fórmulas:
Valor de Desconto = PV × i × n
PV = FV ÷ ( 1 + i × n)
PV = Valor Atual
FV = Valor de Face/Nominal
Definições para análise do capital de giro (ciclo operacional)
Ativo circulante financeiro: disponível, aplicação financeira, depósitos judiciais, restituição de IR, créditos de empresas coligadas/controladas.
Ativo circulante operacional/permanente/fixo/cíclico/contínuo/repetitivo: duplicatas a receber; estoques; provisão para devedores duvidosos; adiantamento a fornecedores; adiantamentos a empregados; impostos a compensar; despesas operacionais antecipadas.
Ativo permanente: imobilizado, investimentos e intangível; realizável a longo prazo.
Ativo permanente produtivo: imobilizado.
Passivo financeiro: empréstimos e financiamentos bancários de curto prazo; duplicatas descontadas; imposto de renda e contribuição social; dividendos; dívidas com coligadas e controladas.
Passivo circulante operacional/permanente/fixo/cíclico: fornecedores; adiantamento de clientes; provisões trabalhistas; salários e encargos sociais; impostos indiretos (PIS/COFINS/ICMS); participações de empregados; despesas operacionais.
Passivo permanente: contas do exigível a longo prazo e patrimônio líquido.
Estruturas
Balanço Patrimonial
Sociedades por Ações
	Ativo
	Passivo
	Circulante
Não Circulante
 Realizável a longo prazo
 Investimentos 
 Imobilizado 
 Intangível
	Circulante
Não Circulante
Patrimônio líquido
 Capital social
 Reservas de capital
 Reservas de lucros
 Ações em tesouraria
 Prejuízos acumulados
O DINHEIRO
Conceito:
A Matemática Financeira é uma ferramenta que nos auxilia a tomar decisões. Ela existe porque existe dinheiro. Mas, o que é dinheiro? Para que serve?
Cada indivíduo terá a sua resposta para estapergunta, mas existem certos aspectos do dinheiro que podemos aceitar como sendo comuns às pessoas, com estas:
- Dinheiro serve para troca - trocamos dinheiro por bens e serviços que desejamos.
- Dinheiro tem valor - é justamente por esse fato que ele serve como troca.
- Dinheiro dá status - pelo menos em nossa sociedade.
- Dinheiro tem valor diferente no TEMPO.
Vamos ver como o valor do dinheiro é diferente no TEMPO.
Suponha que eu tivesse uma divida de R$ 1.000,00 com você e eu lhe propusesse duas formas para devolvê-los: uma delas é devolve-los HOJE, e a outra é devolver os mesmos R$ 1.000,00 daqui a 6 meses.
É lógico que você preferiria receber os R$ 1.000,00 HOJE, não é verdade?
Esta é uma afirmação aceita como verdadeira para a Matemática Financeira.
Mas, porque você prefere receber HOJE do que AMANHÃ?
Também cada um terá sua resposta individual.
Alguém dirá que necessita desse dinheiro para comprar algum remédio e que necessita desse remédio hoje e não outro dia; outra pessoa dirá que ele está guardando dinheiro para uma viagem e tiver os R$ 1.000,00 hoje ainda dará tempo para depositar na poupança; e uma outra poderá dizer que se sente mais seguro, argumentando: onde você estará daqui a 6 meses ?
Assim, seja qual for o motivo, há uma preferência das pessoas para receber HOJE do que receber AMANHÃ. Isto porque durante esse TEMPO de ESPERA a pessoa já poderia estar usando o dinheiro como bem entendesse.
Portanto, se preferimos ter R$ 1.000,00 hoje do que ter os R$ 1.000,00 daqui a 6 meses é porque, para nós, esses valores são diferentes (embora sejam os mesmos R$ 1.000,00), isso é, R$ 1.000,00 não é igual a R$ 1.000,00 se nós tivermos que esperar 6 meses.
Mas, como é que nós conseguimos entrar com esse fator TEMPO em nossas decisões sobre dinheiro?
Vamos supor uma terceira forma para o pagamento da dívida: em vez de receber os R$ 1.000,00 hoje, você receberia R$ 1.200,00 daqui a 6 meses. E agora, qual delas você preferiria ?
Pode-se supor que você e muitas pessoas prefeririam receber os R$ 1.200,00 daqui a 6 meses. Isto porque mudou o valor, não é verdade ?
Agora são R$ 1.200,00 e não R$ 1.000,00
Portanto, significa que, os R$ 200,00 de diferença equivalem aos 6 meses que elas vão ESPERAR pelo dinheiro.
Então, quer dizer que chegamos a seguinte conclusão:
R$ 200,00 = 6 meses ! ! !
Mas, como é que se iguala “abacaxi” com “banana” ?
Ou seja, como é que se iguala REAIS com TEMPO ?
Embora pareça absurdo esta é a conclusão a que chegamos.
No linguajar da Matemática Financeira essa diferença de R$ 200,00 é chamada de JURO.
Ou seja, você tem R$ 1.000,00 hoje, mas se eu pagar R$ 200,00 de juros, ficando a quantia em R$ 1.200,00 você aceita receber esse dinheiro daqui a 6 meses, ao invés de recebê-lo HOJE.
Portanto, O JURO PAGA A SUA ESPERA PELO DINHEIRO.
E veja que, além da ESPERA, esse juro está pagando também o seu RISCO, pois você está correndo o risco que eu desapareça e não te pague os R$ 1.200,00 prometidos daqui a 6 meses.
Já vimos, portanto, que o valor do dinheiro muda no TEMPO e que o JURO pode igualar o valor do dinheiro no TEMPO.
No nosso exemplo, o JURO de R$ 200,00 não só igualou como tornou ainda mais atrativo receber R$ 1.200,00 daqui a 6 meses à R$ 1.000,00 HOJE.
Podemos, então, aceitar como verdadeira a afirmação: “Se eu te pagar JUROS você pode deixar de receber HOJE e receber AMANHÃ ”.
Mas, há mais coisas que podemos falar sobre o dinheiro.
Vamos a outro exemplo:
Suponha que com R$ 1.000,00, você pode comprar hoje 8 camisas. Quantas você poderá comprar com os mesmos R$ 1.000,00 daqui a 6 meses?
Certamente que a quantidade será menor do que 8, não é verdade ? 
Isto porque os preços sobem, porque o dinheiro desvaloriza.
A isto chamamos de INFLAÇÃO
Veja, agora, que o que está fazendo o valor do dinheiro mudar não é a ESPERA por ele, mas a INFLAÇÃO.
Então vemos que o dinheiro muda no TEMPO de duas maneiras:
porque você prefere receber HOJE do que AMANHÃ;
porque existe INFLAÇÃO.
Agora voltemos àquela situação inicial onde eu lhe pagaria R$ 1.000,00 HOJE ou R$ 1.200,00 daqui a 6 meses.
Quando você escolheu os R$ 1.200,00 para receber daqui a 6 meses, acreditou que os R$ 200,00 de diferença (JUROS) pagavam tanto a sua ESPERA (6 meses) quanto a INFLAÇÃO nesse período (que faz com que R$ 1.000,00 não comprasse as 8 camisas após 6 meses).
A conseqüência de tudo isto, são algumas afirmações para a Matemática Financeira, embora possam parecer absurdas no bom senso. Exemplos:
R$ 1.000,00 = R$ 1.500,00
Nós já sabemos que esta afirmação pode ser verdadeira, bastando que os R$ 1.000,00 sejam referentes a data de hoje e os R$ 1.500,00 sejam referentes a uma outra data futura, por exemplo, 1 ano para frente.
Assim, poderíamos dizer que: “Para mim é indiferente receber R$ 1.000,00 hoje ou R$ 1.500,00 daqui a 1 ano.”
Neste caso, as duas quantias são equivalentes porque, para mim, tanto faz receber R$ 1.000,00 hoje ou R$ 1.500,00 daqui a 1 ano.
Para isto, usamos o símbolo  (equivalente) para diferenciar do símbolo = (igual) usado universalmente pela matemática.
Portanto : 
	
R$ 1.000,00 > R$ 1.500,00
Agora parece que complicou ainda mais, não é?
Mas o raciocínio é o mesmo.
Suponhamos que ofereçam a você R$ 1.000,00 hoje ou R$ 1.500,00 daqui a 5 anos. Certamente que você preferiria receber os R$ 1.000,00 hoje. Isto quer dizer para você R$ 1.000,00 (hoje) é melhor (maior) que R$ 1.500,00 (daqui a 5 anos).
Portanto : 
O que importa para o estudo da Matemática Financeira é justamente essa visão que procuro mostrar, ou seja, o valor do dinheiro muda no tempo e duas quantidades diferentes podem ser equivalentes. Concluímos, então, a definição de matemática financeira: “ESTUDO DO DINHEIRO NO TEMPO.”
Análise das Demonstrações Financeiras - ADF
CICLO OPERACIONAL
Indicadores do Ciclo Operacional
PMC ou PMRV = 
Prazo médio de cobrança
Prazo médio de recebimento de vendas
Resultado em número de dias
Indica: o tempo médio de recebimento do produto vendido. Quanto tempo a empresa espera para receber as vendas realizadas.
Giro = => Indica quantas vezes gira no ano
Exemplo: => Giro = = 3,5 vezes/ano
Permite avaliar a política de vendas adotada pela empresa por meio da liquidez das duplicatas a receber.
PMV ou PMRE = 
Prazo médio de venda dos produtos
Prazo médio de renovação do estoque – Prazo médio de estocagem
Resultado em número de dias
Indica: o tempo médio que o produto permanece em estoque.
Giro = => Indica quantas vezes gira o estoque no ano
Exemplo: => Giro = = 3,7 vezes/ano
Os produtos permanecem estocados por 96,2 dias médios, com giro anual de 3,7 vezes. Este prazo determina investimento médio (fixo/cíclico) de R$ 44.900. Se encurtar o prazo para 60 dias poderia reduzir seus investimentos para R$ 28.000, incrementando seu giro.
PMPF ou PMPC = 
Prazo médio de pagamento a fornecedores
Prazo médio de pagamento de compras
Indica: o tempo médio que a empresa demora para pagar suas compras.
Giro = => Indica quantas vezes gira o estoque no ano
Exemplo: => Giro = = 2,98 vezes/ano
Mostra que a empresa paga seus fornecedores com prazo médio de 121,3 dias que é superior ao prazo médio de cobrança = 103,13 dias. Verifica-se uma defasagem de 18 dias que é positivo para o equilíbrio financeiro da empresa.
Obs: um prazo médio de pagamento a fornecedores elevado não indica necessariamente sempre uma boa política. Pode significar aperto na liquidez da empresa e incremento nos custos (juros nos preços a prazo).
ADF – Análise das Demonstrações Financeiras
EBITDA
EBITDA (Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization)
Considerar o conceito principal de que é uma medida essencialmente operacional. No seu cálculo não devem ser incluídasdespesas que não se referem diretamente à atividade da empresa, como despesas financeiras, juros sobre capital próprio e outras que não se originam de decisões sobre os ativos operacionais. Estas se referem à forma como a empresa encontra-se financiada. As receitas financeiras foram obtidas por aplicações de excessos de disponível. De outra forma, despesas como honorários dos administradores e participação destes e dos empregados nos resultados, devem ser consideradas no cálculo.
Melhor analisando, de cima para baixo na DRE = LAJIDA
EBITDA = Lucro Bruto – Despesas (c/ vendas, adm, gerais) + depreciações e amortizações
Indicador Financeiro Globalizado
Indicador de desempenho bastante conhecido e tratado desde muito tempo pelos analistas de balanço
Significa o genuíno lucro operacional. O resultado gerado pelo negócio, independentemente da forma como é financiado, decorre das decisões dos ativos sem comprometimento com o capital tomado de terceiros.
Ao desconsiderar as despesas com depreciações e outras da mesma natureza que não exigem desembolso, o conceito operacional de fluxo de caixa de forma restrita. Parte das receitas consideradas podem não ter sido recebidas, assim como parte das despesas incorridas pode ainda estar pendente de pagamento. Esta medida financeira não representa volume monetário efetivo de caixa, deve ser interpretada como um indicador de potencial de geração de caixa proveniente de ativos operacionais das decisões tomadas pelos administradores financeiros.
O EBITDA revela essencialmente a genuína capacidade operacional de geração de caixa de uma empresa, ou seja, sua eficiência financeira determinada pelas estratégias operacionais adotadas. Quanto maior o índice ou valor, mais eficiente é a formação de caixa proveniente das operações (ativos) e melhor capacidade de pagamento aos proprietários do capital e investimentos, demonstrada pela empresa.
A relação entre o EBITDA e as despesas financeiras, em determinado período é amplamente utilizada pelos analistas financeiros como índice de cobertura dos juros, demonstrando o potencial operacional de caixa da empresa em remunerar seus credores de passivos exigíveis onerosos.
EBITDA - Índices
Indicadores de cobertura das exigibilidades e dos juros
Índice de cobertura de juros expressa o número de vezes em que o resultado operacional (EBITDA) cobre a remuneração devida ao capital de terceiros – relação entre o EBITDA e o montante das despesas financeira incorridas no período.
Índice de cobertura dos juros e amortização do principal da dívida, mede a capacidade de serem pagos pela empresa em número de vezes – relação entre o EBITDA e o montante de despesas financeiras mais o principal da dívida.
Considerações:
Uma empresa se diz em equilíbrio de caixa quando:
EBITDA > Despesas Financeiras + Amortização de principal de dívidas (bancárias)
Situação conhecida como “hedge”, demonstrando que a geração operacional de caixa é suficiente para cobrir as despesas como também o principal da dívida de competência do período de avaliação.
Uma empresa está em uma situação especulativa quando:
EBITDA ≥ Despesas financeiras
Geração operacional de caixa suficiente para remunerar somente as despesas ou eventuais excessos não suficientes para cobrir o principal.
Uma empresa está em situação de risco quando:
EBITDA < Despesas financeiras
Geração operacional de caixa insuficiente para cobrir as despesas financeiras da dívida. Neste caso, o principal da dívida tende a se elevar diante da necessidade da empresa em capitalizar os encargos financeiros – renegociar principal + encargos / renovar principal + encargos.
Índice de cobertura do endividamento em número de vezes em que o resultado operacional cobre o passivo bancário.
Margem Ebitda expressa percentualmente a relação entre o resultado operacional e a receita líquida.
Risco de inadimplência
A análise do risco de inadimplência das empresas é desenvolvida a partir do potencial de geração de caixa, decorrentes das operações e dos compromissos financeiros, incluindo juros e amortização do principal. Quanto maior a capacidade de geração de caixa em relação às despesas financeiras e passivos bancários, mais segura é a capacidade de pagamento da empresa.
Lei 6.404/76
Lei 11.638/07
Lei 11.941/09
Portanto, o JURO recupera o dinheiro da INFLAÇÃO, paga a minha ESPERA pelo dinheiro e também, paga o RISCO de não se receber no prazo combinado.
 R$ 1.000,00 ~ R$ 1.500,000
 R$ 1.000,00 > R$ 1.500,000
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