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Sistema Adesivo Resumo

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Aline Araújo
Cássio dos Santos
Edipaula Neves
Gilrânia Silva
Juliane Borges
Mailson Dias
Manuela dos Santos
Marcelle Karine Luz
Maria Beatriz Albuquerque
Michele Almeida
Natália Costa
Pamela Sousa
Rafaela Santos
Thâmara C.
Victoria Leite 
SISTEMAS ADESIVOS
SALVADOR-BA
OUTUBRO 2018
Aline Araújo
Cássio dos Santos
Edipaula Neves
Gilrânia Silva
Juliane Borges
Mailson Dias
Manuela dos Santos
Marcelle Karine Luz
Maria Beatriz Albuquerque
Michele Almeida
Natália Costa
Pamela Sousa
Rafaela Santos
Thâmara C.
Victoria Leite 
SISTEMAS ADESIVOS
Trabalho solicitado pela Professora Doutora 
Maria 
B
enedita 
Quintella
 e apresentado ao curso de O
dontologia
 da FTC, na área da Dentística.
SALVADOR-BA
OUTUBRO 2018
IINTRODUÇÃO
É notório que houve uma grande evolução na Odontologia após o surgimento de adesivos dentinários, preparos cavitários que eram realizados com dimensões desnecessariamente grandes, passam a ser menos invasivos graças aos materiais adesivos. Essa evolução surgiu em 1955 por Buonocore que introduziu o condicionamento ácido em esmalte. Em seguida outros estudos foram realizados com o procedimento em dentina, que apresenta um maior desafio de união devido sua composição, proporcionando ao passar dos estudos um melhor desempenho e aumentando  o nível de sucesso clínico.
A função principal dos sistemas adesivos é manter unidos dois materiais por um processo de troca, no qual minerais são removidos dos tecidos dentários e substituídos por monômeros resinosos. Eles podem ser divididos em adesivos convencionais e os autocondicionantes de acordo com as diferentes estratégias adesivas utilizadas sobre as estruturas dentárias. 1
COMPOSIÇÃO DOS SUBSTRATOS DENTAIS
O esmalte é um substrato altamente mineralizado, constituído por aproximadamente 96% de mineral e 4% de substâncias orgânicas e água. Seu conteúdo inorgânico é composto principalmente de fosfato de cálcio sobre a forma de cristais de hidroxiapatita, além de existirem quantidade de sódio, potássio, flúor, magnésio, carbonato e cloreto. 
Essa alta quantidade de substâncias inorgânicas, faz com que o esmalte, apesar da sua elevada dureza, seja considerado um tecido friável (quebradiço). A sua estrutura é formada por unidades chamadas prismas (que se dá pelo alinhamento dos Cristais de hidroxiapatita), e também pela zona Interprismática, sendo essencial que esteja apoiado sobre a dentina, ou por um material restaurador.
Já a dentina é um tecido duro, elástico e avascular que envolve a câmara pulpar. É composta por aproximadamente 70% de material inorgânico, 20% de material orgânico e 10% de água, o que a caracteriza como substrato é heterogêneo. Seu componente inorgânico consiste principalmente de cristais de hidroxiapatita, e a parte orgânica constituída pelas fibrilas de colágeno.
Caracteriza-se também pela presença de múltiplos túbulos dentinários, preenchidos pelo fluido dentinário, e se estende desde a junção amelodentinária até a polpa, tornando-se um substrato úmido. Devido a sua característica heterogênea de composição orgânica e úmida contida nos túbulos dentinários, torna o mecanismo de adesão na dentina mais complexo. 2
A dentina pode ser classificada em:
Primária: depositada durante a formação do dente, até fechamento do ápice;
Secundária: depositada lentamente ao decorrer da vida;
Terciária: formada em resposta a um estímulo;
Reacional: aumento da velocidade de deposição de dentina pelos odontoblastos originais;
Reparativa: deposição proveniente de novos odontoblastos advindos de células indiferenciadas, devido à degeneração dos odontoblastos originais. 3
PRINCÍPIOS DE ADESÃO
Os procedimentos adesivos envolvem a união dos materiais restauradores aos tecidos dentais. Essa união é geralmente, mediada por sistemas adesivos que atuam como agentes intermediários entre o substrato dental e o material restaurador. Sendo assim, a adesão é um fenômeno diretamente relacionado a área de contato entre as partes.
Assim, para que se estabeleça adesão entre duas superfícies, é necessário que elas se contatem intimamente. Considerando que existe 2 placas de vidro (exemplificação segundo Baratieri), firmemente pressionadas uma contra a outra. Embora, aparentemente, apresentem-se em íntimo contato, não há qualquer adesão sobre elas, por que as superfícies das placas, mesmo que pareçam perfeitamente lisas a olho a nu, são altamente irregulares quando observadas microscopicamente. O contato entre elas restringe-se a inúmeros pontos isolados, insuficientes para o estabelecimento de interações adesivas. Quando o espaço entre as superfícies é preenchido por um liquido (um adesivo) aumenta-se drasticamente o contato entre as partes e consegue-se estabelecer adesão. Um aspecto importante em qualquer interação adesiva, é a necessidade de contar com uma superfície perfeitamente limpa, pois a presença de contaminantes dificulta o estabelecimento da adesão. Portanto, os contaminantes prejudicam a capacidade de molhamento do adesivo sobre o substrato.
(Fonte: 
Baratieri
, Odontologia Restauradora, Fundamentos & Técnicas volume 
1
) Outra característica importante é sobre o molhamento, pois é dependente do ângulo de contato entre o sólido e o líquido (entre o substrato e o adesivo), ou seja, quanto menor o ângulo, melhor a capacidade de molhamento e consequentemente, maior o potencial para uma boa adesão.
(Fonte: 
Baratieri
, Odontologia Restauradora, Fundamentos & Técnicas volume 
1
) Finalmente deve-se considerar a energia de superfície dos substratos, característica diretamente relacionada à sua capacidade de reagir. As superfícies com alta energia superficial tem melhor molhabilidade e consequentemente são mais favoráveis ao estabelecimento de adesão.
Adesão ao esmalte:
A adesão ao esmalte é conseguida através do condicionamento com ácido fosfórico em concentrações variáveis 30-37%, durante 15 a 30 segundos. Este procedimento aumenta as porosidades da superfície exposta mediante a desmineralização seletiva dos prismas de esmalte, criando microporosidades onde o sistema adesivo infiltrará e será fotopolimerizado. Uma vez que o esmalte é um substrato homogêneo, a adesão fundamenta-se no preparo mecânico e químico da superfície, o que torna duradoura e confiável. 
Adesão à dentina:
Por se tratar de um substrato heterogêneo com alterações fisiológicas e patológicas, o mecanismo de adesão é mais complexo. A dentina contém a presença de múltiplos túbulos dentinários, preenchidos pelo fluido dentinário que se estendem até a polpa, tornando-a um substrato úmido. Diante disso, a dentina requer uma técnica úmida de adesão, o que favoreceu o desenvolvimento de sistemas adesivos com formulações hidrofílicas. Porém, em médio e longo prazo muitas das restaurações perdem a capacidade de selar e proteger os tecidos dentários íntegros, levando á microinfiltração e a recorrência de cárie. Apesar da evolução dos sistemas adesivos, a heterogeneidade da dentina junto com sua umidade dificulta o procedimento adesivo, constituindo um desafio a ser superado. 
(Fonte: 
Baratieri
, Odontologia Restauradora, Fundamentos & Técnicas volume 
1
) 
Adesão á dentina afetada por cárie:
A dentina acometida por cárie apresenta alterações em sua estrutura morfológica e histológica decorrentes do processo de desmineralização. Alguns estudos mostraram que a força de união dos sistemas adesivos á dentina cariada é menor quando comparada com a normal.
A dentina afetada por cárie apresenta maior permeabilidade na dentina intertubular e baixa permeabilidade na dentina intratubular. A melhor permeabilidade da dentina intertubular está associada ao fato de que o condicionamento ácido ataca mais profundamente este substrato, o qual já está parcialmente desmineralizado (devido à ação do processo carioso de des - remineralização) e é mais poroso que a dentina normal, levando a uma maior infiltração do sistemade união. Já a infiltração do adesivo na dentina intratubular é dificultada pela presença de depósitos de minerais nos túbulos dentinários, que são resistentes ao ataque ácido, atuando como uma barreira que diminui a infiltração do ácido e do sistema adesivo.
Adesão à dentina esclerótica:
A dentina esclerótica é um substrato alterado fisiologicamente e patologicamente. É caracterizada pela obliteração parcial ou completa dos túbulos dentinários, a qual ocorre pela produção de dentina peritubular ou pela presença de uma camada hipermineralizada (dentina esclerótica), o que compromete a formação dos tags de resina. Consequentemente, estes obstáculos de superfície impedem a infiltração do sistema adesivo na dentina subjacente, tornando a força de união dos adesivos a este substrato cerca de 30% inferior à dentina normal.
KWONG, et al (2002) sugeriram que a união à dentina esclerótica pode ser melhorada removendo-se a camada de superfície hipermineralizada com pequenas brocas esféricas que irão promover uma retenção mecânica, ou pelo uso de ácidos fortes. A remoção desta camada de superfície hipermineralizada pode ser benéfica para a obtenção de um condicionamento mais uniforme e para a infiltração da resina na dentina intratubular. Outra opção seria a utilização do cimento de ionômero de vidro sobre esta camada hipermineralizada, o qual propicia maiores forças de união à dentina esclerótica por apresentar adesão química e mecânica à estrutura dentária.
Camada Híbrida
A camada híbrida é uma combinação resultante da dentina e polímero, que pode ser definida como a impregnação de um monômero à superfície dentinária desmineralizada, formando uma camada ácido-resistente de dentina reforçada por resina.
O mecanismo de adesão à dentina ocorre após realização de um pré-tratamento do substrato dentinário com substância ácida, para remover totalmente a smear layer; ou seja, trata-se de um mecanismo micromecânico no qual ocorre a impregnação e a polimerização dos monômeros nas fibras colágenas expostas pelo envolvimento das fibras colágenas com resina, por meio de desmineralização superficial da dentina, criando assim a camada híbrida. Assim, a camada híbrida é uma zona de transição entre a resina polimerizada e o substrato dentinário, formada por uma mistura de componentes dentinários, monômeros resinosos e resina polimerizada ao nível molecular. 
Estudos têm sido realizados visando entender o processo de hibridização, pois acredita-se que a camada híbrida é o mais efetivo mecanismo de adesão dentinária.
A camada híbrida pode ser produzida acidificando a dentina antes do primer e do adesivo na superfície de dentina. A acidificação da dentina é necessária para remover a smear layer e expor fibras colágenas da matriz de dentina. Durante o uso do primer, monômeros hidrófilos se difundem pela dentina desmineralizada, estabilizam e hidratam a rede de colágeno e deslocam água com a polimerização dos monômeros. Então, o adesivo é aplicado e polimerizado.
ADESIVOS CONVENCIONAIS
São os sistemas que empregam o passo operatório de condicionamento ácido da superfície do esmalte ou dentina separadamente dos outros passos clínicos.
Podem ser:
2 passos -> condicionamento ácido e combinação de primer e agente adesivo em um único frasco.
3 passos-> condicionamento ácido, primer e agente adesivo em frascos separados.
PASSO A PASSO
1º: condicionamento ácido do esmalte e dentina, 30 segundos.
2º: lavagem de 30 segundos ou até o dobro do tempo de condicionamento ácido. Secagem com leve jato de ar.
É importante salientar que não deve fazer total remoção da água, para que ocorra uma eficiente hibridização do tecido dentinário é fundamental que, após a desmineralização com ácidos, as fibrilas de colágeno expostas se mantenham expandidas pela presença de água, preservando os espaços interfibrilares para a posterior infiltração do agente adesivo.
Caso a secagem seja excessiva e haja colapso das fibrilas de colágeno, a água presente no adesivo se encarregará de re-expandir as fibrilas aumentando o tamanho dos espaços entre as mesmas e desenvolvendo a condição ideal para a infiltração dos monômeros resinosos.
Para o adesivo que não contêm água em sua composição a superfície dentinária deve ser mantida visivelmente úmida, pois se houver o colapso das fibrilas de colágeno, não haverá fonte de água para re-expansão, pois o solvente anidro presente não é capaz de re-expandir a dentina colapsada.
3º: aplicação do primer (convencional 3 passos) ou primer/adesivo (convencional 2 passos).
Após a aplicação do primer ou primer/adesivo recomenda-se esperar 30 segudos antes da fotoativação, para permitir a evaporação da água e do solvente, pode aplicar um leve jato de ar com 10-20 cm de distância do preparo. Para o sistema de 3 passos, realiza aplicação do adesivo e fotoativar por 20 segundos.
ADESIVOS AUTOCONDICIONANTES
A mais nova invenção no mundo dos sistemas adesivos são os adesivos autocondicionantes onde ocorre uma desnecessidade da aplicação de ácido como passo isolado, o que acaba reduzindo o tempo de trabalho e a sensibilidade pós-procedimento. São classificados de acordo com o número de passos, podendo ser de dois ou um passo.
Os sistemas autocondicionantes de dois passos são compostos basicamente por monômeros ácidos ou derivados, monômeros hidrófilos e água, contidos em um frasco, ou seja, o primer e o ácido juntos; enquanto que no segundo frasco contém o adesivo, onde temos concentrações balanceadas de monômeros hidrófilos e hidrófobos. Já os adesivos de passo único apresentam a união do primer, ácido e adesivo em apenas um frasco, conhecido como "all in one". 
Ainda podem ser divididos de acordo com seu potencial de condicionamento ácido, determinado por agrupamentos carboxílicos ou fosfato incorporado ao monômero ácido, em sistemas autocondicionantes fortes, moderados e suaves. Os autocondicionantes fortes apresentam pH menor ou igual a um. Esta elevada acidez resulta em profunda desmineralização dentinária, semelhante ao condicionamento realizado pelos sistemas convencionais. Os considerados moderados possuem um pH acima de um e próximo de dois. Apresentam adequada retenção micromecânica e possuem uma interação química entre os cristais residuais de hidroxiapatita com alguns grupos funcionais dos monômeros ácidos. Já os suaves apresentam um pH em torno de dois. 
Os sistemas adesivos autocondicionantes são uma das maiores revoluções da dentística, onde apresentam inúmeros benefícios como: simplicidade das técnicas, redução do tempo clínico e erros na sua manipulação, conforto no trans e pós-operatório e redução na discrepância entre a profundidade de condicionamento e de infiltração dos monômeros.
CLASSIFICAÇÃO
	Adesivos Convencionais
	Marcas
	3 Etapas: Ácido, primer e adesivo.
	Ocorre remoção total do smear layer.
	Adper Scotchbond Multi-uso Plus(3MESPE), All Bond 2(Bisco), OptiBond e OptiBond FL(Kerr), Solobond Plus(voco), PermaQuick(Ultradent).
	2 etapas: Ácido e primer com o adesivo.
	Ocorre a remoção total de smear layer.
	Adper Single Bond 2(3M ESPE), Primer & Bond NT(Dentsply), Solobond M(Voco), Excite(Ivoclar/Vivadent), Excite DSC(Ivoclar/Vivadent), One Coat Bond(Coltène), One Step Plus(Kerr), PQ 1(Ultradent).
	Adesivos Autocondiconantes
	Marcas
	2 etapas: Primer autocondicionante e adesivo.
	Ocorre a remoção parcial de smear layer.
	Clearfil SE Bond (kuraray), AdheSE (Ivoclar/Vivadent), Clearfil Liner Bond 2V(Kuraray), OptiBond Solo Self-Etch Primer(kerr).
	1 etapa: Primer autocondicionante com o adesivo.
	Ocorre a remoção parcial de smear layer.
	Xenol III e xenol IV (dentsply) , adped prompt - L-Pop(3M ESPE), Futurabond NR (voco), Clearfil S3 Bond (Kuraray).
Remoção parcial do smear layer: São aqueles adesivos que empregam um primer contendo ácido em baixa concentração, um monômero hidrofílico, ésteres fosfatados em uma resina sem carga (Bis-GAMA) e um diluente.
Remoção total do smear layer: São aqueles sistemas adesivosque recomendam o condicionamento ácido total, em esmalte e dentina simultaneamente, seguido da aplicação do primer e adesivo contidos em frascos distintos ou, nas formulações mais recentes, o primer e adesivo combinados em um mesmo frasco.
Os adesivos de frascos múltiplos fornecem alta resistência adesiva, sendo bastante confiáveis, enquanto que os adesivos de frasco único além de necessitarem de menos passos, oferecem também alta resistência. Os agentes autocondicionantes eliminam a necessidade de condicionamento com ácido fosfórico pelo uso do primer acido, estando disponíveis tanto com primers autocondicionantes (Clearfil SE Bond) como adesivos adesivos autocondicionantes de passo único. (One Up Bond F). Esses novos agentes adesivos modificam a smear layer e não necessitam de enxague. 
COMPOSIÇÃO
Para obter bons resultados é importante conhecer quais componentes básicos de um sistema adesivo e suas características para saber selecionar e indicá-los nas diferentes situações clínicas. A composição monomérica dos adesivos é um dos fatores determinantes no desempenho da união. Para que se obtenha união a um substrato úmido como a dentina, a utilização de monômeros hidrófilos é indispensável. Um dos monômeros hidrófilos mais utilizados é o HEMA (2-hidroxietil metacrilato). Este monômero hidrófilo está presente principalmente na composição dos primers de adesivos de três passos e dois passos que utilizam o condicionamento ácido prévio, sendo também encontrado em sistemas autocondicionantes. Este monômero apresenta um radical hidrófilo, que tem afinidade pelo substrato úmido, e um radical hidrófobo que irá promover a polimerização com outros monômeros. 
Este monômero monofuncional de baixo peso molecular é de fundamental importância para permitir a infiltração do adesivo no substrato dentinário. No entanto, este monômero, por si só não é capaz de promover a formação de uma rede polimérica com propriedades mecânicas adequadas para a união aos tecidos dentais. Assim, monômeros hidrófobos bifuncionais são necessários para promover a união dos materiais resinosos. Os monômeros hidrófobos mais comumente utilizados são o Bis-GMA (bisfenol-A diglicidil eter dimetacrilato) e o UDMA (uretano dimetacrilato). Estes monômeros hidrófobos estão presentes em maior concentração na composição do adesivo ou bond (terceiro passo dos sistemas que utilzam o condicionamento ácido prévio e segundo passo dos sistemas autocondicionantes). Mas também são encontrados em menores proporções nos outros frascos. Nos sistemas de dois passos que empregam o condicionamento ácido prévio e nos sistemas autocondicionantes de passo único estão misturados com os outros componentes na mesma solução. Nos sistemas autocondicionantes encontramos os monômeros ácidos. A capacidade “autocondicionante” destes sistemas decorre da incorporação de monômeros que contêm radicais derivados do ácido carboxílico, fosfórico ou seus ésters, ou da incorporação de ácidos orgânicos ou minerais como aditivos. Estes monômeros desmineralizam a dentina e o esmalte e infiltram no tecido. Todos os sistemas adesivos apresentam algum tipo de solvente em sua composição. Os solventes mais utilizados são a água, o etanol e a acetona, que facilita o molhamento da superfície dental pelos monômeros resinosos. Nos sistemas que empregam o condicionamento ácido prévio, após o condicionamento com ácido fosfórico os solventes, por serem hidrófilos, penetram na dentina úmida, agindo como carreadores de monômeros. Em seguida, se unem com as partículas de água, elevando sua pressão de vapor. Ao aplicar um leve jato de ar (recomendado por todos os fabricantes), os solventes evaporam, removendo a água que estava presente no substrato e deixando no substrato os monômeros que serão polimerizados para formar a camada híbrida. Os solventes, especialmente a acetona, são altamente voláteis em temperatura ambiente. Desta forma, é importante que o adesivo seja dispensado apenas no momento de sua utilização, pois a sua volatilização previamente a aplicação pode comprometer a infiltração dos monômeros na zona desmineralizada. Os adesivos à base de acetona normalmente apresentam uma alta concentração de solvente e baixa concentração monomérica em sua composição. Assim é importante aplicar várias camadas de adesivo até que se perceba que toda a superfície dental está brilhante após a aplicação do jato de ar. A grande vantagem de se utilizar primers misturados em água (disponível nos sistemas de 3 passos), é a possibilidade de se reexpandir a rede de firbrilas colágenas, caso ela tenha sido colapsada pela secagem com ar após a lavagem do ácido fosfórico. Este é um dos fatores que contribui para os bons resultados observados para os sistemas de 3 passos. Nos sistemas autocondicionantes, o solvente utilizado normalmente é a água e alguns sistemas apresentam também o etanol em pequena quantidade. A presença de água é essencial para permitir a ionização dos monômeros ácidos e a desmineralização do esmalte e dentina subjacente. Uma maior concentração de água no primer ou no adesivo autocondicionante resulta em uma maior agressividade (capacidade de desmineralização).
ATIVAÇÃO
 Os sistemas adesivos são em sua maioria fotoativados. Os sistemas ativados por luz apresentam nas suas composições o sistema de aminas aromáticas e fotoiniciadores, como a canforoquinona, para que a reação de polimerização ocorra através da ativação por luz. No entanto, existem situações clínicas nas quais é impossível utilizar a luz com intensidade suficiente para se iniciar a polimerização do adesivo, como na cimentação de pinos pré-fabricados e de algumas restaurações indiretas. Nestes casos, optamos por sistemas adesivos que apresentam ativação química ou dual. Os sistemas adesivos “duais” ou de dupla presa foram desenvolvidos para os procedimentos de cimentação de restaurações indiretas e pinos préfabricados. A principal vantagem desta classe de adesivos é permitir melhor união da peça protética ao preparo cavitário minimizando os problemas de adaptação nas margens e na região interna do preparo. Os adesivos duais são aplicados nas estruturas dentais, não fotoativados e interagem com o cimento resinoso aplicado. Todo o conjunto é fotopolimerizado de uma só vez e a luz idealmente deveria ter a capacidade de atravessar a peça protética e atingir o cimento resinoso e o adesivo com intensidade suficiente para promover alto grau de conversão dos materiais. Nos casos onde a luz não consegue ser aplicada em intensidades adequadas, o mecanismo químico de polimerização deve assegurar a conversão monomérica. Outra indicação clínica desses adesivos é na cimentação de núcleos ou pinos pré-fabricados nos canais radiculares, cuja fonte luminosa do aparelho fotopolimerizador não consegue atingir as regiões mais profunda do canal. 
APLICAÇÃO CLÍNICA
Com o desenvolvimento e aprimoramento dos materiais restauradores estéticos como a resina composta, o sistema adesivo tornou-se indispensável na união desse material restaurador às estruturas dentárias. 
Procedimento sistema adesivo convencional
1° passo: condicionamento ácido esmalte e/ou dentina. 
O acido fosfórico 37% é aplicado sobre a superfície do esmalte durante 30 segundos e sobre a dentina durante 10 a 15 segundos. No esmalte o acido fosfórico irá promover a desmineralização do substrato e consequentemente criará microporosidades. Na dentina o condicionamento provocará a remoção completa da smear layer e a desmineralização deste tecido com consequente exposição das fibras colágenas. Importante salientar que o sistema adesivo convencional em dentina é designado como condicionamento total, pois toda a smear layer é removida após o condicionamento acido com o acido fosfórico 37%.
O acido fosfórico 37% após ser aplicado sobre os substratos dentários devem ser totalmente removidos através da lavagem com jato de água por tempo de pelo menos 30 segundos. Após a lavagem deve fazer a secagem do esmalte com jato de ar para secar totalmente o tecido, porem na dentina deve-seremover a o excesso de agua com bolinha de algodão para que mantenha este substrato com umidade. É importante manter a dentina úmida, pois o seu ressecamento pode levar ao colapso das fibras colágenas dentinária exposta pelo condicionamento acido, dificultando desta forma penetração do adesivo.
2° passo: aplicação do primer (convencional 3 passos)ou primer/adesivo (convencional 2 passos).
Devido à característica úmida de dentina é necessária a aplicação de um monômero hidrofílico (primer) que prepare o substrato para receber o monômero hidrofóbico (adesivo). O primer é um componente do sistema adesivo que possui características hidrofílicas que tem afinidade com as fibras colágenas dentinárias úmidas expostas e também possui atributos para se unir ao adesivo( monômero hidrofóbico) que se unirá a resina. Na composição do primer, além do monômero hidrofílico, ainda possui um solvente orgânico, álcool ou cetona, com características de votalidade, que tem a função de auxiliar no deslocamento da água presente na superfície da dentina, assim quando o adesivo é aplicado sobre o tecido dentinário este solvente desloca água e auxilia na penetração do adesivo em toda área condicionada e umedecida. Desta forma após a lavagem do substrato dentinário condicionado com o acido fosfórico aplica-se o prime (sistema adesivo 3 passos), podendo ser aplicado o prime e adesivo juntos (único frasco) o que caracteriza o sistema adesivo de 2 passos, nesse caso em seguida aplica-se jato de a para evaporar o solvente do prime e logo após faz a fotopolimerização .
3° passo: aplicação do adesivo
Para o sistema adesivo convencional de 3 passos deve-se ainda realizar ultima etapa que é a aplicação do adesivo ( monômero hidrofóbico). O adesivo é um monômero hidrofóbico mais viscoso, diferente do prime que é um monômero hidrofílico e mais fluido, que não possui solventes orgânicos nem água na sua composição , mas sua viscosidade baixa garante fluidez capaz para que o mesmo possa penetrar na superfície preparada pelo prime. Assim após a aplicação do prime, coloca-se no substrato dentinário o adesivo e em seguida aplica-se jato de ar para evaporação do solvente presente no prime, pois a sua presença não se fez mais necessário uma vez que já auxiliou na penetração do adesivo para dentro da camada da dentina pré-tratada e úmida, através do deslocamento da água presente no extrato colágeno da dentina. Em seguida realiza a fotopolimerização para formação da camada hibrida. 
Considerando-se a sensibilidade da técnica de aplicação e o tempo de trabalho prolongado do sistema adesivo convencional, foram incluídos no mercado odontológico os sistemas adesivos autocondicionantes. Este, diferente do sistema adesivo convencional, apresenta um primer ácido autocondicionante com grande quantidade de solventes orgânicos para deixar a solução fluida o suficiente para infiltrar-se nos tecidos dentais, além de uma resina de baixa viscosidade com características hidrofóbicas, semelhante ao sistema adesivo convencional de três passos que atua concomitantemente como condicionador e primer, tendo como vantagens a redução do tempo de trabalho e do risco de erros durante a aplicação do material e também a infiltração dos monômeros funcionais acontece simultaneamente ao processo de autocondicionamento, com isso, a possibilidade de discrepância entre a profundidade de condicionamento e de infiltração dos monômeros é baixa ou inexistente. 
Os sistemas adesivos autocondicionantes podem ser classificados com de 2 passos ou de único passo (all-in-one). Os de dois passos são aqueles em que o agente condicionador e o primer estão combinados em um único fracos, formando o primer ácido, e o adesivo, presente em outro frasco, são aplicados sobre o substrato dental separadamente. O de passo único ou all-in-one é aquele no qual uma única solução (um frasco) que contem o acido, primer e o adesivo são aplicados sobre o substrato dental promovendo concomitantemente a função de desmineralização, infiltração e posterior ligação com o material restaurador.
Importante ressaltar que o sistema adesivo autocondicionante não remove a smear layer depositada sobre a dentina e pode comprometer a força adesiva desse sistema, pois pode limitar a profundidade dos monômeros ácidos de forma a impedir que consigam penetrar também na dentina subjacente.
Procedimento sistema adesivo autocondicionante
Adesivos autocondicionantes de dois passos (primer autocondicionante):
1° passo: o primer acido é aplicado sobre o esmalte e dentina por um tempo de 20 a 30 segundos e em seguida deve-se aplicar leve jato de ar para evaporar o solvente que serve de veiculo para o primer.
2° passo: aplicação do adesivo (resina de baixa viscosidade, com características hidrofóbicas e que não contém solventes ou água, garantindo resistência e estabilidade). Aplica-se uma camada uniforme do adesivo da fotoativação por 20 a 40 segundos.
Adesivos autocondicionantes de passo único (adesivo autocondicionante):
Passo único: o adesivo autocondicionante é aplicado sobre o substrato dental, sem seguida aplica-se leve jato de ar. Uma nova camada deste adesivo é aplicado, seguida de novo jato de ar e a fotopolimerização por 40 segundos.
Na utilização do sistema adesivo autocondicionante em esmalte é recomendado, previamente á sua aplicação, o condicionamento com acido fosfórico para melhorar do desempenho clinico neste substrato, pois o primer autocondicionante não tem a mesma capacidade de desmineralização quando comparado ao acido fosfórico podendo comprometer adesão no esmalte. Portanto em esmalte realiza-se a o condicionamento com acido fosfórico 37% seguida de lavagem e seguem e posteriormente aplica-se o adesivo autocondionante de dois passos e ou de passo único.
FALHAS DURANTE O PROCEDIMENTO
	FALHAS QUE PODEM COMPROMETER
A LONGEVIDADE DAS RESTAURAÇÕES DESIVAS
 Contaminação do campo por isolamento deficiente
	 Condicionamento ácido excessivo
	 Desidratação de dentina após condicionamento ácido
	 Overwet phenomenon (excesso de umidade)
	 Não evaporação dos solventes com leve jato de ar
	 Aplicação insuficiente de adesivo
	 Fotoativação deficiente
	 Contratação de polimerização da resina composta
	 Incompatibilidade entre sistemas
	 Falta de proteção pulpar
	 Excesso de proteção pulpar
- Contaminação do campo por isolamento deficiente: Contaminação do campo operatório por saliva ou sangue, durante o procedimento restaurador.
- Condicionamento ácido excessivo: Quando ultrapassa o tempo recomendado.
- Desidratação da dentina após condicionamento ácido: Ocorre o colapso das fibras de colágeno, o que dificulta a infiltração dos monômeros e formação da camada hibrida.
- Overwet phenomenon (excesso de umidade): O excesso de umidade pode promover a diluição da solução de adesivo, prejudicando a polimerização e diminuindo a qualidade da interface.
- Na evaporação dos solventes com leve jato de ar: Prejudica a união do sistema adesivo e reduz a vida clinica da restauração.
- Aplicação insuficiente de adesivo
- Foto ativação deficiente
- Contração de polimerização da resina composta: Recomenda-se o uso de técnicas incrementais para a inserção da resina composta na cavidade.
- Incompatibilidade entre sistemas: O mecanismo de união pode variar dependendo da composição do material.
- Falta de proteção pulpar: Pode promover reações inflamatórias na polpa o que pode causar sensibilidade pós-operatória.
-Excesso de proteção pulpar: Deve ser restrita a região de dentina mais profunda, o excesso de aplicação pode prejudicar a união da resina composta a cavidade.
REFERÊNCIAS
MARTA DIB ARINELLI, Angela et al. Sistemas adesivos atuais.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rev. bras. odontol., Rio de Janeiro, v. 73, n. 3, p. 242-46, jul./set. 2016 Disponível em: <http://revista.aborj.org.br/index.php/rbo/article/viewFile/746/537>. Acesso em:06 set. 2018 às 9h11.
Katchburian, Histologia e Embriologia Oral - Texto , Atlas , Correlações Clínicas - 3ª Ed. 2012. Acesso em 13 out. 2018.
DEPARTAMENTO DE BIOMATERIAIS E BIOLOGIA. 15/03/2017Professor Victor Arana. Acesso em: 13 out. 2018.
BARATIERI, Luiz Narciso et al. Odontologia Restauradora, Fundamentos & Técnicas. 2. ed. Vol. 1. São Paulo: Santos. Acesso em: 13 out. 2018 às 21h.

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