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Nomenclatura: conjunto de palavras, termos, sons ou sinais peculiares de uma Arte ou Ciência, pelos quais indivíduos de uma mesma profissão são capazes de se entender. PLANOS DENTAIS PLANOS DE SECÇÃO - Planos sagital e frontal são ineficientes devido a curvatura da arcada dentária. PLANOS DE DELIMITAÇÃO - Vestibular/lingual - Mesial/distal - Oclusal/gengival DIVISÃO DAS FACES EM TERÇOS CONSTITUINTES PAREDES Partes internas dos preparos: Circundantes – paredes laterais da cavidade e que tem contato com a superfície externa do dente. De fundo – formam o assoalho das cavidades, estão voltadas para a câmara pulpar. ÂNGULOS São os encontros entre as paredes dos preparos, apesar do significado ser “canto vivo” em alguns preparos são arredondados. Podem ser diedros ou triedros: Diedros – também chamados de ângulos de linha, são formados pelo encontro entre 2 paredes. - 1º grupo: encontro entre duas paredes circundantes. - 2º grupo: entre paredes circundantes e de fundo. - 3º grupo: entre paredes de fundo (AP e AA). Triedros – também chamados de ângulos de ponto, são formados pelo encontro de 3 paredes. REGRAS DE NOMENCLATURA - 1ª regra: a cavidade ou preparo recebe o nome da face ou faces em que se localiza. - 2ª regra: deve-se indicar o dente onde está a cavidade ou preparo. - 3ª regra: a parede circundante recebe o nome da face anatômica do dente junto à qual se localiza. - 4ª regra: a parede de fundo voltada para a câmara pulpar e paralela ao plano horizontal é denominada parede pulpar. - 5ª regra: a parede de fundo voltada à polpa mas não paralela ao plano horizontal é denominada parede axial. - 6ª regra: os ângulos diedros e triedros recebem os nomes das paredes que os formam. - 7ª regra: o ângulo formado por uma parede e pela superfície externa do dente é chamada de ângulo cavossuperficial. CLASSIFICAÇÃO DAS CAVIDADES E PREPAROS DENTAIS Quanto ao número de FACES envolvidas: Preparos simples – apenas 1 face. Preparos compostos – envolve 2 superfícies. Preparos complexos – mais de 3 superfícies. De acordo com sua EXTENSÃO: Intracoronário ou inlay – no interior da estrutura do dente, sem o recobrimento de cúspide, tem a aparência de uma caixa, tendo paredes circundantes e de fundo. Dentística – UNESP ODONTOLOGIA RESTAURADORA – Estética e Funcional (Profº Carlos Rocha Gomes Torres) Capítulo 5 – Nomenclatura e Classificação das Cavidades e Preparos Dentais parede circundante paredes de fundo Θ diedro de 1º grupo Θ diedro de 2º grupo Θ diedro de 3º grupo Extracoronário parcial – podem ser de 2 tipos: - Onlay – recobrem 1 ou mais cúspides de um dente, mas não todas. - Overlay – recobrem todas as cúspides do dente, porém sem recobrir totalmente as superfícies lisas, restando parte delas preservadas. Extracoronário total ou coroa total – envolvem todas as cúspides e recobrem todas as superfícies lisas dos dentes. Quanto ao PLANEJAMENTO restaurador: Preparos terapêuticos – realizados para restaurar a estrutura dental acometida por cárie, por lesões de erosão, abrasão, abfração ou fraturas. Preparos protéticos – executados para fazer uma restauração (direta ou indireta) que terá como objetivo sustentar dentes artificiais em um espaço edêntulo. De acordo com sua PROFUNDIDADE e proximidade pulpar: Rasa – preparo que ultrapassa ligeiramente a junção amelodentinária. Média – preparo que está de 0,5 a 1mm além da JAD. Profunda – preparo que ultrapassa metade da espessura da dentina, mantendo mais de 0,5mm de dentina remanescente. Muito profunda – remanescente dentinário menor que 0,5mm, permitindo a visualização (por transparência) da cor rosada da polpa. Exposição pulpar – já existe comunicação entre polpa e cavidade. CLASSIFICAÇÃO ETIOLÓGICA DE BLACK Cavidades do grupo 1 – de cicatrículas e fissuras, ou seja, zonas suscetíveis à cárie (acúmulo de placa). Cavidades do grupo 2 – nas superfícies lisas dos dentes, zonas de imunidade relativa, causadas por negligência do paciente ou falta de autólise. CLASSIFICAÇÃO ARTIFICIAL DE BLACK - Oclusal dos posteriores - 2/3 O da face V de MI - 2/3 O da face L de MS - cíngulo dos dentes anteriores superiores - 2/3 incisais da face V dos dentes anteriores - Faces proximais de dentes posteriores, se qualquer outra face dental for acometida simultaneamente, ela também será denominada CLASSE II. - Cavidades e preparos nas faces proximais dos dentes anteriores, mas SEM comprometimento do ângulo incisal. - Cavidades e preparos nas faces proximais de dentes anteriores, COM o comprometimento do ângulo incisal. - Nos terços cervicais das faces vestibulares e linguais de todos os dente. Exceção: face lingual de anteriores superiores (classe I). Simon e Howard - Cavidades localizadas em pontas de cúspide e bordas incisais. Geralmente NÃO é causada pela cárie. CLASSIFICAÇÃO DE MOUNT & HUME Devido à novas tecnológicas foi possível essa nova classificação, que depende de: - diagnóstico precoce - métodos preventivos mais eficientes - materiais adesivos: exige apenas a remoção do tecido cariado que não possa remineralizar, eliminando a necessidade de confecção de preparos “clássicos” Classificação que depende de LOCALIZAÇÃO e TAMANHO Local 1 – sulcos e fossetas na superfície oclusal dos posteriores, defeitos nas superfícies lisas do esmalte, como sulcos linguais nos molares superiores, fossetas na região de cíngulo, lesões nos ângulos incisais e na superfície oclusal, lugares de grande suscetibilidade. Abrange todas as lesões de classe I e VI de Black. inlay onlay overlay CLASSE I CLASSE II CLASSE III CLASSE IV CLASSE V CLASSE VI Local 2 – lesões em áreas de contato e oclusalmente em relação à elas, nos 2/3 oclusais da coroa dental, tanto em dentes anteriores quanto posteriores. Abrange as lesões de classe II, III e IV de Black. Local 3 – lesões próximas às margens gengivais, no terço cervical da coroa ou em área de raiz exposta (esmalte, dentina ou cemento), ao redor de toda a circunferência do dente, inclusive proximais. Abrange as cavidades de classe V de Black e lesões de superfície radicular que ocorrem após recessão gengival. Tamanho 0 (incipiente) – lesão subsuperficial sem cavitação, que pode ser remineralizável ou já sofreu remineralização e restou mancha. Recomendam-se tratamentos preventivos. Tamanho 1 (mínima) – lesão de pequena cavitação, com um mínimo envolvimento de dentina, mas que progrediu até não poder mais ser tratada de maneira conservadora, ou seja, é necessária a intervenção. Tamanho 2 (moderada) – lesão larga, mas onde permanece a estrutura dental sadia para suportar uma restauração, sendo necessária apenas a remoção do tecido cariado, além de existir um envolvimento moderado da dentina. Tamanho 3 (grande) – lesão onde a estrutura dental está enfraquecidae tem risco de fratura em bloco, nesse caro o desenho cavitário precisa ser modificado para estender a restauração e diminuir o estresse na estrutura remanescente. Tamanho 4 (muito grande) – lesão onde já ocorreu uma séria perda de estrutura dental, como a perda de uma cúspide de um dente posterior ou do ângulo incisal de um dente anterior. 0 1 2 3 4 1.Fossetas e sulcos 1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 2.Áreas de contato 2.0 2.1 2.2 2.3 2.4 3.Região cervical 3.0 3.1 3.2 3.3 3.4 2.4 na distal do 12 = lesão muito grande no ângulo incisal distal do incisivo lateral superior direito. 3.1 na vestibular do 47 = lesão incipiente na região cervical da face vestibular do segundo molar inferior direito.
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