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Denúncia - Ministério Público - Estágio

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EXMª. SRª. DRª. JUÍZA DE DIREITO DA 4ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO – SP
	
	 
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO SÃO PAULO, através de sua representante nesta Comarca, no uso de suas atribuições legais, vem, à presença de V. Exa., oferecer
DENÚNCIA
contra
Mauricio Ribeiro, vulgo “****”, brasileiro, gráfico, natural de Belém-PA, solteiro, nascido em 04.10.1963, filho de João Ribeiro e Maria Ribeiro, residente na Rua Gaston de Grislan, n. 35, bairro Jandira, nesta capital, consoante o abaixo exposto: 
I - DOS FATOS
Consta do incluso inquérito policial que, no dia 10.03.2019, sexta-feira por volta das 09:00h, nas proximidades da estação sagrado coração, em Jandira, grande são Paulo, onde findava o itinerário da linha 8 – Diamante, coletivo na região, Mauricio Ribeiro , este sentando ao lado da vítima Ana do Carmo Rocha e fingindo dormir usando uma maleta no colo, afim de disfarçar e contudo coagindo vítima, mediante as mãos acariciava, esfregando em sua perna e em seguida escondia, a mão por trás da maleta , por sua vez a vítima se afastou, tentando cessar àquela situação constrangedora, mas o denunciado aproximou-se ainda mais da vítima, neste momento esta chutou a perna dele, mesmo assim ele continuava fingindo, como se nada estivesse acontecido e então apertou a sua coxa, ela gritou e muito nervosa começou a chorar. 1 de fls. 2. 
Fora a primeira vez que a vítima passou por essa situação, e, que um grupo de homens a ajudou levando o suspeito até guarda, onde a vítima relatou o corrido, o denunciado, tentava explicar que dormia e que tomava remédios controlados, afim de obscurecer o caso e ficar mais uma vez impune e consequentemente fazendo mais vítimas. 
Saliente-se ainda que o acusado tem mais dois registros, por importunação ofensiva ao pudor no interior de trens da CTPM, em 2016/2017 estas por sua vez, fora liberado por falta de tipificação na lei á época. 
Comunicada a ocorrência à polícia, a diligência foi efetuada pela autoridade policial, restando finalmente o ora acusado preso em flagrante delito pelos delitos cometidos, sendo posteriormente encaminhado à Central de Flagrantes para a adoção das providências de praxe. 
II – DA CAPITULAÇÃO LEGAL
Agindo como agiu, o denunciado Mauricio Ribeiro cometeu os crimes de IMPORTUNAÇÃO SEXUAL, mediante tocável corpóreo, capitulados nos arts. 215-A (incluído pela lei n° 13.718 de 2018), art. do Código Penal.
A materialidade e autoria encontram-se positivadas através dos elementos que compõem o presente inquérito policial, especialmente, a provas testemunhais (fls. 2), termo de representação, (fls. 3/5), boletim de ocorrência (fls. 6), depoimentos testemunhais e da vítima.
III - DO PEDIDO
Diante do que foi exposto, é a presente para requerer que o denunciado seja processado e, ao final, condenado nas penas dos dispositivos violados, para tanto, procedendo-se à sua citação para responder à acusação nos termos do art. 396 do Código de Processo Penal, alterado pela Lei n. 11.719/08, se seguindo os demais atos processuais previstos em lei.
Ministério público requer, ainda, a oitiva de testemunhas conforme o artigo 202 do CPP, expõe que “toda pessoa poderá ser testemunha”, salvo exceções constantes no Código de Processo Penal.
Nestes termos, espera deferimento.
São Paulo, 05 de Abril de 2019
 Juliana de Cassia Rodrigues
		Promotora de Justiça 
PESSOA(S) A SEREM OUVIDAS:
- Ana do Carmo Rocha (vítima), qualif. às fls. 2;
- Moura Santos, testemunha,(policial que efetuou a ocorrência). às fls. 03;
- Reginaldo silva (Vigilante da CPTM), qualif. às fls. 04;
- Carlos Santos(ambulante). às fls. 05.
São Paulo e 05/04/2019 supra.

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