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Aula 7 (DIPu) - Convenção de Viena 1969

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Tratados Internacionais
A Convenção de Viena 1969
2º semestre de 2018
Direito Internacional Público
Graduação em 
Direito &
Relações Internacionais
Definições e Inovações
*
INTERNACIONAIS
UNIDADE VII:
(TRATADOS)
CONVENÇÕES
*
VII. Tratados Internacionais
Abertura da Conferência sobre o Direito dos Tratados, Palácio Hofburg Palace, Viena, Austria
*
Mesmo antes da Convenção de Viena de 1969 já havia regras atinentes aos Tratados e à Solução das Controvérsias emergentes destes.
De cunho regional a Convenção de Havana de 1928, foi fruto da VI Conferência Internacional Americana e elaborou um texto convencional regulamentador dos Direitos vinculados aos tratados. O documento foi assinado por alguns Estados (Brasil, Equador, Haiti, Honduras, Nicaragua, Panamá, Peru e República Dominicana são os Estados que ainda se mantém vinculados ao seu texto). A Convenção de Havana foi incorporada ao ordenamento legislativo brasileiro mediante o Decreto 18.956, de 22 de outubro de 1929.
VII. Tratados Internacionais

*
A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados (CVDT), adotada em 22 de maio de 1969, codificou o direito internacional consuetudinário referente aos tratados. 
VII. Tratados Internacionais
O projeto de Convenção foi preparado pela Comissão de Direito Internacional (CDI). 
O projeto foi submetido pela Assembléia Geral da ONU à apreciação da 
Conferência de Viena sobre o Direito dos Tratados, que celebrou a Convenção em 1969. 
A CVDT entrou em vigor em 27 de janeiro de 1980, quando atingiu o número mínimo de 35 ratificações, exigida em seu artigo 84. 
Até janeiro de 2013, 114 Estados haviam ratificado a CVDT. 
https://treaties.un.org/Pages/ViewDetailsIII.aspx?src=TREATY&mtdsg_no=XXIII-1&chapter=23&Temp=mtdsg3&lang=en
Segundo o artigo 85 os instrumentos de adesão à CVDT devem ser depositados junto ao Secretário Geral da ONU. 
https://treaties.un.org/Pages/ParticipationStatus.aspx
*
VII. Tratados Internacionais
Artigo 9
Adoção do texto 
1. A adoção do texto de um tratado efectua-se pelo consentimento de todos os Estados participantes na sua elaboração, salvo o disposto no no2. 
2. A adoção do texto de um tratado numa conferência internacional efetua-se por maioria de dois terços dos Estados presentes e votantes, a menos que estes Estados decidam, por igual maioria, aplicar uma regra diferente. 
*
VII. Tratados Internacionais
Artigo 24
Entrada em Vigor 
1. Um tratado entra em vigor nos termos e na data nele previstos ou acordados pelos Estados que tenham participado na negociação. 
2. Na falta de tais disposições ou acordo, um tratado entra em vigor logo que o consentimento em ficar vinculado pelo tratado seja manifestado por todos os Estados que tenham participado na negociação. 
[…]
*
VII. Tratados Internacionais
Artigo 84
Entrada em Vigor 
 A presente Convenção entrará em vigor no trigésimo dia que se seguir à data do depósito do trigésimo quinto instrumento de ratificação ou adesão. 
 Para cada Estado que ratificar a Convenção ou a ela aderir após o depósito do trigésimo quinto instrumento de ratificação ou adesão, a Convenção entrará em vigor no trigésimo dia após o depósito, por esse Estado, de seu instrumento de ratificação ou adesão.
*
O texto final foi trabalho de uma conferência diplomática cuja negociação envolveu cerca de cento e dez países, porém, ao final apenas trinta e dois Estados assinaram-na, dentre eles o Brasil.
Sua importância é incontestável. No século XIX e começo do XX os tratados eram em número reduzido e a maioria referia-se a questões políticas entre os Estados sem, porém, haver regras claras sobre como estes resolveriam seus conflitos de interesses pacificamente. 
VII. Tratados Internacionais
A Convenção foi firmada com o intuito de 
solucionar as controversias sobre a aplicação dos tratados internacionais 
e estabelecer parâmetros para a assinatura, adesão, 
formulação, denuncia, entre outras obrigações internacionais. 
*
VII. Tratados Internacionais
Mazzuoli (2006) destaca que a convenção serviu para
“[…] Regular todo tipo de desenvolvimento progressivo daquelas matérias ainda não consolidadas na arena internacional. Entre as regras basilares de direito das gentes reconhecidas pela Convenção, pode ser citada a regra do pacta sunt servanda (art.26) e seu corolário segundo o qual o Direito Interno não pode legitimar a inexecução de um tratado (art. 27); recorda-se, ainda, o reconhecimento da cláusula rebus sic stantibus, que permite a denúncia de um tratado quanto passa a existir uma mudança fundamental nas circunstâncias que tenham ocorrido em relação àquelas existentes a tempo da estipulação do mesmo (art. 62), entre outras.”
*
Os tratados foram previstos para criar direitos e obrigações, uma norma vinculante em âmbito internacional, chamada de também de norma de hard law. 
Da leitura da CVDT retiram-se os requisitos, as condições de validade. São elementos sem os quais os tratados não gerarão efeitos, assim não serão validos:
I. Capacidade: pressupõe personalidade jurídica
II. Objeto: deve ser licito e moral 
III. Forma: deve ser escrito 
VII. Tratados Internacionais
No tocante ao requisito de validade (II) destaca-se que
licitude e moralidade do tratado exige uma análise do livre acordo entre as partes 
mas também do respeito aos valores universais, o jus cogens.
*
VII. Tratados Internacionais
Artigo 53
Tratado em Conflito com uma Norma Imperativa
de Direito Internacional Geral (jus cogens)
É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de Direito Internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internacional geral da mesma natureza.
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VII.1. Definições e Inovações
CVDT
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A primeira parte da Convenção, denominada de introdução, possui cinco artigos.
O Artigo 1 menciona que a Convenção aplica-se aos tratados celebrados entre Estados. Excluem-se, portanto, os acordos celebrados entre Estados e Organiações Internacionais ou entre duas Organizações Internacionais.
O Artigo 2 trata de algumas expressões utilizadas pela Convenção. 
VII.1. Definições e Inovações
Dentre essas expressões destacam-se aquelas que definem:
Estado Negociador: aquele que participou da elaboração e na adoção
Estado Contratante: aquele que consente, posteriormente a elaboração, em obrigar-se pelo tratado, independente de sua entrada em vigor
Terceiro Estado: aquele que não faz parte do tratado mas que foi mencionado, por determinado motivo, em seu texto.
*
O Artigo 3 é taxativo em prever que a Convenção não se aplica a acordos firmados entre Estados e outros sujeitos do Direito Internacional ou ainda a acordos que não sejam concluídos por escrito.
O Artigo 4 trata da irretroatividade da Convenção, estipulando que seus efeitos só nascerão da data de sua entrada em vigor (no caso, 27 de janeiro de 1980).
O Artigo 5 dispõe que a Convenção aplica-se a todos os tratados que foram instrumento constitutivo de Organizações Internacionais, bem como a todo tratado adotado no âmbito dessas, sem prejuízo de quaisquer normas relevantes da organização.
VII.1. Definições e Inovações
*
A segunda parte da Convenção tem por escopo as definições sobre a Conclusão e Entrada em Vigor de cada tratado.
O Artigo 6 frisa que todo Estado possui capacidade para celebrar tratados definindo assim um dos requisitos de validade (I). 
Vale destacar que a competência negocial vem disposta no Artigo 7, prevendo a representativdade originária ou representatividade derivada.
VII.1. Definições e Inovações
Representatividade Ordinária: quando a adoção for realizada por Chefes de Estado ou 
Chefes de Governo-Representatividade Derivada: quando a adoção for realizada pelas demais pessoas, que precisarão apresentar Carta de Plenos Poderes, vide Artigo 2, c (ministro das Relações Exteriores, Chefes de Missões Diplomáticas, outros ministros ou particulares recrutados pelo governo para o encargo negocial)
*
O outro requisito de validade (III) exige necessariamente a positivação na forma de um texto escrito.
Como já vimos, de acordo com o Artigo 9 o texto de um tratado será aprovado pelo consentimento de todos os Estados participantes de sua elaboração, estando previsto que tal consentimento seja alcançado pela maioria de dois terços dos Estados presentes e votantes, ou pelo quorum que o grupo assim definir (aprovado pela maioria de dois terços).
Para conferir autenticidade do texto do tratado, está previsto no Artigo 10 segundo suas próprias previsões e, caso não existam, pela (I) assinatura, (II) assinatura ad referendum ou (III) rubrica dos representantes dos Estados. 
VII.1. Definições e Inovações
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requisitos de validade (I) 
- destaca-se que apenas Estados-nação podem celebrar tratados regidos por esta convenção (vide artigos 3 e 6)
requisito de validade (II) 
- destaca-se que licitude e moralidade do tratado exige uma análise do livre acordo entre as partes mas também do respeito aos valores universais, o jus cogens (vide artigo 53)
requisito de validade (III) 
- destaca-se que exige necessariamente a positivação, via acordo livre, na forma de um texto escrito (vide artigo 9).
VII.1. Definições e Inovações
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A previsão do Artigo 11 estabelece que um Estado vincula-se a um tratado quando o manifesta:
-pela assinatura (Artigo 12): necessária a assinatura ou rubrica do representante do Estado
pela troca de instrumentos constitutivos (Artigo 13): necessário arquivamento pelo(s) outro(s) Estado(s) da versão do tratado produzida pelo Estado
-pela ratificação (Artigo 14): necessária a confirmação das intenções do Estado em processo próprio, ou confirmação do legítimo exercício dos Plenos Poderes
-pela aceitação (Artigo 14): demais situações análogas à da ratificação
VII.1. Definições e Inovações
*
A previsão do Artigo 16 estabelece que a vontade (consentimento) do Estado estar vinculado a um tratado:
-pela troca de documentos
-pelo depósito junto ao depositário
-pela notificação do depósito aos Estados Contratantes
Já no Artigo 34 está prescrito de forma clara que o texto de um tratado não pode criar obrigação para um terceiro Estado (não contratante), salvo seu expresso consentimento. 
Porém, convém frisar que o Artigo 36 garante a possibilidade de se conceder direitos a terceiro Estado.
VII.1. Definições e Inovações
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A Assinatura é um aceite precário e formal, não acarretando efeitos jurídicos vinculantes (vide Artigo 25). Tem o efeito de proibir condutas que ser contrárias aos interesses estabelecidos no tratado, um dever de boa-fé. Com a Assinatura produz-se a imutabilidade do texto do tratado, exceto os Acordos Executivos. 
A fase seguinte é a Autenticação, depois da qual os Estados deverão abster-se da prática de quaisquer atos que levem à frustração do objeto e da finalidade do tratado. 
Já a Ratificação é a expressão em definitivo do consentimento estatal em ver-se obrigado pelo documento. A ratificação se consuma com a comunicação formal que uma parte faz à outra. Isso se dá pela Troca de notas ou pelo Depósito de instrumentos.
VII.1. Definições e Inovações
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Obrigações advindas da ratificação
 fazer valer os direitos previstos no tratado a toda pessoa sujeita à sua jurisdição; 
 adaptar sua legislação ao estabelecido no tratado; 
 assegurar que não serão tomadas medidas contrárias às pactuadas; 
 assegurar àqueles que se sentirem violados, recursos jurídicos para corrigir esta situação.
VII.1. Definições e Inovações
Características da Ratificação:
Ato externo e de governo  Ato irretratável
Ato expresso Ato irretroativo
Ato político e circunstancial Inexistência de prazos legais
Ato discricionário
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VII.2. O Brasil e a CVDT
CVDT
e a
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Apesar de participar da elaboração e ter assinado o texto final da Convenção de Viena em 1969 o Brasil não a ratificou senão até o Decreto nº 7.030, de 14 de dezembro de 2009, apesar de entrar em vitor em 27 de janeiro de 1980. Foi somente o presidente Fernando Collor de Melo que através da mensagem 116, publicada no Diário Oficial da União em 23 de abril de 1992, ao Congresso. A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados a aprovou em 28 de outubro de 1995, seguindo para discussão e apreciação pelo penlario daquela casa, tendo os debates se extendido até a aprovação.
Ainda assim o Brasil manteve-ve vinculado à Convenção de Havana desde 22 de outubro de 1929.
VII.2. O Brasil e a CVDT
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A doutrina procura identificar quais os argumentos que levaram a não ratificação por tanto tempo.
Basicamente são dois os motivos encontrados:
 consta do voto do relator da Comissão de Relações Exteriores, deputado Antônio Carlos Mendes Thame a preocupação com o artigo 25 da CVDT que, ao admitir a aplicação provisória de tratados entraria em choque com o artigo 49, I da CR/1988.
 outra preocupação é com o artigo 66 da CVDT que estabelece vínculo obrigatório à julgamento pela Corte Internacional de Justiça, sem que haja um consentimento expresso e direito ao início dos trâmites.
VII.2. O Brasil e a CVDT
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