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COLAR CERVICAL E AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO FACIAL DOCENTE: DR. MARTINHO DINOÁ MONITORA: LAIS SODRÉ FRANCISCO COLAR CERVICAL CONCEITO O colar cervical constitui um instrumento eficaz de imobilização da cervical nos casos de vítimas de trauma. A imobilização com um colar adequado permite 30º de mobilidade do pescoço. Deve possuir um desenho assimétrico, ser dobrável e plano, com janela para acesso a região cervical, além de fornecer uma boa adaptação à cabeça e ao ombro da vítima. INDICAÇÃO A proteção da coluna cervical constitui medida universal no atendimento do paciente vítima do trauma, devendo ser mantido até a confirmação de que não há lesão neurológica ou óssea. “Pelo menos 5% dos doentes com lesão de coluna passam a ter manifestações neurológicas ou piora dos sintomas já existentes após chegarem ao serviço de emergência. Isso decorre frequentemente de isquemia ou da progressão do edema medular. Porém também pode ser resultado de imobilização inadequada.” Lesões medulares, com ou sem déficit neurológico, devem ser sempre consideradas em pacientes de trauma; Cerca de 55% das lesões traumáticas na coluna vertebral são na região cervical; TAMANHO COR NEONATAL ROSA PEDRIÁTRICO AZUL CLARO EXTRA PEQUENO (PP) LILÁS PEQUENO (P) AZUL ESCURO MÉDIO (M) LARANJA GRANDE (G) VERDE EXTRA GRANDE (GG) BRANCO COLAR CERVICAL NÃO REGULÁVEL COLAR CERVICAL REGULÁVEL PEDIÁTRICO ADULTO CONDUTA Medida do Tamanho do Colar Cervical É importante o uso do tamanho apropriado. O colar muito pequeno poderá não promover a imobilização suficiente, enquanto o colar muito grande poderá levar a uma hiperextensão cervical no paciente. CONDUTA ESTABILIZAÇÃO MANUAL E O ALINHAMENTO O profissional 1 deverá fazer a estabilização manual e o alinhamento da coluna cervical. 2. AVALIAÇÃO DA REGIÃO CERVICAL O profissional 2 avalia a região cervical, identificando possíveis contraindicações para a colocação do colar cervical. Retira suavemente os adereços e vestimenta do pescoço para que estes não interfiram no procedimento. CONDUTA 3. Com o dorso da mão, medir a altura entre o ângulo da mandíbula e a base do pescoço da vítima; 4. No colar, medir do parafuso ou marca indicadora até o final da parte rígida. A medida exata do colar é a distância entre o ponto de referência (fixação preta) e a borda inferior do plástico rígido e não até o acolchoado de espuma; CONDUTA C 5. MONTAGEM DO COLAR CERVICAL Movimentar do botão fixador até o orifício na porção superior interna do colar. Ajuste o botão fixador totalmente através do orifício e pressioná-lo firmemente. CONDUTA 6. COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL EM VÍTIMA DEITADA: Posicionar atrás da cabeça da vítima promovendo a estabilização da cervical; Observar se há contraindicação de utilização do colar Mensurar o colar de acordo com a técnica já descrita; Comece colocando o colar do lado direito para o esquerdo da vítima. Posicione a parte posterior do colar atrás do pescoço do paciente; Trazer a parte do colar para frente do pescoço e posicioná-lo na linha média; Posicionar o colar comprimindo levemente nas laterais e feche o velcro CONDUTA 6. COLOCAÇÃO DO COLAR CERVICAL EM VÍTIMA SENTADA: Passar a parte posterior do colar por trás do pescoço Encaixar o mento na parte anterior Ajustar e prender o velcro IMPORTANTE Não utilizar na situação de objeto empalado no pescoço do paciente; O colar deve ser sempre utilizado com cautela e conhecimento técnico; É importante atentar para irritações na pele, dependendo do período de tempo de utilização do colar; Não apertar demais para não dificultar a circulação sanguínea ou abertura da boca do paciente; Evitar o uso sobre a pele lesionada ou ferida; Qualquer uso diferente dos mencionados neste protocolo deverá ser comunicado ao médico regulador AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA CONCEITO C No final da avaliação primária, realiza-se uma avaliação neurológica rápida. Esta avaliação neurológica estabelece o nível de consciência do doente, o tamanho e reatividade das pupilas, sinais de lateralização e o nível de lesão da medula espinhal. O rebaixamento do nível de consciência pode representar diminuição da oxigenação e/ou da perfusão cerebral ou ser resultado de um trauma direto ao cérebro. A alteração do nível de consciência implica necessidade imediata de reavaliação de ventilação, oxigenação e perfusão. Toda alteração do nível de consciência deve ser considerada originária de um trauma ao sistema nervoso central até que se prove o contrário. NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA C ALERTA – acordado e com repostas adequada a perguntas ; SONOLÊNCIA – sonolento, acorda ao chamado e responde às perguntas normalmente; OBNUBILAÇÃO – sonolência mais profunda, responde as perguntas com voz alta e ou após estímulos maiores, por exemplo ao balançar; TOPOR OU ESTUPOR – sonolência profunda, responde parcialmente somente a estímulos dolorosos; COMA – não abre os olhos nem emite sons verbais sob estímulo verbal ou doloroso. MÉTODOS C MÉTODO A.V.D.I (Alerta, Voz, Dor e Inconsciência) ALERTA- Quando a pessoa que presta o socorro nota que, ao tocar a vítima, esta reage de uma forma instantânea e espontânea ao sinal do socorrista, numa situação de trauma ou clínica, esta se encontra na fase de alerta, ou fase A. VOZ- Nota-se que, quando a vítima passa a não responder a estímulos sonoros, como por exemplo ser chamada pelo nome, esta encontra-se na fase V, ou seja, está num processo de perda de consciência, DOR- Não havendo resposta aos estímulos sonoros, a vítima tem de ser submetida ao teste da chamada fase D, isto é para perceber se a pessoa ainda sente dores, o que indicaria um leve estado de consciência. O socorrista realiza um movimento com uma das mãos fechadas friccionando-a na região da junção de seus dedos, na região central do tórax da vítima. Caso não haja nenhum tipo de reação da vítima ao estímulo, deve-se considerar a etapa seguinte. INCONSCIÊNCIA- Nessa fase, a pessoa vitimada encontra-se totalmente inconsciente, ou seja, não está havendo atividade cerebral em seu organismo. Esse estado é muito preocupante, uma vez que o cérebro começa a ter danos irreversíveis a partir de 6 minutos sem receber oxigênio. SEJA ÁGIL! ESCALA DE COMA DE GLASGOW SITUAÇÃO SCORE LEVE > 12 MODERADO 9 – 12 GRAVE < 8 Escala que permite avaliar o nível de consciência do paciente. Se baseia em quatro parâmetros: ABERTURA OCULAR, RESPOSTA MOTORA , RESPOSTA VERBAL e REATIVIDADE PUPILAR ATUALZAÇÃO REATIVIDADE PUPILAR (0) Completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de luz. Parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz. (2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz Este item foi adicionando como uma etapa posterior à contagem tradicional e que deve ser subtraída da conta geral, resultando em um panorama mais preciso da situação do paciente e permitindo ações mais rápidas. AVALIAÇÃO PUPILAR ACABOU MORESSSS