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AULA 2ª PARTE DO CPC 00

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FACULDADE 
MAURÍCIO DE 
NASSAU 
 
AULA: CPC 00 (Parte I) 
 
PROFESSORA: Daniella Galvão 
 
 Proporcionar ao educando o entendimento 
a cerca da definição dos elementos 
patrimoniais e de resultado e do processo de 
reconhecimento e a forma como é feita sua 
mensuração. 
OBJETIVO 
 
DEFINIÇÃO DE ATIVO 
 A definição do CPC, na Estrutura Conceitual para 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações 
Contábeis, diz que um ativo é “um recurso controlado 
pela entidade como resultado de eventos passados e 
do qual se espera que resultem futuros benefícios 
econômicos para a entidade”, definição similar à 
proposta do IASB¹. 
 ¹Conselho Internacional de Normas Contábeis (IASB). Moldes da ONU. 
DEFINIÇÃO DE ATIVO 
 Basicamente, esta definição possui três termos 
que são fundamentais para que um item seja 
considerado como ativo: gerar benefício 
econômico futuro; ser controlado pela entidade 
e ser resultante de um evento passado. “Algo” só 
pode ser considerado ativo quando satisfaz às 
três condições em conjunto. 
DEFINIÇÃO DE ATIVO 
Futuro 
Benefício 
Resultado de 
eventos 
passados 
Controlado 
pela Entidade 
ATIVO 
FUTURO BENEFÍCIO 
ECONÔMICO 
 
 
 
 
 
 
COMO SE PODE TER 
CERTEZA DE QUE UM 
BENEFÍCIO ECONÔMICO É 
REAL? 
FUTURO BENEFÍCIO ECONÔMICO 
PATENTE 
• Estimativa de geração de 
riqueza: $ 1 milhão 
 
 
 
• Despesas com o registro 
da patente: $ 1,5 milhão 
Nesse caso, a patente não pode ser 
considerada ativo porque não traria, a 
rigor, benefício para a entidade. 
Existem três fatores que podem determinar a sua ocorrência: (a) a 
existência de valor de mercado, indicando que o ativo pode ser 
comprado e vendido num mercado; (b) sua aceitação por parte 
de terceiros como pagamento de dívidas; e (c) o fato de ser 
utilizada para melhorar a produtividade de bens e serviços da 
entidade. 
FUTURO BENEFÍCIO ECONÔMICO 
 O benefício econômico futuro é a essência de um 
ativo e refere-se ao potencial de colaborar para o 
fluxo de caixa ou equivalente de caixa da entidade. 
Os ativos podem dar origem a benefício econômico 
quando usados na produção de estoques ou serviços 
vendidos pela entidade; trocados por outros ativos; 
usados para reduzir um passivo; ou distribuídos aos 
proprietários da entidade. 
 Apesar de o ativo estar vinculado ao bem 
econômico, é importante destacar que um ativo 
pode ou não ter substância física, como é o caso de 
um terreno ou de um estoque. Uma patente pode 
satisfazer à definição de ativo e não possuir 
substância física. 
 
FUTURO BENEFÍCIO ECONÔMICO 
Patente que perdeu a 
validade 
O fato da entidade ter gerado 
riqueza no passado com essa 
patente não garante a condição de 
ativo para a mesma. É necessário 
que a patente ainda possa ajudar a 
entidade a gerar benefício 
econômico futuro. 
Duplicata a receber de 
cliente falido 
Neste caso, a duplicada tornou-se 
somente um papel sem 
possibilidade de obter benefício 
futuro, não é ativo. 
Outro exemplo, é de uma máquina sem 
nenhuma perspectiva de uso por parte da 
entidade e sem possibilidade de ter um 
comprador. 
CONTROLE 
 O segundo aspecto a ser considerado na 
definição de ativo refere-se ao fato de que o 
benefício futuro deve ser controlado por uma 
entidade em particular. 
 O controle restringe o uso do recurso econômico 
como ativo, limitado somente ao fato de que a 
entidade possui a habilidade de exercer os 
direitos de uso dos benefícios. 
 Observe que o IASB evita utilizar o termo 
propriedade, desvinculando a parte legal 
econômica. Esse é um ponto polêmico, uma vez 
que induz a contabilidade mais para a essência 
do fenômeno do que para a sua forma. 
RESULTADO DE EVENTOS PASSADOS 
 A presença desse termo evita a inclusão dos 
denominados ativos contingentes como um ativo 
da entidade. Um exemplo de ativo contingente 
refere-se a um imóvel que a entidade ainda não 
adquiriu. Nesse caso, esse recurso ainda não é 
ativo, uma vez que não ocorreu o evento da 
compra do terreno, mesmo que o mesmo já 
esteja aprovado no seu orçamento. 
 Quando uma entidade assina um contrato para 
prestação de serviço com terceiros, o evento já 
permite afirmar que se tem um futuro benefício 
econômico sob controle da entidade, baseado 
num evento passado (assinatura do contrato). 
PASSIVO 
DEFINIÇÃO DE PASSIVO 
 A definição do CPC, na Estrutura Conceitual para 
Elaboração e Apresentação das Demonstrações 
Contábeis e na NBC TG 1000 (PME), diz que um 
PASSIVO “é uma obrigação presente da entidade, 
derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se 
espera resulte em saída de recursos capazes de gerar 
benefícios econômicos”. 
 Neste caso, a definição do CPC pode ser dividida em 
três elementos cruciais: (a) é uma obrigação atual da 
entidade; (b) é resultado de eventos passados; e © a 
liquidação implicará num desembolso de benefícios 
econômicos para esta entidade. Esta definição é a 
mesma adotada pelo IASB na sua estrutura 
conceitual. 
DEFINIÇÃO DE PASSIVO 
Obrigação 
atual 
Resultante 
de eventos 
passados 
Liquidação 
resulta num 
desembolso 
PASSIVO 
OBRIGAÇÃO ATUAL 
 Considere a situação de um passivo em que a 
entidade já quitou a dívida. Neste caso, isto não 
pode constar no balanço como um passivo, pois 
não é uma obrigação atual, uma das condições 
necessárias para termos um passivo. 
RESULTANTE DE EVENTOS PASSADOS 
 A Estrutura Conceitual do CPC destaca a 
necessidade de distinguir uma obrigação 
presente de um compromisso futuro. Uma 
obrigação surge quando existe uma obrigação 
irrevogável na qual o não cumprimento da 
obrigação pode causar uma penalidade 
significativa. 
LIQUIDAÇÃO RESULTA NUM DESEMBOLSO 
 O passivo pressupõe não ser possível evitar a 
obrigação. A liquidação da obrigação poderá 
ser feita de várias formas, entre as quais se 
destacam: pagamento em dinheiro, 
transferência de outros ativos, prestação de 
serviços; substituição de uma obrigação por 
outra, conversão de uma obrigação em capital. 
 Uma obrigação pode também ser extinta por 
outros meios, tais como pela renúncia do credor 
ou pela perda dos seus direitos creditícios. 
PASSIVO 
 De maneira geral, um passivo é resultante de 
uma transação em que uma entidade obtém 
um recurso econômico. Uma dívida com um 
fornecedor é originária da compra de insumos 
para entidade. Entretanto, existem passivos que 
podem surgir por imposição do governo, sob a 
forma de tributos, ou do sistema judiciário, em 
decorrência de uma decisão judicial. 
 
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO 
 
CONCEITO 
 A palavra patrimônio tem sua origem na língua 
latina, da palavra patrimonìum, ìi (bens, posses, 
haveres), cujo antecedente é o termo pater 
(século XIII), referente a “pai”. A expressão 
Patrimônio Líquido tem sido usada como 
“participação dos proprietários” 
 O Patrimônio Líquido também é o valor residual 
dos ativos da entidade depois de deduzidos 
todos os seus passivos, podendo assim ser 
chamado de Ativo Líquido, estrutura conceitual 
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 
 . 
 
CONCEITO 
 O resultado é frequentemente utilizado como 
medida de performance ou como base para 
outras medidas, tais como o retorno do 
investimento ou o resultado por ação. Os 
elementos diretamente relacionados com a 
mensuração do resultado são as receitas e as 
despesas. O reconhecimento e a mensuração 
das receitas e despesas e, consequentemente,do resultado, dependem em parte dos conceitos 
de capital e de manutenção de capital 
adotados pela entidade na elaboração de suas 
demonstrações contábeis. Esses conceitos estão 
expostos nos: . 
 
MANUTENÇÃO DO CAPITAL 
 Existem dois conceitos de capital que podem ser 
adotados por uma entidade: 
CAPITAL 
FÍSICO 
CAPITAL 
FINANCEIRO 
Está vinculado ao recurso 
monetário investido na entidade. 
Este é válido, caso a 
preocupação for seu poder de 
compra, ou capital no capital 
nominal investido. Assim, a 
manutenção do capital 
financeiro significa que só terá 
lucro se o montante financeiro de 
ativos líquidos no final do período 
for maior que o do início. 
Está vinculado a capacidade 
produtiva da entidade. Este é 
válido, caso o usuário esteja 
preocupado com sua 
capacidade operacional. Assim, 
a manutenção do capital físico 
significa que haverá lucro se sua 
capacidade física produtiva no 
final do período, for maior que a 
capacidade do início. 
 
RECEITA 
 
Gerar valor ao acionista = Lucro 
Considerando que o objetivo principal de uma 
empresa privada é gerar valor para o acionista, o 
reconhecimento de receitas e despesas são os 
principais elementos para apuração do resultado 
financeiro de uma companhia. 
 
 
DEFINIÇÃO 
 
Receita é o ingresso bruto de benefícios 
econômicos durante o período proveniente 
das atividades ordinárias da entidade que 
resultam no aumento do seu Patrimônio 
Líquido, exceto as integralizações dos 
proprietários. 
 
DESPESA 
 
DEFINIÇÃO 
 
Despesas são decréscimos nos benefícios 
econômicos durante o período contábil, sob 
a forma da saída de recursos ou da redução 
de ativos ou assunção de passivos, que 
resultam em decréscimo do patrimônio 
líquido, e que não estejam relacionados com 
distribuições aos detentores dos instrumentos 
patrimoniais. 
 
RECEITA X DESPESA 
RECEITA DESPESA 
Aumento nos benefícios 
econômicos 
Decréscimos nos benefícios 
econômicos 
Durante o período contábil Durante o período contábil 
Sob a forma de entrada de 
recursos, ou aumento de ativos, 
ou diminuição de passivos que 
resultam em aumentos do 
patrimônio líquido 
Sob a forma de saída de 
recursos, ou redução de ativos, 
ou existência de passivos que 
resultam em decréscimo do 
patrimônio líquido líquido. 
E não se confundem com os que 
resultam de contribuições dos 
proprietários da entidade. 
E não se confundem com os que 
resultam de distribuições dos 
proprietários da entidade. 
CONCLUSÃO 
 Vimos os critérios relevantes para 
caracterização dos elementos de ativo, 
passivo, receita e despesa. 
BIBLIOGRAFIA 
 NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto 
Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. São Paulo: 
Atlas, 2013. 
 CPC 00

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