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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL – QMC5453 FARMÁCIA 03102C NITO ANGELO DEBACHER RELATÓRIO PRÁTICA 2: DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE DISSOCIAÇÃO DE INDICADORES POR ESPECTROFOTOMETRIA. Beatriz Camargo Fida Elaine Kutzner Helena Delpizzo Maria Eduarda Possamai Florianópolis, 26 de março de 2019 EXPERIMENTO 2: DETERMINAÇÃO DA CONSTANTE DE DISSOCIAÇÃO DE INDICADORES POR ESPECTROFOTOMETRIA. 1. INTRODUÇÃO Um indicador ácido/base é um ácido ou base orgânicos fracos cuja forma não dissociada difere da cor de sua base ou ácido conjugados. Por exemplo, o comportamento de um indicador do tipo ácido, , é descrito pelo equilíbrio:H ln ⇋ O H ln + H2 In− + H O3 − cor ácida cor básica Considerando que pK = -log K podemos escrever: . K pH og p In = − l In[ −] / HIn[ ] Se o indicador se encontra em soluções com pH abaixo do , sua cor será Kp In aquela da forma não ionizada, ou protonada. Em pHs acima de , a cor será Kp In a da forma ionizada ou desprotonada (SKOOG et al, 2015). Cada indicador tem cores características e pH ideal de mudança, como exemplificado na Tabela 1: Tabela 1: Indicadores Ácido/Base Importantes Fonte: SKOOG et al., 2015 p. 353 Com um aparelho de espectrofotômetro de absorção ultravioleta e visível (UV-Vis) quantifica-se este efeito medindo-se a intensidade de luz absorvida em função do comprimento de onda (λ) de radiação. A intensidade de radiação inicial ao atravessar a solução líquida contendo o corante (cromóforos) pode ser parcialmente absorvida. 2. OBJETIVO Estudar, por meio de observação visual, o efeito do pH na mudança de coloração de diferentes indicadores. Determinar, empregando a espectrofotometria, a constante de dissociação do indicador vermelho de metila. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 REAGENTES E MATERIAIS Vidrarias: 2 buretas de 10ml; 1 pipeta graduada de 10ml; 1 pipeta volumétrica de Iml; 1 béquer de 250ml e 2 béqueres de 50ml; 13 tubos de ensaio médios. Equipamentos: pHmetro e aparelho de espectrofotometria. Reagentes: 100ml de fosfato de sódio 0,2 mol/L (Na2HPO3. X H20); 100ml de ácido citrico 0,1mol/L, Solução tampão (pH 4,0 e 7,0) para calibrar o pHmetro; Solução de vermelho de metila diluído; Solução dos seguintes indicadores: Alaranjado de metila, Azul de bromofenol, Vermelho de metila, Bromocresol púrpura, Azul de bromotimol, Vermelho de cresol e Fenoftaleina. Outros: frasco lavador com água destilada. 3.2 PROCEDIMENTO Para começar, foram preparadas várias soluções tampão em seis tubos de ensaio numerados de 1 a 6, com o auxílio de uma bureta para adicionar o fosfato de sódio 0,2 mol/L e outra para adicionar o ácido cítrico 0,1mol/1. Em cada tubo de ensaio a proporção entre os volumes de fosfato de sódio e ácido cítrico foi diferente para que se obtivesse pH diferenciado em cada uma. Em seguida, agitaram-se os tubos e mediu-se seu pH com o pfHmetro já calibrado e com a solução tampão (pH 4,0 e 7,0). Transferiu-se 1 ml, com a ajuda de pipetas volumétricas, das soluções de cada tubo para uma nova série numerada de 6 tubos, reservando-os para executar outra parte do procedimento. Aos 6 tubos com 9 ml, acrescentou-se uma gota do indicador (Alaranjado de metila, Azul de bromofenol, Vermelho de metila, Bromocresol púrpura, Azul de bromotimol, Vermelho de cresol e Fenolftaleina), sempre observando e anotando as cores resultantes da solução. Com ressalva de que o tubo de número 6 foi dividido em duas partes com 4,5 ml cada. Em seguida, utilizou-se os 6 tubos de ensaio contendo Iml e adicionou-se mais 1ml de vermelho de metila. A partir desta diluição do indicador em diferentes valores de pH, mediu-se a absorbância (A) de cada solução em um aparelho de espectrofotometria, variando o comprimento de onda de 400nm a 600nm. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Determinação da constante de dissociação (Ka) ou pKa do indicador vermelho de metila. Com o espectrofotômetro obtivemos os dados de absorbância nos diversos comprimentos de onda e soluções com os variados pHs, a Tabela 2 mostra os dados coletados no recorte de comprimentos de onda ( ) entre 520 e λ 530 nm. Tabela 2: Recorte dos comprimentos de onda (λ) lidos, entre 520 e 530 nm, da Absorção das 6 soluções preparadas, sendo o valor utilizado o de 525nm. Gráfico 1: Absorbância vs. comprimento de onda (λ entre 400 nm e 600 nm) obtida na leitura dos pHs das soluções preparadas (pH 3,35 ; pH 4,75 ; pH 5,23 ; pH 5,68 ; pH 6,35 e pH 7,95). Com o Gráfico obtivemos o valor de e , o ponto mais alto foi de AHln Aln− 525 nm, sendo o pH mais ácido (3,35) corresponde a (1,2709) e o ponto de AHln pH mais básico (7,95) corresponde a (0,0402).Aln− A partir dos dados da Absorbância e com a equação 1, obtivemos a constante de dissociação, que corresponde à média aritmética dos quatro valores encontrados. K pH og (A ) A))p = − l ((A) A )− ( HIn / Hln− − ( K pH og (0, 402) A))p = − l ((A) 1, 709)− ( 2 / 0 − ( 1 - pH = 4,75 , A = 0,9385 K1 4, 5 og (0, 402) 0, 385))p = 7 − l ((0, 385) 1, 709)9 − ( 2 / 0 − ( 9 K1 4, 5 og (− , 983))p = 7 − l ((− , 324)0 3 / 0 8 K1 4, 5 og 0, 700p = 7 − l 3 5,18K1p = 2 - pH = 5,23 , A = 0,6132 K2 5, 3 og (0, 402) 0, 132))p = 2 − l ((0, 132) 1, 709)6 − ( 2 / 0 − ( 6 K2 5, 3 og (− , 73))p = 2 − l ((− , 577)0 6 / 0 5 K2 5, 3 og 1, 478p = 2 − l 1 5,17K2p = 3 - pH = 5,68 , A = 0,2488 K3 5, 8 og (0, 402) 0, 488))p = 6 − l ((0, 488) 1, 709)2 − ( 2 / 0 − ( 2 K3 5, 8 og (− , 086))p = 6 − l ((− , 221)1 0 / 0 2 K3 5, 8 og 4, 998p = 6 − l 8 4,99K3p = 4 - pH = 6,35 , A = 0,0840 K4 6, 5 og (0, 402) 0, 840))p = 3 − l ((0, 840) 1, 709)0 − ( 2 / 0 − ( 0 K4 6, 5 og (− , 438))p = 3 − l ((− , 869)1 1 / 0 0 K4 6, 5 og 27, 98p = 3 − l 0 4,92K4p = ( K1 pK2 pK3 pK4 ) / 4 p + + + = Kap (4,18 + 5,17 + 4,99 + 4,92) / 4 = 5,06 Constante de dissociação pka obtido pela média dos pK encontrados: 5,06Ka p = 4.2 Determinação do pKa por regressão linear O pKa pode ser obtido pelo gráfico vs. Hp og((A) A ) (A ) A))l − ( HIn / Hln− − ( Abaixo o Gráfico 2 gerado pelo excel e no Anexo o Gráfico confeccionado pelas integrantes do grupo que fizeram o experimento. Gráfico 2: vs. Hp og((A) A ) (A ) A))l − ( HIn / Hln− − ( f(x)=ax+b f(x)=0,843x+5,13 b (coeficiente linear) = 5,13 4.3 Erro experimental do pKa obtido Segundo Skoog et at, 2015, o pKa do vermelho de metila é 5,00. Contudo, com os cálculos de pKa dos valores intermediários de pH, absorbância e média dos resultados obtivemos 5,06 e com a regressão linear obtivemos o valor de 5,13. Sendo assim: rro E E = 100E = (valor obtido alor exato) valor exato[ − v / ] . 100 1, %E1 = (5, 6 , 0) 5, 0[ 0 − 5 0 / 0 ] . = 2 100 2, %E2 = (5, 3 , 0) 5, 0[ 1 − 5 0 / 0 ] . = 6 Os erros podem ter ocorrido no preparo das soluçõesou ainda nas aferições dos pHs. O erro obtido com a regressão linear é maior do que o obtido com a média dos pKa. Os dados para o cálculo da média de pKas são retirados das leituras pontuais do espectrofotômetro, já a obtenção do coeficiente linear se dá com a linha de tendência, dessa forma ficando menos preciso. 4.4 Determinação do pH experimental e da cor aparente. Quadro 1: Resultados obtidos para os diferentes pHs e indicadores. Sol. pH teórico pH exper. Indicador Cor exper. pH. mudança Cor A Cor B (Transição de cor teórico) 01 3,0 3,3 Alaranjado de metila Salmão 2,9 - 4,6 Vermelh o Alaranjado 02 4,0 4,6 Azul de bromofenol Azul 2,8 - 4,6 Amarelo Azul 03 4,5 4,9 Vermelho de metila Laranja 4,2 - 6,3 Vermelh o Amarelo 04 5,0 5,4 Bromocresol púrpura Roxo 5,2 - 6,8 Amarelo Púrpura 05 6,0 6,2 Azul de bromotimol Azul turquesa 6,0 - 7,6 Amarelo Azul 06a 8,0 8,3 Vermelho de cresol Rosa escuro 7,2 - 8,8 Amarelo Vermelho 06b 8,0 8,3 Fenolftaleína Rosa claro 8,3 -10,0 Incolor Rosa Para a solução 1 observamos que a cor obtida foi a intermediária, o que corresponde com a faixa de pH de mudança, com o pH obtido. A solução 2 experimental, por ter o valor de pH final de mudança, apresentou a cor também final. A solução 3, assim como a solução 1, ficou na faixa de mudança de cor do indicador e apresentou coloração de acordo com o esperado. A solução 4 apesar de não ter passado da faixa de pH de mudança, apresentou coloração do pH mais alto. A solução 5, assim como a solução 4, apresentou cor referente ao esperado para após a mudança de pH, apesar de ainda estar na faixa de mudança. A solução 6a teve o pH medido dentro da faixa de mudança, porém apresentou a cor final que seria para a molécula desprotonada, o que pode ter ocorrido por erro de manuseio das executoras, ou por contaminação, validade (que não foi observada) do indicador. Por fim, a solução 6b teve uma leve coloração rosa, aproximado do incolor mas não estando totalmente dessa forma. Assim, as faixas de coloração ficaram próximas das esperadas, visto que os pHs também ficaram com valores aproximados. 5. CONCLUSÃO As amostras preparadas com os diferentes pHs obtidos apresentaram mudança de coloração com os diferentes indicadores, esses tenderam a ficar na forma ionizada, conforme o esperado para os pHs submetidos. Obtivemos ainda, através da espectrofotometria, a constante de dissociação do indicador vermelho de metila, com a qual calculamos o pKa (5,06 para o calculado e 5,13 para o obtido pela regressão linear) e esse mostrou-se próximo ao valor teórico (5,0), com baixo erro (máximo de 2,6%). 6. QUESTIONÁRIO 1. É possível estimar o pH de uma solução aquosa pela cor obtida quando da adição de um indicador cujo pKa é conhecido? O que são espectros de absorção? Explique (Voguel, pg. 542). Que tipos de moléculas apresentam absorção no ultravioleta e/ou no visível? Sim, é possível estimar o pH de uma solução aquosa pela cor obtida quando da adição de um indicador cujo pKa é conhecido pois: ⇋ AH H+ + A− / Ka = H[ +] A[ −] HA[ ] e K pH og p a = − l A[ −] / HA[ ] H pKa og p = + l A[ −] / HA[ ] Espectros de absorção são a representação gráfica dos valores obtidos de comprimento de onda versus a absorbância lida. A absorção da radiação se deve ao fato de as moléculas terem elétrons que podem ser promovidos a níveis de energia elevados mediante a absorção de energia. A energia necessária pode ser, em alguns casos, a proporcionada pela radiação com comprimentos de onda no visível e, o espectro de absorção estará na região do visível. Em outros casos, é necessária energia maior, associada à radiação ultravioleta. Além da variação de energia eletrônica (que é consequência da absorção da radiação) há também variações associadas à energia de vibração dos átomos na molécula e variações da energia de rotação. Ou seja, a absorção na região do visível e ultravioleta depende do número de arranjos dos elétrons nas moléculas ou íons absorventes. Assim, o pico de absorção pode ser relacionado com o tipo de ligação da substância estudada. As moléculas apresentam absorção no ultravioleta e/ou no visível, a região ultravioleta do espectro é geralmente considerada na faixa de 200 a 400 nm, e a região do visível entre 400 a 800 nm. A absorção da região visível e ultravioleta depende do número e do arranjo dos elétrons nas moléculas ou íons absorventes. Como consequência, o pico de absorção pode ser correlacionado com o tipo de ligação da molécula. Compostos orgânicos que possuem dupla ligação absorvem fortemente no ultravioleta, compostos com dupla alternada (ligações conjugadas) têm absorção em maiores. Quanto mais extenso for o sistema conjugado, mais λ longos serão os absorvidos, podendo chegar a região do visível.λ 2. O que é ponto isosbéstico? É possível observar a existência de ponto isosbéstico nos espectros de absorbância que você obteve para o vermelho de metila? Quando isto acontece? O ponto isosbéstico é o ponto no qual todas as curvas se encontram e o comprimento de onda da forma ácida e da forma básica tem a mesma absorbância. É possível observar o ponto isosbéstico, conforme mostrado no Gráfico 1, no qual o ponto isosbéstico está na região de entre 450 nm e 460 nm λ (próxima do teórico = 460 nm). Se a absorbância de uma solução com forma λ ácida e básica for medida nesse , a absorbância independe das quantidades λ das formas ácida e básica presentes, mas depende somente da quantidade total do indicador (no caso vermelho de metila) presente na solução. Acontece o ponto isosbéstico quando os picos de absorção cruzam-se mesmo em amostras com diferentes concentrações porque apresentam o mesmo coeficiente de absorção molar. 3. Você usou um espectrofotômetro na região do visível para verificar a dissociação do indicador ácido-base vermelho de metila. Porque isso foi possível? Explique fazendo a dissociação da molécula do vermelho de metila no equilíbrio ácido/base. Foi possível a observação na região do visível pois o vermelho de metila (cromóforo que é um grupo funcional que tem espectro de absorção característico na região do visível ou ultravioleta, com ligações duplas ou triplas, grupos nitro, nitroso, azo, carbonila e/ou tiocarbonila) absorve nessa região. O vermelho de metila (conforme mostra ilustração abaixo) apresenta conjugações nos aneis aromáticos. Abaixo a dissociação do Vermelho de Metila (MR) em formas ácidas (HMR) e básicas (MR)-. A constante de dissociação da forma ácida é dada pela equação: K K = H[ +] MR[ −] / HMR[ ] K pH log p = − MR[ −] / HMR[ ] As duas formas e têm picos de absorção fortes na região visível do MR H MR− espectro. 4. Com o valor do pKa obtido experimentalmente calcule a variação da energia livre de Gibbs G para a dissociação do vermelho de metila. Considere a eq G = -RTlnKa, qualo significado do resultado obtido, discuta. R = 8,314 J/MolK; T = 298K. G − T InKaΔ = R Ka = 10−pKa Ka = 10−5,06 a 8, 1.10 K = 7 −6 n(Ka) 1, 5I = − 1 6 G − T InKaΔ = R G − , 4.298. 1, 5Δ = 8 3 − 1 6 G 28.953, 7Δ = 9 Ou seja, o processo não foi espontâneo e termodinamicamente não foi favorecido. 5. Descreva outro método que poderia ser usado para determinar o pKa. Através de espectrofotometria pode-se determinar o pKa de aminoácidos e proteínas? Explique. Para determinar o pKa pode-se utilizar a curva de titulação. na qual a substância é submetida a mudanças de pH. Em uma titulação é adicionada uma base a uma solução aquosa de um ácido (ou um ácido a uma solução aquosa de uma base) em pequenas quantidades, e é medido o pH da solução após cada adição. A solução que se adiciona é chamada titulante e a que sofre a adição é titulada. O resultado de tais medições (título) é uma curva de forma sinusoidal em que o centro geométrico corresponde ao pKa do ácido. Essa técnica é aplicável a valores de pKa na faixa de 2 a 12, na presença ou ausência de um cromóforo, desde que o composto seja solúvel em água ou numa mistura com um cossolvente como metanol ou acetonitrila. Para determinar o pKa há ainda métodos como a eletroforese capilar, cromatografia líquida e titulação potenciométrica. Contudo, o λ no qual a molécula absorve luz depende da intensidade em que seus elétrons estão ligados. Elétrons compartilhados de ligações carbono-carbono e carbono-hidrogênio estão fortemente ligados, o que faz com que suas excitações requeiram energia de λ abaixo de 180 nm. Os elétrons que participam de ligações duplas e triplas não estão fortemente ligados e assim são mais difíceis de serem excitados pela radiação. Proteínas são constituídas por aminoácidos, esses têm ligações carbono-carbono e carbono-hidrogênio, dessa forma não seria possível utilizar o espectrofotômetro UV-Vis (pois usa λ a partir de 200 nm). Algumas exceções são certas proteínas que apresentam anel benzênico e por isso têm ligações dupla de carbono e assim podem aparecer na região ultravioleta. 6. Defina constante de dissociação ácida e básica para uma substância. A constante de dissociação pode ser definida como um valor que expressa a relação entre eletrólitos dissociados no meio aquoso. Assim como as demais constantes de equilíbrio, essa constante nada mais é do que o quociente entre as concentrações dos produtos e reagentes. 7. O pH é um dos fatores mais importantes no processo de formulação de fármacos por causa de seus efeitos sobre a solubilidade e a estabilidade dos princípios ativos. Relacione situações que exemplifiquem a importância do controle do pH na área farmacêutica. O pH é fundamental para se conseguir a adequada absorção, distribuição, metabolização e menor toxicidade, pois cada alvo biológico tem um pH específico, corrente sanguínea, estômago e intestino por exemplo, têm pHs totalmente diferentes um do outro. 8. Que tipos de resíduos químicos foram gerados neste experimento e como foram tratados. Explique. Os resíduos foram de material não tóxico e biodegradável. O pH de efluentes para descarte foi ajustado para ficar entre 5 a 9 com gotas de base ou ácido, diluídos. A cor dos resíduos líquidos foi removida por adsorção com carvão ativado. Aos resíduos foi adicionada uma pitada de carvão ativado, agitado e deixado decantar até a solução ficar incolor. O líquido sobrenadante então pôde ser descartado e o sólido (carvão mais corante) pôde ser descartado como resíduo sólido inerte ou ainda reutilizado pela próxima equipe. 9. Descreva o funcionamento do aparelho de UV-Vis. O espectrofotômetro de feixe simples está esquematizado na figura ao lado. Com um aparelho de espectrofotômetro de absorção ultravioleta e visível (UV-Vis) quantifica-se esse efeito medindo-se a intensidade de luz absorvida em função do comprimento de onda ( ) de λ radiação. A intensidade de radiação inicial ( ) ao atravessar a solução líquida contendo o corante Io (cromóforo) pode ser parcialmente absorvida, de tal modo que a intensidade transmitida será . Essa intensidade depende do coeficiente de absortividade I molar ( ), do caminho ótico (largura da cubeta, b) e da concentração da solução ε (C). A relação entre e é expressa pela equação de Lambert-Beer. I Io ou og .b.CA = − l (I/I )0 = ε ε.b.CA = = absorbância (A) num determinado , o qual depende da substânciaogI/Il 0 λ 7. Bibliografia DEBAHER, N. A.. Roteiro 2 Físico-Química Experimental QMC 5453. Determinação da constante de dissociação de indicadores por espectrofotometria. Disponível em: http://forum.cagr.ufsc.br/listarTopicos.jsf?salaId=201911420 Acesso em 26 mar 2019. PEREIRA, A. V., GARABELI A. A., SCHUNEMANN G. D., BORCK, P. C., Determinação da constante de dissociação (ka) do captopril e da nimesulida - Experimentos de química analítica para o curso de farmácia. Química Nova, 2011. SKOOG, D. A. ; HOLLER F. J.; CROUCH S. R.; WEST, D. M. Fundamentos de química analítica. 9 ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2015 VOGEL. Análise Química Quantitativa. Tradução de Jeffery, G. H.; Bassett, J.; Mendham, J.; Denney, R. C., Editora Guanabara Koogan S.A, 5a . edição, 1992.
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