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Febre aftosa e peste suína clássica

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Febre aftosa e peste suína clássica
André Gustavo Misfeld, Gerson Cunha e Jéssica Mayumi Anami
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Características 
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa provocada pelo vírus da família Picornaviridae, gênero Aphthovirus. 
Existem sete tipos diferentes do vírus: A, O, C, SAT1 (SOUTH AFRICAN TERRITORY), SAT2, SAT3, Asia1. Sendo o tipo O mais comum.
Cada sorotipo manifesta propriedades antigênicas e imunogênicas distintas.
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Febre aftosa no Brasil
 O primeiro foco registrado no Brasil foi em1895.
Segunda guerra mundial: EUA embarga a importação de carne dos países com febre aftosa.
Com a tentativa de erradicar a febre aftosa, em 1951 foi criado o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA).
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Febre aftosa no Brasil
Em 1972 foi estabelecido o primeiro Plano Nacional de Controle da Febre Aftosa, dirigido à cobertura vacinal e ao controle de transporte de animais.
Mas em 1992, subdividiu o país em circuitos pecuários regionais.
Em maio de 2005, 15 estados e o DF foram classificados como zona livre de febre aftosa com vacinação no gado. Os estados com divisa para outros países tem mais chances de reintrodução.
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Divisão dos circuitos pecuários no Brasil.
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Expansão da zona livre com vacinação, reconhecida pela OIE até maio de 2005.
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Verde . zona livre com vacinação; Amarelo . zona tampão; Azul . estudos
em andamento para inclusão na zona livre; Púrpura . suspensão temporária da condição
livre devido à re-introdução de febre aftosa.
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Febre aftosa no Brasil
O último foco envolvendo suínos para fins comerciais no sul, a principal região produtora e exportadora de suínos, ocorreu em 1993.
O mais importante estado produtor e exportador de suínos, Santa Catarina, cessou a vacinação contra febre aftosa em todas as espécies em maio de 2000 e não teve focos da doença desde então.
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Número de focos envolvendo suínos desde 1995, nas regiões livres com vacinação de febre aftosa.
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Hospedeiros
Pode causar a doença em todas as espécies animais com casco fendido, como suínos, bovinos, ovinos, búfalos, caprinos.
Nunca houve um foco da doença em uma granja de reprodutores de suínos certificada.
Suínos e ovinos não são vacinados no Brasil, mas os bovinos e os búfalos recebem vacina trivalente.
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Vacinação
Normalmente considerada não econômica ou pouco prática para manter um nível suficiente de proteção num rebanho suíno devido ao curto período de geração da espécie.
O uso de vacinas durante um foco não ofereceria proteção suficiente.
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Transmissão 
Acontece por contato direto (animais, humanos, produtos, água, veículos)
Indireto (gotículas)
Aerotransportado (até 60km sobre a terra e 300km pelo mar).
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A dependência de condições ambientais da transmissão aérea faz com que a sua contribuição seja mínima, mas quando as condições estão ótimas, esse tipo de transmissão é mais eficiente e os esforços pra controle ficam comprometidos.
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Diagnóstico
Baseia-se inicialmente no aparecimento de sinais clínicos;
 
É importante o diagnóstico diferencial com o vírus da estomatite vesicular (VSV) e o vírus da doença vesicular suína (SVDV); 
O diagnóstico laboratorial requer a inclusão de reagentes do SVDV no antígeno do teste ELISA; Para isolar o vírus, algumas cepas do FMDV (febre aftosa) em suínos podem necessitar de células de suínos para cultura.
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Patogenicidade
Inalaçãodo vírus, infecção de células na cavidade nasal, faringe e esôfago.
Replicação do vírus e disseminação nas células adjacentes
Passagem do vírus aos vasos sanguíneos e linfáticos
Infecção de nódulos linfáticos e outras glândulas
Infecção das células na cavidade oral, patas, úbere e rúmen.
24 – 72
Horas
Inicio da febre, aparecimentode vesículas na cavidade oral, patas, úbere e rúmen.
Salivação excessiva, descarga nasal e claudicação
72 – 96hrs
Rupturade vesículas e intensificação dos sintomas
Final da febre, final daviremiae início da produção de anticorpos
120hrs
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Resistência
Sobrevive de 5 a 10 semanas em locais protegidos, como em tecidos ou matéria orgânica. 
Baixas temperaturas resultam em sobrevivência prolongada do vírus.
É sensível a mudanças de pH. Se torna inativo a um pH abaixo de 6.0 e acima de 9.0
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Permanece viável por anos a uma temperatura de -20ºC, mas é inativado por temperaturas acima de 50ºC.
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Prevenção
Proteção de zonas livres mediante controle e vigilância dos deslocamentos de animais nas fronteiras
Sacrifício de animais infectados, recuperados e susceptíveis
Desinfecção dos locais e de todo o material infectado (artefatos, veículos, roupas, etc.)
Destruição dos cadáveres, dos resíduos e dos produtos de animais susceptíveis na zona infectada
Medidas de quarentena
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A despeito do longo período sem ocorrências de febre aftosa em granjas comerciais de suínos e da inclusão na zona livre com vacinação, a indústria brasileira de suínos ainda sofre restrições ao comércio devido à presença de febre aftosa no gado e ao fato de alguns países não reconhecerem o princípio da regionalização;
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Peste suína clássica 
É uma doença de notificação obrigatória a organização mundial de saúde animal (OIE)
Causa a restrição no comercio internacional de suínos.
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Características
Doença de etiologia viral, altamente contagiosa, da família Flaviviridae e gênero pestivírus.
Pode ser definida como uma doença também crônica ou inaparente, incluindo a infecção congênita persistente nos suínos recém-nascidos infectados durante a vida fetal;
Também conhecida como febre dos suínos ou cólera.
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PSC no Brasil
O MAPA estabeleceu em 1992, o programa nacional de controle e erradicação da peste suína clássica, (PNCEPSC).
Possui legislação especifica sobre vigilância e suspeitas de ocorrência da doença.
O país é dividido em área livre sem vacinação e infectada.
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Divisão dos estados em zona livre e infectada, segundo o MAPA.
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Hospedeiros
São os suínos, catetos e javalis.
Afetam animais de todas as idades.
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Transmissão
Contato direto entre animais, entrada de animais no plantel sem controle; 
Propagação por pessoas, utensílios, veículos, roupas, instrumentos e agulhas; 
Utilização de restos de alimentos sem tratamento térmico adequado na alimentação dos animais;
Infecção transplacentária.
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Fontes de vírus
Sangue e todos os tecidos, secreções e excreções de animais doentes e mortos; 
Leitões infectados congenitamente apresentam uma viremia persistente e podem excretar vírus durante meses; 
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Sintomas
São divididos em forma aguda, crônica, congênita e leve.
Aguda
Febre (41ºC), anorexia, letargia; hiperemia multifocal e lesões hemorrágicas na pele, conjuntivite; cianose da pele(orelhas, membros, focinho, cauda); constipação intestinal, seguida dediarréia; vômito; ataxia, paresia e convulsão. Animais ficam amontoados;
Morte em 5 a 14 dias depois do início da doença;
Crônica
Moderada virulência, ocorrem corrimento nasal e tosse, prostração, apetite irregular, febre,diarréia;provoca alterações reprodutivas,recuperação aparente, com recaída posterior e morte.
Congênita
Tremor congênito e debilidade; retardo no crescimento e morte; leitões clinicamente normais, porém comviremiapersistente, sem resposta imunitária.
Suave
Cepasde baixa virulência, febre e inapetência; morte e reabsorção fetal ou mumificação,natimortalidade; nascimento de leitões congenitamente infectados; aborto (poucofreqüente).
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Vacinação
Não pode ser utilizada em áreas consideradas livres de PSC;
Uso em situações de risco de existência de foto e disseminação da doença;
A vacina é feita com um vírus atenuado.
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Diagnóstico
Necessário identificação em laboratório, com a prova de imunofluorescência direta, ou isolamento viral em cultivo celular, com detecção do vírus por imunofluorescência ou imunoperoxidase. Confirmação da identificação com anticorpos monoclonais. 
Ou provas sorológicas, como ELISA, ou neutralização viral revelada
por peroxidase ou por anticorpos fluorescentes.
Amostras devem ser enviadas o mais rapidamente e conservadas em refrigeração.
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Controle e prevenção
Sacrifício dos animais e posterior cremação ou enterro;
Limpeza e desinfecção de instalações;
Vazio sanitário: 10 dias + animais sentinelas (com 60 dias);
Monitoramento em centrais de inseminação;
Materiais cirúrgicos sempre descartáveis.
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Dúvidas?
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