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MODULO 04

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07/04/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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O Processo de Conhecimento, disciplinado no Novo CPC a partir do artigo 318,
determina que seja aplicado a todas as causas o PROCEDIMENTO COMUM, salvo
as disposições contrárias do código, aplicando-se este procedimento
subsidiariamente aos procedimentos especiais e ao processo de execução.
Portanto, temos uma simplificação no processo de conhecimento, uma vez que
teremos apenas o procedimento comum e os procedimentos especiais, sendo que
o procedimento sumário não tem previsão no Novo CPC.
Petição Inicial: Requisitos e Importância
A petição inicial no CPC vigente mantém praticamente os mesmos requisitos do
diploma revogado, conforme a previsão do artigo 319, a saber:
Art. 319. A petição inicial indicará: 
I – o juízo a que é dirigida; 
II – os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união
estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço
eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; 
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV – o pedido com as suas especificações; 
V – o valor da causa; 
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos
fatos alegados; 
VII – a opção do autor pela realização ou não de audiência de
conciliação ou de mediação.
Temos assim, apenas duas alterações introduzidas no pedido inicial, com dois
acréscimos, nos respectivos incisos:
II – qualificação (união estável) e endereço eletrônico;
VI – a opção do autor pela realização ou não da audiência de conciliação ou
mediação. 
Possibilidade da emenda da petição inicial.
Como se vê, há duas alterações significativas nos incisos do art. 319 do Novo
CPC, vejamos:
Art. 319, II – a qualificação agora exige expressamente que o autor afirme se há
união estável, além de ser exigido o endereço eletrônico;
Art. 319, VI – Atualmente, a audiência prévia de conciliação ou mediação é
obrigatória e uma das poucas hipóteses em que pode ser afastada é justamente
quando as partes (ambas) afirmam que não tem interesse na autocomposição. 
A opção do autor, assim, não afasta a audiência, apenas dá ao réu a opção de
também manifestar-se neste sentido (caso em que, concordando com o autor, a
audiência será afastada). Destaco que o autor só precisa dizer que não quer, pois
a necessidade da audiência é presumida.
Não há mais exigência expressa de pedido de citação do réu, sendo correta a
supressão, uma vez que proposta a ação contra o réu, é absolutamente nítido o
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desejo do autor de citação daquela parte.
Passemos a analisar os demais requisitos.
A) Indicação do juízo a que é dirigida: afinal, a petição inicial é dirigida ao Estado,
vez que a ele é formulada a tutela jurisdicional.
B) Indicação dos nomes, prenomes, estado civil, existência de união estável,
profissão, domicílio e residência do autor e do réu: é necessário analisar a
legitimidade do autor e do réu para serem partes, bem como individualizar e
distinguir as pessoas físicas e jurídicas das demais. O estado civil faz-se
necessário para verificar a regularidade da petição inicial nos casos em que o
autor precisa de outorga uxória. O endereço é imprescindível para determinar a
competência territorial e a citação do réu.
C) Indicação do fato e dos fundamentos jurídicos do pedido: é a causa de pedir.
Os fatos (causa de pedir remota) pois todo direito ou interesse a ser tutelado
surge em razão de um fato ou um conjunto deles, por isso eles são necessários na
petição inicial e o fundamento jurídico (causa de pedir próxima), que não é o
reflexo da situação fática no ordenamento jurídico vigente.
D) Indicação do pedido com as suas especificações, tendo finalidade limitar a
atuação jurisdicional.
E) Valor da Causa: toda causa deve ter um valor certo, ainda que não tenha
conteúdo econômico;
F) Indicação das provas pelo autor.
Se o pedido inicial não preencher os requisitos dos arts. 319 e 320, com a juntada
dos documentos indispensáveis à propositura da ação, ou se forem constatados
defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento do mérito, o juiz
intimará o autor, para que no prazo de 15 dias emende a inicial ou a complete,
sob pena de indeferimento, conforme o artigo 321.
O art. 319, §1º dispõe que “Caso não disponha das informações previstas no
inciso II (qualificação), poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz
diligências necessárias a sua obtenção“.
Assim, por exemplo, o autor poderá requerer justificadamente o acesso a bancos
de dados públicos para a busca do endereço do réu. Obviamente, a diligência
deverá ser justificada e não pode ser utilizada de forma indiscriminada.
A qualificação não essencial para a citação do réu poderá ser convalidada, ou seja,
o juiz não deve prender-se meramente aos requisitos formais, se o objetivo do
processo puder ser conseguido sem parte da qualificação das partes.
Além disso, o art. 319 do novo CPC prevê, ainda, que a integralidade dos dados
requeridos no seu inciso II pode ser dispensada “se a obtenção de tais
informações tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça”.
É possível ainda destacar algumas inovações trazidas no novo CPC, relacionadas
ao pedido inicial do autor, a saber:
a) Segundo o artigo 322, § 1º, no pedido principal, estão compreendidos os juros
legais, correção monetária, verbas de sucumbência, inclusive os honorários
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advocatícios;
b) se o pedido inicial tratar de cumprimento de obrigações em prestações
sucessivas, independente de declaração expressa do autor, serão
automaticamente incluídas na sentença, se o devedor não pagá-las no curso do
processo ou consigná-las, conforme a previsão do artigo 323;
c) o juiz determinará a citação do réu para audiência de conciliação ou de
mediação, com antecedência mínima de 30 dias, devendo o réu ser citado pelo
menos com 20 dias de antecedência da audiência, nos termos do artigo 334. A
audiência preliminar será presidida por conciliador ou mediador onde houver ( §
1º, art. 334), tendo a possibilidade de mais de uma sessão de conciliação ou
mediação, não excedente 60 dias à primeira (§ 2º, art. 334); 
d) para as ações que versem sobre direitos disponíveis, a realização da audiência
de conciliação e mediação poderá ser dispensada, se ambas as partes
manifestarem expressamente desinteresse na composição consensual (§ 4º, art.
334).
Indeferimento da petição inicial;
Segundo o CPC vigente, o indeferimento da petição inicial poderá ocorrer, na
forma do artigo 330, que prevê:
Art. 330. A petição inicial será indeferida quando: 
I – for inepta; 
II – a parte for manifestamente ilegítima; 
III – o autor carecer de interesse processual; 
IV – não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.
O § 1º, do artigo 330 relaciona os casos em que será considerada inepta a petição
inicial:
§ 1º. Considera-se inepta a petição inicial quando: 
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir 
II – o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que
se permite o pedido genérico; 
III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si.
I – inépcia da inicial: a inépcia da petição inicial ocorrerá quando apontar algumas
das nuances estipuladas no § 1º do art. 330 do CPC/2015;
II – quando a parte for manifestamente ilegítima: cabe também ao juiz aferir se a
parte tem legitimidade para pleitear os direitos aludidos na exordial.É a chamada
legitimidade ad causam. A obtenção do resultado da tutela jurisdicional deve
guardar consonância com aquele que se apresenta para tal propósito; deve
traduzir, portanto, uma titularidade ativa, no caso (NCPC, art. 17 c/c NCPC, art.
18). Ela é carecedora da ação. Trata-se de uma das condições da ação e, por isso,
em face da ilegitimidade, o processo deverá ser extinto sem resolução de mérito
(NCPC, art. 485, inc. VI);
III – quando o autor carecer de interesse processual: acaso a providência judicial
almejada seja incapaz de atender aos propósitos do autor, diz-se que inexiste
interesse de agir (ou interesse processual). Assim, a eventual prestação
jurisdicional não proporcionará nenhuma utilidade ao pretendente; inexistirá
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condição de melhora no quadro encontrado e narrado na petição inicial. Desse
modo, o interesse processual está intimamente ligado ao binômio necessidade-
adequação. Se o bem jurídico almejado pelo autor da ação não depende de
qualquer intervenção judicial, da prestação jurisdicional, é inócuo que o Estado
preste assistência. Concernente à adequação do pedido, nessa hipótese o pleito
deve ser idôneo a solucionar o litígio exposto em juízo;
IV - quando a petição inicial não atender aos pressupostos 106 e 321 do CPC: No
que tange ao primeiro dispositivo, exige-se que o advogado, quando postular em
causa própria, informe, com a inicial ou contestação, o endereço (bem assim as
futuras mudanças havidas), número de inscrição na OAB (inclusive se pertencer a
alguma sociedade de advogados). A outra regra diz respeito à emenda ou
complementação da petição inicial. Verificado que a peça vestibular não preenche
todos os requisitos expostos nos artigos 319 e 320 do CPC, deverá o magistrado
determinar que a parte emende-a ou complemente-a, no prazo de dez dias. Não
sendo cumprida a decisão, o juiz indeferirá a petição inicial (NCPC, art. 321);
A seguir, alguns esclarecimentos a respeito da das hipóteses de inépcia da inicial,
previstas no §1° do citado artigo. Nesse compasso, é nítido que há um rol
taxativo de hipóteses (numerus clausus). 
 I – Ihe faltar pedido ou causa de pedir: necessariamente com a inicial o autor da
ação deve descrever as razões de fato que o leva a ajuizar a ação. Além disso,
igualmente as motivações jurídicas para sua pretensão jurisdicional. É a chamada
causa de pedir ou “causa petendi ” de seu pleito judicial (NCPC, art. 319, inc. III);
 II – se o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais que se
permite o pedido genérico: a inicial deve trazer pedido determinado (NCPC, art.
324), ressalvando-se as hipóteses legais de possibilidade de formulação de pleito
genérico ou indeterminado (NCPC, art. 324, § 1º);
 III – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão: faz-se
necessário que a peça de ingresso exponha um quadro fático de sorte que,
agregado aos fundamentos jurídicos ali expostos, o juiz possa chegar a uma
conclusão;
IV – contiver pedidos incompatíveis entre si: a situação em espécie é clara quanto
à necessidade primeira da existência de pedidos cumulativos (NCPC, art. 327,
caput). Portanto, a formulação de pedidos cumulados (cumulação própria) é
aceito pelo CPC. Todavia, esses devem ser harmonizados no plano jurídico, o que
inclusive se coaduna com o teor do inc. I, do § 1º, do art. 327 do Código de
Processo Civil. Em que pese isso, determinada a emenda da inicial (NCPC, art.
321) e, com isso, o autor venha a desistir de um dos pedidos incompatíveis,
inexiste óbice para que o processo prossiga, doravante com enfoque apenas em
um desses;
Encontrando vício que comprometa o desenvolvimento regular do processo, é
dever do juiz conceder prazo para que o autor corrija o defeito ou, por outro lado,
explicar a inexistência desse (NCPC, art. 321). Além desse propósito, referido
comando obedece ao princípio constitucional do contraditório. Nesse compasso,
não é permitido que o juiz de pronto indefira a petição inicial, salvo quando o
defeito for insanável (v.g., ilegitimidade da parte, decadência, etc). Não
emendada (corrigida) ou completada, cabe ao magistrado indeferir a peça
vestibular.
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É importante esclarecer que o indeferimento da petição inicial unicamente pode
ocorrer antes da citação do réu. Ultrapassada essa etapa processual, ou seja,
estando o réu já integrado na lide, a situação já não é mais de indeferimento da
inicial. Ao revés disso, o magistrado proferirá sentença de extinção do processo,
sem adentrar ao mérito, porém em face da ausência de condição da ação ou
pressupostos processuais (NCPC, art. 485, inc. IV).
Ocorrendo o indeferimento do pedido inicial, o autor poderá recorrer, conforme o
artigo 331, através do recurso adequado, de APELAÇÃO, com as seguintes
possibilidades: o Juiz poderá retratar-se no prazo de 05 dias; Se o juiz não se
retratar, mandará citar o réu para responder o recurso (art. 331, § 1º do CPC).
Se a sentença for reformada pelo tribunal (§2º do 331 do CPC) o prazo para a
contestação começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o
disposto no art. 334, ou seja, designação de audiência de conciliação ou de
mediação. Não interposta a apelação, o § 3º do art. 331, do CPC, exige que o réu
seja intimado do trânsito em julgado da sentença.
Inalterabilidade da Petição Inicial
A regra geral é a de que, apresentada a petição inicial, resta defeso a sua
alteração nos seus elementos (partes, pedido e causa de pedir).
No que se refere a alteração das partes, a questão já foi objeto de tratativa,
devendo haver expressa previsão legal para a troca ou substituição das partes, ou
ainda para o ingresso de terceiros no processo.
Já no que se refere ao pedido ou causa de pedir, a nova legislação processual
trouxe modificações em relação ao CPC revogado.
Entretanto, não se deve confundir a emenda (ou correção) ou complemento da
inicial (NCPC, art. 321) com a alteração (mudar algo antes existente) ou
aditamento (aumentar algo ao que antes existia) do pedido e/ou da causa de
pedir formulado na petição inicial (NCPC, art. 329).
Aditar significa adicionar. Aditar a petição inicial (ou aditar o libelo, como
preferem alguns) corresponde a acrescentar mais pedido e/ou mais causa de
pedir, mantendo-se incólumes o pedido e a causa de pedir originariamente
indicados. 
Já Modificar é mudar. Modificar a petição inicial (ou modificar o libelo, como usam
alguns autores) equivale a mudar o pedido e/ou a causa de pedir, de uma
maneira tal que o pedido e/ou a causa de pedir originários passam a serem
outros. 
Nesse caso, o CPC delimita prazos para essas situações:
(a) até antes de acontecido ato citatório (NCPC, art. 231 c/c art. 329, inc. I) —
porque ainda não completada a relação processual —, poderá existir modificação
do pedido ou da causa de pedir, sem necessidade do consentimento da outra
parte; 
(b) após a citação (NCPC, art.231 c/c art. 329, inc. II)— ou seja, agora completa
a relação processual —, somente com a autorização do réu (por meio de
intimação do seu patrono).
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De outro turno, uma vez estabilizado o processo e ainda assim com o
consentimento do réu, é vedada a transmudação do pedido com o saneamento do
processo (NCPC, art. 329, inc. II c/c NCPC, art. 357).
Improcedência liminar do pedido inicial
Segundo o artigo 332, nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz,
independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o
pedido que contrariar:I – enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de
Justiça;
II – acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de
Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III – entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou
de assunção de competência;
IV – enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.
O juiz pode julgar liminarmente ainda o improcedente o pedido, se verificar a
decadência ou a prescrição.
O art. 332 do CPC vigente, portanto, disciplina as hipóteses excepcionais em que,
constatando-se de antemão não haver necessidade de fase instrutória, o
magistrado está autorizado a proferir sentença de improcedência, liminarmente
(i.e., antes da citação do réu).
O dispositivo congrega dois diferentes grupos de hipóteses. Por um lado,
preveem-se casos em que o cerne da disputa reside unicamente em uma questão
jurídica que já foi resolvida, em julgamento precedente ao qual o ordenamento
confere especial valor, contrariamente à pretensão do autor (art. 332, I a IV). Por
outro lado, admite-se a rejeição da demanda em seu mérito quando for possível,
de plano, constatar-se haver prescrição ou decadência (art. 332, § 1º).
Os dois grupos têm em comum a circunstância de que é absolutamente
desnecessária a produção de qualquer prova para um julgamento contrário ao
autor.
Se houver questões fáticas que dependam de elucidação, seja para definir se o
caso é mesmo enquadrável na hipótese já enfrentada pelos precedentes, seja
para aferir o termo inicial ou o efetivo curso do prazo prescricional ou decadencial,
não é aplicável a técnica da improcedência liminar do pedido.
O outro elemento fundamental comum aos dois grupos é a possibilidade de
julgamento liminar apenas contra o próprio autor, que já integra e participa da
relação processual. Uma decisão definitiva contra o réu, nesse momento, seria
ofensiva às garantias do contraditório e da ampla defesa.
A Improcedência liminar fundada em precedente
Assim, por um lado, cabe o julgamento liminar de improcedência quando a tese
em que se funda a pretensão do autor já tiver sido rejeitada:
(I) em enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal
de Justiça. A regra aplica-se tanto aos casos de súmula vinculante do STF, quanto
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aos de súmulas comuns dessa mesma corte e do STJ;
(II) em acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos
repetitivos. O julgamento pelo STF ou STJ de uma tese que está reiterada em
uma grande quantidade de recursos extraordinários ou especiais (“julgamento por
amostragem”) origina uma “decisão-quadro” que deve ser aplicada não apenas a
todos os recursos pendentes de julgamento que versem sobre a mesma questão
jurídica, como também a todas as demais ações em que ela igualmente se ponha.
A regra do art. 332, II, dá um passo além, ao determinar a aplicação liminar, em
outros processos, da tese afirmada na decisão-quadro;
(III) em pronunciamento emitido em incidente de resolução de demandas
repetitivas ou de assunção de competência. Valem aqui as mesmas considerações
feitas para a hipótese anterior. A decisão proferida nesses incidentes tem força
vinculante em sentido estrito – e o art. 332 III, prevê que, não havendo
necessidade de provas, ela seja aplicada de plano a outros processos;
(IV) em enunciado de súmula de tribunal de justiça estadual ou do Distrito Federal
sobre direito local. Essa regra é espelho daquela prevista no inc. I do art. 332. A
mesma força que a súmula dos tribunais superiores tem relativamente a questões
de direito federal constitucional e infraconstitucional a súmula do tribunal de
justiça tem para as questões de direito local.
Em todos os casos, é imprescindível que a solução adotada no precedente
oponha-se de modo frontal e inequívoco à tese veiculada na ação. Há de se tratar
da mesma questão jurídica, para a qual o autor sustenta uma solução, que daria
procedência à sua pretensão, e precedente adota outra absolutamente divergente.
Quando houver essa direta contraposição, o julgamento liminar de improcedência
é aplicável. Além disso, não será necessária a abertura de oportunidade de
contraditório ao autor, pois não se estará trazendo para o processo uma questão
nova, um fato novo, ou uma qualificação jurídica diversa daquela já posta nos
autos. Haverá a simples e direta negativa da tese sustentada pelo autor.
Reconhecimento liminar de prescrição ou decadência
O julgamento liminar de improcedência do pedido pode também fundar-se na
direta constatação da ocorrência de decadência ou prescrição (art. 332, § 1º). A
prescrição consiste na extinção da pretensão de direito material por falta de seu
exercício no prazo legalmente fixado. A decadência extingue, pelo mesmo motivo,
o próprio direito material. Assim, trata-se de fatos que impedem ou extinguem o
direito do autor – ensejando sentença de mérito (art. 487, II).
O julgamento prima facie do mérito nesses casos é permitido também em
homenagem aos princípios da celeridade e economia processuais. Normalmente, a
averiguação do decurso do prazo prescricional ou decadencial não demanda maior
pesquisa fática, bastando simples verificação do tempo de inércia do titular do
direito, decorrido até que se operasse a causa extintiva.
O § 1º do art. 332 apenas autoriza o direto julgamento de rejeição do pedido
fundada na prescrição ou decadência, sem propiciar-se contraditório ao autor,
somente antes da citação do réu. Se o juiz constatar possível prescrição ou
decadência em momento posterior à citação, deverá abrir vista às partes, antes
de pronunciar-se sobre o tema. 
O pronunciamento de rejeição liminar do pedido é sentença (art. 203, § 1º),
passível, portanto, de apelação (arts. 332, §§ 2º e 3º, e 1.009).
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Como resolve o mérito da causa (art. 487), tal sentença faz coisa julgada material
(art. 502).
Tal como na apelação contra a sentença de indeferimento da inicial, o recurso
contra a sentença de improcedência liminar também comporta juízo de retratação
do juiz, em cinco dias (art. 332, § 3º). Havendo retratação, o processo será
retomado, com a determinação de citação do réu para contestar – e terá curso o
procedimento comum em primeiro grau de jurisdição.
Se o magistrado não se retratar, antes de encaminhar os autos ao tribunal ele
deverá determinar a citação do réu para responder ao recurso (art. 332, § 4º).
É possível a rejeição liminar de apenas um ou alguns dos pedidos
cumulativamente feitos pelo réu ou de uma parte de um pedido que seja
decomponível. Isso acontecerá quando o pressuposto para a improcedência
liminar ocorrer apenas em relação a uma parte do mérito. A possibilidade dessa
rejeição liminar parcial extrai-se inclusive do art. 356 do CPC.
Contra tal capítulo decisório caberá agravo de instrumento (arts. 356, § 5º, e
1.015, II), que comporta também juízo de retratação (art. 1.018, §1º). 
 
Abaixo segue tabela comparativa:
 
CPC/73 CPC/15
Art. 282. A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é
dirigida;
II - os nomes, prenomes, estado
civil, profissão, domicílio e
residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos
jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas
especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor
pretende demonstrar a verdade
dos fatos alegados;
VII - o requerimento para a citação
do réu.
Art. 319. A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o
estado civil, a existência de união
estável, a profissão, o número de
inscriçãono Cadastro de Pessoas
Físicas ou no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica, o endereço
eletrônico, o domicílio e a
residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos
jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas
especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor
pretende demonstrar a verdade
dos fatos alegados;
VII - a opção do autor pela
realização ou não de audiência de
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conciliação ou de mediação.
§ 1o Caso não disponha das
informações previstas no inciso II,
poderá o autor, na petição inicial,
requerer ao juiz diligências
necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será
indeferida se, a despeito da falta
de informações a que se refere o
inciso II, for possível a citação do
réu.
§ 3o A petição inicial não será
indeferida pelo não atendimento ao
disposto no inciso II deste artigo se
a obtenção de tais informações
tornar impossível ou
excessivamente oneroso o acesso à
justiça.
Art. 283. A petição inicial será
instruída com os documentos
indispensáveis à propositura da
ação.
Art. 320. A petição inicial será
instruída com os documentos
indispensáveis à propositura da
ação.
Art. 284. Verificando o juiz que a
petição inicial não preenche os
requisitos exigidos nos arts. 282 e
283, ou que apresenta defeitos e
irregularidades capazes de
dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor a emende,
ou a complete, no prazo de 10
(dez) dias.
Parágrafo único. Se o autor não
cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial.
Art. 321. O juiz, ao verificar que a
petição inicial não preenche os
requisitos dos arts. 319 e 320 ou
que apresenta defeitos e
irregularidades capazes de
dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo
de 15 (quinze) dias, a emende ou a
complete, indicando com precisão
o que deve ser corrigido ou
completado.
Parágrafo único. Se o autor não
cumprir a diligência, o juiz
indeferirá a petição inicial.

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