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Aula 3 - A Sociedade e o Estado

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A Sociedade e o Estado
Noções de Sociedade e Estado:
- Comunidade: (comum+unidade); indivíduos unidos em torno de um bem comum, de um objetivo singular, com ideal de ajuda mútua.
- Sociedade: simplificadamente, sociedade é ordenamento dos relacionamentos humanos que se sobrepõe a outras opiniões. Organização político filosófica que orienta a luta entre os seres humanos pelo poder econômico, social e político.
Teorias que explicam a origem da sociedade:
- Diante da complexidade que envolve o conceito de sociedade, algumas considerações são necessárias, a saber:
1. Etapas de Desenvolvimento social (Karl Marx e Friederich Engels)
- comunismo primitivo;
- sociedade antiga ou escravista;
- sociedade feudal;
- sociedade capitalista.
Obs: sociedade de consumo e desigualdade social.
Elementos característicos da sociedade:
- finalidade ou valor social:
A sociedade alcança seus objetivos por meio de três possibilidades concretas: a cooperação (unificando esforços para a obtenção de uma finalidade ); a agressão (as finalidades perseguidas são diversas, assim como os métodos para conquista-las); neutralidade ou indiferença (o ser humano seria alheio à sorte de seus semelhantes).
- manifestações de conjunto ordenadas:
Para que uma sociedade atinja a estabilidade, se faz necessário a organização de comportamentos humanos, dirigidos à procura de alguns objetivos básicos.
Nas sociedades onde o uso da violência prevalece, fica mais difícil alcançar os anseios sociais.
- poder social:
Todas as sociedades perseguem a meta de garantir que a posse das coisas seja em certa medida estável, sem estar sujeita a desafios constantes e ilimitados.
É difícil enxergar condições de desenvolvimento senão se determina um processo produtivo, pois uma sociedade que não gera bens de consumo está condenada à extinção.
Uma sociedade onde as desigualdades sociais e as condições de miserabilidade são constantes será uma sociedade propensa a conflitos sérios, inclusive envolvendo violência física.
Obs.: A sociedade deve buscar o bem comum.
Entende-se por bem comum o “conjunto de todas as condições de vida social que consistam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade humana” (Papa João XXIII – Encíclica Pacem in Terris). 
Para o alcance do bem comum é necessário que exista um ordenamento preestabelecido, um conjunto de valores e de fins compartilhados (os textos normativos), que expressarão o poder social.
O poder determinante na sociedade é o poder do Estado, fruto da organização política, da construção de uma institucionalidade governamental e de um processo de auto regulação normativa das atividades diversas de seus membros, considerados pessoas e cidadãos, em busca de metas previamente definidas. 
Estado-Poder e Estado-Sociedade: 
- Estado-Sociedade: o Estado é um fato social, estudado a partir de seus elementos de origem, composição e características de seu povo, com base na sociologia, antropologia e psicologia social.
- Estado-Poder: o Estado é um fenômeno normativo. Daí a utilização da expressão Estado para designar o governo, o órgãos executivo, legislativo e judiciário, a polícia e as repartições burocráticas. Estudado com base na sua capacidade de exercer soberania, nacional e internacionalmente.
- Conceito de Estado: poder institucionalizado, que deve sempre garantir a liberdade do homem, de acordo com seus desejos legítimos, mediante regras preestabelecidas. É igualmente centro de decisões e de comportamentos ou impulsos, visando à realização das finalidades humanas.
- Características do Estado (matrizes mínimas e irredutíveis de atuação Estatal):
1. Centralização do Poder;
2. Institucionalização (a autoridade não se pode confundir com a pessoa que a exerce);
3. Coercitibilidade (administra a justiça e possui o monopólio da força);
4. Autonomia (capacidade de alcançar os objetivos gerais como o bem estar social, a manutenção da paz e da segurança da sociedade e na sociedade);
5. Sedentariedade (território e espaço físico de atuação); 
Evolução histórica do Estado:
- A origem do Estado não é tão importante quanto o fundamento jurídico do Estado, uma vez que este se constitua.
- Teorias sobre a origem do Estado
1. Teorias que abordam a origem do Estado a partir da existência de uma sociedade “pura e simples”
Inicio do Estado através da manifestação da vida social
Teoria que expressa que o Estado sempre existiu:
Segundo o historiador Eduard Meyer, Estado e sociedade se confundem. Não há como separar o surgimento do Estado da origem e do desenvolvimento da sociedade, tendo em vista a necessidade de organização imposta pelo desenvolvimento social.
Teoria que sustenta que o Estado aparece em determinado momento da história da sociedade:
O Estado, como sociedade organizada institucionalmente a partir de normas obrigatórias e cogentes (imperativas), aparece em um determinado momento da evolução humana.
A primeira dessas teorias esboça o contrato social, e evolui historicamente conforme se observa abaixo:
- Althusius (1557-1638) – Alemanha;
- Hugo Grócio (1583-1645) – Holanda;
- Thomas Hobbes (1588-1679) – Inglaterra – Leviathan
- Immanuel Kant (1724-1804) – Alemanha
- J. J. Rousseau (1712-1778) – Suíça – Do Contrato Social
Para Rousseau, logo após a humanidade atravessar um estado de natureza, os homens renunciaram a sua independência e fundaram a sociedade e o Estado através de um pacto, o contrato social.
Karl Marx (1818-1883) critica tal visão de Estado ao afirmar que o Estado não pode ser tomado como a materialização do interesse geral, por cima do interesse particular, posto que sua existência é a concretização da existência de classes.
Nesta visão, o surgimento do Estado está atrelado à propriedade privada e às condições de apropriação daquilo que a princípio era tido como bem comum.
Teoria que sustenta que o Estado se origina com o aparecimento de suas características essenciais: 
Guerra dos Trinta Anos (1618-1648): série de guerras que diversas nações europeias travaram entre si a partir de 1618, especialmente na Alemanha, por motivos variados: rivalidades religiosas, dinásticas, territoriais e comerciais, e que originaram-se das rivalidades entre católicos e protestantes e assuntos constitucionais germânicos e foram gradualmente transformados numa luta europeia. 
Apesar de os conflitos religiosos serem a causa direta da guerra, ela envolveu um grande esforço político da Suécia e da França para procurar diminuir a força da dinastia dos Habsburgos, que governavam a Áustria. 
As hostilidades causaram sérios problemas econômicos e demográficos na Europa Central e tiveram fim com a assinatura, em 1648, de alguns tratados que, em bloco, são chamados de Paz de Westfália.
A partir da assinatura desse tratado, definiu-se os elementos do Estado, quais sejam: a soberania, o povo e o território.
2. Surgimento de novos Estados a partir de Estados preexistentes
Descolonização
Potência (ou metrópole) x colônia: a metrópole, através da força, domina a colônia que perde sua soberania.
Etapas: 1945-1960 (Oriente Médio e Sudeste Asiático)
	1960 (respaldo da ONU, que adotou a Resolução nº 1514, denominada “Declaração de Outorga da Independência aos Países e aos Povos Coloniais.
Separação
Desmembramento de um território ou Estado, para constituir novo Estado.
União de Estados
Vários Estados ou territórios, com identidade de características, podem unificar-se constituindo nova soberania, novo povo e novo território.
Formas atípicas:
Ex.: Estado de Israel; Estado Alemão; Dissolução da União Soviética; Estado da Cidade do Vaticano. 
Os elementos constitutivos do Estado:
Soberania: 
A soberania é o exercício da autoridade que reside num povo e que se exerce por intermédio dos seus órgãos constitucionais representativos. 
A soberania é entendida, também, como a dignidade estatal, ou seja, a capacidade de autodeterminação interna e de independência de atuação na sociedade internacional.Território:
É o espaço em que o poder do Estado pode desenvolver sua atividade específica, que é o poder público.
Povo:
Conceito sociológico: agrupamento humano com cultura semelhante (língua, religião, tradições) e antepassados comuns; supõe certa homogeneidade e desenvolvimento de laços espirituais entre si.
Conceito político-jurídico: conjunto de indivíduos submetidos às mesmas leis. São os súditos das leis ou os cidadãos de um mesmo Estado e sua aceitação como elemento essencial para a constituição e existência do Estado é unânime. Um conceito simplificado é dado por aqueles que consideram o povo como o conjunto de cidadãos de um Estado. Para fazer parte de um povo, é preciso ser cidadão, ou seja, que possuam direitos e deveres que permitam a esse indivíduo participar da formação da vontade do Estado. Povo é, portanto, um elemento constitutivo necessário a existência do Estado.
Finalidade do Estado:
O Estado deve buscar o bem comum de seus indivíduos.

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