Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Coração Durante o desenvolvimento fetal, é convertido de um tubo muscular alongado para uma estrutura em forma de C por um processo de torção Ocorre septação: separação das camaras atriais e ventriculares e do tronco arterioso em artérias aorta e pulmonar Formação dos coxins endocárdicos durante a embriogênese, por tecido mesenquimal revestido de endotélio – originam as válvulas Contido no pericárdio, saco fibroelástico com líquido claro seroso Lado direito supre a circulação pulmonar Lado esquerdo supre a circulação sistêmica Parede composta por 3 camadas Epicárdio: camada ais externa, formada pelo pericárdio visceral que se une ao pericárdio fibroso. A superfície é coberta por mesotélio e aderido ao miocárdio por uma fina camada de tecido conjuntivo fibroso, tecido adiposo, vasos e nervos Miocárdio: camada muscular composta por miócitos arranjados em padrões espiralados superpostos, ancorados no esqueleto fibroso do coração. A espessura depende da pressão de cada câmara. Os átrios são mais finos e os ventrículos são mais espessos. A espessura da parede ventricular esquerda é aproximadamente 3 vezes maior que a do ventrículo direito mais o septo Endocárdio: camada mais interna, que reveste as camaras, as válvulas, as cordas tendineas e os músculos papilares. Mais espesso no átrio que nos ventrículos, com aparência mais esbranquiçada. Superfície revestida por endotélio e tecido conjuntivo. Camada subendocárdica com vasos, nervos, tecido conjuntivo e fibras de purkinje. Válvulas aderidas a anéis fibrosos, abrem e fecham para regular o fluxo sanguíneo Suprimento arterial pelas artérias coronárias esquerda e direita que se originam da aorta e se ramificam nas artérias intramiocárdicas perfurantes Sistema de condução composto por nodo sinoatrial, nodo e feixe atrioventriculares, rede de fibras de purkinje Bombeamento mecânico por contração sequencial (sístole) e relaxamento (diástole) precedido por processo eletrofisiológico que gera contração muscular Vasos sanguíneos maiores: Veia cava: retorna a circulação sistêmica para o AD Artéria pulmonar: circulação do sangue venosos para troca de oxigênio nos pulmões Veia pulmonar: retorno da circulação pulmonar oxigenada para o AE Artéria aorta: fornecimento de sangue oxigenado para a circulação sistêmica a partir do VE Válvulas Tricúspide Pulmonar Mitral Aórtica Alterações post mortem Rigor mortis ocorre no miocárdio produzindo paredes ventriculares rígidas e contraídas, causando o esvaziamento do ventrículo esquerdo Coagulação post mortem do sangue nos átrios, no VD e em grandes vasos formam coágulos cruóricos e lardaceos Embebição por hemoglobina e coloração avermelhada difusa no endocárdio e no epicárdio, com aspecto de hemorragia Áreas focais ou difusas de palidez Abertura do coração Pode ser feita por câmaras, por amputação do ápex, abertura isolada do átrio, fatiamento do coração em diversas alturas O coração é aberto com uma tesoura curva entrando por uma veia cava para o átrio direito A tesoura passa pelo átrio e ventrículo, cortando rente ao septo Abertura do ventrículo Exame de músculos papilares, valvas, cordões tendíneos, endocárdio transparente liso brilante Exame do átrio mais pálido/esbranquiçado pelo endocárdio mais espesso Inversão da tesoura, entrada pela veia pulmonar para o coração esquerdo, saindo pela artéria aorta Interpretação errônea de lesões Confusão de vasos linfáticos epicárdicos com necrose em bovinos Em caninos, a válvula tricúspede é aderida ao septo ventricular Em ruminantes jovens neonatos, ocorre persistência do ducto arterioso e do forame oval Se fecham ao longo das primeiras semanas de vida O formato do coração varia entre as espécies Cônico e alongado em equinos Arredondado em cães Alongado em ovinos O coração de cães e gatos deve ter em média entre 3 e 4 espaços intercostais de tamanho O peso do coração varia 0,3% do peso de suínos 0,75 a 1,25% do peso de cães – grandes variações de raça e porte Coágulos no coração não ocorrem no ventrículo esquerdo – post mortem Cruóricos Lardáceos Separação mais comum em equinos, com índice maior de sedimentação de hemácias Embebição hemoglobínica post mortem Áreas pálidas de musculatura sem lesão microscópica em cães e equinos Hemopericárdio iatrogênico Provocado pelo profissional Resposta a lesões Respostas limitadas para manutenção do fluxo sanguíneo adequado para os tecidos Mecanismos compensatórios a curto e longo prazo para obter débito cardíaco adequado: Dilatação cardíaca Hipertrofia do miocárdio Aumento da frequência cardíaca Aumento da resistência periférica Aumento do volume sanguíneo Redistribuição do fluxo sanguíneo Dilatação cardíaca Resposta para aumentar o débito cardíaco Permite alongamento das células musculares com o fenômeno de frank starling, resultando em aumento do volume sistólico O alongamento além dos limites resulta em diminuição da força contrátil Hipertrofia do miocárdio Resposta de longa duração Ocorre por sobrecarga de pressão ou de volume Atrofia Diminuição do tamanho dos miócitos por desnutrição ou desuso Miocitólise Ruptura das miofibrilas sem ruptura das células Avaliação histopatológica Avaliação limitada Espectro de reações limitado, que resultam em inflamação e fibrose pela migração de neutrófilos – o processo é classificado como miocardite apesar de ter se originado por outros processos Manutenção da estrutura celular Necrose com esqueleto fibroso e preenchimento com tecido conjuntivo – cicatrização e perda de função do tecido Síncope cardíaca Expressão aguda da cardiomiopatia Ocorre colapso, perda de consciência, alterações na frequência cardíaca e na pressão sanguínea Ocorre por necrose maciça, fibrilação ventricular, bloqueio cardíaco e arritmias Insuficiência cardíaca congestiva Desenvolvimento lento, com perda gradual da eficácia do bombeamento cardíaco, por sobrecarga de volume ou pressão, ou por lesão miocárdica Ocorre perda da reserva cardíaca e redução do fluxo para os tecidos periféricos – insuficiência anterógrada – ou acúmulo de sangue antes da câmara insuficiente – insuficiência retrógrada A redução do fluxo sanguíneo renal causa hipóxia renal, que estimula a liberação de renina pelo aparelho justaglomerular, e maior liberação de aldosterona no córtex adrenal. A aldosterona causa aumento da retenção de sódio e água, aumentando o volume plasmático e causando acúmulo de líquido, edema. A hipóxia estimula a medula óssea, aumentando a eritropoese. Aumenta a viscosidade do sangue e a hipervolemia, aumentando ainda mais a carga para o coração já insuficiente. Assim, se inicia um ciclo vicioso de descompensação cardíaca Pode ocorrer pouca compensação por dilatação, hipertrofia e aumento da frequência cardíaca A insuficiência esquerda causa congestão pulmonar e edema em casos agudos; congestão pulmonar crônica, edema crônico, hemossiderose e fibrose em casos crônicos. Pode ser causada por perda de contratilidade do miocárdio, disfunção de válvulas aórtica e mitral ou doenças congênitas A insuficiência direita causa congestão hepática/fígado em noz moscada, retenção de sódio e água mais acentuada, edema subcutâneo ventral em equinos e ruminantes, ascite em cães e hidrotórax em gatos. Pode ser causada por hipertensão pulmonar, cardiomiopatias e lesões nas válvulas tricúspide e pulmonar Sinais: Edema nos tecidos – em ruminantes, ocorre principalmente nas pálpebras, mandíbula e barbela. Em cães, ocorre principalmente no abdômen. Em aves, ocorre principalmente na cavidade celomática. Em felinos, ocorre principalmente no tórax e pericárdio Fígado em noz moscada com áreas de esteatose, congestão e hemorragia Fibrose crônica no fígado, fica com aspecto nodular e esbranquiçado, com bordas arredondadas Congestão pulmonar na ICC esquerda: presença de hemácias nos alvéolos, fagocitose de hemácias e presença de hemossiderina; pulmão com edema e vermelho escuro; tende a não colabar quando o tórax é aberto, ao contrário do pulmão normal (pulmão armado como um molde da cavidade, não perde seu formato). Pode ocorrer por miocardite, necrose miocárdica, disfunção aórtica ou mitral e doenças congênitas ICC direita pode ocorrer por disfunção da tricúspide e das valvas pulmonares, por miocardiopatia e hipertensão pulmonar Anomalias congênitas Anomalias causadas por exposição a substancias químicas, drogas, agentes físicos, distúrbios nutricionais, intoxicações Substancias químicas: talidomida, etanol, salicilatos, griseofulvina, cortisona Exposição a raio x Hipóxia fetal Deficiências nutricionais: vitamina A, cobre, zinco Transição do feto para o neonato Mudanças de pressão e de fluxo sanguíneo O pulmão colabado passa a ter resistência, alterando as pressões A pressão dentro da placenta não é a mesma que a atmosférica Transição do meio líquido para um meio em que precisa se manter em estação e se movimentar, tendo maior demanda de sangue e maior gasto energético Redirecionamento de fluxo para os pulmões Desvio do sangue dos pulmões do feto Ducto arterioso liga a artéria pulmonar com a artéria aorta, redirecionando do pulmão para o corpo. A persistência do ducto arterioso faz com que o coração vá da aorta para a pulmonar pela maior pressão da aorta Forame oval para comunicação entre os átrios direitos e esquerdo Sinais clínicos Cianose Pouca tolerância ao exercício Retardo do desenvolvimento Comuns em cães: Persistência do ducto arterioso Estenose pulmonar Estenose subaortica Persistência do arco aórtico direito Comuns em felinos: Defeito do coxim endocárdico Malformação de mitral Comuns em bovinos: Defeitos do septo atrial Defeitos do septo ventricular Transposição das artérias aorta e pulmonar Hematomas valvulares Comuns em suínos: Estenose subaortica Defeito do coxim endocárdico Anomalias por falha no fechamento das comunicações cardiovasculares fetais Persistência do ducto arterioso Frequente em poodles, collies, pomeranios O ducto arterioso é um canal vascular entre as artérias pulmonar e aórtica, que permite que o sangue desvie dos pulmões durante a vida fetal, enquanto os pulmões estão colabados e sem função respiratória. Após o nascimento, deve se converter num ligamento arterioso sólido. Caso não se feche, ocorre passagem de sangue da aorta de maior pressão para o tronco pulmonar de menor pressão, resultanto em hipertensão pulmonar Defeito do septo atrial Falha no fechamento do forame oval, comunicação septal interatrial que permite que o sangue desvie dos pulmões do feto Anomalia do desenvolvimento do septo interatrial A passagem do sangue do AE para o AD causa hiperfluxo nas camaras cardíacas direitas e nos pulmões Hipertrofia atrial e ventricular direita Hipertensão pulmonar Defeito do septo ventricular Falha no desenvolvimento do septo ventricular, que permite a comunicação de sangue das cavidades ventriculares. Geralmente se desenvolve na porção superior membranosa do septo, não na porção muscular inferior Hiperfluxo pulmonar e hipertensão pulmonar A pressão nas camaras direitas supera a pressão esquerda, ocorrendo reversão do sentido do fluxo de sangue e cianose Cirurgia para correção Tetralogia de fallot Anomalia composta por 4 lesões: defeito do septo ventricular (na parte superior do septo), estenose pulmonar, dextroposição da aorta e hipertrofia secundaria do miocárdio do VD Anomalia hereditária frequentemente associada a cianose Variação da extensão das lesões Causa estreitamento da via de saída do VD e hipertrofia por sobrecarga de pressão Cianose pela passagem de sangue não oxigenado para a circulação sistêmica Anomalias por falha no desenvolvimento valvular Estenose pulmonar Anomalia frequente em cães Formação de faixa de tecido fibroso ou muscular sob a válvula, formando estenose subvalvular, ou malformação da válvula, formando estenose valvular Causa sobrecarga de pressão e hipertrofia concêntrica acentuada do VD Estenose subaórtica Anomalia frequente em cães e suínos Estenose produzida por uma zona espessada de tecido endocárdico fibroso na válvula do VE O tecido endocárdico alterado pode conter células mesenquimais proliferadas, muco e focos de metaplasia cartilaginosa Lesões secundárias: hipertrofia concêntrica do VE, focos disseminados de necrose e fibrose do miocárdio, espessamento das paredes das artérias intramiocárdicas Hematomas valvulares Hematocistos frequentes nas válvulas atrioventriculares de ruminantes jovens Geralmente as lesões regridem espontaneamente, sem produzir anormalidade funcional Cistos salientes preenchidos por sangue nas bordas das válvulas atrioventriculares Defeitos dos coxins endocárdicos Canal atrioventricular persistente ou defeito do septo atrioventricular Comum em suínos e gatos Encurtamento da via de entrada ventricular, alongamento e estreitamento da via de saída ventricular esquerda Anteriorização da aorta Malformação de mitral Comum em gatos Displasia de tricúspide Comum em gatos Anomalias por mau posicionamento de grandes vasos Persistência do arco aórtico direito Comum e cães Ocorre quando o quarto arco aórtico direito se desenvolve ao invés do esquerdo O ligamento arterioso forma um anel sobre o esôfago e a traqueia, resultando em obstrução esofágica e dilatação da parte proximal do esôfago, causando megaesôfago Transposição das artérias aorta e pulmonar Anomalia grave Transposição completa: a aorta passa a ser o fluxo de saída do ventrículo direito e a pulmonar passa a ser o fluxo de saída do ventrículo esquerdo Grau 1: aorta recebe sangue dos dois ventrículos Grau 2: as artérias recebem sangue do ventrículo direito Grau 3: o pulmão recebe sangue dos dois ventrículos Grau 4: aorta do lado esquerdo e pulmonar do lado direito Outras anomalias cardíacas Ectopia cardíaca Desenvolvimento congênito do coração em local anormal, fora da cavidade torácica Em bovinos, pode se desenvolver no subcutâneo do pescoço Fibroelastose endocárdica Defeito comum em gatos da Birmânia Endocárdio proeminente e espesso devido à proliferação de tecido fibroelástico Lesão mais acentuada no endocárdio do VE Acúmulo de líquido não inflamatório no saco pericárdico Hidropericardio Distensão do saco pericárdico por acúmulo de liquido seroso transparente a amarelo – transudato Pode haver focos de fibrina Superfície pericárdica lisa e brilhante pode se tornar opaca por discreto espessamento, com aspecto áspero e granular Ocorre em doenças com edema generalizado, simultaneamente com ascite e hidrotórax em alguns casos Pode acompanhar hipertensão pulmonar, insuficiência renal e hipoproteinemia Pode ocorrer em doenças com lesão vascular, septicemia, etc Pode causar tamponamento cardíaco ou compressão, interferindo com o preenchimento do coração e com o retorno venoso. Em casos de desenvolvimento lento, ocorre distensão do pericárdio, que permite acúmulo de grande volume de líquido sem causar tamponamento Efusões hemorrágicas no saco pericárdico Pode ocorrer por hemangiossarcomas e tumores cardíacos Hemopericardio Acúmulo de sangue no saco pericárdico, causando compressão do coração, redução do débito cardíaco e perfusão deficiente Morte súbita por tamponamento cardíaco Sangramento pode ocorrer por ruptura espontânea do átrio em cães, ruptura da aorta em equinos ou complicação de injeções intracardíacas Alterações metabólicas no pericárdio Atrofia serosa da gordura Aspecto gelatinoso e acinzentado dos depósitos de gordura do epicárdio Atrofia de lipócitos e edema dos tecidos intersticiais A atrofia forma-se rapidamente pela mobilização da gordura por anorexia, inanição ou caquexia. Em animais sadios, deve haver depósitos de gordura branco ou amarelados Mineralização epicárdica Calcinose cardíaca Formação de placas mineralizadas, brancas e firmes, principalmente sobre o epicardio do VD Calcificação distrófica Não causa disfunção cardíaca Depósito de uratos A superfície serosa afetada fica com aspecto espesso e branco, como se coberta por gesso Inflamação do pericárdio Pericardite Serosa Fluido de incolor a turvo, podendo ser serosenguinolento, com aspecto fluido de soro Geralmente causadas por vírus da influenza equina – em casos mais graves, pode também causar pericardite fibrinosa Pericardite fibrinosa Tipo mais comum de inflamação pericárdica Geralmente causada por infecção hematógena Lesão associada a várias doenças específicas Produção de fibrina por lesão grave aos vasos, causando extravasamento de proteínas de coagulação. As proteínas são esbranquiçadas a amareladas, com aspecto adesivo, formando coágulos de fibrina em meio ao líquido. Pode promover aderências entre o coração e o saco pericárdico Superfície pericárdica coberta por depósitos de fibrina amarelada, resultando em aderências entre os folhetos parietal e visceral. Ao abrir o saco pericárdico, as aderências fibrinosas são rompidas, ficando com aspecto de coração em pão com manteiga Camada eosinofílica de fibrina com neutrófilos O exsudato fibrinoso causa problemas por promover aderências, limitando a movimentação cardíaca, além de estimular processos inflamatórios no local e servir como esqueleto para a produção de tecido conjuntivo Pasteurelose, carbúnculo sintomático, E. coli em bovinos Pasteurelose e salmonelose em suínos Estreptococose em equinos Psitacose em aves Pericardite supurativa ou purulenta Ocorre principalmente em bovinos com complicação de reticuloperitnite traumática por corpo estranho. Os corpos estranhos se acumulam no retículo, podendo perfurar o retículo, o diafragma e o saco pericárdico, causando infecção Superfície pericárdica espessa com tecido conjuntivo fibroso branco, rugoso e de aparência felpuda Acúmulo de exsudato purulento branco acinzentado, viscoso e com mau cheiro no saco pericárdico Pericardite constritiva ou restritiva Evolução da fibrinosa ou da purulenta Lesão inflamatória crônica do pericárdio, acompanhada por extensa proliferação fibrosa, formando aderências fibrosas em todo o saco pericárdico Pode resultar em constrição do miocárdio, interferindo no preenchimento cardíaco, causando hipertrofia compensatória do miocárdio, diminuição do volume das camaras cardíacas e desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva Degeneração do endocárdio Mineralização endocárdica ou calcificação metastática A calcificação metastática ocorre em tecido viável, ao contrário da calcificação distrófica, que ocorre em tecidos necróticos não viáveis Ocorre em situações de hipercalcemia, excesso de cálcio na corrente sanguínea Intoxicação por vitamina D e plantas calcinogenicas com análogos de vitamina D Ocorre a formação de cristais no tecido mole. Os cristais precipitam e se acumulam Placas grandes, brancas, rugosas e firmes no endocárdio Fibrose endocárdica Pode ocorrer com ou sem mineralização Normalmente cicatricial ou por estímulo mecânico repetitivo Ocorre na resolução/cicatrização de úlceras no endocárdio Ocorre em lesões por refluxo, que geralmente são na parede do átrio – com a válvula insuficiente, o sangue entra com alta pressão no átrio, causando trauma mecânico em um ponto do endocárdio, gerando espessamento e fibrose. Endocardiose valvular Relacionada à idade, principalmente em cães Fibrose valvular, degeneração valvular mixomatosa ou mucoide Produção de matriz de aspecto de açúcar, com glicosídeos que se deposita nas válvulas. As válvulas ficam mais espessas e mais curtas, não se fechando completamente – insuficiência valvular permite o refluxo de sangue Causa ICC Lesões principalmente na mitral, menos na tricúspide, na aórtica e na pulmonar Válvulas afetadas ficam encurtadas e espessas, com espessamento difuso ou nodular Superfície valvular lisa, branca e opaca Lesão resulta em insuficiência valvular, dilatação atrial e lesões de refluxo, podendo ocorrer ruptura das cordas tendineas e da parede do átrio Proliferação fibroblástica e deposição de mucopolissacarídeos nas válvulas espessadas Distúrbios circulatórios Trombose atrial Comum em hamsters e camundongos Pode ocorrer em cães e gatos com ICC Átrios tumefeitos, firmes, mosqueados, com massas cinzas laminadas de fibrina Organização fibroblástica rápida do trombo Inflamação endocárdica Endocardite Ocorre principalmente por infecções bacterianas ou por parasitas – strongylus em equinos Lesões presentes nas válvulas (endocardite valvular) se extendem para a parede adjacente (endocardite mural) Válvulas afetadas apresentam massas aderentes grandes, amareladas ou cinzas, friáveis – vegetações As vegetações podem causar oclusao do orifício valvular Em lesões crônicas, os depósitos de fibrina são organizados por tecido conjuntivo fibroso, produzindo nódulos irregulares com aspecto de verrugas Acúmulo de fibrina com colônias bacterianas, leucócitos e tecido de granulação Mitral > aórtica > tricúspide > pulmonar Pode ocorrer por infecções fora do coração que resultam em bacteremia – gengivite, mastite, dermatite A destruição do endotélio das válvulas permite a aderência e a proliferação de bactérias, iniciando reação inflamatória e deposição de massas de fibrinas Morte por insuficiência cardíaca devido à disfunção valvular e efeitos de bacteremia Pode causar embolias sépticas em outros órgãos Depende de lesão endotelial, alterações de fluxo sanguíneo e coagulabilidade Massas grandes, aderentes, relativamente friáveis, amarelo-acinzentadas, com aspecto de trombos, formando tromboendocardite Geralmente são valvulares. As murais são raras, podendo ser extensão das valvulares Para a formação do trombo, precisa haver alteração de fluxo sanguíneo e lesão endotelial. A lesão endotelial no coração é mais frequente nas bordas das válvulas, que entram em contato todo o tempo, sendo uma zona mais frágil. Ocorre atrito com as células do sangue passando pelas válvulas. Ocorre principalmente nas válvulas mitral e aórtica, sendo menos frequente nas tricúspide e na pulmonar: no coração esquerdo, há mais fatores predisponentes (lesão endotelial e fluxo sanguíneo). As células lesadas perdem sua integridade, facilitando infecções Infecções em outros locais, como gengivite e dermatites, podem causar endocardite bacteriana – as bactérias podem entrar na corrente sanguínea e ir para o coração As válvulas ficam com trombos aderidos na superfície, massas de sangue coagulado com fibrina, com aspecto avermelhado, acinzentado ou amarelado, variando de acordo com a quantidade de fibrina e de hemácias Formação de superfícies ásperas e opacas, com aspecto verrugoso Condições: Infecção por bactérias ou por parasitas Adesão de bactérias ao endotélio Início na zona de contato entre as válvas Formação de vegetações de fibrinas, plaquetas, neutrófilos Formação de trombos que podem gerar tromboembolos sépticos, causando infarto séptico e abcessos em outros órgãos Cura através de fibrose, processo cicatricial Endocardites conhecidas como grande imitador – os sinais de infecção geralmente não levam o clínico a investigar o coração logo de início, pois não há sinais de insuficiência cardíaca. Assim, o processo evolui Ocorre sepultamento do agente infeccioso – as bactérias continuam vivas na colônia dentro do trombo, ficando protegidas contra terapias convencionais com antibióticos. Assim, o tratamento deve ser estendido Geralmente, os tromboembolos causam embolia renal, esplênica e pulmonar todo As endocardites podem ser ulcerativas, causadas por insuficiência renal. Mais frequentes no átrio esquerdo Uremia: os altos níveis de ureia causam lesão endotelial, necrose, fibrose, ulceração endocárdica, perfuração, calcificação, fibrose Endocardite ulcerativa do átrio esquerdo Lesão associada à insuficiência renal aguda em cães Após a cicatrização, a área ulcerada é substituída por placas brancas elevadas de tecido fibroso mineralizado Distúrbios de crescimento do miocárdio Hipertrofia do miocárdio Aumento da massa muscular e de tamanho das células musculares Lesão normalmente secundária como resposta compensatória ao aumento da carga de trabalho Hipertrofia excêntrica: luz das camaras cardíacas aumentada, paredes com espessura normal ou mais fina. Ocorre por aumento da carga de volume sanguíneo por insuficiência valvular e defeitos septais Hipertrofia concêntrica: luz das camaras cardíacas diminuída e paredes espessadas. Ocorre por aumento da carga de pressão por estenose valvular, hipertensão sistêmica e doença pulmonar. Pode ser causada por hipertireoidismo em gatos Hipertrofia do VD: pode ser causada por dirofilariose, estenose pulmonar, doença das grandes altitudes em bovinos, hipertensão pulmonar, ingestão de plantas tóxicas Hipertrofia do VE: pode ser causada por estenose subaórtica congênita e hipertensão sistêmica Degeneração gordurosa Acúmul de gotículas de lipídios no sarcoplasma dos miócitos Miocárdio pálido e flácido Pode ocorrer por anemia, toxemia, deficiência de cobre Degeneração hidrópica Fibras com extensa vacuolização e lise Pode ocorrer por administração crônica de antraciclinas antineoplásicas Lipofuscinose ou atrofia parda Ocorre em animais velhos ou caquéticos Coração marrom com agrupamentos de grânulos de lipofuscina Necrose e mineralização do miocárdio Necrose Causada por deficiências nutricionais, substancias químicas tóxicas, plantas tóxicas, isquemia, distúrbios metabólicos e agressões físicas Áreas afetadas pálidas, amarelas ou brancas, com aparência seca e calcária pela mineralização distrófica Lesão focal, multifocal ou difusa Fibras tumefeitas e hiper-eosinofilicas no caso de necrose hialina; estriações indistintas e núcleos picnóticos; as fibras podem apresentar grânulos basofílicos e acúmulo de sais de cálcio Miócitos com aspecto esfarrapado no caso de necrose em bandas de contração Grandes áreas de necrose isquêmica com miócitos com necrose de coagulação Ocorre infiltração por células inflamatórias, macrófagos e neutrófilos que fagocitam e dissolvem os detritos celulares necróticos Cicatrização e proliferação de células de tecido conjuntivo para resolução da necrose Necrose infecciosa Cinomose em cães filhotes Histophilus somni em bovinos Necrose por Deficiência nutricional Falta de vitamina E e selênio em suínos Falta de tiamina em cães e felinos Causa regiões de palidez, com necrose hialina e calcificações distróficas Áreas de necrose e hemorragia não apenas no coração Necrose por Intoxicação Plantas, antraciclinas, antineoplásicos em cães Ionóforos em equinos e bovinos Rodenticidas em cães As plantas com glicosídeos inibem a sódio potássio ATPase Necrose por Isquemia CID Embol.ias Arteriosclerose A necrose forma 3 padrões de fibras necróticas: Hialina: sem estriações; núcleos picnóticos; recente Em bandas de contração: aspecto esfarrapado; bordas menos delimitadas e mais antigas; bandas de contração com coloração diferente no centro das células – microscopicamente, células lisas com bandas transversais azuis De coagulação: elementos relaxados e áreas extensas O infiltrado leucocitário pode estar removendo células necróticas ou sendo atraído por agente infeccioso – o infiltrado pode indicar necrose ou miocardite Mineralização Pode ocorrer por calcinose, deficiência de vitamina E e selênio, intoxicação por vitamina D e plantas calcinogenicas Pode ser espontânea em ratos e cobaias Mineralização distrófica em tecido necrótico Mineralização metastática associada a plantas calcinogenicas e intoxicação por vitamina D Miocardiopatias Primárias e secundárias Doenças miocárdicas generalizadas As primárias ou idiopáticas resultam em doença cardíaca progressiva Hipertrófica Dilatada Restritiva As secundárias são cardiopatias generalizadas de etiologia conhecida Miocardiopatia hipertrófica Frequente em gatos machos velhos ICC e paresia posterior por tromboembolismo da aorta abdominal caudal Morte súbita Coração aumentado de volume, com hipertrofia proeminente do VE e do septo ventricular Cavidade ventricular esquerda diminuída Desarranjo dos miócitos e entrelaçamento com fibras Fibrose intersticial e alterações degenerativas Miocardiopatia dilatada ou congestiva Causa ICC em cães e gatos Pode ocorrer por insuficiência de taurina – a suplementação pode reverter o caso Dilatação biventricular e coração arredondado Camaras cardíacas dilatadas, com endocárdio espesso e branco Miocardiopatia restritiva Ocorre por lesões que dificultam o preenchimento ventricular O endocárdio pode apresentar fibrose difusa no VE ou bandas moderadoras anômalas Distúrbios circulatórios do miocárdio Hemorragia Frequente também no endocárdio e no epicárdio Varia de petéquias e equimoses a sufusões Hemorragias epicárdicas e endocárdicas frequentes em morte por septicemia, anóxia ou eletrocussão Doença do coração de amora: doença especifica com hemorragia cardíaca por deficiência de vitamina E e selênio em suínos em crescimento. Ocorre hemorragia miocárdica e hidropericárdio Infarto do miocárdio Pode ocorrer por trombose ou embolia das artérias coronárias Animais afetados geralmente apresentam outros tipos de doença coronariana, como aterosclerose, arteriosclerose ou periarterite Inflamação miocárdica Miocardite Resulta geralmente de infecção hematógena do miocárdio, podendo ocorrer com várias doenças sistêmicas Pode ocorrer resolução completa das lesões, cicatrizes miocárdicas esparsas ou lesão progressiva com ICC Miocardite supurativa ou purulenta Presença de bactérias piogenicas no miocárdio, frequentemente por endocardite valvular vegetante Áreas pálidas disseminadas no miocárdio Infiltração neutrofílica e necrose de miócitos formando abscessos Pode originar tromboembolos e infartos sépticos Miocardite necrosante Frequente por toxoplasmose Miocardite hemorrágica Miocardite linfocitária Geralmente por infecções virais Coração pálido, flácido, com infiltração linfocitária intersticial disseminada e com corpúsculos de inclusão viral Fibrose em lesões crônicas Miocardite eosinofílica Infecções parasitárias Neoplasias Neoplasias primárias Rabdomioma Rabdomiossarcoma Hemangiossarcoma Hemangiossarcomas Podem ser primários no coração ou secundários por metástase de outros locais Geralmente no AD, podendo envolver também o VD Massas salientes vermelhas com sangue na superfície epicárdica, podendo ocorrer ruptura, hemopericárdio e tamponamento cardíaco Linfossarcoma Invasão neoplásica difusa ou nodular, podendo envolver miocárdio e pericárdio Massas brancas com aparência de depósitos de gordura Infiltração por linfócitos Morfologia normal de vasos Subdivisão em segmentos arterial, capilar, venoso e linfático Artérias classificadas em 3 tipos Elásticas Musculares Arteríolas Vasos venosos denominados vênulas e veias Superfície luminal de todos os vasos revestida por células endoteliais sobre membrana basal Parede dos vasos dividida em 3 camadas Íntima Média Adventícia Reação de vasos à agressão Interação entre elementos celulares e não celulares da parede dos vasos e do sangue, principalmente as células endoteliais e as células musculares lisas As células endoteliais lesionadas causam exposição de colágeno subendotelial, iniciando a formação de trombos. As células endoteliais nas margens das lesões se proliferam para refazer a área danificada Alterações post mortem dos vasos Embebição hemoglobínica 12 a 24 horas Lise de eritrócitos e coloração vermelha nos vasos Coagulação post mortem Diferente da trombose Coágulos cruóricos vermelhos ou lardáceos pálidos Não aderidos às paredes dos vasos Patologia de artérias Aneurismas Dilatação localizada numa porção enfraquecida da parede do vaso Afeta principalmente grandes artérias elásticas, mas pode ocorrer em veias Causas: deficiência de cobre e infecção parasitária Aneurismas dissecantes: ruptura da íntima e entrada de sangue para a média, provocando dissecção ao longo da parede Sujeitos a rupturas Ruptura de artérias Traumatismos ou lesões espontâneas Ruptura súbita da aorta após exercício exacerbado em equinos, causando tamponamento cardíaco Hipertrofia arterial Resposta ao aumento de carga de volume e pressão Afeta principalmente artérias musculares Aumento da espessura das paredes do vaso Sem sinais clínicos associados Arteriosclerose Relacionada à idade Raramente causa sinais clínicos Ocorre perda da elasticidade e enrijecimento das artérias, com estreitamento da luz, principalmente na artéria aorta abdominal Ocorre por alterações de fluxo em locais de ramificação arterial, em que o fluxo é turbulento Lesões formam placas brancas e filmes, levemente elevadas – fibrose na parede das artérias Aterosclerose Acúmulo de depósitos de lipídio, tecido conjuntivo e cálcio nas paredes dos vasos, diminuindo a luz vascular Pode ocorre necrose e fibrose das lesões Calcificação da média das artérias Artérias elásticas e musculares Ocorre por intoxicação por plantas calcinogenicas ou vitamina D, insuficiência renal e debilitação acentuada Pode ocorrer espontaneamente Depósitos minerais basofílicos granulares proeminentes nas fibras elásticas Trombose Coagulação intravascular por lesão endotelial, alterações no fluxo sanguíneo e alteração da coagulabilidade sanguínea Embolia Oclusão de artérias pelo alojamento de corpos estranhos e fragmentos de trombos Êmbolos sépticos ou assépticos Arterite Inflamação das artérias Pode afetar todos os tipos de vasos – vasculite Leucócitos na parede vascular Deposição de fibrina Necrose das células endoteliais e musculares Ocorre por lesão endotelial por agentes infecciosos ou mecanismos imunomediados Hemangiomas Neoplasias benignas Massas vermelhas preenchidas por sangue Hemangiossarcomas Neoplasias malignas Hemotórax e hemoabdome Ocorrem pela ruptura espontânea ou traumática de artérias ou grandes veias, ou pela ruptura de aneurismas na cavidade torácica ou na abdominal O aneurisma é uma dilatação localizada de uma porção delgada e enfraquecida de um vaso Os aneurismas dissecantes são raros. Resultam da ruptura da íntima, que permite entrada de sangue na parede dos vasos Patologia das veias Desvios porto-cava Comum em cães O sangue desvia do fígado Sinais clínicos de distúrbios nervosos ligados à não degradação de produtos nitrogenados como a amônia, causando encefalopatia hepática Dilatação venosa Varizes: dilatação localizada por parede vascular enfraquecida Flebectasia: dilatação generalizada Flebite Inflamação comum, originada por infecções sistêmicas, extensão local de infecções e injeções intravenosas inadequadas Onfaloflebite ou mal do umbigo Inflamação da veia umbilical por contaminação bacteriana após o parto
Compartilhar