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MOTORES DE USO AGRICOLA Motor é uma máquina que transforma qualquer tipo de energia em energia me- cânica (trabalho ). O motor de combustão transforma energia térmica (calorífica) em tra- balho mecânico ( energia mecânica). 1 - Classificação dos motores. Motor Primário - É alimentado por fluídos obtidos diretamente da natureza. Exemplo: cata-ventos , turbinas, roda d’água. Motor Secundário - Usam elementos da natureza com o envolvimento de reação químicas. Exemplo: Motores de combustão ( carvão, lenha e etc. ) Motor Terciário - Utiliza a energia gerada nos outros dois. Exemplo: Motores elétricos. 1.1 - Classificação quanto a fonte de potência. a)Musculares: - Humana e Animal. b)Hidráulicos: - Roda d’água, Aríetes, Turbinas. c)Térmicos: - Combustão externa. Exemplo: Motores a vapor. - Combustão interna. Exemplos: Motores de explosão ( Ciclo Otto ) Motores de combustão ( Ciclo Diesel ) d)Pneumáticos: - Motores de vento . Ex. Rodas de vento. - Turbinas. - Motores de ar quente. - Motores de ar comprimido. e)Elétricos: Cronologia do desenvolvimento dos motores de combustão interna DATA FATO Final séc. XVII Huygens, Hautefeuille e Papin, foram os primeiros a concretizar a idéia de utili- zar o poder expansivo dos gases da combustão da pólvora afim de executar tra- balho. 1860 Lenoir desenvolve o primeiro motor de combustão interna, semelhante a máqui- nas a vapor, usando gás como combustível. 1862 O francês Beau de Rochas estabelece os princípios fundamentais para o funcio- namento dos motores de combustão interna.(patenteou o processo teórico) 1876 Nikolaus A . Otto constrói o primeiro motor utilizando os princípios de Beau de Rochas.(4 tempos – ciclo otto) 1878 Dugald Clerk desenvolve o motor 2 tempos. 1889 Surge o primeiro trator com motor a combustão interna. 1892 Rudolph Diesel desenvolve um motor capaz de queimar pó de carvão (que logo foi substituído por combustível líquido) sem o uso de uma centelha. (motor ciclo diesel) 1910 Término das patentes de Diesel, permitindo o progresso mais rápido no aperfei- çoamento desses motores. 1914 O motor do trator passou a ser usado também como elemento estrutural. ( torna- se parte do próprio chassi do trator ) Anos 20 Robert Bosch aperfeiçoa o sistema de injeção de combustível dos motores diesel, tornando-o mais eficiente e seguro. Anos 30 Aplicação do motor diesel em grandes tratores; introdução do sistema de arrefe- cimento pressurizados. Anos 70 Introdução da superalimentação de ar por turbina e do pós-resfriamento nos motores diesel. Fonte: Biondi et al.(1996);Renius(1994);Liljedahl et al.(1989);Obert (1950) Dados comparativos entre motores de ciclo otto e de ciclo diesel de 4 tempos. Parâmetro ICE (Ciclo Otto) ICO (ciclo Diesel) Combustível utilizado Gasolina, álcool etílico, metanol, GLP, biogás. Òleo diesel, óleos vegetais. Fase de Admissão Admite uma mistura de ar e com- bustível. Admite apenas ar puro. Relação ar/combustível Pouco variável. (de 10 a 20:1) Muito variável. (de 15 a 100:1) Quantidade de ar admitido Variável em função da potência. Aproximadamente constante em toda a faixa de potência. Forma de controle da potência Variando a quantidade de mistura que entra no cilindro. Variando a quantidade de com- bustível que é injetado na câma- ra de combustão. Taxa de compressão(TC) De 7,5 a 11:1. De 14 a 22:1. Pressão de compressão 1.400 kPa (para TC de 7,5:1) 3.240 kPa (para TC de 16:1) Forma de ignição Por meio de centelha elétrica 20 antes do PMS. Auto-ignição pelo calor da compressão, com injeção 10 antes do PMS. Temperatura dos gases de es- cape Acima de 700 C. De 445C a 482C. Rotação de potência máxima Acima de 5.000 rpm. Geralmente abaixo de 3.000 rpm. Rendimento térmico 25 a 30 % 30 a 35 % 2 - Motores de combustão interna. São os agentes de transformação da energia química dos combustíveis em energia cinética aproveitável para a realização de trabalho útil. O princípio da combustão interna é conhecido há cerca de 300 anos. Princípio da combustão interna: Queima do combustível no interior do motor. Combustível + Ar é introduzido numa câmara onde é comprimida e sofre ignição. A combustão explosiva dessa mistura gera elevação brusca da temperatu- ra, resultando no desenvolvimento de altas pressões que aplicadas sobre as partes móveis do motor produzem movimento. Quando os órgãos receptores são compostos por cilindro e êmbolo ( pis- tão ), apresentando movimento retilíneo alternativo, temos uma máquina mo- tora de combustão interna de êmbolos. 2.1 - Histórico: Na segunda metade do século XVII Huygens, Hautefeville e Papin foram os primeiros a concretizar a idéia de utilizar o poder dos gases da com- bustão da pólvora afim de executar trabalho, como movimentar êmbolos. 1860 Lenoir - Fez o primeiro motor a combustão interna, mas que funcionava como uma máquinas a vapor. Usava gás como combustível. 1862 Beau de Rochas - Baseado em estudos teóricos ele imaginou e paten- teou, o processo pelo qual deveria funcionar o motor de combustão interna de 4 tempos. ( Baseado em estudo teórico ). 1878 Nikolaus A. Otto - Engenheiro Alemão, baseados nas proposições de Beau de Rochas, construiu um motor de combustão interna de 4 tempos. Foi o primeiro motor segundo os princípios que regem até hoje os moto- res a gasolina. 1893 Rudolf Diesel - Descrevia um motor de princípio um pouco diferente e utilizando como combustível óleo ao invés de gasolina. 2.2 - Motor de êmbolos ou pistão. Neste tipo de motor uma mistura Ar + Combustí- vel entra em ignição. Os gases em expansão agem sobre o êmbolo, que através do sistema biela - virabrequim desenvolve trabalho mecânico útil. Estes motores podem trabalhar dentro de dois diferentes ciclos termodinâmicos. O Ciclo Otto e o Ciclo Diesel. Nos motores do ciclo Otto os combustíveis mais comuns são a gasolina e o álcool, e a ignição é por meio de uma centelha (faísca) elétrica produzida pela ve- la de ignição. Nos motores do ciclo Diesel a ignição ocorre devido a alta temperatura provocada pela compressão do ar no interior da câmara de compressão. A transferência da energia interna dos combustíveis em trabalho mecânico se dá através de um ciclo termodinâmico que se realiza no interior do cilindro do motor. Durante o ciclo ocorrem variações de volume, pressão e temperatura, além da combustão explosiva de uma mistura gasosa ar mais combustível. Durante o ciclo podem ser distinguidas varias etapas conforme a posição relativa do êmbo- lo(pistão) e da árvore de manivelas (virabrequim). A cada meio giro da árvore de manivela correspondem diferentes condições de pressão e volume na câmara do cilindro as quais recebem o nome de Tempos do motor. O motor de 4 tempos completa o ciclo em 2 voltas do virabrequim e o motor 2 tempos completa o ciclo em apenas 1 volta do eixo virabrequim. 2.3 - Tempos do motor. No ciclo de 4 tempos a cada 180° de giro do virabrequim tere- mos uma etapa do ciclo na seguinte seqüência: admissão, compressão, explosãoe es- cape. Admissão : O pistão desce do PMS ( ponto morto superior) até o PMI ( ponto morto inferior) e a válvula de admissão, que se abriu no início da etapa, permite a entrada de ar (ciclo Diesel) ou da mistura ar + combustível ( ciclo Otto). Compressão : A válvula de admissão já se fechou, e o pistão sobe do PMI até o PMS comprimindo a mistura ar + combustível ( ciclo Otto) ou ar (ciclo Diesel). No ciclo Otto, no momento de máxima compressão a faísca da vela de ignição provoca a explosão. No ciclo Diesel, quando o pistão está chegando no seu PMS, inicia-se a injeção do diesel e a combustão deste, o que provoca altas pressões na câmara de compressão . Expansão : Neste tempo o pistão é lançado pela explosão ou combustão e vai do PMS até o PMI, acionando o eixo virabrequim através da biela. Este é chamado de Tempo Mo- tor, pois dos quatro, este é o único que fornece energia ao motor. As duas válvulas (ad- missão e escape) permanecem fechadas. Escape : Novamente o pistão vai do PMI ao PMS. A válvula de escape se abre e os gases resultantes da queima dos gases são expelidos para fora do cilindro. Figura 1 - Esquema de funcionamento de um motor de 4 tempos do ciclo Otto. No motor de 2 tempos, estas etapas ocorrem na mesma ordem, porém de forma simul- tânea. Compressão - Admissão : O pistão vai do PMI ao PMS realizando, ao mesmo tempo, a compressão e a admissão. Expansão - Escape : Quando o pistão vai do PMS ao PMI ele realiza o seu tempo mo- tor e a expulsão dos gases. O funcionamento dos motores do ciclo Otto de quatro tempos é caracteri- zado por apresentar, conforme ilustra a Fig. 1 , as seguintes etapas: Figura 2 - Esquema de funcionamento de um motor 2 tempos do ciclo Otto. vantagens do motor 2 tempos em relação ao motor 4 tempos convencional ( ciclo Otto). - Peso por C.V ( H.P.) é menor. - Construção mais simples. - Podem operar nos dois sentidos de rotação. desvantagens. - Controle da mistura gasosa é mais difícil. - São ineficientes em matéria de consumo de combustível. - Arrefecimento e lubrificação são mais difíceis. - Não operam bem com grande flutuação de carga. 3 - Partes fundamentais do motor diesel. - Bloco do motor - Camisa do cilindro - Cabeçote - Cárter - Embolo - Volante do motor - Anel de segmento - Pino do embolo - Biela - Casquilhos - Arvore de manivelas O motor do ciclo Otto de dois tempos diferencia-se do anterior por apresentar, como ilustra a Fig. 2 um ciclo de funcionamento onde se distin- guem as seguintes etapas: 3.1 - Bloco do motor. É a maior peça do motor e sustenta todas as outras partes constituintes do motor. Nele estão os cilindros, geralmente em linha nos motores de tratores de rodas. São normal- mente construídos de ferro fundido, mas a este podem ser adicionados outros elemen- tos para melhorar suas propriedades, como alguns metais - ligas de Níquel, Molibidê- nio, Cromo, etc. para melhorar sua resistência a tensões e possibilitar a confecção de blocos mais leves. Alguns blo- cos possuem tubos que são removíveis e formam as pare- des dos cilindros chamados de ca- misas. Quanto ao sistema de arrefe- cimento, podemos ter: - Bloco de cilin- dros externos ( Mo- tores arrefecidos a ar). - Bloco de cilin- dros internos ( Mo- tores arrefecidos a ar e água). Quanto a disposição dos cilindros, podemos ter blocos com cilindros hori- zontais de um cilindro, de dois cilindros horizontais paralelos, e ainda de 2 ou 4 cilindro horizontal opostos. Bloco com cilindros verticais de 1 cilindro ou de múltiplos cilindros verticais em linha, assim como os de múltiplos cilindros em V. É no interior das camisas dos cilindros que sob altas pressões e temperaturas ocorre o fenômeno da combustão. O material de construção das camisas deve ofere- cer resistência mínima ao atrito com os anéis e alta resistência ao desgaste. Ge- ralmente de material fundido centrifugado ou aço - liga especial. Podem ser úmidas , quando entram em contato direto com a água de arrefecimento, ou secas, quando isto não ocorre. Podem ser arrefecidas a água ou a ar. Nos motores diesel arrefecidos a ar não existem propriamente camisas. Os cilindros apresentam-se como unidades separadas, posicionadas externamente ao bloco. A parede externa possui aletas. A temperatura das camisas fica entorno de 100° C nas arrefecidas a ar e água e próximo dos 1000 ° C nas arrefecidas a ar. 3.2 - Cabeçote. Fecha o bloco e os ci- lindros na sua parte superior , sendo que a uni- ão é feita com parafusos nor- malmente fabri- cados com o mesmo material do bloco e são apertados com o uso de torquímetro. Entre o bloco e o cabeçote existe a Junta do cabeçote , que pode ser feita com cobre e asbesto. O cabeçote na parede inferior pode apresentar depressões que vão formar parte ou a totalidade da câmara de com- bustão. Alguns motores diesel podem apresentar antecâmaras de combustão. Nos motores arrefecido a água apresentam câmaras de arrefecimento que se comunicam com as do bloco. Nos motores a ar, cada cilindro tem um cabeçote próprio. 3.4 - Cárter: Fecha a parte inferior do bloco. Fixado com junta de cortiça ou pape- lão especial ( volumóide ). É um depósi- to de óleo lubrificante e ao mesmo tempo protege as partes inferiores contra impurezas e impactos menores. Em geral confeccionado de chapa de aço estampado , formando um bojo ( onde fica o tampão de escoamento ) podendo também ser de duralumínio, ferro fundido, etc. 3.4 - Êmbolos ( ou pistão ). É a primeira parte do motor à movimentar-se devido à expansão dos gases oriundo da combustão. Através do pino do pistão e da biela ele transmite o movi- mento para o virabrequim transformando o deslocamento retilíneo alternativo do pis- tão, dentro do cilindro, em movimento circular continuo do eixo virabrequim. São cons- truídos com formato de caneca , isto é , um tronco de cilindro fechado numa extre- midade e aberto na outra para conectar a biela. Devido as altas pressões, altas temperaturas, violentas acelerações e ao atrito de deslizamento, os pistões devem ser fabricados com materiais que apresentem entre outras características, as seguintes: - Boas características de dissipar calor do calor. - Baixo índice de dilatação térmica. - Pouca suscetibilidade ao desgaste. - De unidade relativamente baixa. - Boas propriedades mecânicas a elevadas temperaturas. Entre os materiais quem são usados, podemos citar: Ligas de alumínio/silício : pa- ra motores no geral. ( LO - EX ), Alumínio/cobre: motores diesel submetidos a gran- des esforços. Ligas de magnésio: para motores de alta rotação ( carros de corridas), (ELEKTRON ), Ferro fundido cinzento: para motores de baixa rotação especial. A folga entre as paredes do cilindro e o pistão é maior na cabeça do pistão do que na parte inferior (saia).Isto se deve pois no topo ele é mais reforçado. Como onde há mais material ocorre maiores dilatações é necessário esta folga maior na cabe- ça do cilindro. 3.5 - Anéis de segmento. Localizam-se no interior das ranhuras ou canaletas circulares existentes na cabeça do êmbolo, e em alguns casos na saia. Possuem como principais funções: Efetuar avedação da câmara do cilindro , retendo a compressão; Reduzir a área de contato direto entre as paredes do êmbolo e do cilindro; Controlar o fluxo de óleo nas paredes do cilindro; Dissipar o calor do êmbolo pelas paredes do cilin- dro. Entre os materiais usados na sua construção encontramos o ferro fundido cinzento especial, algumas vezes revesti- do com cromo de 0,1 a 0,2mm de es- pessura. O número de anéis por êmbolo depende do tipo de motor e da sua compressão. Varia de 2 a 5 sendo 3 a 4 o mais comum. Os tipos fundamentais de anéis são: - De compressão : responsável pela vedação da câmaras do cilindro . São maciços e ficam próximos do topo. - De lubrificação: responsável pelo controle do fluxo de óleo entre as pare- des do êmbolo e cilindro: São providos de canaletas ou rasgos , interrompidos ao longo do perímetro. No ciclo ascendente o óleo nas paredes e no descendente, retira o excesso. 3.6 - Pino do Êmbolo. Faz a ligação articulada entre o êmbolo e a biela. Construído de aço especial cimentado e sua forma oca confere-lhe menor peso e resistência à fle- xão. 3.8- Biela. Faz a conexão entre o êmbolo e a ADM .É um dos órgãos responsável pela transformação do movimento retilíneo do êmbolo em movimento circular conti- nuo no volante do motor. Construída em aço forjado: Apresenta geralmente a seção transversal em forma de I a fim de melhor resistir os esforços contínuos de flexão, tração e compressão à que é solicitada. 3.8- Casquilho. Estabelecem a ligação entre a cabeça da biela e os moentes da ADM. São 2 cápsulas semicilíndricas recobertas com um revestimento de liga metálica . Como qualidade esta liga deve ter: Baixo coeficiente de atrito; Ponto de fusão relativamente baixo e boa resistência a corrosão. Na mon- tagem o importante é a folga deixada entre os casquilho e a superfície do moente. Genericamente, aumentando esta folga 2 vezes, o óleo que escapa por entre ela, aumenta 5 vezes. Se a folga for 4 vezes maior, a passagem do óleo au- menta 25 vezes. A falta de lubrificação eleva a temperatura e funde o casquilho. Nesta situação a biela bate nos moentes e faz um ruído característico: “motor fundido”. 3.9 - Árvore de manivelas. ( virabrequim ) Eixo de transmissão de movimento que apresente tantas manivelas quantos forem os cilindros do motor. Em cada manivela estão os moentes que é onde se prende a biela. Entre as manivelas e nas extremidades estão os munhões, que apoiam nos mancais do bloco. Numa extremidade está o volante na outra a en- grenagem ou roda dentada de acionamento do comando de válvulas. 3.10- Volante do motor. Casquilho Tem por função manter uniforme a velocidade angular da ADM, absorvendo energia cinética durante os tempos de explosão para cedê-la de volta durante os outros tempos. Possui uma coroa dentada ( cremalheira ) na qual se engrena de o pinhão do motor de partida. 4 - Sistemas Complementares do Motor Diesel. - Sistema de comando de válvulas. - Sistema de alimentação. - Sistema de arrefecimento. - Sistema de lubrificação. - Sistema de partida. 4.1- Sistema de Comando de Válvulas. Tem a função de controlar a entrada e saída do fluxo de gases do interior do cilindro. existem dois tipos de válvulas : válvula de admissão e válvula de escape . A abertura destas válvulas é sincronizada com o eixo virabrequim. Virabrequim Volante Figura 9Erro! Argumento de opção desconhecido. Sistema de comando de válvulas indireto. Este está ligado ao eixo de comando de válvulas ( eixo de cames) por duas en- grenagens que fazem a redução do movimento. Para cada duas voltas do eixo virabre- quim, o eixo de comando de válvulas dá uma volta. Os ressaltos encontrados no eixo de comando, que são também chamados de cames, estão em contato com os tuchos. Quando o ressalto do eixo levanta o tucho, este empurra a haste para cima , que aciona o balancim. O balancim pressiona a válvula para baixo, contra a pressão da mola de re- tenção, e então a válvula se abrirá. O esquema de um comando de válvulas indireto, conforme descrito anteriormente, pode ser observado na figura abaixo. 4.2- Sistema de Alimentação. Supre o motor de AR e COMBUSTÍVEL para que possa ocorrer a combustão. Para isso o combustível precisa ser dosado e pulverizado na câmara de combustão, e o ar deve estar limpo e em quantidade suficiente. 4.2.1- Sistema de alimentação de combustível. Tem por função colocar o combustível na câmara de compressão na dose certa e no momento correto, atuando sincronizado com o comando de válvulas. O sistema é formado pelo depósito(tanque de combustível), condutos de sucção, filtro decantador, bomba alimentadora, filtros primário e secundário, bomba Injetora, condutos de pressão, bicos injetores e condutos de retorno. A bomba injetora dosa a quantidade adequada(conforme a solicitação de carga do motor) e coloca pressão no combustível, provocando uma sobre pressão no conduto que vai até o bico, provocando a abertura do mesmo e a conseqüente pulverização do com- bustível em partículas muito pequenas, dentro da câmara de compressão. Os tipos de bombas injetoras mais usadas são a bomba injetora em linha e a bom- ba injetora rotativa. Na bomba injetora em linha, existe uma unidade bombante para cada cilindro do motor.
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